Magictale escrita por kissmelater


Capítulo 3
Criança amaldiçoada




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Ver o monstro se aproximar rapidamente me faz retirar a mão do botão de FIGHT, e lutar a moda antiga, com adrenalina o suficiente nas minhas veias para fazer-me guiar apenas por instintos. Só consigo ouvir risada de meu irmão e a raiva rugindo nos meus ouvidos, raiva e ódio por tudo e todos.

O sapo pula em minha direção, se é para conseguir atacar ou se aproximar não sei. Me jogo pro lado, rolando pelo chão empoeirado, esquivando-me e dando em seguida um soco na lateral no monstro, que perde “HP”, vacilando por um segundo.

— Froggit…- 'Maldita.' O olhar dele carrega desprezo e o meu provavelmente divertimento antes de moscas, ou algo parecido acabam surgindo aleatoriamente pelo campo de batalha, talvez pelo poder do pequeno monstro. Surpresa, acabo sendo acertava por três antes de me recuperar e esquivar de outros dois insetos. O sapo usa o mesmo ataque, e desta vez não atingida por nenhum dos projetis, mesmo correndo, desesperada por proximidade e chance de virar o jogo. Me abaixo e com um certo impulso ataco, depositando meu peso no cotovelo que acerta seu estomago, deixando-o com pouca vida, assim como eu, causa daqueles insetos de anteriormente.

— Por que ainda tenta?- Pergunto, fraca e cansada, mesmo com a batalha sendo curta. Humanos por mais fortes que sejam, a magia continua sendo um ponto fraco para nós. Sempre foi assim, mas escondo o máximo que posso minha fraqueza.

— Froggit.- Ele diz, e com minha convivência com outros desta espécie consigo descobrir o que significa.

'Te derrotar vale minha vida.'

Surpresa, quase não esquivo de sua investida, com sua frase ecoando entre meus pensamentos de justiça, de procurar isto derrotando-o.

Justiça...

— Diria o mesmo, se sua vida não valesse nada para mim.- E a luta continua, e seu olhar, antes completo por desprezo, muda para um medo que me acostumei a ver nos olhos desta especie.

Pov's narrador

“ O monstro corre. Havia uma multidão de humanos atrás dele, armados com facas, tochas, enxadas... até algumas crianças que entraram na confusão que usariam apenas os punhos para tentar leva-lo a morte certa.

Seu crime? Tentar se defender. Como se isso não fosse afronta o suficiente, um monstro sapo tentar se defender, o mesmo usou magia. Ninguém se machucou, ele fez questão disso, mas... não irão deixa-lo viver.

Sua única rota de fuga é suicida: ir ao monte Ebott, onde nenhum humano usa ir e os monstros muito menos. Lá é vigiado horas e horas, mas o Froggit conhece um atalho perfeito por causa de sua baixa estatura.

Já perto do seu destino, hora ao outra desviando- se coisas lançadas à ele, chega um uma fenda pequena e estreita. Passa por lá facilmente e suspira aliviado ao escutar as vozes humanas passarem direto. Porém... e agora? Sabia que conseguiria passar, mas ele nunca foi mais que poucos passos. O medo não deixava.

“Não é hora de ser covarde”, ele pensa e começa a andar, prestando atenção no lugar que mesmo por causa de sua má fama, tinha uma beleza incrível. Flores douradas haviam nascido deixavam o local maravilhoso.

Ele não percebeu passos na sua direção.

Anda mais um pouco, a paisagem não muda e até se acostumou a escuridão de lá. Escuta um barulho minimo e olha para trás, mas não vê nada.

“Devo estar ficando paranoico.” Imagina e volta a andar. Não seria surpresa que realmente tivesse ficado louco, onde vivia precisava estar sempre atento a tudo. Se não, seria maltratado pelo simples fato que tinha nascido. As regras te proteção eram apenas para os humanos, para que os monstros fossem punidos caso estes machucassem-nos. Já os monstros? Nada. Não bastava não terem feito nada e serem acusados injustamente, caso fossem mortos, nada aconteceria. Nem um enterro, já que ao morrerem, viravam cinzas.

Por estar distraído em seus pensamentos, nem nota onde está até quase tropeçar em algumas raízes. Há um buraco fundo o suficiente para não conseguir ver o fundo.

O Froggit se abaixa perto do buraco e tenta ver algo.

Alguém se aproxima silenciosamente.

O monstro não percebe nada e somente nota a presença de outra pessoa quando é empurrado para a morte certa. Tudo o que pôde fazer foi se segurar na borda do posso que não o suportaria por muito tempo. Acima dele, havia quem o empurrou e o monstro a reconhece na hora.

— F- f- Froggit... froggit...!- Ambas criatura entendem, pois apesar da linguagem estranha, era fácil de se entender graças a expressão do sapo.

“M- me ajude... por favor!”

A criança sorri maldosamente e sem um pingo de dó, pisa em uma das mãos do sapo, que com um grito, a tira do único lugar onde tinha como viver. Quando a humana ia pisar na outra, o sapo em um ato desesperado agarra o pé dela e ambos caiem, gritando.

Mas ninguém veio.”

A lembrança veio como um flash para o monstro, que sem dó recebe outro golpe da adversária, aproveitando sua distração. Porém, este foi diferente. Ele conseguiu ver-se perdendo forma, virando apenas mais poeira no chão e nas roupas de Frisk, que o encara, sorrindo ironicamente antes de virar as costas, deixando o inocente morrer sem força para pedir ajuda.

Mesmo que tivesse forças para gritar, sabia que no fundo, ninguém aparecia.

Ele se perguntava porque. Porque a criança amaldiçoada caíra em um lugar onde apenas tinha paz? Se arrependia mais que podia compreender de ter trago tal demônio para vida de tantos, sentia sua alma se partir e ainda era o que menos doía. O que sentia doía mas que virar pó.

A culpa já o destruía antes mesmo da luta começar e piorava a cada maldito golpe da menina, que ignorava o mundo ao seu redor pro vingança, uma justiça corrompida aos olhos dele. Um incômodo que só servia para pesar mais sua consciência era que este podia ver a garota pensar que o que fazia era certo. Que a vingança que planejava por um acidente era justificada por esse.

Por mais poucos segundos o sapo chorou. Pediu desculpas à todos e doía saber que havia pessoas bondosas o suficiente para perdoa-lo de tudo.

Depois quem passasse por lá veria apenas cinzas.

 Pov's Frisk

— Criança!- Toriel exclama, vindo em minha direção, surpresa.- Sem um arranhão, como…?

— Tori!- Abraço-a, com certeza que não há mais poeira em minhas roupas. Encaro a, sentindo cheiro de algo realmente bom. Consigo escutar meu estômago roncando depois de tantas lutas.- Não aguentei esperar…

— Entendo minha criança… Não era planejado toda essa demora. Venha!


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Notas finais do capítulo

Palavras de minha revisadora/parça das fanfic:
L:"[...] Depois do pov do frog eu não vou conseguir jogar genocida"
Esse era quase que o propósito, eu assumo XD
Espero que tenham gostado! Bye!