Magictale escrita por kissmelater


Capítulo 2
Começo do L.O.V.E


Notas iniciais do capítulo

Embora tenha até que gostado desse, o próximo vai ficar melhor! Acabou sendo mais narração do que vocês devem saber de cor e sorteado.
Minha desculpa é: Boa parte do capítulo estava no notbook rosa e escrevo mais no preto, porém os arquivos de textos são diferentes e não deu para salvar, bugou tudo! Perdi mais de 1.600 palavras desde que me lembro...



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— Há outro quebra-cabeça nessa sala... Consegue resolver sozinha?

Assinto. Deve ser fácil o desafio, já que ela acha que posso resolver sozinha. Continuamos a andar, até que algo surge no meu caminho. O quadrado ou, arena de luta como apelidei estava com um monstro conhecido em cima dela, embora não tenha visto nenhum em todo caminho.

* Froggit barra seu caminho.

De novo. Por que esse mundo parece um jogo? O que os monstros fizeram de errado, para que isso acontecesse?

Vejo as opções e são as mesma da luta contra o boneco. Sinto vontade de mata-lo, mas sei que Toriel logo vai chegar. Não posso dar o luxo de perder a confiança dela, a única coisa que tenho nesse lugar então aperto o botão de checar.

* Froggit – Atack 4 Defense 5.

* A vida é difícil para este inimigo.

Espero o ataque que não vem, pois Toriel chega, lançando um olhar para o sapo que faz o mesmo fugir. A arena dá o aviso que não ganho nada, e me irrito um pouco, mas não ela perceber isso.

“Finalmente. Custava olhar para trás?”

— Uau, você tem moral aqui, hein!- Ambas rimos e voltamos a andar. Olho para trás e vejo o monstro, me observando de longe e faço uma careta.

— Bem, eu disse que te protegeria lembra?- Assinto sorrindo e ela também sorri.

Consigo ver o desafio e arregalo os olhos. Este é um corredor repleto de espinhos, longo o suficiente para não conseguir pular. Como vou passar disso?

Toriel parece perceber e diz, segurando minha mão de leve:

— Mudei de ideia, alguns quebra-cabeças parecem muito perigosos para fazer sozinha.- Ela dá um passo para frente e todos os espinhos somem. Desvio meu olhar do corredor, antes cheio de perigos para Toriel e por alguns segundos, vejo seus olhos esbranquiçarem. Atravessamos o corredor e vamos para outra sala.

Nesta, não vejo nada de perigoso. Olho ao redor e não percebo nenhum espinho, alavanca ou outra daquela estrela. Antes que pudesse perguntar a feiticeira, ela diz:

— Minha criança... Você tem feito um ótimo trabalho. Mas... de qualquer jeito... eu tenho um pedido para você...

— Qual?- Digo, meio assustada. Quase consigo ouvir meu irmão dizendo que estava certo, o que me dá mais vontade de correr. Toriel suspira, olhando para tudo, menos para mim, suspirando.

— Gostaria que andasse até o final desta sala, mas sozinha.

— O que?! Toriel, alguma coisa vai me atacar, não vou conseguir expulsá-lo como você tinha feito! Por favor...

— Desculpa pequena.- E começa a correr. Tenho alcança-la, mas não consigo já que ela é muito rápida.

— Não... Não!

Tento voltar para trás, voltar a sala antiga, porém algo me barra. Não consigo atravessar para outra sala, por mais que tente. Me sinto presa, sem escolha alguma além de atravessar o corredor. Sufoco um grito na minha garganta enquanto soco o nada que me impede de voltar. Imagino uma risada leve atrás de mim.

“Viu? Eu te disse: ela não é confiavel.”

“Sempre acreditei em você, mas duvido que o sentimento seja mútuo. Agora cala a boca e me ajude a sair daqui.”

Começo a atravessar o corredor, pensando na “conversa” que tive agora. Mesmo sendo fruto de minha imaginação, as vezes penso que só assim para entender melhor meu irmão. Nos damos bem, juntos mesmo que nada dê certo, nos apoiando.

Mas, tem hora que sinto que ele não fala a verdade para mim. A verdade sobre tudo de sua vida. Sinto que as vezes, olha para mim como se quisesse falar algo importante, mas desiste rapidamente.

Porém mesmo assim, quando quis alguém do meu lado, eu quis ele. Queria ter o apoio dele. Queria rir com ele. E penso que sou uma boba, por confiar nele mais que tudo. Irmão é irmão, não é?

Rio e dou um pulo par trás quando Toriel sai de trás de uma pilastra que só percebi agora, já que estava pensativa.

— Criança! Desculpe por assusta-la, mas não iria abandona-la! Estava aqui, esperando que aparecesse.

— Toriel!- Abraço-a que no começo fica surpresa, mas retribui. Estou começando a endente-la e vou fazer questão de usar isso ao meu favor.- Não faz mas isso!

— Adoraria... mas esse teste não foi feito a toa, foi para testar sua independência.- Levanto uma sobrancelha, querendo saber onde isso vai dar.- Terei que fazer alguns negócios e... por mais perigoso que seja é melhor que fique sozinha, mas não se preocupe! Aqui é a sala mais segura que há, por minha causa que a pouco a protegi com um feitiço.

— Um feitiço... você me ensina depois?

— Sim! Mas... quando chegarmos em casa. Até lá, tome esse celular e lige para mim se precisar de alguma coisa, okay?

O celular é bastante antigo, ou pelo menos é o que aparenta. Seus botões são pequenos mas sou até que boa em tecnologia. Assinto e abraço-a novamente.

— Seja boa, minha criança...

Ela sai e nem preocupo em segui-la.

Me sento perto da pilastra e vejo o que tem na minha mochila. Livros de Português, Matematica, História e de Artes, além dos cadernos das matérias citadas e um estojo de lápis. Meu caderno de História é novo, hoje que o usaria, então pego meu lápis e na primeira folha começo a escrever:

Primeiro dia no subsolo, provavelmente 15 de janeiro.

Acordei ainda hoje e fui surpreendida por três monstros: Flowey, Toriel e um Froggit.

Flowey se mostrou falso, agindo como um bom monstro para me enganar e matar e, mesmo não tendo caído em seu truque, quase fui morta pelo mesmo. Ele parece ter poderes fortes, mas até agora vi apenas um: invocar pequenos dardos que causam um dano absurdo.

Toriel foi quem me salvou e no momento me apresenta as ruínas e me ajuda nos quebra-cabeças que em cada sala tem. Ela age como Flowey, fingindo ser boa, porém é melhor que ele em fazer isso. Ela admite ser feiticeira e pelo jeito muito forte, já que vi alguns de seu ataques e poderes: Esferas de fogo e super velocidade.

Froggits são sempre Froggits. Sapos pequenos de poderes que não pude ver.

Malditos.

Anoto isso pro caso de algum humano encontrar. Os monstros não são seres bons, senão estariam livres como nós. Abra os olhos, caso confie neles. Se fossem bons, seriam livres, certo?

Sinto que no fundo essa última frase foi mais para mim do que para qualquer um.

Suspiro e fecho o caderno, me levantando. Poderia ficar em paz, quieta na sala... Mas estou esperando ficar longe da velha desde que a encontrei e não vou fazer isso sentada olhando para o teto, ou estudando.

Logo quando saio, meu celular toca e vejo que é Toriel. Como ela adivinhou que tinha saído?

— Hey Tori!

— Ola criança! Você não saiu da sala,saiu?- Falo que não.- Tem algumas quebra-cabeças que não te expliquei, é melhor que fique aí mesmo. Seja boa, okay?- Ela desliga.

Suspiro, tendo meu olhar atraído para outro… Save, em cima de folhas quebradiças e alaranjadas, com um ar até que belo com ajuda da luz amarela emitida perto destas. A visão é linda e nova para mim, saber que aqui em baixo ainda há belezas tão simples me enche de vontade de continuar. Seguindo meu bom senso, que surpreendentemente grita para que me aproxime delas, toco no astro, ato que vem seguido de uma mensagem semelhante a primeira:

Brincar sobre as folhas quebradas te enche de determinação.

O jogo foi salvo.

Determinação… A palavra ecoa na minha mente. Consigo apostar que que é esta força que me impede de parar de tentar, algo que quando penso, vejo que isso sempre me empurrou.

— Determinação…- Falo, saboreando cada letra.

“Minha teimosia ganhou apelido...” Penso, olhando ao redor. O corredor é realmente diferente, tanto pelas folhas antes citadas quanto pelo formado e sensação de estar sendo observada. “Algo nas folhas.”

Ignoro a sala atrás de mim, que parece não ter saída e sigo em frente topando com um monstro. Um Froggit.

— Outro? Mas que…- Observo melhor tal monstro e minha fala trava na garganta, me fazendo tossir. Reconheço ele, da superfície e do momento que caí e com dor desaparecida meus pensamentos não podem estar confusos.

AHHHHH!- Grito, sentindo-me cair, sem algo ou alguém que me segure. Minha voz ecoa alta no monte, mas ninguém vem. Meu único consolo é que ele, o que fez questão que morresse também agora caí, ao meu lado, igualmente desesperado.

...

Ele me puxou.

Encaro ele com fúria enquanto que, por instinto aperto o botão de FIGHT.

Que comece o L.O.V.E.


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Notas finais do capítulo

Frisk tinha uma desculpa também não? Ter ódio deles pois um da mesma espécie a jogou lá, longe de cada um que conhecia, cheio de inimigos...
Próximo vai demorar pela luta entre ambos e terá narração de outro monstro. Sem mais spoilers!