Magictale escrita por kissmelater


Capítulo 1
A chegada do anjo




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Dor de cabeça. Não faço ideia onde a bati, só sei que esta doendo. E muito.

Suspiro tranquila até perceber onde estou. Levanto- me rapidamente o que me causa bastante tontura. Ao meu redor só vejo mais flores amarelas espalhadas em um só lugar, como um tapete amarelo e um caminho. Estranho, apenas um caminho? Olho em volta uma única vez e sigo o caminho dito, torcendo para não morrer.

Como tinha saído viva? Não sei. Ninguém até agora saiu vivo do Monte Ebott, mas, claro que tinha que ir, não? Afinal, falei para meu irmão que provaria detestar monstros tanto como ele. Não que precisasse, sempre achei que fossem vermes.

Suspiro. Maldita aposta infantil. Agora, estou presa no subsolo, sem comida, sem muitas roupas, sem nenhuma distração. Claro, a não ser minha mochila escolar e nela um lanche pequeno, mas é óbvio que não vai durar muito.

O corredor leva à uma sala mais ampla e no meio dela, uma flor. Só que esta é diferente das outras, ela parece estar... sorrindo. Isso é bizarro.

— Howdy! Eu sou Flowey, Flowey a flor!- Antes que pudesse dizer meu nome, a flor continua a falar. - Hum, você parece estar perdida, é nova no subsolo, não é?- Assinto, bastante desconfiada. Monstros bondosos? Devo ter batido mesmo a cabeça. Ou alguém me drogou, tem essa opção também.- Aqui, vou te explicar tudo!

Assinto novamente. Dou alguns passos na sua direção, cruzando os braços e fazendo uma expressão entediada. Do nada, na minha frente, vejo que quadrado com um coração nele. Acima da forma geométrica está Flowey, com um sorriso amigável.

— Está vendo isso?- Mordi a língua para não dar uma resposta malcriada, como: “Claro que estou vendo, projeto de margarida. Agora saia da merda do meu caminho e me deixe passar.”- Está é sua alma, a própria culminação do seu ser.

“Alma? Como assim...?” Penso, mas algo é bem claro, nada pode acontecer com este coração. Meio óbvio, mesmo que ele não falasse  que é minha alma, provavelmente a protegeria.

— Ela no começo é meio fraca, mas você pode ganhar LV.- Antes que abra a boca para perguntar o que raios é “LV”, a flor continua.- Oras, LOVE, é claro! Você quer LOVE, não quer? Não se preocupe, vou dividir com você!

Ao redor de Flowey, surge algumas coisa que se parecem balas. Dou um passo para trás e mentalizo o mesmo comando para minha alma, que obedece.

— Aqui, LOVE é compartilhado por pequena e brancas... “balinhas da amizade.”- Sinto aspas ao citar o que… invocou.- Vamos pegue todas!

Humano que leu isso e que confiou na Flowey, pense comigo: se vier alguém desconhecido com um sorriso tão largo que chega a ser macabro e te oferecesse “balinhas da amizade”, você aceitaria? Por favor, tomara que a resposta seja não.

Bem, desvio facilmente de todas, simplesmente esquivando. A margarida exibe um sorriso meio convencido.

— Hey boba, deixou escapar todas! Vem, tente de novo!- Repito o processo e dessa vez, Flowey parece irritado.- Isso é uma piada? Você é burra? Pegue. As. Balas. Logo!- Saio da frente das “balinhas” e observo a flor com um ar metido. Este desaparece quando a expressão de Flowey fica realmente assustadora.- Você já sabia o que ia acontecer aqui, não é?

Não faço ideia do que ele diz. Não sabia em que tinha algo aqui além de corpos! As balinhas me acertam, me causando um dano suficiente para não conseguir me aguentar em minhas próprias pernas, fazendo-me cair. Minha alma não se mexe, paralisada de medo.

ESTOU COM MEDO DE UMA FLOR!

— Nesse mundo... é m a t a r o u m o r r e r!

Olho para os lados e não encontro ninguém, ficando desesperada. Com o pouco de orgulho que me resta, olho atentamente para Flowey e digo, determinada:

— Se me matar, saiba que virei aqui novamente e farei questão de te enforcar com suas próprias raízes. Vai se arrepender, erva daninha.

A expressão dele não muda, e o mesmo fala:

— MORRA!- A gargalhada ecoa por todo o local. Consigo me levantar e olho para os lados novamente, na esperança que alguém venha e me salve.

Mas ninguém veio.

Não...

O circulo está quase me alcançando quando este desaparece, como num passe de mágica. Flowey parece tão surpreso quanto eu e sua expressão fica até engraçada quando é mandado para longe, culpa de uma esfera de fogo lançada em sua direção.

Uma monstra aparece, mas está parece bondosa. Se assemelha uma cabra e usa um vestido roxo, com símbolos que desconheço completamente. Usa uma capa, da mesma cor que o vestido que se estende até o chão e um chapéu clássico de bruxa, típico de filmes antigos: largo e pontudo.

Feiticeira.

Dou alguns passos para trás, cambaleando, calculando o que tenho para me defender dela quando esta resmunga:

— Que cretino, machucando uma pobre e inocente criança...- Ela olha para mim, que busco algo para me defender na minha mochila e ri, suavemente.- Ah, não tenha medo, minha criança. Eu sou Magic+Toriel, a guardiã das ruínas.- Ela me estende sua mão, ainda com seu olhar completo de compaixão. Por algum motivo, sinto que esse olhar não é falso como o de Flowey. Devo estar delirando.- Mas pode me chamar de Toriel.

Cumprimento-a, olhando em seus olhos. Ela não pode ser legal, não há bondade aqui.

— Sou Frisk...- Apresento-me, bastante desconfiada.

— Prazer. Bem, não venho muito aqui, mas previ que viria então corri. Vejo que não cheguei tarde... Você é o primeiro humano que cai aqui em muito tempo...

— Como assim... “preveu”?

— Um dos meus poderes, minha criança. Não se preocupe, todos serão usados para te defender a todo custo.

Poderes. Ela é mesmo uma bruxa. Poderia mata-la aqui e agora, mas... com o quê? Livro de português? Preciso entrar em seu jogo, qualquer que seja.

— Sério? Poderes?! Ah meu Deus, sempre quis ter um! Pode me ensinar algo!- Ela fica surpresa e por um instante, temo minha atuação não ter funcionado. Mas ela volta a sorrir e relaxo.

— Claro! Me siga, te guiarei através das catacumbas.

— Pode me esperar na frente? Quero ver se não esqueci nada...- Toriel assente e vou calmamente para trás. Quando ela sai do meu campo de vista e vice-versa, começo a correr.

No começo de tudo. Não tem saída nenhuma. As paredes são lisas e o único rastro de superfície que tem, são os poucos raios de sol que vem pelo mesmo buraco que caí, que parecem zombar de mim, por poderem sair e entrar neste lugar maldito.

Suspiro e me encolho. Tanto momento para ficar sozinha, este não é um deles. Irmão... amigos... O que falariam para mim, se estivessem aqui?

A resposta vem com tanta rapidez que me surpreendo por conhecê-los tão bem. Imagino meu irmão ao meu lado e, por mais que seja um fruto da minha imaginação, o sinto atrás de mim, dando-me força para enganar a cabra e fugir, mesmo que tenha que matá-la. Ignoro que a voz não é exatamente igual, e que a sensação parece continua, se alimentando de mim. Que pensamentos… bizarros.

Vá Frisk, já provou ser má com estes vermes... Não acredito que duvidei de você.” Escuto-o rindo maldosamente e sorrio. “Siga a velha, não precisa nem evitar aprender sua magia. O que torna os monstros inferiores não é o fato que tiveram que apelar para tentar nos vencer, apenas que nasceram mesmo. Lixo.”

Assinto e volto para onde estava, procurando Flowey com o olhar. Ele sumiu. Não sei se fico feliz ou preocupada. Encontro Toriel, com o mesmo sorriso.

Você ainda terá a hora de arrancar esse sorriso do rosto dela brevemente, só espere.

Ela anda e eu sigo-a, admirando tudo ao redor. Vejo uma algo semelhante uma estrela de quatro pontas e quando chego perto, surge uma caixa de texto, semelhante a jogos.

A sombra das ruínas aparece acima, enchendo você de DETERMINAÇÃO.

O jogo foi salvo.

Dou um passo para trás, assustada. Isso virou um jogo? É doentio!

Balanço a cabeça, como isso pudesse clarear e organizar meus pensamentos. Não funciona e tudo que posso fazer é voltar a seguir Toriel, que seguiu em frente como se não tivesse visto um astro no meio das folhas alaranjadas. Talvez não tenha visto mesmo.

A sala seguinte é pequena, tem alguns botões no chão e uma alavanca ao lado de uma porta. A monstra está na minha frente.

— Bem vinda a sua nova casa, inocente.- Sinto-me enojada. Eu? Morar aqui? Ela só pode ter problemas. Mas minha expressão não demonstra meus pensamentos, não exibindo expressão alguma.- Irei te ensinar tudo sobre as ruínas.

Ela pisa em alguns botões e puxa a alavanca. A porta no mesmo momento abre e ela olha para mim, sorrindo.

— As ruínas estão cheias de armadilhas. - Para humanos, completo mentalmente e atravesso a porta, ainda seguindo a feiticeira.- Você precisa completá-los para passar de sala em sala.- A próxima parece um corredor meio estreito, porém com paredes altas e bem longo.- Para fazer progresso aqui, você precisa fazer testes severos. Mas não se preocupe, eu marquei as alavancas que você poderá abaixar.

— Como? Eu cheguei aqui faz pouco tempo!

— As alavancas já estavam marcadas, tanto para algum monstro perdido, tanto para o caso de alguma criança aqui chegar e não conseguir prever...

— Como seus poderes funcionam?

— Muitas perguntas e pouco tempo para chegar em casa, minha pequena...- Ela suspira.- Quando chegar lá, explicarei tudo.- Ela segue em frente e engulo em seco. Não posso depender dela para sempre, preciso me virar sozinha e conseguir encontrar essas alavancas, mesmo marcadas, vai me ajudar. Ajeito a mochila em meus ombros e sigo em frente.

Ando só onde tem uma faixa de cor de mais clara, que por coincidência (Ou talvez não), levava para uma alavanca, com várias setas indicando que ela era uma das corretas. Vou lá e a puxo, fazendo o mesmo com outra lá na frente, no final do corredor. Toriel parece feliz.

— Explendido!- Sorrio levemente.- Estou orgulhosa de você, minha pequena. Vamos para a próxima sala.- Ela volta a andar e eu a acompanho.

Não deveria ter sorrido. Não te falei que eles são...” “Cale a boca maninho.” Respondo a ele se cala. Preciso pensar e a voz dele me desconcentra.

Onde estão os outros monstros? Aqui deveria ter mais!

— Como você é uma humana, vivendo no underground, monstros talvez podem querer te matar.- A monstra explica, me tirando de meus próprios pensamentos.- Você precisa estar preparada para essa situação. Mas, não se preocupe! O processo é simples.

Ela aponta para um boneco do canto da sala, que não tinha percebido até agora.

— Quando encontrar um monstro, você vai começar uma luta. No meio dela, comece uma conversa amigável. Espere e virei rapidamente, resolver o conflito. Pratique falando com o boneco.

Encaro o boneco, com vontade de rir. Conversa amigável em uma luta? Ela realmente, deve ter problemas, ou um senso de humor até que legal.

Ainda bem. Por um segundo pensei que estava caindo no jogo dela.

“Não, só cansei de escutar sua voz.” Ele bufa.

Agora, golpeie o boneco com o graveto que possui.

“Não. No momento, pelo menos quando ela tenta nos manipular, tenho que obedece-la. Preciso conquistar sua confiança.”

Isso não vai funcionar para sempre.” E some.

Me aproximo mais e a mesma tela de luta surge, desta vez com o boneco em cima dela. Agora, tenho opções de lutar, agir, item e. Pelo jeito, posso fazer como ele pediu, mas continuo com meu plano:

— Hey... Boneco...! Como vai? Parece... lindo como sempre...!- Vejo a tela dizer que ganhei a luta e pelo canto do olho, observo Toriel ficando muito feliz.

Que lugar...

— Ah, muito bom! Você é muito boa!- Ela segue para a próxima sala e a sigo novamente, pensando em qual será o próximo desafio


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, ela estava mofando no meu notbook... Minha irmã estava me xingando por não postar.
Comentem criticas, é bom melhorar, não é?
...
Sou genocida mermo.
Papyrus e Asriel, senpais.
Sans e Ketchup=s2

Tá, agora sim, bye!