El Chapulín Colorado e o bloqueio do norte escrita por Raoni Adigun


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719590/chapter/1

.O mundo mudará desde o dia em que Donald Trump fora eleito presidente. Uma série de eventos históricos ocorreu nos anos seguintes de seu mandato, mas o enorme muro de concreto maciço que se estendia do oceano atlântico ao pacifico, e sua altura colossal fechando por completo a passagem dos dois países, cuja única entrada era apenas uma abertura em El Paso, Texas. Fortemente vigiado por centenas de guardas americanos que ficava andando de um lado para o outro ou dentro de suas cabines no alto da muralha segurando metralhadoras apontando para qualquer um que tentasse passar a força e holofotes para iluminar a noite para enxergarem todo aquele que tentasse se aproximar sorrateiramente.

.Centenas de pessoas morreram na construção do muro, mexicanos e americanos deram sua vidas para erguera, famílias perderam parentes, mães perderam filhos e mulheres perderam maridos. Com o decorrer dos anos que prosseguiram após o levante do bloqueio, milhares de mexicanos – Homens, mulheres e crianças – morreram ao tentarem atravessar a fronteira, as pessoas eram mortas pelos guardas ou pelos traficantes de pessoas que aguardavam ainda no México ou nos EUA esperando aqueles que conseguiram passar pelos guardas, era o caos, e a morte estava por toda a parte, os mexicanos começavam a chamar a fronteira de “paso de la muerte” (passagem da morte).

.Muitos protestos pela queda do muro foram feitas de ambos os países, mas a mídia e as vozes de ódio preconceituoso faziam com que os protestos contra o muro não se resultasse em nada para a população americana, e o lado mexicano sofria com repreensão da violência americana contra seu povo que protestava nas proximidades do muro que eram atingidos com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. De nada adiantará a vozes, pois eram calados com a violência do mais forte.

.Passaram-se dez anos desde o levante do muro. Era uma tarde como qualquer outra no subúrbio na Cidade do México, carros passavam pelas ruas a todo vapor, os gases poluentes faziam qualquer um tapar o nariz devido ao forte odor do gás carbônico, gangues ficavam parados nas esquinas segurando seus cães ferozes pela coleira. Mulheres passavam com suas crianças segurando a mão, ou jovem grávidas andavam com uma das mãos na suas grandes barrigas, cães latindo nas casas com muro baixo, e às vezes uma leve brisa passava no rosto de todos que estavam nas ruas. Mas não era um dia comum para um habitante, Roberto corria feito um louco com sua mochila nas costas e um mutuado de papéis que segurava nas mãos, alguns enrolados, outros amassados. Ele estica uma das mãos para apontar um ponto de ônibus não muito longe dali:

— Espere! – Grita ele para o ônibus que estava partindo.

.Uma mulher olha o desespero do garoto magro que parece que suas roupas pareçam enormes vestidos nele. Ela manda o motorista esperar por um minuto com a esperança de o garoto chegar a tempo, e apressando o passo e apertando seus olhos e fraseando a testa o garoto corre um pouco mais rápido, mas deixando alguns papéis escaparem e voarem com o vento.

.Ao chegar ao ponto de ônibus o garoto encurva seu corpo para poder segurar seus joelhos para poder respirar, todo suado, sua pele parda parecia perder a cor, seus olhos castanhos mel ficaram fundos e sem foco e seu cabelo preto e enrolado ficou desarrumado com a corrida. Sua camiseta amarela parecia que foi mergulhado numa bacia com água devido ao excesso de suor que continha. O garoto respira fundo antes de olhar nos olhos pretos da senhora e subir para o ônibus.

— Obrigado. – Faz uma pausa para puxar ar. – Senhora. – Conclui o garoto.

— Não tem de que garoto suba logo antes que o motorista de partida. – Diz a senhora que parecia não ter mais do que setenta anos.

— A senhora primeiro. – Diz o garoto mostrando o caminho para a idosa.

— Obrigada meu jovem. – Diz idosa subindo as escadas do ônibus que parecia que não tinha um concerto há anos.

.Após entrarem no veiculo o garoto senta ao lado da idosa e partem viagem para seus destinos. Alguns minutos se passam dentro do ônibus e o garoto começa a verificar os papeis que carregava consigo, a idosa curiosa começa a olhar discretamente os papéis na mão de Roberto.

— Desculpe pela curiosidade, mas o que são esses papéis? – Pergunta a idosa com ar de curiosa. O garoto olha para a idosa e em seguida para os papéis:

— Isso? São apenas coordenadas e relatórios de uma pesquisa que estou fazendo. Trabalho da faculdade.

— Faculdade? Quantos anos você tem?

— Tenho vinte e dois anos.

— Nossa. Parece que é mais jovem. – Diz a idosa com um sorriso amigável.

— Obrigado senhora, me deixo sem jeito. – Diz Roberto nervoso.

— Qual seu nome meu jovem?

— Me chamo Roberto. E a senhora?

— Não, eu não.

.Com um olhar de confuso o garoto volta a perguntar:

— Não senhora. Qual seu nome?

— Ah sim. Chamo-me Celina.

— Prazer conhecê-la. – Diz Roberto com um sorriso simpático.

— E o que são essas condenadas e redatórios?

.Roberto revira os olhos após a pergunta de Celina.

— São coordenadas e relatórios. – Diz Roberto corrigindo-a.

— Ah. E o que eles dizem? – Pergunta Celina curiosa de novo.

— Se a senhora quer saber mesmo. Já ouviu falar no Chapolin Colorado?

.Os olhos de Celina brilharam ao ouvir esse nome.

— Chapolin Colorado?! Já ouvi falar. O que tem ele?

— Então. Existem registros de que ele desapareceu há cinqüenta anos e que a única coisa que sobrou foi sua marreta biônica que está escondido em algum lugar no México em segurança, apenas esperando o seu verdadeiro dono.

— E você sabe onde estaria a marreta?

— Depois de muitos estudos, pesquisas e registros de pessoas na história. Coletei muita informação e conclui de que a marreta esteja no seu lugar de origem.

— E onde seria?

— Nos templos Maias.

.Celina respira fundo e sem comentar nada encosta suas costas no banco do ônibus onde esta sentada, ela olha para fora através da janela e se perde em seus pensamentos.

— Eu tenho que achar a marreta. – Diz Roberto quebrando o silêncio.

— Porque quer tanto achar a marreta? – Pergunta Celina virando o corpo para poder olhar para Roberto.

— Porque ele é a única esperança que temos para destruir aquele maldito muro. – Diz Roberto que começa a chorar em cima dos papéis que segura. – Meu pai e minha mãe tentaram atravessar a fronteira na época em que o muro foi erguido, mas os traficantes de pessoas os capturaram. Deceparam a cabeça do meu pai e arrancaram seus órgãos, minha mãe nunca mais foi vista, minha irmã mais velha cuidou de mim, mas com pouco dinheiro ela começou a se prostituir até que pegou uma doença sexualmente transmissível e morreu numa cama de hospital. Meu pai me contava as histórias do Chapolin quando eu era criança e de que ele desapareceu em uma grande batalha para poder salvar o mundo, então quando entrei na faculdade me dediquei a todo custo encontrar a marreta biônica e assim encontrar o Chapolin Colorado.

.Sem comentar nada apenas o silêncio Celina optou por fazer, o olhar de determinação e de tristeza nos olhos daquele garoto fez com ela chora-se por dentro, em sua mente várias perguntas e cenários criava para tentar entender a terrível vida que ele teve para chegar aonde chegou.

— É uma historia impressionante Roberto. – Decidiu dizer Celina para quebrar o silêncio.

— Obrigado Celina.

.Em um movimento repentino Roberto levanta de seu banco e aperta o botão de parada do ônibus.

— Bom, tenho que ir. – Diz Roberto parado de pé em frente à porta de saída do ônibus.

— Deus te guie meu filho. Espero que procure o que queira. – Diz Celina com um sorriso e uma pequena lágrima, tímida, mas bem nítida escorrendo em seu rosto.

— Obrigado Celina, para você também. – Agradece Roberto com um sorriso.

.Roberto desce do ônibus deixando Celina para trás, o ônibus parte em disparada para o próximo destino. Roberto caminha mais um pouco até chegar à universidade, chegando ao campus ele dispara para o prédio de arqueologia. Ao chegar a uma sala ele se depara com um homem alto e moreno, com o cabelo preto cortado e bem arrumado, trajava um paletó tradicional preto, os olhos também pretos como uma noite sem lua logo se dirigiam para onde Roberto estava.

— Está atrasado garoto. – Diz o homem que não aparentava ter mais que cinqüenta anos.

— Me desculpe professor Girafales. Tive um pequeno problema com o despertador.

— Tudo bem. Mostre-me o seu trabalho e tente me convencer. – Diz o professor cruzando os braços.

— Sim senhor. – Diz Roberto colocando todos os seus papéis em uma mesa perto do Professor. Ao ver os papéis espalhados Girafales se aproxima de Roberto para ver melhor. — Como pode ver professor, todas as coordenadas, relatórios e registros estão aqui. Há dois anos não tínhamos pistas, agora com tudo isso podemos finalmente fazer um mapa que nos levará até a marreta biônica.

.Com um olhar de impressionado Girafales começa a pegar os papéis e registros da mesa.

— Impressionante Roberto. – Diz o professor analisando cada papel.

— Obrigado professor. – Agradece Roberto. – E quando podemos ir?

— Deixe que eu cuide dos suprimentos para expedição. Você já fez mais que o suficiente, descase um pouco.

— Obrigado professor. – Diz Roberto que em seguida tenta pegar os papéis, mas é impedido pelo próprio professor.

— Eu vou precisar desses papéis Roberto.

— Como assim professor?

— Preciso mostrar ao reitor da universidade para que ele libere os fundos para a expedição.

— Entendi. – Diz Roberto que solta os papéis e se afasta um pouco até sair da sala e ver antes de fechar a porta o professor analisando as informações e pegando um charuto de seu bolso.

.Na madrugada do dia seguinte Roberto é despertado por um barulho ensurdecedor. Ele pensará que fora seu despertador, mas era seu celular cujo toque ele tinha colocado no volume máximo algumas semanas atrás e tinha se esquecido de baixar, ele pega o aparelho telefônico e verifica o número na tela, era seu professor ligando, então de imediato ele aperta o botão de “atender” na tela do celular.

— Alô? – Diz Rodrigo com uma voz sonolenta, pois ainda estava ainda com sono. Ele aperta os cantos dos olhos com os dedos para poder tirar a sujeira, e assim ficar mais despertado.

— Alô. Rodrigo! – Diz Girafales na outra linha.

— Sim, sou eu professor. O que aconteceu? – Diz Rodrigo um pouco mais despertado.

— Conseguimos Roberto! – Diz o professor animado.

— Conseguimos o que?

— Conseguimos a licença para e expedição. Arrume suas malas, pois amanhã faremos uma vista aos templos maias! – Diz o professor elevando um pouco a voz.

.Ao ouvir a noticia, Roberto desmaia de emoção e volta a dormir.

— Alô? Roberto? – Diz Girafales confuso e sem saber o que aconteceu. – Tenha uma ótima noite e nos vemos amanhã universidade. – Conclui Girafales desligando o celular.        


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem até aqui, não se esqueçam de deixar um comentário, divulgar para os amigos e favorita para dar uma força, muito obrigado e até o próximo capitulo. =^.^=



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "El Chapulín Colorado e o bloqueio do norte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.