State of Grace escrita por Edmayra McHale


Capítulo 6
Can you hear the silence?


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Eu sei, eu sei. Um ano sem atualização, mas não, eu não desisti!
Boa leitura!



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3 de janeiro de 2019

O dia estava nublado. Desde que a amiga partira, Oliver tinha a sensação de que todos os dias eram iguais, monótonos. Ele rolou na cama por vários minutos antes de finalmente resolver levantar. Após um rápido banho, o homem de cabelos longos e loiros se vestiu e seguiu até a cabana de seu alfa. Bateu na porta algumas vezes, estranhando ao não receber resposta, e olhou no relógio. Ele não ia ao escritório até às nove, mas não custava procurá-lo, não é?

Caminhou até o salão comum da alcateia e subiu as escadas, mas não encontrou nada além de bagunça. Aproximou-se da mesa com passos apressados e viu que a gaveta onde ele deixava o celular estava arrombada.

Merda”, pensou e logo correu de volta à cabana, arrombando a porta com um chute.

Diferente do escritório, a casa ainda estava limpa e organizada, passou os olhos pela cozinha e seguiu para a sala de estar, sentindo sua respiração falhar ao encontrar o corpo de Daniel estirado ao chão. Levou as mãos à cabeça quando viu o coração ao lado do cadáver e começou a gritar por qualquer um que estivesse perto, não demorando a ter uma pequena multidão na frente da casa.

Gregory foi o primeiro a se aproximar, apertando o ombro do mais jovem em forma de consolo, e respirou fundo, observando o corpo do amigo. Passos fortes e raivosos foram escutados na varanda, abrindo caminho entre os moradores. Seus olhos logo se desviaram da dupla para o pai.

— O que você fez? — A voz de Trevor era seca e rude, atraindo o olhar incrédulo de Oliver para si.

— O que eu fiz? — O loiro arrumou sua postura, encarando o moreno, e balançou levemente sua cabeça em negação. — Além de ter sido um filho melhor do que você?

— Você pode ter sido um filho melhor do que eu, mas você não tem o sangue dele, não é? Isso jamais seria o suficiente para que ele nos visse como iguais, foi por isso que o matou? — acusou, causando certo espanto nos moradores.

— Sabe que eu nunca faria algo assim — o loiro se defendeu num tom um pouco baixo e magoado.

— Como foi mesmo que ativou sua maldição, Oliver?

A questão fez o outro engolir em seco. Oli recuou um passo, encarando o moreno, e cerrou os punhos fortemente, tentando se controlar.

— Foi o que eu pensei.

Pelos olhos do herdeiro, Oliver sabia que ele segurava seu sorriso vitorioso, mas, pela situação, o Blake preferiu assumir sua melhor expressão de dor. Uma bela encenação, Oli diria. Apenas os dois sabiam da verdade, mas ninguém acreditaria naquele que não tinha o sangue de seu alfa correndo pelas veias e, mesmo que acreditasse, não poderiam fazer nada. O comando passaria para Trevor de qualquer maneira, como se já não fosse o bastante que todos o adorassem. O loiro estava de mãos atadas.

 

 

Mackenzie acordou nauseada. Seu estômago embrulhado e sua cabeça latejando eram a perfeita combinação do caos. Levou uma mão ao ventre e a outra à boca, correndo até o banheiro, onde se jogou de joelhos em frente ao sanitário. Aquela situação quase a fazia sentir falta dos ossos se quebrando durante a transformação.

Depois de alguns minutos, abraçada à privada e pondo o jantar da noite anterior para fora, finalmente conseguiu um pouco de ar e sentou-se encostada à parede. Deu a descarga e passou as mãos pelos cabelos, prendendo-os melhor. Pensou em tomar logo um banho, mas ainda não tinha forças para levantar. Estava quase desistindo e jogando-se ao chão, mas teve uma ideia melhor.

Ligou a torneira da banheira, deixando que a água morna a preenchesse, e começou a tirar suas roupas. Puxou uma toalha e apoiou em seu pescoço na borda da banheira, conseguindo se acomodar um pouco melhor. Levou um pouco de água ao rosto e respirou fundo, observando a margem subindo aos poucos. Finalmente conseguiu sentir o corpo relaxar, mas cometeu o erro de deixar os olhos fecharem.

 

— Você não devia estar em outro lugar? — a mulher perguntou ao moreno que se aproximava.

Repousou as mãos em sua cintura, puxando-a de encontro ao seu corpo, e esboçou um leve sorriso. Ela suspirou com o contato, apoiando as mãos em seus ombros, e acariciou quando ele olhou em seus olhos.

— Eu só queria ver como a minha garota estava — sua voz saiu um pouco rouca, Trevor umedeceu os lábios e apertou a cintura dela. — Me pareceu melhor do que ligar.

— Tem razão, você é muito esperto, sabia, senhor Blake? — Mackenzie rebateu, abraçando-o pelo pescoço com os dois braços, e o puxou para si, selando seus lábios lentamente, sentindo um arrepio percorrer seu corpo pelo toque dele em suas costas.

Quando interromperam o beijo, Mack puxou o marido pela mão e avisou à colega que tiraria alguns minutos de intervalo. Entraram na sala das enfermeiras e a mulher trancou a porta, sentindo as mãos do parceiro puxarem-na de volta de encontro ao seu corpo, encostando-a na parede mais próxima.

Um suspiro de satisfação escapou por seus lábios ao sentir os dele percorrerem seu pescoço. As mãos de Trevor deslizavam firmemente pelas laterais de seu corpo, fazendo-o arder de ansiedade. Ela manteve os olhos fechados para aproveitar as sensações, mas mordeu o lábio para conter sua frustração quando ele se afastou. No entanto, abriu-os rapidamente ao sentir as mãos firmes dele ao redor de seu pescoço.

 

A Kenner acordou no susto, usando o pé para desligar a torneira da banheira, que começara a transbordar, e levou uma das mãos ao pescoço, fechando os olhos com força para tentar acalmar seus batimentos. Praguejou baixo, passando as mãos molhadas pelos cabelos, e logo escondeu o rosto entre elas, respirando fundo.

— Eu vou acabar enlouquecendo desse jeito — murmurou para si, levando uma das mãos ao ventre, e encostou-se de novo na borda da banheira. — Ele nem sempre foi assim — sussurrou, falando ao filho, e mordeu o lábio. — Sei que está sentindo as coisas ruins agora, mas eu já passei por coisas boas também. Eu só queria que tudo tivesse sido diferente para nós — desejou, soltando um longo suspiro, e tentou se acomodar.

Depois de mais alguns minutos, encontrou coragem para levantar e enrolou-se na toalha. Olhou para o celular desligado na cômoda do quarto, lembrando-se do ocorrido no dia anterior, e sentiu seu estômago embrulhar. Mack engoliu em seco e desviou sua atenção, seguindo para o armário, não demorando a encontrar uma muda de roupas.

— Nós vamos sair um pouco, não aguento mais olhar pra essas paredes. — Suspirou, passando a mão pela própria barriga, e ajeitou a jaqueta ao corpo, calçando suas sapatilhas no canto do quarto.

Pegou sua chave e carteira no caminho para a porta, mas parou ao ouvir seu outro celular apitar, avisando da chegada de uma mensagem. Arregalou um pouco os olhos ao ler o conteúdo, surpresa pela rapidez, e voltou ao quarto para se trocar.

 

 

Para quem olhasse de fora, o lugar estava quieto, algo normal se considerasse uma clínica hospitalar, mas, assim que entrasse, o clima parecia um pouco mais harmonioso do que de costume. As pessoas não estavam melancólicas e deprimidas por estarem ali, na verdade, conversavam um tanto animadamente com quem estava próximo.

A mulher de cabelos pretos apertou a bolsa contra o corpo ao notar que as conversas pararam e os olhares voltaram para si, mas acalmou-se um pouco ao receber alguns cumprimentos de bom dia. Respondeu num tom tão tímido quanto seu sorriso e olhou em direção ao pequeno corredor ao ouvir passos.

— Você deve ser Mackenzie. — A negra se aproximou, tirando as luvas de látex, e lhe estendeu uma das mãos, sorrindo de leve para a recém-chegada.

— Isso — confirmou, aceitando o gesto, e sorriu de leve, soltando um breve suspiro.

— Eu sou Keelin, dona da clínica — apresentou-se, levando uma das mãos ao bolso do jaleco, e tirou uma pequena caderneta. — Se importa de andar comigo? — Suspirou aliviada ao ouvi-la negar e chamou pelo próximo paciente, guiando-os até o consultório livre. — O que temos aqui? — perguntou à mãe do menino que se sentava à maca com a ajuda de Mackenzie.

— Ele passou os últimos dois dias com febre — ela começou a contar, parando ao lado do filho quando Mack se afastou, não demorando muito a voltar, vendo-a estender um par de luvas para a médica. — Não tem comido nem bebido nada direito, eu achei que pudesse ser só uma gripe, mas hoje ele reclamou de dores.

— Certo, vamos descobrir o que está acontecendo — garantiu Keelin, apoiando suas mãos na nuca do menino, e apalpou seu pescoço lentamente com os polegares, ouvindo-o resmungar um pouco de dor. — Desculpe — pediu e sorriu fraco, pegando um palito de madeira na mesa de procedimentos ao seu lado e a lanterna no bolso do jaleco. — Diga “a”. — Assim o menino fez e ela usou o palito para afastar a língua enquanto observava sua garganta. — Alguma ideia do que possa ser, senhorita Kenner?

— Faringite? — palpitou, com as mãos unidas nas costas, e dividiu seu olhar entre a dupla.

— Muito bem. — Não escondeu seu sorriso satisfeito, retomando sua postura, e pegou o bloco de receitas em seu bolso, junto à caneta, prescrevendo alguns remédios para o tratamento.

— Chá de romãs também pode ajudar — aconselhou a mais nova, recebendo os olhares das mulheres, notando a médica acrescentar algo na parte de baixo da receita antes de entregar à mãe.

— Se ele não melhorar em dois dias, volte aqui e vamos fazer um exame mais detalhado, está bem? — pediu, vendo a mulher assentir ao pegar o filho no colo. — Obrigada, doutoras.

— Eu sou só uma enfermeira — Mack contou, sorrindo sem graça, mas assentiu para garantir que estava tudo bem.

Assim que os dois se retiraram, Keelin aproximou-se de Mackenzie, examinando-a de cima a baixo, e tirou as luvas, jogando na lixeira ao seu lado, estreitando um pouco os olhos.

— Quando pode começar?

— Imediatamente, se precisar — garantiu, mantendo seu olhar na médica, e retomou sua postura, logo devolvendo o sorriso que recebeu.

— Você é boa, tem certeza de que é só uma enfermeira? — brincou.

— Eu tive duas boas professoras antes disso. — Sorriu fraco ao se lembrar da avó e da sogra, soltando um longo suspiro. — Eu só preciso contar uma coisa antes de continuar…

— Eu tenho certeza de que não será um problema agora, então, por que não conversamos no café daqui a pouco? — sugeriu, vendo-a assentir, e sorriu de leve antes de deixar o consultório, indicando a ela a sala de descanso para que se trocasse.

A sócia de Keelin não demorou a chegar, assim como sua enfermeira, então, a sala de espera se esvaziou de maneira consideravelmente rápida. Com alguns minutos sobrando, Keelin chamou Mackenzie para a sala de descanso, indicando-lhe uma das cadeiras enquanto preparava o café. A médica caminhou até a geladeira e pegou a pequena caixa de donuts que havia recebido naquela manhã, pondo à mesa, logo voltando com duas canecas de café, tomando um gole da sua ao se sentar de frente para Mackenzie.

— Algum problema? — questionou num tom calmo, pegando um dos donuts para dar uma mordida. — Nós ganhamos muitas dessas coisas, então, eu sugiro que esqueça a dieta — brincou.

— Não, na verdade… — A Kenner mordeu os lábios, soltando um longo suspiro, e segurou sua caneca entre as mãos, unindo os dedos do outro lado. — Eu fugi de casa na semana passada — contou, abaixando o olhar, e encolheu um pouco seus ombros. — Desculpe, eu achei importante começar com isso, porque eu realmente não sei mais do que o meu marido é capaz…

Keelin respirou fundo, encostando-se à cadeira, e deixou seu donut de lado, unindo as mãos sobre o colo, como se tentasse demonstrar à outra que estava prestando atenção. Com certa calma, Mackenzie contou à nova empregadora o que havia acontecido no Kentucky, apenas o suficiente para que não pensasse que estava inventando histórias, mas, por fim, contou o real motivo de ter saído de lá e voltado para Nova Orleans.

A médica ficou em silêncio por alguns instantes, absorvendo as informações, e observou a mulher à sua frente com cautela. Não sabia ao certo o que dizer, sentia-se em choque. Tinha medo de que Mack pudesse pensar que não se importava, mas, na verdade, aquele silêncio era até confortável para a Kenner. Ela mal conseguia acreditar que havia tirado aquele tormento de seu peito. Mack ergueu seu olhar quando ouviu a negra pigarrear, como se voltasse a si.

— Eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso — expressou a médica, estendendo suas mãos, e segurou firmemente as da enfermeira, olhando-a nos olhos. — Obrigada por compartilhar a sua história comigo.

— Obrigada por me ouvir. — Mack sorriu um pouco sem graça, mas apertou as mãos dela, soltando um breve suspiro. — Eu prometo que vou dar o meu melhor por esse lugar enquanto eu puder — garantiu, recebendo um leve sorriso em resposta.

— Eu sei que vai.

 

 

Mackenzie chegara exausta em casa à noite. Havia perdido a prática de passar o dia inteiro fazendo algo? Ou era apenas o modo de seu corpo lhe lembrar de que estava trabalhando por dois? Por terem saído tarde da clínica, Keelin a convidou para jantarem num restaurante não muito longe do local, então, quando passou pela porta do apartamento, pôde simplesmente seguir em direção ao banheiro sem se preocupar em ter que fazer algo para comer.

Assim que sua cabeça encostou ao travesseiro, ela adormeceu. Estava cansada demais para registrar seu dia no diário, faria aquilo pela manhã. Aproveitaria para se preocupar com um gole de seu chá. Tudo o que ela queria e precisava era uma longa e silenciosa noite de sono. Mas não foi tão longa assim.

Por volta das três da manhã, ela remexeu-se na cama, sentindo um leve desconforto em suas costas, não o suficiente para acordá-la, mas o par de mãos envolvendo seu pescoço sim. Ela abriu os olhos com desespero, encontrando uma figura de cabelos pretos sobre si, e levou as mãos aos punhos dele, apertando com força para tentar se soltar, sem conseguir gritar ou fazer qualquer outra coisa.

Mesmo que as unhas dela entrassem em sua carne, ele não parecia se afetar – já havia sofrido coisa pior, mais lhe pareciam agulhas. Ele apertou sua garganta um pouco mais, vendo o rosto dela ficar cada vez mais pálido, ouvindo seus batimentos acelerados de pânico começarem a diminuir, indicando a resistência dela indo embora.

Antes que perdesse a consciência, Mack ainda pôde ver um vulto lançar o homem longe, sentindo seus pulmões arderem com a volta do ar, mas não foi o suficiente para que continuasse acordada.

 

A noite estava tranquila demais, embora Niklaus conseguisse ouvir a música do bar no fim da rua. Com a lua refletida em sua janela, ele tinha os olhos fixos na tela à sua frente, dando traçadas suaves com o pincel para pintar a imagem que construíra em sua mente. Fechou os olhos para tentar visualizá-la melhor, mas o que conseguiu foi algo totalmente diferente.

O ruído de vidro quebrando invadiu seus ouvidos. Pelo leve eco, sabia que estava próximo. Abriu os olhos e olhou em direção ao lado oposto da rua, encontrando apenas janelas fechadas e luzes apagadas. Se fosse ela indo à cozinha no meio da noite, teria acendido as luzes, não é?

Deixou seu pincel de lado e lançou-se para o corredor dos apartamentos tão logo quanto abriu as portas de sua sacada. Procurou pelo apartamento e encontrou-o com a porta encostada. Com sua velocidade sobrenatural, não demorou a alcançar o quarto e arremessou o homem de joelhos sobre a cama para próximo das portas francesas.

Klaus examinou a mulher brevemente com o olhar, apenas para ter certeza de que estava bem, e voltou sua atenção ao estranho, fechando os punhos com força. O lobo tentou avançar contra ele, mas não conseguiu fazer muito, pois logo atravessou as portas para a varanda, quebrando não apenas a tranca, mas também sua vidraça. O híbrido se aproximou a passos pesados e o agarrou pelo pescoço, virando o rosto dele para si antes de compeli-lo.

— Por que está fazendo isso? — questionou num tom impaciente, notando a relutância em seu olhar, mas não adiantou muito para o outro.

— O marido dela me mandou.

— E por que ia matá-la? — Apertou um pouco mais, encarando-o, e mordeu o lábio para tentar segurar sua vontade de arremessá-lo do outro lado da rua.

— Eu não ia matar, só desacordar. Ele a quer viva — respondeu a contragosto, desejando ter engolido a própria língua, e apertou o pulso dele quando sentiu sua garganta fechar cada vez mais, mas um longo suspiro de alívio escapou por seus lábios quando o original lhe soltou.

Niklaus virou-se de costas, levando uma mão ao bolso da calça, e alongou os dedos da outra, parando seu olhar na mulher. O que ela havia feito de tão grave para que chegasse àquele ponto? Quem era seu marido para estar tão irritado? Ajustou sua postura, ouvindo o outro resmungar e tentar se levantar. Quando correu em direção à porta, no entanto, Klaus apenas se virou com o braço erguido e acertou seu peito em cheio, lançando-o pelo parapeito em direção à rua.

Pulou as grades, agora um pouco tortas, e aterrissou à frente dele, que tentava se arrastar de costas no chão e se afastar do monstro de olhos amarelos, acabando por alcançar a parede. O loiro olhou ao redor, mas logo ajoelhou à sua frente e enfiou a mão em seu peito, vendo a vida deixar os olhos do lobo ao arrancar seu coração. De pé novamente, pôde sentir uma presença alguns passos atrás e se virou com o olhar fixo no apartamento de portas quebradas.

— Eu acho melhor preparar o cheque, ela não vai poder ficar lá com a casa daquele jeito — comentou antes de caminhar de volta até o lugar.

Elijah acompanhou o irmão com o olhar por alguns instantes, mas logo voltou-se para o cadáver que ele havia deixado. Olhou em seu relógio e suspirou pelo horário, mas arregaçou uma das mangas de sua camisa social e puxou o corpo consigo pelo colarinho da jaqueta até dentro do casarão Mikaelson no Quartel Francês.

Dentro do apartamento, Klaus fechou a porta para não chamar muita atenção e seguiu até o quarto da cunhada de Hayley. Tirando as duas portas, as grades da sacada e alguns cacos de vidro perto da cozinha, não havia mais nada danificado, mas, depois daquilo, talvez fosse melhor mantê-la por perto enquanto avisava a mãe de sua filha. Com um longo suspiro, ele se aproximou da cama e puxou a mulher para seus braços, conseguindo notar a cor de volta em seu rosto, o que o deixou um pouco mais tranquilo. Seguiu até a sacada e, com um pulo, alcançou a sua.

Pensou em colocá-la em um dos quartos de hóspedes, mas, em seu ateliê, ainda tinha uma cama, já que antes tinha a mesma função. Aproximou-se e a deitou com cuidado. Acabou unindo o útil ao agradável, daquela forma, poderia continuar de olho nela enquanto tentava terminar sua pintura. Puxou a coberta e a cobriu até os ombros, soltando um breve suspiro pensativo ao caminhar de volta até o cavalete com sua tela. Deu uma última olhada na mulher sobre o ombro e puxou seus instrumentos, voltando sua atenção à tarefa como se nada tivesse lhe distraído.


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Notas finais do capítulo

É isso, amores. A boa filha à casa torna. Eu quero me desculpar por ter levado tanto tempo para atualizar, mas eu ainda estou com aquele mesmo problema de sempre: criatividade no lugar errado. Não vou prometer atualizações mais frequentes, mas, se você ainda não desistiu, eu espero que valha a pena, porque eu ainda faço com muito carinho.
Obrigada por ler, esperar e acompanhar.
Até a próxima xx



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