Pov's Seeylfe

Meu nome,é Seeylfe Spantosicus Strondus III.Tenho 19 anos e estou morando na Carolina do Norte,no apartamento que divido com minha amiga,Elsa Snow.

Estou na cidade apenas por conta da faculdade,estou fazendo gastronomia.Eu amo cozinhar.Já estava com dois anos de curso.Eu trabalhava como garçonete para ajudar a pagar o aluguel e a faculdade.Meu pai insistia em pagar,mas eu não era mais sua filhinha.Eu cresci e tô curtindo esse negócio de independência.

Meus pais,Stoico e Valka,estavam em Londres.Lá era minha casa.Meu irmão gêmeo caçula,Soluço,estudava na mesma faculdade que a minha,mas cursava engenharia mecânica.Ele morava no apartamento de Jack Frost,namorado de Elsa.

Já tive alguns namorados no colegial,mas nenhum sério.Eu não me considerava bonita,mas feia também não.

É o que?Tinha cabelos ruivos com cachos nas pontas,olhos verdes azulados,pele branca como a neve e um corpo perfeito.TÁ CERTO!EU SOU LINDA SIM!kkkkk

No momento,eu estava caminhando pela a rua,distraída,enquanto eu conversava com Heather pelo whatzap.

Estava tão focada no aparelho,que não prestava atenção mais nada ao meu redor.

Me choquei violentamente contra o corpo de alguém,o que fez meu celular cair da minha mão e meu corpo cair no chão com tanta força,que bateu minha cabeça.

Fechei os olhos,fazendo uma careta,enquanto levava a mão à cabeça que latejava.

—Me desculpe!Tudo bem com você?-ouvi a voz da pessoa que era culpada da minha dor.

Cerrei o punho,pronta para descer o cacete no indivíduo,quando ergui meu olhar.

Meu queixo despencou.

Se aquela pessoa foi com quem eu esbarrei,então eu me considero a garota mais sortuda do mundo.

Na minha frente em pé,estava um homem lindo maravilhoso.Ele tinha cabelos loiros bem espetados,olhos azuis safira,pele branzeada e um corpo forte.Meu Thor!Que homem é esse?Alguém me abana aqui!

—Moça!Está me ouvindo?-chamou analisando minha cara.

Fechei minha boca,antes que eu babasse.

—Eu tô!-respondi rapidamente,mas gemi de dor ao ver que a cabeça ainda doía-Aí...minha cabeça...

Ele segurou minha mão e me puxou,me ajudando a levantar.Morri!*0*

—Desculpe,eu não te vi-respondeu constrangido.

—Não,é que eu sempre fico distraída quando tô no celular-expliquei sorridente.

Desfiz o sorriso e arregalei os olhos.

—MEU CELULAR!-berrei olhando ao redor,procurando-o.

Avistei o aparelho ali perto,com a tela toda trincada.

—Merda!-esbravejei incrédula pegando o celular do chão-Meu irmão vai me zoar pelo o resto da minha vida!

Bem que o Soluço havia avisado que um dia isso ia acontecer.Quando eu encontrar ele,vou descer o cacete nele por estar malditamente certo.

—Você não quer entrar na cafeteria?Esperar a dor passar?-perguntou o belo homem,parecendo preocupado.

COM CERTEZA!

—Tá,tudo bem-sorri timidamente.

(...)

Na cafeteria...

Pressionei a compressa de gelo no local dolorido da cabeça.

—Nossa,a dor deve tá forte né?-comentou ele fazendo uma careta.

—Isso me surpreende,dizem que eu sou cabeça dura-brinquei rindo.

Ele deu um lindo sorriso torto.E que sorriso!

—Você tem um sorriso lindo-confessou me encarando profundamente.

Minhas bochechas coraram imediatamente.

—Ah...Obrigada-sorri envergonhada-O seu também.

Ele riu.

—A gente conversando e eu nem perguntei seu nome ainda-alertou.

Pus a compressa de gelo em cima da mesa e estendi minha mão em sua direção.

—Seeylfe Strondus,prazer-sorri.

Ele apertou minha mão.

—Dag Hofferson,é um prazer-piscou,me fazendo corar outra vez.

(...)

No apartamento...

—Ele é lindo!Não!É um anjo!Não!Ele é perfeito!-exclamei animada para Elsa-Meu Thor,Snow!Mas que homem gostoso!Eu queria ter continuado conversando com ele!

—Ele deve ser bem bonito para te deixar assim-comentou risonha-Mal o conheceu e já está caidinha por ele.

—E-E-Eu não-gaguejei nervosa,ficando vermelha.

—Sei,seu rosto vermelho diz outra coisa-alertou marota-Porque não chama ele pra sair?Pegou o número dele?

—Ele pegou meu número-respondi-Agora do que adianta se eu não tenho mais celular!

—Falando no seu celular...cadê ele?-questionou.

Peguei o aparelho de dentro da bolsa e mostrei,fazendo Elsa rir.

—O Soluço bem que te avisou!-exclamou ainda rindo.

Rolei os olhos.

—E agora?Como vou comprar outro celular?-perguntei aflita.

—Apela pro seu pai,ele é cheio da grana-deu de ombros.

—Eu não quero pedir dinheiro para o velho Stoico-afirmei-Sou adulta e tenho emprego,posso pagar outro celular pra mim.Nem que isso demore meses!

A campanhia tocou.

Franzi a testa confusa.

—Você está esperando o Jack ou a Anna?-questionei.

—Não-negou parecendo tão confusa quanto eu.

Me levantei do sofá e caminhei até a porta,abrindo-a.

—Srta.Strondus?-perguntou o carteiro com uma pequena caixa na mão.

—Sou eu-respondi surpresa.

—Enviaram para a senhorita-declarou me entregando a caixa.

Sorri educada,fechando a porta.

Voltei até o sofá e me sentei ao lado de Elsa.

—Diz o nome de quem mandou?-perguntou curiosa.

—Não-respondi com a testa franzida e abrindo a caixa.

Arregalei os olhos surpresa ao ver conteúdo da caixa:Um pequena caixa com um celular novinho,uma camélia e uma carta.

Ainda espantada,peguei a carta em minhas mãos,começando a ler:

"Querida Seeylfe,
Fiquei muito mal por ter sido o responsável por você ter ficado sem celular,por isso,eu comprei um novinho em folha,para eu sempre poder entrar em contato com você.
Como achei seu endereço?Eu rastreei seu número.Por enquanto,não vou lhe contar sobre minha profissão.Ah e também tem uma camélia aí.Você citou que era sua flor favorita em meio a nossa conversa.
E agora que você entrou na minha vida,não irá escapar tão fácil
Com amor,
Dag Hofferson".

Um sorriso bobo cresceu em meu rosto.

—Isso é dele!?!-exclamou Elsa não contendo a empolgação.

Assenti com a cabeça lhe entregando a carta.

Peguei a delicada camélia e fechei os olhos,cheirando-a.

—AH MEU DEUS!ELE TÁ MUITO AFIM DE VOCÊ!-ouvi a Snow berrar animada.

(...)

Sete anos depois...

Já fazia sete anos que eu estava casada com Dag.Depois que nos conhecemos,passamos a nos encontrar e pouco depois,começamos a namorar.Acabei descobrindo a profissão dele:Agente do FBI.

Um ano depois de namoro e depois de me formar,ele me pediu em casamento.Para a festa,meus pais e meu irmão se mudaram pra cá e permaneceram,principalmente porque Soluço se apaixonou por Astrid,irmã mais nova de Dag.Eles também se casaram.

Com a ajuda de papai(deixei meu orgulho de lado),consegui criar meu restaurante e junto com Dag,construímos uma casa enorme,para nós,meus pais e Soluço com Astrid morarmos todos juntos.Os pais dele já haviam morrido.

Um ano depois de casados,eu e Dag descobrimos que íamos ser pais de um menino.Quando nasceu,botamos o nome de Stoico,em homenagem ao meu pai.

Quatro anos depois,no quinto ano de casados,descobri que eu estava grávida de gêmeas.Quando elas nasceram,a mais velha,pus o nome de Sophie,em homenagem à minha avó materna e Dag pôs o nome de Vitória na outra,em homenagem à sua mãe.

Mais um ano se passou e no sexto ano de casados,eu e Dag tivemos mais uma filha e lhe chamamos de Camélia,em homenagem à minha flor favorita.

Soluço e Astrid tiveram três filhos:Jade,Leo e Rose.Elsa casou com Jack e tiveram quatro filhos:Isabella(Bella),Luís,Snowflake e Emma.Os meus outros amigos também tiveram filhos.

Quando eu e Dag fizemos sete anos de casados,Stoico já estava com seis anos,as gêmeas com dois e Camélia com um ano.Depois disso,meu marido começou a se afastar e prestar mais atenção ao trabalho,o que estava começando a me preocupar.

(...)

Eu estava sentada em uma das inúmeras cadeiras da sala de espera,enquanto eu batia o pé no chão nervosa.

—Filha...você precisa comer-insistiu mamãe preocupada.

—Não enquanto eu não souber da minha filha-afirmei preocupada.

Era uma hora da manhã e eu estava no hospital com Astrid,Soluço e meus pais.O motivo:Camélia estava ardendo em febre.

Deixei Stoico e as gêmeas em casa com Heather,já que Elsa havia ido morar em Londres com Jack e os filhos.

Me coloquei de pé imediatamente quando o médico se aproximou.

—Os pais de Camélia Hofferson-chamou.

Dei um passo à frente.

—Sou a mãe dela-declarei aflita-O pai não está aqui.

Nunca está na verdade.

—Sua filha vai ter que ficar internada,está com pneumonia-explicou me fazendo arregalar os olhos-É só o que podemos dizer por enquanto.

Eu estava paralisada e Soluço percebeu meu estado.

—Obrigado doutor-meu irmão sorriu educado e o médico se afastou.

As lágrimas de preocupação e aflição escorreram pelo o meu rosto.

Ouvi passos apressados.

—Cadê a Camélia?Cadê minha filha?-reconheci imediatamente a voz de Dag.

Virei-me brutalmente para encará-lo.

—Ah?Só agora que seu chefe te liberou?-ri irônica.

—Seeylfe,conversamos sobre isso depois-alertou me encarando.

—Não!Nós vamos conversar agora!-exclamei irritada-Eu já estou cansada!Você não liga mais pra mim e nem para os nossos filhos!

—Seeylfe,estão todos olhando-avisou Astrid constrangida.

Franzi a testa determinada.

—Eu quero divórcio-afirmei.

Dag arregalou os olhos chocado.

—Amor,você está nervosa...está cansada...-alertou tentando se aproximar de mim,mas eu recuei.

—Assim que Camélia sair desse hospital,vou falar com o advogado-declarei fria.

(...)

Dias depois...

Assim que minha filha melhorou e saiu do hospital,entrei em contato com o advogado,para preparar os papéis do divórcio.

Dag,em todas as vezes negou,mas pressionado pela a justiça,não teve escolha e assinou os papéis.O Juiz dividiu nossos bens e como nós vivíamos brigando na hora da guarda dos nossos filhos,ele acabou dando um ordem:Nós ficaríamos longe um do outro e dividiu os filhos entre nós.

Assim que o Juiz deu a resposta final,eu entrei em desespero,pois não queria me separar de nenhum filho meu,mas infelizmente,não tive escolha.Dag ficou com Stoico e Sophie.Eu fiquei com Vitória e Camélia.

(...)

Meus pais já estavam em Londres,assim como Soluço e Astrid com seus filhos.

As malas já estavam no carro e minhas filhas também.

Dei um abraço forte em Stoico e Sophie,então,me levantei e saí de casa.

Quando já estava perto do carro,meu braço foi segurado e virei minha cabeça para encarar Dag.

—Lembra o que o juiz disse-lembrou-Você pode voltar atrás.

Engoli o seco.

—Eu não vou voltar atrás-afirmei puxando o braço e entrando no carro.

Liguei o veículo e comecei a dirigir,observando Dag pelo o retrovisor.

As lágrimas escorreram pelo o meu rosto e eu fui obrigada a prestar atenção na estrada.