Minha vida seguiu quase normalmente. Eu ia para o trabalho, voltava para casa dos meus pais e então aparatava para casa de Viktor. 

A senhora Krum me fazia muitas perguntas sobre como era o mundo dos trouxas sempre que ficávamos no mesmo cômodo.

O meu trabalho estava relativamente parado, depois de todo meu trabalho os elfos domésticos começaram a exigir mais os seus direitos nos trabalhos para os bruxos.

Terminei de pegar minhas coisas e fui até a lareira, a rede de fluo me levou até a sede do ministério. Os aurores estavam procurando os seguidores de Voldemort na última guerra, muitos apareceram declarando estarem sob efeito da maldição imperium. Alguns como Lucio Malfoy, não me pareciam estar sendo verdadeiros com isso.

Esbarrei em Harry que estava parado perto da fonte. 

— Ai! - Exclamou ele. - Bom dia Mione.

— Desculpe. Bom dia Harry. - Sorri.

— Como estão as coisas? 

— Está tudo bem. E como está o casamento? 

— Gina está grávida. - Respondeu ele sorrindo.

— Que notícia boa Harry. - Afirmei. - Sinto falta da Gina, mas nem tenho cara para falar com ela. Já sabe... - Fui interrompida.

— Harry! - Gritou Rony do outro lado da fonte. - Temos trabalho.

— Já estou indo. - Respondeu Harry. Rony continuou nos encarando quando Harry me abraçou. - Almoça comigo mais tarde? 

— Claro. 

Ele seguiu Rony para um dos elevadores. Esperei o próximo, minha manhã foi normal e pouco agitada, caminhei para fora do ministério. Sempre que Harry marca um almoço comigo é num restaurante trouxa perto do ministério.

Quando cheguei ele já estava sentado me esperando. Ele levantou-se quando cheguei para me cumprimentar.

— Velhos hábitos não morrem. - Falei.

— Verdade. Gina não sente raiva de você. Ficou chateada claro, queria que fossem cunhadas, mas ela não odeia você, ela até disse que sente sua falta. - Disse ele tão de repente que se não estivesse sentada teria caído.

— Vocês já sabem se é menino ou menina, o bebê? 

— Gina diz ter certeza que é um menino. - Explicou.

— E o nome? 

— Thiago Sirius. - Disse ele e pude notar a emoção dele nesse momento.

— Fico muito feliz por você. 

Depois de jogar conversa fora por algum tempo com Harry e uma tarde cansativa no escritório fui para casa quando saí na lareira minha mãe estava lá a minha espera.

— Harry vai ser pai. - Comentei. Ela sorriu, mas foi um sorriso grandioso demais para situação.

— Tem uma pessoa te esperando.

Segui-a para a sala, Viktor estava sentado no sofá ele usava o uniforme de treino de quadribol. 

— Vou tomar banho e me vestir então podemos ir para o seu treino. - Falei.

— Tudo bem. - Disse ele. - Convidei seus pais para irem junto.

— Sério? O que o treinador achou disso?

— É um treino nosso. O time organizou, então está tudo bem.

Desconfiei, ergui uma sobrancelha e assenti relutante. Sem mais palavras subi as escadas e entrei no chuveiro, durante o banho repassei minha conversa com Harry e não pude deixar de sorrir.

Vesti-me com uma roupa comum, calça, tênis, blusa vermelha e casaco preto. O colar que Viktor me dera com pirgente de pomo de ouro estava sobre a cômoda, coloquei-o no pescoço. Antes de descer as escadas.

— Vamos?

Viktor estava misterioso, nós saímos da casa e aparatamos no quintal dos fundos, o campo de treino deles estava movimentado, alguns membros do time que eu conhecia acenaram para mim quando aterrissamos nas arquibancadas. A mãe de Viktor estava a pouco mais de dois metros de onde pousamos. Ela veio até nós e nos cumprimentou com abraços, mas não fez perguntas aos meus pais.

Então Viktor deu-me um beijo rápido e aparatou até os colegas que o entregaram uma vassoura, o treino começou, mas eles não pareciam estar empolgados como de costume. Tem alguma coisa errada, pensei.

No meio do treino eles pararam 8 deles ficaram em fila, ergueram suas varinhas e começaram a surgir fogos de artifícios. Formando as letras do meu nome eu sorri com o gesto, Viktor pousou no campo e correu para dentro do vestiário. Minutos depois enquanto as letras mudavam de cor ele voltou usando um traje a rigor impecável. Caminhou até mim e estedeu a mão, segurei-a. Meu coração acelerou com a espectativa.

Viktor ficou de joelhos.

— Não sabia como funcionava com os trouxas, Harry me ajudou com isso. - um colega de time chegou e o entregou uma caixinha. - Hermione, desde que te conheci em Hogwarts eu soube que você era a pessoa com quem quero passar o resto da vida. Então, Hermione Jean Granger você quer se casar comigo? 

Ele abriu a caixinha revelando um anel de noivado, minha mãe chorava sentada no banco e meu pai sorriu para mim. Viktor tirara o anel da caixa.

Os fogos mudaram formando vários "sim" e não pude deixar de sorrir com o gesto.