A bela fera! escrita por Souza


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas volteeei. Novo capítulo, espero que gostem.

Ótimo Ano Novo a todos que acompanham!
— Boa leitura! Vejo vocês lá em baixo :*



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Pov Narradora 

— Alô? 

— Você disse que eu poderia pedir o que quisesse. 

— Sim. Se estiver ao meu alcance, considere feito. 

— Há uma garota. . Ela embarcou no mesmo avião que o meu, quero que tire ela do esquema de prostituição. Não faço a mínima idéia para qual clube ela será mandada. Mas sei que você pode resolver isso para mim. 

— Qual o nome dela? 

 

Pov Isabella 

Desembarcamos no aeroporto internacional do Recife , Pernambuco. Nos dividiram em dois grupos. Para a minha infelicidade, não fiquei no mesmo grupo que o de Alice. Meu desespero só aumentou. Cada grupo foi direcionado a uma Van. 

— Cada uma poderá ligar para a família, ou a quem desejar, para informar que está tudo bem. Assim que chegarmos ao local, vocês não terão tempo para mais nada. - Um dos homens de preto diz. Ótimo, será que eu já poderia ligar para o meu pai? Sem pensar duas vezes, disco o número de casa rapidamente. Ele chama umas três vezes e ouço uma voz familiar. 

— Alô? - É Adam. Meu coração pula de alegria. 

— Meu irmão! - Não consigo conter a minha felicidade . 

— Bella! Onde você está?! Está tudo bem com você? Eles te machucaram?  Por favor, me diga que não. 

— Adam, escuta .. e o nosso pai? - Me afasto um pouco das outras meninas. Um dos homens me segue com o olhar.

— Ele está bem. Só que .. machucaram muito ele Bella. Sabe? Aqueles homens mal encarados que ainda continuam rondando nossa casa. Foram eles. Eu sei que foi. Estou fazendo o meu máximo para cuidar dele, logo ele se recupera. Fique tranquila. - Minha cabeça dói. Dói muito.  Adam tem apenas dezesseis anos e está com uma grande responsabilidade em mãos. Meu irmão não merecia estar passando por isso. Merda.

— Ah meu Deus 

— Está tudo bem. O Enrique está me ajudando a cuidar do papai. Vamos ficar bem. Mas estou preocupado com você. Onde você está?  - Enrique o está ajudando. Enrique só tem dez anos. Pelo amor de Deus.  

— Eu não posso dizer.. mas irei ficar bem. Eles não me machucaram e nem vão.  Só peço que aguente mais um pouquinho ai. Não sei quando irei ligar novamente, mas não se preocupe. Apenas cuide do nosso pai e do pequeno. Logo eu volto. - Minha voz falha na última frase. Sou um fracasso. Não consigo nem passar confiança a meu irmão.  

— Tudo bem. .Eu vou te esperar. - Uma lágrima ameaça cair. Minha visão fica embaçada. 

— Obrigada. Amo você. 

— Também te amo, minha maninha. 

— Preciso desligar. - Digo por fim, pois não irei aguentar aquilo por muito tempo. 

— Vaya con Dios. - Sorrio. 

— Fique com Deus também, meu pequeno Adam. 

Desligo e meu coração bate descompassado, me seguro e tento ser forte. O que não dá muito certo. Antes de entrar na Van, olho uma última vez para a bela e poderosa loira que havia se tornado.. uma amiga.  Ela estava desligando o seu celular e me pergunto para quem ela deveria ter ligado. Seu pai ou sua mãe,  talvez.. por que até mesmo as "Sherlock's" tem uma família,  certo? Ela me olha e sussurra um " vai dar tudo certo " . No fundo eu sei que não será bem assim. 

Ao entrar na van, o cenário é completamente diferente, a maioria das meninas que já haviam entrado estão sem entender o que está acontecendo. 

— Entra logo loirinha. Tempo é dinheiro. - Um dos idiotas lança um sorrisinho babaca pra mim. Fervo de ódio por dentro, fico firme por fora.  - Só falta o seu . Passa esse celular pra cá. - Ele arranca o celular de mim, não tenho tempo nem de reagir. Retira a parte de trás e remove minha bateria, juntamente com o chip. Agora entendi as reações assustadas. Eles já haviam começado a se rebelar. 

— O que vocês pensam que estão fazendo? ! Isso tudo será passado para o seus superiores! Idiotas! Vocês estão ferrados! - Uma morena, de cabelos lisos, se pronuncia. Ah não. . Era melhor ela ter ficado de boca fechada. Os três homens começam a rir. Será que todas ali foram enganadas e não sabem de nada? Meu Deus, isso vai ser terrível. O homem de um metro e oitenta e oito se aproxima da jovem, segura seu queixo com uma das mãos, firme.  A morena fica imóvel. Meu estômago embrulha.  

— Se o chefe não precisasse de você, eu te comia aqui, agora mesmo. Morena de merda . Agora fiquei quieta ou eu esqueço que tenho um "superior" . - Ele faz aspas no ar ao pronunciar a última palavra. - Entendeu?  - Ela assente rapidamente, seus olhos já começam a lacrimejar. - Isso serve para todas vocês! E eu não quero ouvir mais nenhuma palavra. - Isso vai ser pior do que eu imaginava. 

No caminho inteiro, todas continuam com semblantes assustados, ninguém conversa com ninguém. Desvio meu olhar para fora do veículo, quero fugir dali o mais rápido possível. Quero a minha família. Encosto minha cabeça na janela escura, fecho meus olhos e tento me acalmar. 

Você consegue.. Você é forte .. Respira, respira. . 

Repetia isso mentalmente como se fosse a minha tábua de salvação. E era. Parecia estranho, mas se eu me concentrasse bastante, podia escutar um barulho de ondas se quebrando fortemente.  Era o mar. Eu não fazia idéia de onde estava. Lembro de uma vez ter ido ao Brasil, a muito tempo atrás, com a minha mãe.  Ela era brasileira. Linda. Me apresentou àquela imensidão verde. Então eu me apaixonei. Ela só teve a oportunidade de me trazer uma única vez. Depois eu nunca mais quis chegar perto de um.  Uma lágrima solitária cai, trato de limpá-la rapidamente. 

 

Pov Narradora 

— Seu pai ligou. .

— O que ele queria? - O jovem pergunta sem muito entusiasmo, não ligando para a conversa. 

— Queria tratar sobre os assuntos do clube. Então eu pedi para que ligasse outra hora, já que você não estava em condições de conversar com ele. . Aliás,  o que aconteceu novamente Olliver? Me preocupo contigo. Você teve um corte profundo na mão. - A mulher de idade, com um cabelo liso grisalho, arrumado em um coque, diz. Ela realmente se preocupa. Olliver continua ali deitado sobre a cama, sua mão é coberta com uma faixa branca, tampando seu corte. A mulher de idade faz um cafuné em seus cabelos loiros. Ele gosta, pois em momento algum, ousa se levantar e afasta - la dali .

— Eu estou bem Maria. Não se preocupe comigo. Fez bem em pedir para que meu pai ligasse outra hora.  - Olliver fecha os olhos e aproveita o pequeno gesto de carinho. Maria sorri. Ela sabe que ele gosta de seus cuidados. 

— Meu pequeno.. Você precisa tirar essa imagem daí. Tem que se libertar disso. Você sabe o que eu penso a respeito. Você é um anjo.  - Maria da um beijo casto em sua testa.  Ele começa a respirar acelerado novamente.  

— Não. Isso vai ficar aí para me lembrar de quem eu realmente sou. - Ele levanta do colo da velha senhora e anda pelo quarto, Maria o segue. 

— Mas Olliver. . Não é justo que guarde isso em você. Tudo o que aconteceu não é verdade. Nem você mesmo tem certeza do que aconteceu. - O clima fica pesado. Só ele sabe o quanto aquele assunto o incomoda. 

— Não Maria. Chega! - Ele grita mas não a faz recuar. Ele odeia não conseguir o que quer. 

— Você não é um assassino, Liam! - Ela começa a chorar. Ele detesta vê - la chorando. Olliver cai de joelhos perto dela e abraça suas pernas. 

— Não por favor.. Não chore. 


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Notas finais do capítulo

Iih, já vimos que nosso gato, Olliver Liam, tem um passado bemmm cheio de mistérios Haha
Comentem se gostaram, e se não gostaram, comentem também u.u
Até o próximo capítulo. Bjs :*



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