A Herdeira da Coroa de Atlântis - O Início escrita por BruhCelin


Capítulo 3
Uma briga com as Senhoras Cobras


Notas iniciais do capítulo

Gente espero que gostem. Deixem seu comentário beijos
Capítulo revisado em: 12/05/2018



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Chego à superfície, no exato lugar em que fui puxada para o fundo. Ainda estou digerindo tudo o que Aqualine me disse lá embaixo e me perguntando que tipo de droga me deram para que eu tivesse uma alucinação dessas, quando avisto Damen e Ever, lutando inutilmente com duas figuras escamosas, com cabelo de cobra. Isso deve ser parte da alucinação mas alguma coisa me diz que tudo isso é mais do que apenas coisa da minha cabeça. Com os meus conhecimentos sobre mitologia grega, assimilo as figuras como as górgonas, como Aqualine disse. Mas as senhoras cobras nem de longe são o mais curioso da situação, porque enquanto Ever atira cocos nas górgonas de cima de um coqueiro, Damen ataca uma das górgonas com um punhal, ao mesmo tempo que faz um estranho escudo dourado se manter estável, manifestando tulipas nas frestas do escudo. Definitivamente isso é uma alucinação, meu lado racional afirma, enquanto um pontinho, aquele pontinho supersticioso fica me dizendo que não, não é ilusão e eu estou ferrada. E como tem aquele ditado que diz que é melhor errar do que nem tentar vou na onda do pontinho, se no final só for uma alucinação, bem, que mal faz?

Demora uns segundos até que me lembro das orientações de Aqualine. Tento sair da água pelo modo convencional, mas percebo que demoraria e meus amigos não podem segurar as senhoras cobras por muito mais tempo. Me lembro então de que Aqualine mencionou algo sobre um parentesco meu com o deus do mar, com certeza isso é viagem mas certamente se é uma alucinação, essa afirmação louca é mais que suficiente para me dar "asas", desejo então que a água me leve até a areia. Imediatamente uma pequena correnteza me arrasta para a areia.

Na areia me movo rapidamente, ignorando aquela parte de mim que me diz para dar pulinhos e gritar que sou a dona da porra toda, e logo chego perto dá minha bolsa. Por sorte meus amigos estão lutando longe das bolsas, pego meu celular seguindo as instruções de Aqualine e desejo que se transforme em uma espada. O celular começa á a brilhar em tons de rosa e azul e a se expandir em minha mão. Logo começa à brilhar mais e mais, até que brilha menos e posso identificar uma espada grega prata reluzente, com o cabo forrado de couro cravejado de pedras de todos os tipos e cores. Esqueço que é tudo uma alucinação quando seguro a arma, seu peso é como uma âncora para mim, me dando foco, e ela definitivamente não tem nada haver com as que usamos nas aulas de esgrima.

Ficaria a minha vida inteira observando a beleza da espada mas o brilho execivo da espada chamou a atenção das górgonas, que vinham em velocidade alarmante para cima de mim. O pior de tudo é que já não sei muito se vai adiantar muita coisa a espada, porque Damen fez um profundo corte na altura do estômago de uma das górgonas, só que em vez de sair sangue saiu um líquido dourado: icor o sangue dos imortais, segundo a mitologia grega, mas o pior foi que em poucos instantes o ferimento se fechou sozinho como se nada tivesse acontecido. Essa alucinação está começando a me assustar.

— Sssemideusssa, não pode ssse esssconder a vida inteira! - diz a górgona mais próxima.

— Nosss dê a coroa e vamosss embora. - diz a górgona mais afastada.

— Que coroa? - digo tentando enrolar.

— Essssa na sssua mão, sssua essstúpida - diz a górgona próxima.

— Você precisa de óculos, isso é uma espada. Sabe eu conheço um oftalmologista excelente, ele é amigo do meu pai talvez ele faça um...

— Pode parando, não vai nosss enrolar como uma filha de Atena. Nosss dê a coroa. AGORA! - berra a górgona que estava afastada.

— Peraí, me deixe pensar. - falo pondo a mão no queixo. - Não, não tô afim. - digo como se não fosse nada.

— Ssse não dá por bem, darásss por mal. - diz a górgona avançando.

A górgona luta com uma lança e um escudo, isso fora as garras e as cobras no lugar do cabelo. A górgona avança, com sua lança na direção do meu peito. Antes que a górgona possa me golpear, giro a espada no cabo dá lança, partindo-a ao meio e girando a espada novamente decepando a cabeça da górgona, antes que alguém possa piscar a primeira górgona virou uma pilha de pó dourado. O momento de vitória é tão inebriante que nem sequer me dou conta da outra górgona avançando.

— Issso é pela minha irmã! - berra a górgona acertando sua espada na lateral dá minha barriga.
Ao ser atingida pelo golpe, uma dor lancinante atinge todo o meu corpo. Tudo à minha volta começa à girar.

Lembro de quantas vezes perdi o que eu mais queria, de quantas vezes viraram às costas para mim quando eu mais precisava, de todas as vezes que duvidaram da minha capacidade. E agora, agora que tenho a chance de provar que não preciso de ninguém e que eu consigo, estou morrendo, posso sentir o meu sangue escorrendo pela minha barriga. Penso: "não vou morrer assim, não vou morrer aqui, e não, não vou morrer agora". Uma onda de fúria percorre todo o meu corpo, me endireito, a dor já não me incomodando devido à dose repentina de adrenalina. Penso que talvez possa controlar o oceano, então imagino as águas escorrendo aos meu pés e crescendo. Quando me dou conta estou sobre uma onda gigante, mas eu, eu controlo a onda.

Comando para que pequenas correntes de água prendam a górgona e caminho até ela. Ao chegar à dona cobra tenho o maior prazer em desferir um golpe no mesmo lugar em que me acertou, fico um pouco desapontada pois ela apenas virou uma pilha de pó, eu queria que ela sofresse por todos que não acreditaram em mim. Desfaso a onda e percebo que estou exausta, no lugar onde estavam as górgonas agora tem dois frascos de vidro contendo um líquido vermelho vivo. Quase não percebo Damen e Ever olhando absmados, da minha cravícula à minha barriga. Então percebo o que eles estão olhando.

— Seu corte ele ... sumiu. - Ever afirma abismada.

— E sua marca ficou azul turquesa. - diz Damen pensativo.

— O que? como? - pergunta Ever.

— Eu... eu não faço a menor ideia. - digo confusa.

— Acho que temos muita coisa para esclarecer. - afirma Damen. - Vamos, conversamos com calma na minha casa. - completa Damen.

No caminho ninguém diz uma palavra se quer. Na casa de Damen todo mundo continuou em silêncio, Damen buscou biscoitos, chá e leite mas ninguém tocou em nada. Então Damen começou:

— Bom, algumas coisas tem de serem esclarecidas. - diz Damen sério. - Ever e eu começamos.

— Não, eu começo. - digo apesar de não ter vontade de falar nada. Digo então sobre tudo que descobri hoje, sobre meu pai supostamente ser um deus, e sobre eu ser uma princesa, e que tenho que proteger uma coroa que na verdade é um celular que se transforma em espada. Quando termino de contar, tudo parece mais real e só a parte dá coroa parece ter surpreendido eles.

— Vocês não me parecem surpresos com muita coisa.

— Não, realmente não parecemos porque não estamos. - diz Damen - Você vai ter que ouvir nossa parte.

— Ok.

— Ever e eu, somos Imortais, o suco vermelho que você tanto fala que estamos viciados, na verdade é um elixir que nos dá vida eterna. E também uns poderes como: super velocidade, e materialização de objetos, entre outros. - solta ele, abro a boca mas não interrompo. - Ever e eu, estávamos visitando Manhattan e vimos coisas que pareciam magia, como mexemos com isso, resolvemos investigar. Seguimos um jovem suspeito e chegamos à um acampamento de semideuses, lá o diretor nos acolheu e nos deu a missão de levar ao acampamento uma semideusa. Essa semideusa era você, viemos para cá então. Só o que ele nos contou era que você era filha de Poseidon, não citou nada de coroa ou algo do tipo. - completa Damen.

— Perai você está me dizendo que sabiam disso e não me contaram nada? É isso? O que mais vocês me escondem? - digo revoltada.

— Calma Bruna, nós estávamos esperando a hora certa. - diz Ever apasiguando.

— Não quero saber, eu vou para casa. Isso tudo é uma brincadeira ridícula. Vou para casa onde meu pai de verdade, feito de carne e osso me espera. Adeus, e não me procurem. - digo saindo.

— Mas Bruna, seu pai... - começa Ever mas eu a interrompo.

— Me deixem em paz! Não sou a missão de vocês! - digo e saio batendo a porta.


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Notas finais do capítulo

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