A Herdeira da Coroa de Atlântis - O Início escrita por BruhCelin


Capítulo 16
Eu Não Sou Obrigada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura gente, espero que gostem.



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Roman

Estava muito confuso com o que Quíron (o cara metade cavalo) me disse, talvez ele estivesse confundindo. O que ele acabou de me dizer foi meio absurdo, minha namorada noiva? Como assim? Desde quando?.

— Desculpe-me mas o que disse? - pergunto, na esperança de que tenha ouvido errado.

— O que você ouviu jovem, sua namorada está prometida à outro. Ela deve se casar em um futuro bem próximo. Você não sabia não é? - ele diz como se fosse uma coisa simples.

— Não, e acho que deve estar, enganado ou se confundiu. - digo.

— Não me confundi jovem, Bruna irá se casar com o deus Apollo. - diz Quíron.

— O quê? - pergunto abismado.

Quíron explica que foi previsto que Bruna seria a única forma de trazer responsabilidade ao deus Apollo, e que os dois logo se apaixonaria e se sacrificariam um pelo outro. Só que não posso acreditar nisso tudo, é tudo muito absurdo, Bruna me ama, ela sacrificaria tudo por mim e por ninguém mais.

Saio da casa grande perdido nesses pensamentos, Quíron disse que Bruna não sabe, e não vou ser eu quem vai contar. Vou até o chalé que disseram ser de Apollo, o que já me inunda em um poço de dúvidas e ciúmes, e se esse Apollo estiver lá? E se quem tiver cuidando de Bruna for ele?

Com esses pensamentos vou até o chalé e tento entrar, sou barrado na porta pelo garoto de cabelos castanhos que parece que nunca tomou sol. Ele disse que Bruna estava de repouso e não podia receber visitas, sem mais opções me sentei em um degrau da entrada do chalé e fiquei esperando.

Bruna

Sonhei com o lugar vazio e branco outra vez, lá estava Inistícia, magestosa e ainda mais desbotada. Me aproximei dela para fazer mais perguntas e ela me observou.

— Mais perguntas não é? - ela perguntou.

— Sim, não sou muito boa em charadas. - digo.

— Não minta, sei que é já ganhou um campeonato. - diz ela - Sabia que o seu QI é acima da média de semideuses e mortais? E sabia que diferente de outros semideuses você não tem dislexia e pode controlar seu déficit de atenção e sua hiperatividade? - diz Inistícia.

— Não, e não vejo o que isso muda na minha vida. - digo.

— Isso muda bastante coisa, você tem absurda vantagem tanto entre semideuses quanto entre mortais. - diz ela.

— OK, mas não é isso que quero saber. Quero saber detalhes do que me disse sobre o Olimpo estar me vigiando e aquela coisa de Zeus vigiando a noiva de tal sei lá o que. - digo.

— Ah sim, claro, bom Zeus está vigiando você porque as moiras previram que você consertaria o caráter duvidoso de Apollo, com isso vocês se apaixonariam, então seu pai prometeu sua mão à Apollo. - diz Inistícia.

— Como assim? Quem deu à ele esse direito? Eu não vou me casar com nenhum Apollo! - berro - Peraí, também estão vigiando esse sonho?! - pergunto irritada.

— Não, Zeus se quer sonha que você está falando comigo. - diz ela.

— Quem é você afinal em? - pergunto já mais calma - porque me sussurra dicas de batalha e porquê disse que seu espírito cresce em mim? - pergunto.

— Eu sou Inistícia, a deusa dos sentimentos, sou uma deusa primordial, pelo que você estudou não existo, nenhuma civilização jamais me cultuou. Até mesmo alguns deuses menores e criaturas mitológicas desconhecem minha existência, muitos até imaginam que sou apenas uma lenda. - diz ela.

— Deusa do que? E porque não existem registros de sua existência como de outros deuses? - pergunto.

— Deusa dos sentimentos, como seu pai uma vez citou em seus estudos, as criaturas mitológicas como deuses e monstros não morrem, eles vão para o tártaro e retornam futuramente, quando me derrotaram por eu ser muito mais poderosa do que os doze Olimpianos juntos e por eu poder sair do tártaro em muito pouco tempo. Cronos antes de ir para o tártaro usou o restante de sua energia para me jogar um maldição em que eu ficaria presa aqui e só poderia sair reencarnando em uma Herdeira da coroa de atlantis. - ela diz e faz uma pausa - Isso seria mero detalhe, se não fosse que Cronos soube de uma previsão que Zeus faria Poseidon jurar pelo estige não ter mais filhas herdeiras da tal coroa. - diz Inistícia.

— Mas porque Zeus o fez jurar isso? - pergunto.

— Porque essa coroa é muito poderosa Bruna, ela só pode ser ativada por uma Herdeira e se essa Herdeira conceder o poder da coroa à pessoas erradas isso significaria grandes problemas.

— Nossa, acho que isso explica o seu espírito crescendo em mim já que eu sou a Herdeira, só não entendi o que isso tem a ver com a falta de registros seus. - digo pensativa.

Antes que ela diga algo desperto com o sol batendo em meu rosto e ouço um barulho de alguém quase derrubando uma porta de tanto bater. Estou em um cômodo cheio de beliches de madeira idênticos as paredes são de um amarelo aconchegante, todo o lugar me parece tão aconchegante, me sinto como em casa. Então me dou conta que não sei onde estou acampamento meio sangue? Mas onde? Me levanto bruscamente o que faz minha cabeça doer um pouco. Me viro para os dois garotos um loiro e um moreno que estão ao meu lado mas parecem não me notar.

— Onde está Roman? - pergunto e os dois se viram para mim assustados como se tivessem sido pegos no flagra ou algo do tipo.

— O garoto arrogante? Ele está bem, só anda tentando quebrar a porta do chalé. - diz o garoto moreno entediado, ele parece aquele tipo de garoto esquisitão que senta no fundo da sala, eu era um pouco assim antes de conhecer Roman.

— Não esperava que acordasse tão cedo, a dose de tranquilizantes que te demos para anestesiar seu ferimento deveria te deixar num sono profundo no mínimo até amanhã. - diz o garoto loiro. - Ah desculpe nem me apresentei, eu sou Will Solace e esse é Nico de Ângelo. - diz o garoto loiro sorrindo enquanto o de cabelos castanhos revira os olhos.

— Onde eu estou? - pergunto.
— Chalé de Apollo, acampamento meio sangue. - eu meio que parei de ouvir quando Will disse Apollo. - estamos cuidando do seu ferimento no peito.

— Eu preciso ir. - tento me levantar mas Will me impede.

— Não pode ir, seu ferimento é grave, bronze celestial é mortal para semideuses. - olho para ele confusa - bom vamos trocar seu curativo, Nico pegue a caixa de primeiros socorros. - diz Will.

Nico logo trás uma caixa que é tão grande e tem tanta coisa que parece que também é de segundos, terceiros e quartos socorros. Will tira o curativo e abre a boca de espanto.

— Tá tão ruim assim? - pergunto.

— Mas como? Ontem estava... - diz Will boquiaberto.

Olho para onde deveria estar o ferimento enorme e não tem nada, dou um sorriso de puro alívio e me levanto.

— Bom, acho que agora posso ir. - digo mas Nico segura pelo pulso, o seu toque me trouxe uma sensação tão grande de escuridão que no começo me senti sufocada, depois me senti novamente confortável, mal me dei conta que um névoa negra nos rodeava.

— O que, é, você? - pergunta Nico pausadamente agora apertando meu braço.

— Me solta! - digo mas ele não solta então por um impulso mando uma corrente elétrica pelo meu braço, não percebo o que fiz até ouvir o grito de Nico, ele largou na mesma hora.

Aproveitei a deixa e saí, encontro Roman sentado perto dá porta como se estivesse preocupado. Me aproximei dele e ele me olhou com um olhar preocupado mudando para surpreso.

— Desde quando seus olhos são azuis claros? - ele pergunta intrigado. - Nem quando você deu uma de louca dá neve ficaram nesse tom. - ele diz.

— Vamos embora daqui, esse lugar não tem as respostas das quais procuramos, só existem mais problemas. - digo.

— Concordo plenamente, é uma pena que perdemos nosso tempo. - diz Roman.

Saímos dá área de chalés, quanto mais longe do chalé de Apollo melhor. Por onde passamos todos olham para nós, já estávamos chegando à colina quando o centauro que vi ontem veio atrás de nós.

— Bruna, é melhor que você continue no acampamento. - diz o centauro.

— Como sabe meu nome? - pergunto intrigada.

— Seu pai me advertiu de sua vinda, na verdade você deveria ter chegado à bastante tempo, deveria ter chegado em maio mais o menos. - disse o centauro.

— Não tive o interesse de vir até aqui, e não tenho interesse em ficar aqui. - digo.

— Eu sou Quíron, o diretor do acampamento, não posso obrigar você a permanecer mas é sua própria segurança que está em risco. - diz Quíron e antes que ele continue com seu descurso meu pai se materializa à seu lado.

— Filha, Quíron tem razão sair do acampamento é como suicídio. - diz ele como se fosse super normal sumir e aparecer meses depois do nada.

— Desculpe mas eu não sou obrigada, então tá tchau. - digo dando as costas à eles.

— Aonde pensa que vai? - pergunta meu pai segurando meu braço, tento fazer o que fiz com Nico mas não funciona. Nem tente isso de novo mocinha.

— Não me dirija a palavra seu mentiroso. - digo tentando me desvencilhar de seu braço.

— Não me insulte Bruna, posso vaporizar você agora mesmo. - diz ele.

— Vá em frente! Ah não você não pode né? Porque prometeu a minha mão à um imbecil que sequer conheço. - digo.

— Como sabe disso? - ele pergunta soltando meu braço.

— Inistícia me contou. - ele parece estremecer ao ouvir esse nome - Mas vou te contar uma coisa, Você não manda em mim, então se mantenha longe ou eu entrego essa merda de coroa ao primeiro monstro que aparecer na minha frente. - digo dá boca para fora mas isso para ele não foi uma brincadeira.

Me viro para a colina e subo ela em silêncio com Roman ao meu lado. Quando chegamos à pista Roman materializa outro carro e seguimos viagem. Não demora muito para chegarmos à Laguna Beach, ele me deixa em casa e se despede com um aceno de cabeça apenas. Talvez seja pelo que falei de estar noiva, estava tão cansada que cheguei tomei um banho e apaguei.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura.



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