A Herdeira da Coroa de Atlântis - O Início escrita por BruhCelin


Capítulo 10
Lírios Azuis Por Tudo Que É Lado


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu prometi um baile é ele vai vir, esperem só um pouco. E não fiquem tristes com a briga de Bruna e Roman, seria legal se vocês escolhessem um nome shipper para o casal eu pensei em Robru mas vocês podem deixar sugestões.
Boa leitura galerinha!
Capítulo revisado em:12/05/2018



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Acordo nem um pouco a fim de sair da cama mas saio mesmo assim porque querer não é poder, e hoje tenho compromissos. Levanto, tomo um banho, visto a roupa que separei ontem e passo um pouco de maquiagem para cobrir uma olheira ou uma espinha. Para Sabine não tem nada de diferente em mim mas Ever percebeu que mudei só de me ver usando maquiagem (eu não uso maquiagem, Ever me obrigou a comprar o básico na loja do aeroporto).

Tomo café e saio com Ever, no caminho ela pega um amigo. O nome dele é Miles e ele é muito simpático, ele também sabe sobre mim e nem estranho dessa vez. Fomos conversando durante todo o caminho, chegando na escola Ever estaciona seu carro na vaga que ao meu ver é a melhor, e fica ao lado de onde Damen estacionou sua beemer.

Ever e Damen ficam conversando e eu fico tagarelando com Miles sobre as praias do Brasil. Ficamos um tempo assim, até que Roman aparece dessa vez em uma Lamborghini prata. Ele não está machucado mas parece triste, não que eu me importe. Ele vem até onde estou com Miles com um lírio azul, somente um mas que assim como o buquê (que não sobreviveu à viajem) é muito lindo.

Ele estende a mão com a flor para mim que finjo não notar sua presença. O que é uma completa mentira já que meu corpo procura o frescor do seu. Mas como dizem: O amor é grande mas o orgulho é muito maior, não que eu o ame, claro. Ele fica assim por um tempo até que desiste e entrega a flor para Miles pedindo para ele entregar para mim. Miles olha para mim de olhos arregalados e diz.

— Duas coisas: 1) Posso ficar com a flor? E 2) Você vai ter que me contar o que ouve. - diz Miles.

Explico a ele tudo o que aconteceu ontem, das mentiras e tudo mais no caminho para a sala, como nossa primeira aula é junta. Ele me ajuda à encontrar meu armário e tinha um lírio azul lá. Não peraí, não foi só no armário, foi em tudo quanto é lugar em que olhei. Tinha lírio no armário, na minha mochila, na minha mesa e por aí vai. Quando deu o horário do almoço eu já tinha encontrado tanto lírio que estava surtando, Miles pegou cada um deles e fez um buquê enorme e amarrou com uma fita que achou na aula de artes.

Entramos no refeitório e nos sentamos em uma mesa afastada, Miles exibia seu buquê gigante e eu simplesmente sentei frustrada. Tudo que planejei ficou de lado por causa dos lírios, fiquei tão preocupada em ignorar as flores que não pensei em mais nada. Estava assim, comendo sem fome quando um grupo de populares saíram dá mesa deles e vieram na nossa direção.

— Quer se sentar com a gente? - diz uma garota loira, metida e com cara de puta, se eu julgo as pessoas pela aparência? Só às vezes.

— Pode ser. - me levanto - desculpa gente, não é nada pessoal. - digo para Damen, Ever e Miles que me olham como se tivessem levado uma facada no peito.

Eles não respondem e eu também não me importo. Na mesa dos populares o pessoal me pergunta várias coisas sobre o Brasil entre outros. O restante do dia passa rápido, no fim das aulas uma garota chamada Honor me leva até à loja, ela faz aula lá. Durante o trabalho não vejo mais lírios, o que é ao mesmo tempo um alívio e um desapontamento.

No final do expediente vou embora sozinha já que não trouxe o cartão do táxi e não quero incomodar ninguém. Ouço um barulho de algo caindo na metade do caminho para casa e vou ver o que é. Estava de noite e a rua era deserta, entro no beco de onde veio o barulho, e vejo um garoto da minha idade lutando contra um telquine – já que parece que vou me encontrar bastante com esses seres mitológicos, melhor chamá-los por sua espécie – com uma barra de ferro.

Pego meu celular e transformo ele em uma espada, entro na briga mas o telquine é muito mais esperto. O monstro sabia que golpe usaria na hora que usaria, logo de cara quase decepou meu braço direito. Depois me derrubou e perdi a espada então tive que optar por meus poderes, como sei que ele é um demônio marinho e trabalhava em forjas, então já descarto água e fogo, restando só gelo, algo me dizia que meus poderes iam além disso mas acho que esse tanto já é demais para assimilar no momento.

Penso nas coisas mais frias possíveis e o chão em volta de mim começa a congelar, encosto a mão no braço do telquine e o congelo. Por um impulso desejo que minha espada venha para minha mão e ela vem (se eu soubesse disso...), desfiro um golpe no tronco do monstro, o partido ao meio e transformando ele em uma poça de água com pó dourado misturado.

Me viro para ver se o garoto está bem mas ele não só está bem como tem uma espada apontada para mim.

— Largue a espada! - ele diz mas não o obedeço, eu em, carinha mais mal agradecido - Eu disse para largar a espada! - ele repete, aproximando mais a lâmina dá espada do meu pescoço.

— Me desculpe mas acabei de salvar sua vida. - digo me aproximando mais mesmo com a lâmina no meu pescoço, ele recua um passo surpreso.

— Quem é você? Que tipo de monstro é você? - ele pergunta agora arranhado a espada no meu pescoço, sinto um filete de sangue morno escorrer.

— Isso não é da sua conta.

— Então vou ser obrigado a te matar. - ele diz mas hesita um pouco.

— Vá em frente. - provoco erguendo uma sombracelha.

Então ele tensiona mais a espada no meu pescoço, posso perceber seu tremor, ele nunca matou algo que não virasse pó dourado. Uso seu medo como distração e dou um mortal para trás acertando meus pés em seu peito. Ele deixa a espada cair em um lado e cai no outro. Pulo em cima dele o imobilizando e segurando minha espada firme em seu pescoço porém não chegando a cortar como ele fez.

— Porque iria me matar? - pergunto mas ele não responde. - Anda, responde merda! Porque? E quem é você?

— Iria, iria te matar... Porque não posso confiar... Em ninguém... - diz ele sufocando. - Sou Gabriel Bittencourt... Filho de Hermes... Estou tentando encontrar... O acampamento meio sangue... - ele diz e eu afrouxo a espada.

— Vamos fazer um trato então, te solto e você não tenta me matar. Jure pelo rio estige – digo me lembrando de um conselho do meu pai que nunca levei a sério e agora considerava como uma dica importante.

— Eu juro... Pelo... Rio estige. - ele diz e um trovão ecoa no céu estrelado e sem nuvem alguma à vista, então solto o garoto.

Ele usa um moletom cinza que está todo rasgado e sujo, tem o cabelo castanho cortado bem curto e os olhos também castanhos. Ele se levanta e reparo que não é nem musculoso nem magro e tem a pele dá cor da minha e é só um pouco mais alto.

— Sou Bruna D'ávila, filha de Poseidon. - digo e ele me olha como se eu estivesse mentindo.

— O sátiro que estava comigo me disse que só existia um semideus filho de Poseidon e que era um garoto. - diz ele desconfiado. - e você congelou aquele monstro.

— Bom, eu também não entendo isso mas meu pai é Poseidon e você que pense o que quiser, agora siga para seu acampamento. - digo e ele nem reclama, sai numa boa.

Consigo o número de um táxi só por precaução e vou para casa. Chegando lá converso com Ever sobre o que ela disse ontem e ela me explica que Roman envenenou Damen e disse que o antídoto só funcionaria com uma gota do sangue do verdadeiro amor dele, então ela colocou uma gota do sangue dela. Só que agora se o DNA dos dois se misturarem o antídoto vai reverter o efeito e matar Damen, por isso o véu de luz, para ele poderem ficar juntos sem estar juntos. É confuso mas isso faz com que Ever se esqueça de perguntar sobre meu dia e me evita o trabalho de ter que mentir.

É quando Ever termina de contar tudo fico realmente revoltada com Roman. Eu tenho que fazer algo, Roman tem o antídoto do antídoto mas não vai entregar assim tão fácil. Um plano começa a se formar em minha mente mas Ever interrompe.

— Ah, Damen me entregou isso. - ela diz pegando dois frascos com um líquido vermelho dentro. - É seu spólio de guerra. - ela diz me entregando.

— Você sabe qual é qual?

— Não, assim como na lenda os dois são idênticos e mesmo com muita observação não se vê diferença. Um cura e outro mata, só não se sabe qual é qual.

— Pode ficar não tenho nada para fazer com isso.

— É seu. - ela põe os frascos na cabeceira da minha cama.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por favor comentem por favor!
E não esqueçam do nome shipper.
Obrigado pela leitura!



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