Merry Christmas escrita por Writer KB


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal!! Hohoho
Bom, fico muito feliz em ver todos os comentários tão lindos as minhas outras fics, que decidi dar de presente à vocês uma fic fofa de Natal.
Espero que gostem !

Boa leitura !



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Merry Christmas

“Querida vamos você vai se atrasar.”
Era sempre uma correria na casa da detetive Beckett, Alyce tinha apenas cinco anos e não tinha muita facilidade em acordar cedo. O tempo já era frio, e o inverno anunciava o Natal. Enquanto Alyce terminava de escovar os dentes, os pensamentos da detetive vagava para os anos passados. O pai da garotinha tinha sido morto em um acidente de carro, deixando Kate recém formada na Polícia de Nova York sozinha e com uma princesa de dois anos.
Seu Pai a ajudava sempre que era possível. E contava com bastante ajuda dos amigos da delegacia. Laine, Esposito, Ryan e até a Capitã Gates eram conhecidos como “tios (as)”.
A vida não tinha sido nada fácil até aqui. Kate perdera a mãe quando jovem e também o marido. Mas tinha Aly, jamais pensaria em mudar algo. Claro que gostaria de que não houvesse mortes, e de estar com seus familiares. Porém se tudo tinha um propósito que levava a garotinha ela não mudaria. Essa época do ano não era fácil para mãe e filha. Natal chama família, todos reunidos, belas decorações, presentes. Kate até que tentava enfeitar a casa com luzes e uma pequena árvore de Natal que montara com a filha. Porém observou a menina mais quieta, distante. Na escola eram feitas peças, musicais e todo ano ela perguntava do seu pai. Como já havia passado por isso, entendia perfeitamente o que sua filha sentia. Jurou para si mesma que não deixaria que a pequena crescesse como ela. Com grandes barreiras emocionais. Por isso, mesmo não gostando muito do Natal fazia o possível para que a filha tivesse algo tradicional. Árvore, luzes, presentes e biscoitos deixados com leite para o papai Noel na noite do dia 24.
Olhando o relógio novamente percebeu que se não corresse provavelmente se atrasariam.


“Alyce querida, mamãe não pode se atrasar”. Já havia terminado a limpeza do pequeno café e após colocar o lanche na lancheira da menina decidiu ir até o banheiro ver qual era o motivo da demora.
Ao entrar percebeu que Aly não estava no banheiro. Passou por mais uma porta até parar em frente à um quarto de paredes cor de rosa com flores desenhadas nas paredes. Encontrou a sentadinha sobre a cama de cabeça baixa.


“Ei, meu amor. O que foi?”
“Mamãe não quero ir para escola hoje. Não estou me sentindo bem.”
Kate sentou-se do seu lado na cama e abriu os braços para que ela pudesse sentar em seu colo. Beijou sua cabeça, gesto de carinho e também para checar a temperatura e a abraçou forte.
“Então? O que você está sentindo?” Colocou a cabecinha dela encaixada entre seu pescoço, assim conseguia ver seu rostinho.
“Minha cabeça dói” Ela passava a pequena mão sobre a testa indicando onde estava a dor.
“Amor. Aly. Olha para mamãe”. Ela virou a garotinha para que pudesse olhar em seus olhinhos azuis que a encantava desde o primeiro minuto que a teve em seus braços no dia em que nasceu.
“Essa dor tem alguma coisa a ver com a peça de Natal da senhorita Sally?” Ela não respondeu. Apenas abraçou novamente a mãe e encostou sobre Seu peito sua cabeça.
“Aly?”
“Mamãe eu não quero ir. Todos lá tem as mamães e também os papais. E a Chelly falou que o Natal é uma festa de família e eu não tenho uma.”
“Ei? Desde quando você liga para o que ela fala amor? Escuta, claro que você tem uma família. Você tem a mim, o vovô, e um monte de tio e tia. Quantos amiguinhos você conhece que pode brincar dentro do carro da polícia hein?” Ela terminava a frase fazendo cócegas.

A pequena se contorcia no colo da mãe e sua risada era algo que Kate podia ouvir o dia todo. Mas estava atrasada, tinha um caso para concluir e enfim tiraria suas merecidas férias. Não seria férias completas mas duas semanas em casa era algo que ambas precisavam. Faltava alguns dias para o Natal e tudo que ela desejava era passar o maior tempo possível com sua filha.
“Tá bem mamãe, chega. Chega!“ ela dizia em meio às cócegas e risos. “Mas ainda posso ficar em casa?”
“Vou ligar para seu avô. Se ele puder ficar com você tudo bem. Se não você terá que ir ok? E, só dessa vez entendeu filha?”
“Anham.” Pulou sobre a cama, dando um grande abraço em sua mãe.“Você é a melhor mãe do mundo!”.
“Calma aí mocinha. Não sei se o vovô vai poder ficar com você.”


Ela pegou seu telefone. Ao discar o número do pai pediu que a filha pegasse uma muda de roupa, apenas para que ela não pudesse ouvir a conversa. Explicou a questão da peça é o comentário da coleguinha. Ficou extremamente grata ao ouvir de que ele poderia ficar com a neta na parte da manhã. Agradeceu e desligou. Tinha que correr, já estava mais do que atrasada.
“Vem filha. Você vai ficar com o vovô“.
“Ebaaaa”..
“Ei? Para onde foi a dor de cabeça?” Ela falou olhando séria para a menininha em sua frente, com as mãos na cintura.
“Me desculpe mamãe”. Falou com a cabecinha baixa.
“Alyce lembra o que eu te falei? Que não importa o que seja, quero que me conte. Você não precisa mentir para mamãe, apenas dizer a verdade. Por que se um dia você estiver dizendo a verdade e eu pensar que está mentindo? Como vou te ajudar?”
“Eu sinto muito mamy“. Ela passa os pequenos braços por uma das pernas da detetive.
“Está bem amor. Não estou brigando ok?! Só não quero que pense que não pode contar as coisas para mim. Agora corre que a mamãe precisa do trabalho. Vamos, vamos..” Ela batia as mãos brincando com a filha para que andasse mais rápido.


A manhã passara bem depressa. O caso tinha sido solucionado, apenas estava terminando a papelada. Tomou umas xícaras de café. Foi um pouco difícil tirar a pequena conversa com a filha de cedo da cabeça. Sabia que crianças não têm moderação, falam a primeira coisa que vem pela frente. Mas não esperava que Alyce estivesse sofrendo com comentários maldosos. Fez uma nota mental de ligar para senhorita Sally mais tarde e informar o porquê da ausência da filha e dos comentários inapropriados sobre seu pai falecido.
Enfim checando pela milésima vez o relógio viu que já estava na hora de ir para casa. Se despediu dos amigos prometendo comparecer ao jantar na casa do Ryan no dia 24. Ele tinha uma menininha mais ou menos da idade de Aly e como seu pai não estaria, seria ótimo uma amiguinha da idade dela.


Enquanto fazia seu caminho para casa de seu pai, Kate observava as ruas de Manhattan. Tomadas pelo clima natalino, seria tudo tão lindo se não trouxesse lembranças tão doloridas. Ao parar em um sinal vermelho, se pegou olhando para uma livraria que estava em seu lado direito. Da janela de seu carro ela viu um pôster indicando que seu autor favorito estaria no local para uma tarde de autógrafos. “Ah se a vida fosse como no livros de Richard Castle. Onde os mocinhos sempre vencem no final.” Porém saiu de seus pensamentos ao som de uma buzina do carro que estava atrás, o sinal estava verde e ela nem vira. Dirigiu por mais alguns quilômetros até a casa de seu pai. Ao chegar se deparou com a filha e Jim brincando em um monte de farinha de trigo. Estavam cobertos pelo pó branco.
“Então, a farinha explodiu em vocês. Foi isso? Ela perguntou encostada num balcão que ficava em frente à cozinha.
“Mamaaaaãe!” A pequena saltou da cadeira e correu para abraça-la.
“Ei, amora! Se divertiu com o vovô? Kate passava a mão sobre ela para tirar a farinha.
“Sim! Estávamos fazendo biscoitos de Natal.”
“É eu vi. Só não sei se sobrou farinha para eles né? Querida vai pegar suas coisas para irmos embora. Tenho uma surpresa para você“.


Surpresa é sempre uma palavra adorada pelas crianças. Então assim que ouviu Aly correu para pegar suas coisas.
“Surpresa é? “Jim disse se aproximando dela limpando um pouco de farinha sobre a camiseta.
“É. Vou levá-la as compras! É Natal e precisamos de presentes.” Ela disse passando a mão sobre o cabelo de seu pai. “Vejo que se divertiram.”
“Sim! Ela é adorável Kate. Sua mãe teria orgulho de você. É tão boa mãe e ainda acha tempo para cuidar desse seu velho aqui”.
“Ah pai”. Abraçando ele continuou. “Sinto tanta falta dela, do Will. Porque pessoas boas se vão com tantas ruins por aí?“
“Todos temos um tempo aqui filha. Eles cumpriram seus propósitos. Sua mãe me deu você e Will a Alyce. Não poderia ser mais grato.” Ele se afasta em um pouco segurando seus braços e olhando para ela. “Tem certeza de que não quer ir para a cabana comigo?”
Limpando uma lágrima teimosa que desceu sem ela conseguir deter. “Tenho sim. Vamos jantar na casa do Ryan e Janny. O senhor também foi convidado sabia?!.”
“Sim eu sei. Mas sabe que me sinto melhor lá. Mas sei que estará bem, e Grace ficará muito feliz se você levar a Aly.”
“É. Elas se dão bem mesmo. Quero que ela entenda que o natal não é uma data para estar triste. E sim de comemorar e estar perto de quem se ama.”
“E faz bem Kate. Estarei de volta para a passagem de ano eu prometo.“
“Quem bom pai, fico feliz!”.
Ei olha só quem já voltou.” Ele se vira e pega a neta no colo. “Vovô vai para a cabana ok? Mas você e a mamãe vão se divertir bastante no Natal não é?”
“Ah vovô. Porque não fica com a gente?“
“Alyce. Lembra que a mamãe explicou?” Kate diz pegando ela dos braços de seu pai.
“Sim..Vovô precisa ir lá senão Papai Noel não encontra ele.”
“Isso mesmo. Garota esperta!“ Jim passava a mão sobre os cabelos castanhos da neta.


Kate havia contado essa história para a menina ao ser questionada sobre o porquê do vovô não estar com elas no Natal. Sabia que ela ainda era pequena para entender que a cabana era seu refúgio desde a perda de sua esposa. Quando fosse maior ela explicaria, mas, por enquanto Papai Noel precisava que ele estivesse na cabana para receber seu presente.
“Vamos? Temos um dia cheio pela frente.” Ela pegou a pequena mochila da filha, abraçou seu pai com a pequena ainda nos braços, o que fazia do momento um grande e forte abraço.
“Uiiii.. Abraço de urso mamãe? Aaaah.. Estão me apertando.“ A menina falava no meio deles.
“Opa. Papai você ouviu algo? Parece que tem alguém falando.” Ela fazia uma expressão de confusa brincando com a menina.
“Eu? Não ouvi nadinha. Quem estaria falando Kate?”
“Euuuuu...Vocês não estão me vendo?”
No meio das gargalhadas dela é deu seu pai ao ver o rostinho confuso e bravo da neta. “É claro! Você está aí.” Jim diz beijando o rostinho dela. “Se comporte pequena ursa. E divirta se bastante com a mamãe viu.”
“E vamos nos divertir mesmo não é amora? E você também papai. Ao chegar lá me ligue ok?” Ela o beijou e saiu. Colocou a menina no banco de trás do carro prendendo em seu assento de criança com o cinto de segurança e acenando para seu pai que estava parado em frente à porta de sua casa, entrou no carro e seguiu para seu apartamento.


“Mamãe você não disse que tinha uma surpresa “Aly diz ao ser mandada para o chuveiro já em sua casa.
“E tenho. Mas acho que você não ia querer passear com os cabelos cheios de farinha ia?”
“Passear? Você não vai trabalhar?”
“Não. Mamãe está de folga até depois do ano novo querida. Vem vamos lavar esse cabelo”.
“Ebaaaa.“
Deu um banho em sua filha, logo após tomou seu próprio e já devidamente agasalhadas pois estava frio graças ao inverno, saíram mãe e filha. Passar o final de tarde e começo da noite fora apenas elas. Era tudo que a detetive Beckett planejara.
Como o trânsito era ruim nessa época do ano decidiu deixar o carro em casa e pegar um táxi. Não iriam muito longe. Apenas em uma galeria que abrira próximo de onde moravam, com lojinhas que tinham de tudo um pouco e um clima bem familiar. Nada daquela loucura que deveria estar os shoppings.


Ao chegarem Aly disse estar com fome. Então a primeira parada fora uma cafeteria que Kate amara. O café tinha sido um dos melhores que ela já tinha provado e claro a garotinha amou o chocolate quente e o bolo de amora que era seu preferido. Passaram o resto da tarde entrando e saindo das lojinhas. Compraram alguns presentes para os tios do distrito e alguns amigos. A noite se anunciava com um ar ainda mais gelado e como o dia tinha sido desgastante não somente físico mas mentalmente para as duas Kate decidiu que era a horas irem para casa.


“Ah Mamãe. Não quero ir embora.” Ela fazia um bico que Beckett jamais diria a ela mas era adorável. Suas bochechas coradas destacava a pele clarinha e os lindos olhos azuis que herdara do pai.
“Amora, amanhã podemos voltar. Ou você quer ficar aqui com frio e tudo fechado hein?”
“Tá bom.” Ainda com o bico nos lábios e os bracinhos cruzados.
“Sabe o que melhora o humor de alguém bravo?” Ela observou a cabecinha da filha balançando em sinal de negativo. “Caminhar”.


O tempo era frio, mas estavam de casacos e Kate decidiu que poderiam passar mais um tempinho fora. E além do mais as ruas estavam tão coloridas. Agora com a escuridão que trazia noite, destacava as luzes coloridas que estavam por toda parte. Aly ia animada apontando para os enfeites, comentando sobre cada um deles. Até parar em frente à umas latas de lixo.
Mamaaaãe.. olha”. Ela apontou para um pequeno cachorrinho que estava encolhido tremendo entre as latas.
“Nossa. Coitadinho, deve estar perdido.”
“Podemos levar ele? Mamãe tá tão frio ele pode ficar dodói.“
“Filha ele deve ter dono.” Ela disse se abaixando chamando o cachorro. Ele era pequeno e parecia bem cuidado. Talvez tivesse uma coleira com a identificação do dono. Depois de algum tempo chamando o pequeno que mais parecia uma bola de pêlo enfim ele viera até ela. Pegando ele no colo observou que havia um número de telefone na coleira.
“Olha . Ele é tão bonitinho. Você não vai deixar ele ai né mamãe?“
“Não filha. Mas olha, tem um telefone aqui. Ele tem dono querida. Vamos apenas levá-lo e achar seu dono tudo bem?”
Sabia que poderia não ser uma boa ideia. A semanas escutava a filha pedir de natal um cachorrinho. Tinha medo de que ela se apega se ao bichinho, e sofresse depois ao devolvê-lo ao dono. Mas o que podia fazer? Não poderia dormir em paz se o deixasse ali no frio. Provavelmente morreria sozinho.

Tirou seu cachecol e enrolou o cachorrinho que tremia, pegou a mão da sua filha e em um equilíbrio de sacolas mais a criança e agora o cachorrinho terminaram a caminhada de volta para seu apartamento. Parando apenas em uma lojinha que agradeceu muito por estar aberta para comprar um pouco de comida para o cachorro. Chegando em frente à porta do apartamento colocou o cachorrinho nos braços de Aly e as sacolas no chão para poder abrir a porta. Entraram, Kate colocou as sacolas com os presentes sobre a mesa e tirando o casaco foi até a cozinha para pegar potinhos para água e ração do animalzinho ele provavelmente estava com fome. Ao voltar viu a menininha deitada no tapete da sala com o cachorrinho lambendo seu rosto o que a fazia gargalhar.
“Ei. Pequeno vem cá.“ Ela disse estalando os dedos fazendo um som que chamava a atenção do bichinho. Colocou os potinhos no chão e ele logo foi comer.
“Você viu mamãe. Ele gosta de mim”. As duas estavam agachadas olhando para a bolinha de pelo comendo.
“Eu vi amor. Mas lembra o que a mamãe disse né? Vamos ligar para o telefone e encontrar seus donos. Em algum lugar deve ter alguém muito triste com saudades dele.”
“Eu sei.” Porém sua voz saia tristinha.
“E já que vamos usar o telefone, que tal pedir uma pizza hein?”
“Pizza!? Oba!. Pode ser de salame e mozzarela mamãe?”
“Claro. Mas onde você aprendeu a gostar disso hein?” Rindo levantou pegou o telefone, primeiro pediu a pizza e depois discou os números que estavam na coleira. E para sua surpresa o telefone estava desligado ou sem sinal.


“É, parece que o pequeno vai dormir conosco está noite.”
“Ebaaa! Ele pode dormir no meu quarto?”
“Pode querida. Mas quero que não se apegue muito a ele tá bom? Lembra que ele tem dono.”
“Que está triste. Eu sei mamãe. Eu prometo.” Ela disse com o cachorrinho no colo.
As horas passaram bem de pressa. Comeram a pizza. Assistiram um filme de natal que estava passando na TV e ao ver a filha dormindo em seu colo no sofá. Kate se levantou e levou a garotinha para o quarto sendo seguida pelo animalzinho que às vezes tropeçava entre seus pés. Colocou a filha na cama, a cobriu, deu um beijo sobre sua testa e acendeu a luz noturna. Saindo do quarto fez um carinho na cabecinha do pequeno e disse. “Ah você precisava ser tão fofo assim? Amanhã acharemos seus donos viu”. Sorriu com o jeitinho do cachorro de balançava o rabinho.


Lavou os pratos e arrumou a cozinha não querendo deixar bagunça para o dia seguinte. Pegou na estante um de seus livros favoritos de Castle e foi para seu quarto. Passando deu uma olhada dentro do quarto da Aly que estava dormindo viu também o animalzinho que dormia encolhido no tapete. Trocou sua roupa por um pijama, apagou a luz deixando apenas acesa a que ficava ao lado da cama. Deitou-se, puxou as cobertas e abriu o livro na página que havia parado.

Ela entrava quase que em transe quando lia os livros. Amava as histórias, eram romances com um misto de investigação e crimes. Mas sempre tinham um final bom e era isso que ela mais gostava. Saiu de seu mundo no habitat do livro ao ouvir um latido fino acompanhado de um chorinho. Olhou para baixo e ele estava ali, olhando para ela com a carinha mais fofa que jamais havia visto.
“Ei, aí está você. O que foi hein? Não consegue dormir?” Ela falava fazendo carinho nele. Que por sua vez deitou no tapete ao lado da cama dela. Vendo que ele estava quietinho e bem voltou para o livro. Leu apenas uma página quando novamente repetiu o choro.
“Por que está chorando bebê? Está tudo bem. Volte a dormir.” E ele ficou sobre duas patinhas olhando para ela apoiado na lateral da cama.
“De jeito nenhum. Você não vai subir aqui não.” As palavras dela eram recebidas com alegria por ele que balançava o rabinho e latia.
“Droga, por que tenho que ser tão mole? Vem aqui vai.” Pegando ele e colocando sobre a cama.
“Mas já vou avisando. Vai estar em maus lençóis se fizer sujeira na minha cama viu”. Ele apenas a olhou e se aninhou do seu lado. “Esperto você. Se aproveita da fofura que tem.” Ela fez um carinho na cabeça dele. Leu mais alguns capítulos e dormiu.


Ao acordar procurou pelo animal que não estava mais sobre a cama. Desceu e começou a procurá-lo. Torcia para que seu apartamento estivesse inteiro e sem sujeira para todo lado. Mas o que encontrou foi sua filha sentada no sofá enrolada em um cobertor e o cachorrinho ao lado vendo desenhos.
“Olha quem acordou cedo. Está com fome?”
“Sim.. e o papy também.”
“Papy? Alyce não podemos colocar nome nele amor.”
“Eu sei. Mas olha, Papyyy”. Ao ouvir ele se colocou de pé, correu até o colo dela e lambeu seu rosto.
“Viu. Ele gosta. Não sei por quê.”
“Tá ok. Mas da onde você tirou esse nome?”
“Do filme, olha. O cachorrinho do filme chama Papy e aí chamei e ele gostou.”


Decidiu não estragar a manhã da filha. Sabia que teria que ligar e devolver o “Papy” mas não precisava ser agora. Fez um pequeno café da manhã. Com panquecas e chocolate quente e claro seu amado café preto. Passaram a manhã ali, brincando com o cachorrinho. Após a limpeza do apartamento decidiu ligar para os números e novamente não obteve respostas. Ligou também para a professora da filha, ela já estava em época de férias, mas todo ano havia uma apresentação de Natal. Se desculpou mas informou que Alyce não iria participar. Conversou um tempo com a professora, explicou o motivo e se despediu desejando boas festas ao ouvir que não haveria problema se a menina não fosse.


O dia praticamente voara. Se distraiam brincando com o animalzinho, Kate fez um belo almoço para elas, assistiram mais desenhos. Afinal estava frio lá fora. Então decidiu ficar em casa. Pegou o telefone mais uma vez e nada. Já era quase noite e a rotina foi realizada como todas as noites entre elas. Banho, jantar, um filme e cama. Geralmente Aly dormia no sofá no colo da mãe. Kate repetiu os passo da noite anterior. Colocou a pequena na sua cama, cobriu, beijou e foi para sua cama. Hoje estava mais descansada, logo poderia ler mais de seu livro favorito. Mas uma cena também foi repetida.


“Papy, você aqui de novo é?” E ele estava de pezinho novamente pedindo para dormir com ela. E assim como na noite passada não resistira e colocou ele sobre sua cama.
“Preciso lembrar a mim mesma que você tem dono garotão. Por que todo esse teu charme tem me conquistado.” Ela disse fazendo carinho enquanto ele deitava ao seu lado. Leu o livro página por página. E quando chegou ao fim se lamentou. Não gostava de finais. Guardou sobre a mesa de cabeceira e deitada adormeceu em meio ao seus pensamentos .


Já passava de uma da tarde, o clima era agradável lá fora, tornando um belo dia para um passeio. Tinham passado a manhã em suas rotinas domésticas de café, desenhos e sua mais nova distração ‘Papy’. Tentou novamente a ligação, porém obteve resposta dessa vez. Uma mulher chamada Martha atendera o telefone e lhe disserá que o cachorrinho havia se soltado da coleira e fugido. Que estavam procurando por ele e sua dona era uma adolescente de 14 anos chamada Alexis. Combinou um lugar para que pudesse devolver o cachorrinho. O lugar escolhido fora um parque que gostava muito de ir com Aly e como sabia que ela poderia ficar triste com a despedida do cachorro poderiam se distrair por ali.


“Vamos Amora? Já está na hora.”
“Mamãe eu não queria levar o Papy embora.” Ela disse abraçada ao cachorrinho.
“Eu sei filha, mas lembra que te falei, que a dona dele também está triste com saudades?”
“Sim.. mas eu também vou ficar com saudades dele.”
“Filha. Ele já era dela antes. E por mais que ele esteja bem aqui, provavelmente ele também deve sentir falta dela . Quem sabe papai noel não lhe traz um amigão também?“
“É.. Pena que não será ele.” Sua voz era embargada por um tom triste. E Kate lamentava que sua filha tivesse que passar por isso. Ia sentir falta do animalzinho, mas era a coisa certa a se fazer.


Chegando no parque Alyce sentou no gramado e começou a brincar com o animal. Kate observava e sentia seu coração partir. Aqueles dias na companhia do Papy sua filha sorriu tanto, brincou e quase não comentou a falta do pai. Ele fazia bem a ela. Uma pena tirar isso dela, veria sua filha tão pequena passar por mais essa perda.


“Kate? Você é a Kate? “Uma jovem ruiva linda de olhos azuis perguntava. Ela estava segurando uma coleira, então devia ser Alexis a dona do cachorrinho que Martha falou ao telefone.
“Sim. Sou eu . Você é a Alexis?”
“Sim. Você achou o Pepe?”
“Pepe? Então é por isso. Ah Sim achamos ele próximo da minha casa. Sua mãe não veio com você?”
“Minha mãe? Ah não. Minha vó disse que você ficou com ele dois dias.”
“Ah Claro. Martha é sua avó? Bom, não faz diferença. Ele está ali com a minha filha.” Ela disse apontando para a pequenina menina brincando sorridente com o cachorrinho.
“Ah sim, Martha é minha vó. Na verdade meu pai veio comigo. Mas parou para assinar um livro. Nossa ele está tão feliz. Posso ir até lá?”
“Oh, claro querida. Me deixe apenas falar com ela ok? Ela se apegou à ele.”


Recebendo um aceno da jovem menina ela foi até sua filha. Que abraçou o cachorro assim que percebeu a chegada de sua mãe e uma jovem segurando uma coleira.
“Ei Aly, essa é a Alexis.“
“Oi.“ Ela disse abraçada ao animal timidamente.
“Oi, você é bem bonita. Vejo que o Pepe gostou de você.“ Alexis disse.
“Pepe?” A pequena perguntou olhando para a mãe.
Alexis sentou-se ao lado da garotinha e logo estavam conversando. Pepe balançava o rabinho e pulava de um colo a outro. Kate sorria observando a interação entre eles. Estava pensando no comentário da menina, ‘meu pai parou para assinar um livro’. Mas por que ele assinaria um livro? Será que era alguém conhecido?
“Oi? Você está ai?” Ele dizia olhando para Alexis.
“Castle? Richard Castle?” Não podia ser. Entre tantos habitantes da cidade seu autor favorito era o dono do cachorrinho? Que brincadeira de mau gosto o destino a reservou.
“Sim e sim eu acho” Ele disse sorrindo. Um sorriso encantador que fazia algumas linhas de expressão aparecer em seu rosto ao lado dos olhos. E que olhos. Ele era ainda mais bonito que na contracapa de seus livros.
“Ah me desculpe! Kate. Meu nome é Kate. E aquela é a Alyce, minha filha.”
Esticando o braço, oferecendo um aperto de mão. “Prazer em conhecê-la Kate!“
O aperto de mão durou um pouco mais que o normal. Ambos se perderam numa intensa troca de olhar.


“Pai! Achei que não sairia mais da livraria.”
Soltando a mão de Kate um pouco constrangido e contra sua vontade sentou-se também ao lado de Alexis e Aly.
Passaram a tarde conversando. Falando sobre Pepe que se animou quando chamado de Papy talvez pela semelhança. Contou onde o achou e que Aly havia cuidado dele nos dois dias que ficou em seu apartamento. Alexis também contou que havia adotado ele de uma ONG e que ele tinha se assustado com um barulho por isso fugiu.  

A conversa fluía bem, mas os sorrisos foram interrompidos quando Kate se colocou em pé e disse.
“Está ficando tarde, é melhor irmos para casa”.
Todos os três ainda sentados pareciam soltar juntos um suspiro mas só Aly disse.
“Aaah mamãe”.
“Já está tarde filha. E aposto que o Sr. Castle deve ser uma pessoa ocupada. Se despeça do Pepe amor.”
A menina abraçou o cachorrinho e em lágrimas disse. “Vou sentir sua falta.” Comovendo não apenas sua mãe mas também Castle e Alexis.
“Sabe Aly, não moramos longe. Você pode visitar o Pepe sempre que quiser.” Ele disse.
“Verdade?” Sua voz agora um pouco mais animada.
“Sim. Espera, aqui está meu telefone. Vamos combinar assim você pede para sua mãe me ligar aí passo o endereço para ela. E quando você quiser é só ir nos visitar. Sei fazer um chocolate quente maravilhoso”. Ele disse entregando um cartão na mãozinha dela.
“Obrigado!” Kate disse pegando a filha no colo.
“Obrigado vocês, por cuidarem dele para nós! Sabe me ligue para marcarmos um café ou algo parecido. Estamos em dívida com vocês.”
“Dívida? Não se preocupe senhor Castle. Adoramos cuidar do Pepe.”
“Ah por favor me chame de Rick, Kate. E sim, falo sério sobre marcarmos algo um dia desses.”
“Claro. Vamos filha. Tchau Castle, é, Rick... Alexis foi um prazer conhecê-la.”


Mãe e filha voltaram para casa em silêncio. Kate gostaria de saber o que dizer mas, nada mudaria. Sabia que a menina havia se apegado ao cachorrinho e o pior, ela também. Fora o susto dele ser do Castle. As horas que passaram conversando no parque haviam sido divertidas. Ele não era como os jornais ou revistas o apresentava. Era simpático, bem humorado e parecia ser um grande pai. Apenas em uma coisa jornal nenhum errara. Ele era extremamente charmoso.
“Ei, vamos comer no seu restaurante favorito?” Ela diz tentando alegrar a pequena.
“Mamãe? Fica chateada se eu não quiser ir?”
“Claro que não filha. Mas não quero ver você tristinha.”
“Podemos ver um filme e comer pipoca?“
Claro! Uma ótima ideia a sua. Pipoca doce talvez?”
“Issooo” A menininha fazia claramente um esforço para se mostrar animada. Mas logo voltara a ficar em silêncio e de cabecinha baixa.


Chegando em casa como prometido Kate falou para filha tomar um banho enquanto ela fazia a pipoca. Com tudo pronto, sentaram no sofá para escolher um filme. Na TV estava passando uma sequência do filme ‘Esqueceram de mim’ e como era engraçado acabaram deixando no canal. Sorriam durante o filme, acabaram assistindo dois e no final do segundo Aly já dormia.


Beckett se sentiu aliviada, pois temia que á noite fosse ruim, devido à falta do cachorrinho. Colocou a menina na cama e a beijou como de costume. Foi para seu quarto. Depois do banho pegara mais um de seus livros do Castle, ao se deitar se pegou olhando para o chão.

Sentiu falta da pequena companhia que o peludinhos a fazia. Leu alguns capítulos mas hoje tinha um gosto diferente aquela leitura. Antes era apenas seu escritor preferido, hoje era ‘Rick’, como ele a pediu que o chamasse. Seu coração palpitava apenas de lembrar dos olhos azuis. Uma sensação que ela não sentia a tempos. Como poderia isso? Apenas o vi uma vez. ‘Deve ser o ar natalino, só pode.’ Ela tentava controlar seus pensamentos.


A semana passou bem rápido. E com pensamentos confusos Kate decidiu que não ligaria para o Castle. Eles eram de mundos diferentes e não queria que Aly sofresse. Ela poderia acostumar com a presença deles ou pior pensar que podiam ser amigos quando claramente não aconteceria. Ele era um escritor famoso, provavelmente só estava sendo educado.


Era dia 23 e ainda não tinham comprado o presente para a filha de Ryan nem mesmo o da Aly. Kate decidiu que enfrentaria a loucura do shopping, Aly andava tristinha e ver pessoas e passear a faria bem. Porém ao entrar no local quase se arrependera. Havia muitas pessoas com sacolas, crianças correndo, e muita, muita falação. Segurou firme na mão da filha e foram direto a uma loja de brinquedos. Aly não se interessou por nenhum para a surpresa da detetive, apenas ajudou a escolher o da amiguinha que entregaria amanhã no jantar. Mesmo diante de bastante insistência de Kate, a menina disse não querer nada. Apenas ir para casa.

No meio do shopping haviam montado uma árvore linda e tinham colocado um trenó e um papai noel, que estava ouvindo os pedidos das crianças e tirava algumas fotos. Alyce passou um pouco mais devagar pelo lugar o que não foi despercebido pela mãe.
“Ei amor, quer ir falar com o papai noel?”
“Eu poderia?”
“Claro filha! Vem, vamos entrar na fila.” Ela não gostava muito dessas coisas, mas poderia ouvir o que a filha ia pedir e se possível compraria para ela. Já que ela não quis brinquedo algum. A fila era extensa e ambas estavam cansadas de ficar em pé, mas faltava apenas cinco pessoas então decidiram esperar.


“Você não é grandinha para fazer pedidos ao papai noel?” Uma voz masculina falou atrás delas.
“Castle! Nossa, não esperava encontrá-o aqui.”
“Acho que não esperava me encontrar em lugar algum né detetive? Já que não me ligou.”
“Ah.. É.. A semana foi corrida.” Ela disse um pouco constrangida e surpresa dele mencionar o fato dela não ter ligado.
“Imagino. Mas ainda não me respondeu. Você quer tirar foto com o papel noel Kate?”
Seu nome, ele lembrava seu nome. Não fazia tantos dias que tinham se conhecido, mas ele era uma pessoa que lidava com muita gente. Não esperava que ele lembrasse seu nome.
“Ah Claro! Sempre foi meu sonho uma foto com o bom velhinho! Mas hoje é só a Aly que vai conversar com ele né amor?” A garotinha estava tão concentrada na sua vez na fila que ainda não tinha notado a presença dele ali. Apenas quando sua mãe colocou a mão em seu ombro e perguntou, que ela olhou para trás e viu quem estava conversando com ela.
“Sr. Castle!” Ela disse com um sorriso tímido
“Vejo que puxou as formalidades de sua mãe. Olá senhorita Alyce Beckett!” Ele disse se curvando em um tom de brincadeira que acabou fazendo a menina rir.
“Você também vai tirar foto com o papai noel?” Ela perguntou confusa.
“Oh não.. Acho que ele não me aguentaria em seu colo.” Ele sorriu fazendo elas sorriem também. “Eu apenas vim dar um recado para um de seus ajudantes” E apontou para uma mulher vestida de duende.


Aly foi chamada, sua vez tinha chegado e ela correu e sentou no colo do velhinho. Mas como Kate escutava Castle explicar que a mãe dele era a duende e que o velhinho era parte dos alunos da escola de teatro dela que estavam fazendo em prol das crianças, ela não conseguiu ouvir o pedido da filha ao bom velhinho.
“Mas você já pediu filha?”
“Já mamãe. Ele me disse para acreditar na mágica do natal!”
“E sabe de uma coisa? Ele está certo!” Castle diz voltando ao encontro delas.
“Então Aly, já que sua mãe decidiu me ignorar, o que acha de me acompanhar em um belo chocolate quente com biscoitos? Sei de alguém que ia ficar bem feliz em vê-lá.”
Ela olhou para Kate com aquele olhar que derretia seu coração.
“Vamos mamãe? Por favor. Queria tanto ver o Papy”.
“É mamãe vamos?” Castle completou.
“Golpe baixo isso viu. Vocês dois!”
“Ótimo, vem Aly antes que sua mãe mude de ideia.”


Ele pegou a mão da garotinha e foi andando. Kate os seguia e se admirou quando ele pegou sua filha no colo. Aly não era um tipo de criança que ia com qualquer um, e mesmo assim lá estava no colo de Richard Castle.
Passaram um período agradável no loft do escritor. Enquanto ele fazia seu famoso chocolate quente as meninas brincavam com o cachorrinho e Kate o observava sentada com os braços sobre a bancada da cozinha.
“Se divertindo com a vista?”
“Não é sempre que vejo um escritor famoso na cozinha.”
“Ah então é mesmo minha fã?”
“Não diria fã, mas gosto dos seus livros.”
Enquanto pegava alguns ingredientes no armário de costas para ela.
“Kate, posso te fazer uma pergunta?”
“Claro.“
“Porque não me ligou?” Ele já voltava a encará-la. “Não me venha com essa de correria. Me fale a verdade.”
“Humm, realmente achei que não fizesse diferença“.
“Por que? Porque sou um playboy das páginas de revistas?” Ele disse encostado na bancada. Com uma proximidade um pouco desconfortável para a detetive.
“Não. Bom, também. Mas não queria que Aly sofresse. Ela gostou de você e seria difícil explicar que não o veria mais.”
“E achou que eu não fosse mais querer ver vocês? Kate não trago qualquer pessoa na minha casa. Muito menos faço meu chocolate famoso para pessoas que eu não me importo.” Ele a deixou pensando sobre suas palavras e foi colocar o líquido agora quente em canecas. Colocou alguns marshmallows e esticando o braço a entregou uma caneca.
“Sabe. Esperei por sua ligação.” Mas não deixou ela falar, seguiu para mesa onde chamou as meninas para comer os biscoitos e tomar o chocolate.

Ele permaneceu o resto do tempo sorridente, brincando com as meninas e o cachorro como se nada tivesse acontecido. Kate também não comentou mais nada. Ele a chamou e apresentou a ela sua mini biblioteca, que a amou. Falou um pouco sobre seu próximo livro. Parecia que se conheciam a anos.
Ao mencionar o horário disse que teria que ir embora. Agradeceu pela ótima tarde que lhes proporcionaram se despediu de Alexis fez um carinho no cachorrinho é contra a vontade de Aly estavam de saída.
“Kate?”
“Oi?”
“Ainda posso esperar?” Ele disse encostado na porta.
“Humm. Talvez?” Respondeu entrando no elevador. Deixando ele com um olhar confuso e extremamente bonito.


O dia 24 praticamente não existiu. Passou parte dele com apenas um pensamento e quando finalmente se via livre, Aly perguntava ou falava o quanto gostou do tio Rick.
A noite enquanto se arrumava para ir a casa de Ryan se viu mais uma vez pensando nas palavras de Richard. Era cedo para dizer que havia um sentimento. Mas atração? Ah isso com certeza era mútuo.
Arrumou Aly e logo estavam na casa do amigo. Fora uma noite agradável, conversou com seus parceiros enquanto Aly brincava com Grace e teve que se esquivar quando a filha mencionou passar uma tarde na casa do escritor.


“Ah Beckett, essas coisas você não me conta né?” Laine disse no ouvido da amiga. “Já era tempo. Permita-se ser feliz!” completou piscando para ela.
Trocaram presentes, jantaram. Kate podia dizer que estava feliz com essa família. Família que ganhou no distrito. Ouviu ainda alguns comentários de Esposito, sobre o autor preferido ter que passar pela análise dele. E após perceber Alyce sonolenta decidiu ir para casa.


Aly não quis se deitar ao chegar em casa. Disse que o papai noel ainda não havia atendido seu pedido. Kate arrumou o sofá e ligou a TV na esperança de que ela adormecesse e não se frustrasse com o pedido não atendido, afinal não tinha conseguido ouvir o que ela queria naquele dia no shopping. Enquanto Aly assistia decidiu pegar seu celular e enviar uma mensagem para Castle. O que poderia perder? Foram as palavras da amiga legista. Pensou, pensou e escreveu:
“RICK, QUERIA AGRADECER PELA ÓTIMA TARDE QUE PASSAMOS JUNTOS. E POR FAZER ALY SORRIR COMO A ALGUM TEMPO NÃO VIA.
DESEJO A VOCÊS UM FELIZ NATAL!
COM CARINHO. KATE.”
Segurou o celular por uns minutos antes de enviar pensando se realmente era uma boa ideia e enfim decidiu enviar. Não contava apenas com uma resposta quase que imediata.
“KATE. EU QUE AGRADEÇO. MAS PODE POR FAVOR ABRIR A PORTA? ESTÁ FRIO AQUI.”


“Abrir a porta?” Como assim. Foi então que ouviu batidas na porta. Aly se virou ficando sobre o encosto do sofá e olhou para a mãe sorrindo.
“Eu sabia. Sabia que o papai noel ia me ouvir.”
Kate sem entender nada foi em direção da porta. Olhando pelo olho mágico rapidamente abriu e deu passagem para Rick, Alexis e Pepe.
“Vivaaaa!” A pequena saltou do sofá e correu em direção à eles.
“Pedido ao papai noel é coisa séria né mocinha”. Ele disse fazendo carinho na cabeça dela. Que logo puxou Alexis e Pepe para o sofá.
“Pedido ao papai noel?” Kate perguntou confusa à ele
“É! Aly disse que gostaria de passar o natal com o Pepe.”
“É e como você sabe disso?”
“Magia de natal Kate!”
“Claro. Papai noel foi lhe falar?”
“Bom fora a magia, minha mãe era a ajudante dele lembra?” Ele disse piscando para ela.
“E ai? Você tem o que é preciso para um bom chocolate quente? Por que eu trouxe os biscoitos!”.


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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado...
Caso queiram a continuação, talvez para a passagem de ano. Me deixe saber....rs Bjoks a todos e um Lindo Natal ❤
E as minhas " Amoras " um bjo no coração !!



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