Rey.- chamou Leia Organa.- Que a força esteja com você!

A garota abre um sorriso e volta a caminhar até a Millennium Falcon. Encontrou Chewie sentado na cadeira do copiloto esperando para partirem, ao olhar para a cabine não conseguiu evitar se lembrar de Han Solo e não se emocionar. Rey limpando suas lagrimas se senta ao lado de Chewie na cadeira do piloto e liga a nave, logo já estavam saindo do chão e voando para fora do planeta, Rey pode sentir através da força, a esperança que o povo da Resistência criava enquanto via a Millennium Falcon partir. Rey sentia o receio crescer dentro de si. Era bom aquelas pessoas terem esperança, mas o ruim era elas dependerem dela. Toda a infelicidade do homem nascia da esperança, e isso Rey sabia por experiência própria.

Após passarem pelo cinturão de asteroides logo entrariam na velocidade da luz, enquanto Rey esperava as coordenadas para entrarem no hiperespaço, Chewie ligava o escudo defletor. Rey escuta o computador dar um bipe à avisando que as coordenadas já estavam prontas, ao apertar o botão da velocidade da luz ambos os passageiros sentem um forte puxão os pressionarem contra a cadeira e veem as luzes das estrelas se esticarem como se fossem elásticos sendo esticado, R2-D2 solta um assovio e em menos de segundos já estavam em frente ao planeta destino. O planeta Ahch-To visto do espaço era como um ponto azul pálido, no que a espaçonave ia se aproximando do planeta, Rey pode perceber que todo aquele azul era água. Já na atmosfera do planeta pode ver do alto várias ilhas rochosa com arvores verdes, mas uma ilha havia lhe chamado atenção e sabia de alguma forma que era ali que Luke Skywalker estava.

Quando a Millennium Falcon pousou, Rey, Chewie e R2-D2 caminharam para a rampa de saída. Logo quando saíram, foram recebidos com uma leve brisa que vinham da maré e com o som de pássaros cantando. Rey estremeceu por inteira ao sentir uma força desconhecida, foi ai que percebeu que seus instintos estavam certos. Luke realmente estava naquela ilha como a força insistia em lhe mostrar. Rey voltou a observar sua volta e sua atenção se concentrou em um ponto, uma escada de pedra, Chewie coloca a mão peluda no ombro de Rey e começou a fazer seu rugido. Assim como Han Solo, Rey também conseguia entender aquela bola de pelo. A garota acena com a cabeça e começa a caminhar até as escadas, no primeiro degrau olha para trás e vê seus amigos voltando para dentro da nave.

Seria uma grande caminhada até o topo da ilha, e cada degrau estava sendo uma tortura para a garota. Acalme-se Rey, acalme-se, dizia uma voz em sua mente. Rey fecha os olhos e se concentra ao que estava à sua volta, se focou na força que cercava ela e ficou surpresa quando sentiu sua respiração desacelerar. Quando as escadas acabaram Rey pode ver uma pessoa coberta por um manto cinza de costas para ela. Quando a pessoa se virou tirando o manto da cabeça Rey pode ver ele, Luke Skywalker. Sua aparência demonstrava o quanto os anos haviam se passado para ele, já com cabelos brancos e rugas em volta dos olhos. Luke a olhava em choque. Ambos estavam em silencio. Rey pegou o sabre de luz que estava dentro de sua mochila e o estendeu até ele. Luke encarou o objeto nas mãos da garota e soltou um suspiro.

— Já fazia anos que não via esse sabre.- Luke olhou triste para o sabre por alguns segundos.

O homem se aproximou de Rey e pegou o sobre de sua mão, o observou por algum tempo e depois devolveu à garota.

— Acredito que esse sabre não pertença mais a mim. Ele chama por você.

Rey olha para o objeto pensativa, percebeu que já tinha ouvido algo semelhante de Maz Kanata. 

"Aquele sabre de luz era do Luke, antes foi do pai dele e agora ele chama por você."

Rey afasta seus pensamentos e volta seu olhar ao homem à sua frente.

— O senhor é Luke Skywalker?

— Já fui, um dia.- responde demonstrando tristeza.

Luke volta seu olhar para o horizonte e Rey fez o mesmo ao seu lado, ambos em silencio.

— Eu sei por que esta aqui, Rey.- disse quebrando o silencio.

Ao ouvir seu nome, a garota encara o homem.

— Como sabe meu nome?

— Apenas sei.

Apesar de não aceitar aquela resposta, Rey decidiu não insistir, sabia que tinha assuntos mais importantes para discutir no momento.

— A Resistência precisa de você. Leia Organa implora para que lute conosco contra a Primeira Ordem.

Luke sorriu ao lembrar de sua irmã, já fazia anos que não a via. O homem transferiu seu olhar para Rey e colocou uma mão em seu ombro.

— Minha jovem, apenas um tolo corre para guerra.

Rey frustrada abaixa a cabeça.

— Creio que deve estar com fome.- disse Luke caminhando para algum lugar.- Pouco antes de você chegar havia colocado um peixe para assar, pelo cheiro acho que já esta pronto.- Luke para de anda e se vira para ela.- Venha.

Rey abre um sorriso ao sentir um cheiro bom e o segue.

Enquanto caminhavam entre as arvores, Luke assobiava distraidamente e Rey o seguia andando desajeitada. Após subirem uma superfície íngreme, chegaram ao um grande templo feito de pedra sobre pedra.

— Que lugar é este?- perguntou maravilhada com o que via.

— O primeiro templo Jedi.

Rey olha estupefata para Luke. Com um ranger de portas, Rey sai de seu transe e vê Luke em frente a um enorme porta de madeira aberta.

— Entre.

Rey adentra o templo e de depara com um salão enorme onde havia três estatuas. A garota caminhava em silencio pelo salão, estava distraída com cada detalhe daquele lugar, enquanto isso Luke andava atrás a observando.

— O que essas estatuas significam?

— Antes mesmo da força ser reconhecida, havia três pessoas que já conheciam sua existência. Essas pessoas eram conhecidas como os filósofos da força, no principio foram essas pessoas que difundiram a ideia de que havia uma força que rodeava cada um de nós. Eles treinaram os jovens em que a força se manifestava e os ajudava a manipula-la para fazer o bem.

A garota apenas ouvia a historia em silencio, tudo era uma novidade para ela pois até pouco tempo pensava que os Jedi eram apenas uma lenda. Seus olhos pousaram logo no final do salão onde havia uma pira acesa, ela se aproximou e olhou atentamente para o fogo, podia ouvir vozes desesperadas pedindo por ajuda. Ao se aproximar mais do fogo, Rey sentiu suas pernas falharem e caiu de joelhos no chão sentindo a dor do impacto, apoiou suas mãos no chão para se levantar e se assustou ao olhar ao seu redor. Havia jovens e velhos mortos espalhados por todo o salão e uma única pessoa em pé com um sabre de luz na mão, era um homem. Ao perceber a presença de Rey, o homem desconhecido começa a se aproximar dela sem nenhuma expressão. Ele parou na sua frente e sem hesitar empurrou seu sabre de luz na barriga de Rey que nada sentiu, ela apenas fechou os olhos e quando os abriu encontrou o rosto de Luke a olhando preocupado.

Ao se levantar com a ajuda de Luke, Rey pode sentir uma dor em seus joelhos e sua cabeça rodar. Sentiu suas pernas falharem novamente e Luke amaciar sua queda a pegando no colo. O que esta acontecendo comigo?, pensou antes de apagar.