Um Ano Depois...

27 de março de 1958,

Um ano havia se passado desde que Minerva deixara a recém-nascida Hermione na porta da Mansão Potter. O casal que até então, não conseguia ter filhos, se sentiram demasiadamente gratos, mesmo sem saber quem era aquele bebê, afinal Merlin lhe dera uma filha. Uma linda menina que veio ao mundo para ser sua esperança. A senhora Potter já tinha seus 58 anos e acreditava que não pudesse mais ter filhos e a chegada de Hermione foi praticamente um milagre, já amava aquela criança como se fosse sua e a mimava por demasiado. Fleamont também amava muito a filha e a considerava sua princesinha, a mimando muito.

Naquele Domingo, haveria um grande jantar, um jantar que muitas famílias puro-sangue costumavam fazer uma vez por mês, reunindo as famílias, propondo alianças, casamentos. Não que o casal Potter fizesse parte dessa elite preconceituosa como costumavam os chamar, mas faltar a tal jantar seria uma falta de educação. Assim que adotaram Hermione, passaram a assumi-la como sua filha e todos estavam curiosíssimos para ver Hermione Potter, a filha que o casal Potter tanto ansiava ter.

O casal Black já havia visto-a algumas vezes, Hermione e a única filha de Walburga e Orion Black eram bem amigas, desde que se conheceram emitiam uma sintonia perfeita. Nem parecia que em outra época do futuro, pareciam tão inimigas. Mas suas vidas agora eram no passado, passado esse, no qual, se conectavam uma com a outra, como se fossem velhas amigas. Todas as famílias viviam em paz, visto que Voldemort estava sumindo e ainda não tomou o poder, a época de caos que seria a vinda de Voldemort, ainda estava longe de começar. Mas os Black eram conhecidos por sua fama de preconceituosos, odiavam traidores de sangue e os sangue ruins, como chamavam os nascidos trouxas.

O tempo estava chuvoso, Euphemia Potter colocava uma blusinha e uma toca em Hermione, que sorria divertida para a mãe. Fleamont Potter observava mãe e filha, feliz. Era tão bom ver o sorriso nos lábios da esposa, Hermione alegrava a casa com sua simples presença. Euphemia esperava por tanto tempo ser mãe e agora finalmente era uma, não poderia estar mais feliz, Hermione era uma benção na vida do casal. Hermione ria e brincava com os longos cabelo da mãe, enquanto a mesma a arrumava para o jantar.

— Está pronta! Está linda minha filha - disse a mulher sorrindo feliz, vendo a filha vestida feito uma princesa. Amava tanto Hermione, mesmo ela não sendo sua filha, a amava. Só de pensar que um dia pudessem tira-la dela, seu coração doía - Fleamont? - chamou o marido, insegura ao vê-lo se aproximar. Precisava falar com o marido sobre isso. - Você acha que algum dia a família dela irá quere-la de volta?  - perguntou sentindo as lagrimas saírem de seus olhos.

— Creio que não, já se passou um ano e nada, esqueça isso Euphe, Hermione é nossa filha e nada a tirará da gente - disse Fleamont sorrindo e pegando sua princesinha no colo - Vem com o papai - ele sorriu ao ver que a filha sorria para ele.

— Vamos, já devemos estar atrasados para o jantar - a mulher disse vendo o marido fazer uma careta e riu.

— Temos mesmo que ir? - perguntou Fleamont um tanto desanimado- Não gosto da Walburga - falou fazendo uma careta, vendo Hermione fazer um barulho, como se não tivesse gostado da menção do nome de Walburga.

— Ela é uma prima distante minha Fleamont, temos que ir. Alem do mais, Hermione gosta bastante da Pansy... E Pansy dela - disse a mulher vendo a filha sorrir com todos os dentes que ainda não tem.

— Tudo bem, tudo pela Hermione - concordou o homem e logo eles aparataram dali.

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Walburga Black arrumava a filha descontente, gostava de Pansy, mas só a criara porque havia sido obrigada. Não queria ter filhos agora, ainda mais uma menina, queria que seu primeiro herdeiro fosse um menino e que viesse dela, ao contrario de Pansy, que poderia muito bem ser uma trouxa ou nascida-trouxa ou mestiça, não sabia de onde Pansy poderia ter saído. Mas cuidava dela, pois sabia que agora Pansy estava sob sua responsabilidade. Não podia negar também que guardava certo rancor da menina, pois lhe lembrava ela mesma, sua versão doce e tola de ser, que ela já não era mais. Poucos sabiam, mas Walburga não teve uma infância fácil e nunca teve totalmente o amor da mãe, que preferia os demais filhos. Sempre implorou pelo amor da mãe, mas a mesma só sabia lhe dar sermões. Aos poucos passara a odiar a mãe e agora transferia tal ódio a pequena Pansy.

Já Órion amava a pequenina, Pansy era sua princesa e a mimava demasiadamente, a apresentara a todos os parentes como se fosse um troféu, muitos o chamava de pai coruja, dando ciúmes até em Walburga.

— Está pronta! - Walburga disse indiferente fitando a pequena Pansy, que sorria para a mãe, logo a colocando no berço. Logo, Fleamont e Euphemia chegaram e o casal Black foram recebe-los.

— Sejam bem-vindos! - disse Walburga com um sorriso de canto, observando a pequena Hermione. Não sabia dizer o porque, mas tinha uma simpatia por Hermione, ela sim queria que fosse sua filha e não Pansy.

MAMÃ! PANSY, MAMÃ!  - disse Hermione alegre e imperativa, reconhecendo a enorme Mansão Black, no Largo Grimmald. Hermione já havia começado a falar, algumas semanas atrás tinha falado sua primeira palavra " MAMÃ " , Fleamont ficou com uma carranca enciumado pois queria que a filha falasse papai primeiro, já Euphemia ficou com um sorriso de orelha a orelha pela primeira palavra da filha.

— Olá Walburga, olá Órion - disseram o casal Potter cumprimentando o casal - Cadê a Pansy? Hermione está muito animada para vê-la - disse a Sra. Potter sorrindo.

— Está no berço, deixa que eu levo a Hermione lá e fico olhando as duas brincarem - disse Orion sorrindo e pegando a pequena Hermione em seu colo. A mesma parecia gostar do colo de Orion, que era reconfortante e acolhedor. Logo, Orion levou Hermione até o berço, a colocou em um tapete no chão, pegou Pansy e a colocou junto de Hermione, enquanto Walburga, Fleamont e Euphemia conversavam na sala. Tanto Hermione como Pansy sorriram ao se verem, mesmo se vendo uma vez por mês, já eram muito apegadas uma a outra.

— HE... HER... HERMIANEH - disse Pansy sorrindo e se engasgando com as palavras, afinal fazia pouco tempo que começara a falar.

— Sanse - disse Hermione também sorrindo - Vamos bincar - disse Hermione animada.

Orion observava as duas sorrindo e logo pegou duas bonecas, dando para as meninas, que já se divertiam e brincavam, animadas. Foi quando algo aconteceu. A boneca de Hermione começava a levitar até a de Pansy e a de Pansy até a de Hermione. Orion sorriu feliz, então Pansy realmente era uma bruxa e já demonstrava sinais de magia.

— FLEAMONT, EUPHEMIA, WALBURGA, venham ver, AS MENINAS ESTÃO DEMONSTRANDO SINAIS DE MAGIA! - berrou Orion alto e logo todos entraram nos quartos surpresos ao verem a boneca de Hermione flutuar até Pansy e a boneca de Pansy flutuar até Hermione.

— Mim gostar de brincar com Pansy - disse Hermione sorrindo.

— Mim também - disse Pansy sorrindo.

Todos olhavam as crianças surpresos, afinal elas tão cedo já demonstravam sinal de magia. Walburga olhava perplexa para a filha, entao Pansy era uma bruxa? E poderosa? Pois desde cedo já demonstrava sinais de magia.

Logo, a família de Druella e Cygnus também chegavam. O casal tinha três filhas, Bellatrix a mais velha que tinha lindos cabelos negros iguais aos da mãe, era uma bela menininha e tinha cerca de 7 anos, Andrômeda que se parecia muito com o pai e devia ter 4 anos e Narcisa que devia ter seus dois anos e ainda era bem pequena. Bellatrix estava ansiosa para ver Hermione, todo mês via a mesma e Pansy nos jantares de domingo da família e já havia se apegado as duas meninas. Bellatrix puxava a saia da mãe como se quisesse pedir algo, mas sua mãe conversava animadamente com Walburga.

— Olhe a Bellatrix já tem 7 anos e está uma mocinha linda - disse Walburga fitando Bellatrix admirada, mas a mesma estava impaciente tentando chamar a atenção da mãe.

— Sim! - concordou Druella sorrindo - Que é Bellatrix? - perguntou a mae já impaciente ao ver a filha puxando sua saia toda hora.

— Quero ver Hermione e a Pansy - disse a menina com sua voz infantil de criança e a mulher sorriu, já sabendo o quanto a filha gostava das duas pequenas.

— Aonde as meninas estão? - perguntou Cygnus se pronunciando.

— No quarto da Pansy - disse Walburga e logo Druella levava a menina ao encontro das primas. Hermione e Pansy ao verem Bellatrix abriram um sorriso enorme e logo as três começavam a brincar, animadas.

Naquele momento, era como se o mundo fosse delas, nada nem ninguém poderia atrapalha-las, eram apenas três amigas, três crianças brincando felizes, sem nenhuma preocupação. Elas nem imaginavam que daqui alguns anos tudo isso mudaria.

Dois Anos Depois...

Mansão Black,

27 de Março de 1960,

Pansy Black já tinha cerca de três anos e já era uma bela menininha. Corria pela enorme Mansão dos Black feliz e cantarolando, irritando a mãe. Quem via a bebê quietinha, que apenas falava quando via Hermione, não a imaginava tão elétrica falando com tudo e todos. Mas Pansy não era assim com todo mundo, mesmo com a mãe não lhe dando muito amor, ela se sentia livre em casa, sua casa era um lugar onde podia se expressar livremente, ou ao menos por enquanto. Quando sua mãe há 4 meses dera a luz seu segundo filho, Sirius, Pansy quase teve um surto. Ficou tão feliz que agora não desgrudava do menino e vivia brincando com o mesmo e andando com ele para lá e para cá. Walburga não deixava a filha ficar muito perto de Sirius, mas ela conseguia driblar a mãe com a ajuda do pai. Amava Sirius, ele era seu " menininho " como o chamava, tanto ela quanto Hermione amavam o primo. Somente Bellatrix que não parecia muito chegada ao primo. A amizade de Bellatrix, Pansy e Hermione se fortalecia cada vez mais, as três meninas eram muito apegadas umas as outras.

Logo Bellatrix, Narcisa e Andrômeda viriam para a Mansão Black, já que haveria o grande jantar que há uma vez por mês na Mansão Black. Dessa vez, Hermione não poderia vir pois seu irmão nasceria. Hermione estava tão feliz, passou meses falando para Pansy como estava feliz com a chegada de seu irmão, o casal Potter também estava radiante, sequer acreditavam que finalmente teriam seu primeiro filho biológico. Pansy estava feliz por Hermione e queria logo ver o irmão de Hermione e enche-lo de mimos, igual Hermione fazia com Sirius.

Pansy se encontrava agora no quarto do irmão, o fitando feliz. As vezes falava com Sirius, se perguntando se o mesmo entendia o que ela falava. Por fim, acreditou que o irmão entendia sim o que ela falava. Sirius ainda não falava, mas ela vivia pressionando-o a falar Pansy, sem sucesso.

— Te amo mano, você é meu menininho - disse Pansy tentando ficar na altura do berço do irmão, sem sucesso.

— Pansy venha, suas primas chegaram - disse Walburga em seu tom normalmente frio e logo a menina passou correndo pela mãe indo para a sala.

Logo, a menina correu abraçando Bellatrix, que sorriu para a mesma. As duas meninas eram grandes amigas e se amavam muito. Bellatrix já devia ter 9 anos e havia crescido bastante, enquanto Andrômeda tinha 7 anos e já era uma bela garotinha e Narcisa já tinha 5 anos e era loira como a mãe.

— Vem, vamos para o meu quarto, querem vir Cissa e Dromeda? - perguntou Pansy e Narcisa com ciúmes da amizade de Bellatrix e Pansy, fez que não com a cabeça, enquanto uma Andrômeda meio tímida se juntava as primas.

— Cade a Hermione? - perguntou Bellatrix sentindo falta da amiga.

— Ela não pôde vir, o irmãozinho dela nasceu - disse Pansy quicando sobre a cama, animada.

— Como vai ser o nome dele? - perguntou Bellatrix vendo uma Dromeda ainda tímida sem conseguir se enturmar.

— James, James Charlus, Dromeda vamos brincar comigo e a Bella - disse Pansy sorrindo e pegando a boneca e logo as três começavam a se descontrair e brincar, animadas.

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Hermione aguardava ansiosamente no colo do pai, do lado de fora do quarto da mãe. A medibruxa ainda estavam com Euphemia Potter dentro do quarto e o parto da mesma parecia complicado. Euphemia já gritava a horas e a medibruxa não sabia mais o que fazer.

— Papai, papai, porque a mamãe está gritando? - perguntou Hermione preocupada com a mãe.

— É comum esses gritos no parto filha, vai ficar tudo bem - disse Fleamont sorrindo para a filha, mesmo sem ter certeza de que ficaria tudo bem. Era o primeiro parto de Euphemia e parecia complicado, a esposa já não era tão nova, temia que algo acontecesse a Euphemia ou ao filho. Fleamont quase pulou da cadeira, quando ouviu um grito e um som de choro a seguir:

— É um menino! Podem entrar - disse a medibruxa logo dando o menino para a mãe, que sorria de orelha a orelha.

— Seu nome será James, James Fleamont Potter - disse feliz, vendo o marido e a filha olharem maravilhados para o bebê, que sorria feliz, sem dente nenhum.

— Mamãe, posso segurar meu irmão? - pediu Hermione quicando no lugar, ansiosa.

— Pode sim, só cuidado para não derruba-lo meu amor - disse Euphemia logo depositando o bebê com cuidado nos braços de Hermione, que tinha lagrimas nos olhos e sorria de orelha a orelha.

— Você vai ser meu irmãozinho e eu vou te mimar muito - disse Hermione dando um beijo na testa do irmão, fazendo os pais sorrirem emocionados, jamais esqueceriam daquele dia...

Dois Anos Depois...

27 de março de 1962,

 Mansão Potter,

Hermione já era uma linda garotinha de cinco anos e corria pela casa animada, brincando com o irmão de dois anos. James corria animado junto a Hermione, para desespero de Euphemia, que tinha medo que os filhos se machucassem. Logo, iriam todos para o jantar na casa dos Black, como em todo mês. Hermione estava ansiosa para ver Pansy, Bellatrix e Sirius, com quem adorava brincar.

— MAMÃE! Quando vamos? - perguntou Hermione ansiosa quicando no lugar.

— Logo minha filha, só espere seu pai terminar de se arrumar - disse a mulher rindo com a animação da filha. James também estava animado, adorava brincar com Sirius.

Enquanto isso, Pansy brincava animada com o pequeno Sirius, que já tinha seus dois anos. Sirius era muito apegado a mesma e ambos viviam brincando juntos. Sirius já era muito apegado a irmã e a Hermione. Pansy também havia se apegado a Regulos, seu irmão de um ano, mas não podia negar que seu preferido era Sirius.

— Mim gostar de você - disse Sirius sorrindo para a irmã, que sorriu de volta.

— Mim também - disse Pansy sorrindo de volta, logo pegando um carinho trouxa e brincando com o irmão, animada.

Logo, Hermione, James, o casal Potter, o casal Black e Bellatrix, Narcisa e Andrômeda chegavam. Andrômeda, James, Hermione e Bellatrix correram até o quarto de Pansy, enquanto Narcisa ficava ao lado da mãe. Bellatrix já devia ter uns 11 anos, Andrômeda tinha seus 9 anos e Narcisa já era uma bela garotinha de sete anos.

— Hermione! Bella! Dromeda - disse Pansy abraçando as três amigas. Com o passar do tempo, Bellatrix, Andrômeda, Pansy e Hermione já eram inseparáveis amigas.

Enquanto Andrômeda cuidava de James e Sirius que brincavam animados, Bella, Pansy e Hermione corriam animadas pelos jardins, brincando e conversando.

— Hoje é o aniversario de vocês, parabéns - disse Bellatrix sorrindo para as amigas - Eu trouxe o presente de vocês, depois falem com a tia Euphemia - disse Bellatrix e as duas amigas as olharam, surpresas.

— Você lembrou! - se surpreenderam.

— Claro né - Bellatrix disse rindo.

Hermione quicando no lugar, chamou a atenção das amigas:

— Esse ano você vai para Hogwarts, vamos ficar longe uma das outras... Bella, promete que nunca me esquecerá? - pediu Hermione com os olhos brilhando.

— Prometo, eu nunca deixaria vocês - disse Bellatrix beijando os dedos.

— Então vamos fazer um pacto de sangue, que seremos amigos para sempre - disse Pansy de repente e as três amigas sorriram cumplices - Papai disse que na época dele em Hogwarts, ele fazia isso - disse Pansy animada e logo as três pegaram uma faca e fizeram o dedão sangrar e lamberam o sangue uma da outra, passando a ter o sangue uma das outras - Eu Pansy Black, prometo para sempre ser amiga de vocês, não importa o que aconteça - disse Pansy lambendo o sangue das amigas.

— Eu Bellatrix Black, prometo o mesmo - disse Bellatrix repetindo o gesto da amiga.

— Eu Hermione Potter prometo o mesmo, seremos amigas para sempre! - disse Hermione sorrindo e repetindo o gesto das duas.

E assim as três se abraçaram, selando uma amizade eterna...

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Dois Anos Depois...

27 de Março de 1964,

Mansão Potter,

Hermione já tinha seus 7 anos e era uma bela garotinha, mesmo sendo filha adotiva de Euphemia e Fleamont, a mesma se parecia muito com os pais. Tinha lindos cabelos pretos iguais ao da mãe e os olhos verdes do pai e tinha o mesmo sorriso maroto que todo Potter sempre tinham. Tanto Fleamont como Euphemia decidiram que nunca contariam a Hermione a verdade, era tão bom a vida que levavam, a família linda que tinham, tinham medo que Hermione os rejeitassem se descobrisse a verdade. James já tinha 4 anos e era muito apegado a irmã, ele e Hermione viviam grudados.

Naquela manhã, ambos os irmãos acordaram animados, quicando sobre a cama e sorrindo, cumplices.

— Que bagunça é essa? - perguntou Euphemia Potter, olhando para os filhos com um olhar de repreensão, mas ao mesmo tempo de diversão, logo rindo junto com os filhos.

— MAMÃE! Hoje - começou Hermione animada.

— É o nosso aniversario - completou James quicando sobre a cama.

Logo a mãe foi até os filhos abraçando e desejando feliz aniversario a cada um. Mais um momento feliz entre a família Potter e nada poderia abalar a alegria daquela família.

Quatro Anos e Cinco Meses Depois...

27 de agosto de 1968,

Mansão Black,

A antiga casa Black estava completamente mudada. Mais de onze anos haviam se passado desde que Pansy havia sido achada na porta da Mansão Black e Walburga e Orion pegaram-na para criar. Agora a casa parecia ainda mais velha, com fotos de Pansy, Sirius e Régulos por todo o lugar. Enquanto Pansy já tinha seus 11 anos e já era uma bela garotinha e mudara muito, estava mais alta, Sirius já tinha seus 8 anos e também havia crescido bastante. Já Regulus tinha seus cinco anos e eram bem apegado aos irmãos. Walburga sempre fez distinção entre os filhos, tratando Regulos e Sirius bem e dando pouco amor a Pansy, o que sempre a magoara. Mas ao menos, Pansy tinha o amor dos irmãos, a quem amava muito.

As três crianças agora corriam pela sala brincando animados. Pansy estava feliz, logo iria para Hogwarts, assim que recebera a carta de Hogwarts, quase surtou, gritou e ficou feliz e começou a contar animada para todos que logo iria para Hogwarts. Sirius queria ir também, não queria ficar longe da irmã, mas acabou aceitando que iria três anos depois de Pansy. Na tarde daquele dia, Pansy iria com o pai comprar seus materiais, enquanto a mãe ficaria em casa cuidando de Sirius e Régulos. Pansy havia se acostumado com a falta de amor da mãe, mas ainda sentia sua falta e mendigava seu amor. Orion percebia isso e tentava consolar a filha. A relação de Pansy com Orion não poderia ser melhor, eles se tratavam muito bem e se amavam muito.

— Você não nos pega, você não nos pega - disse Sirius para irmã, enquanto ele e Regulos corriam, se divertindo.

— Parem já! Pansy, vem aqui - disse Walburga e logo a menina foi na direção da mãe - Antes de você ir, preciso que veja uma coisa. Seu pai acha que não devíamos te contar isso, mas essa carta foi endereçada a você há 11 anos, na carta dizia que você deveria saber de toda a verdade há 11 anos, leia a carta e depois pegue esses oito frascos. Sabe a penseira no escritório de seu pai? Deve ir até lá - disse a mulher logo saindo dali.

E Pansy curiosa, fez o que a mãe pediu. Leu a carta e ficou chocada. Então era por isso que a mãe não a amava, ela era adotada! Logo, sentiu lagrimas imergirem de seus olhos e caminhou até a penseira despejando os oito frascos ali dentro, se preparando para o que quer que fosse descobrir ali...

Mas nem em um milhão de anos, esperava descobrir o que descobriria a seguir... Um segredo que deveria guardar a sete chaves, de tudo e de todos, um fardo que passaria a aguentar sozinha e um futuro a decidir e mudar...