Simples Inveja escrita por Nigou


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu tô bem perdida aqui, tremendo um pouco, mas vou dar uma chance.
Primeiro, queria muito, muito, agradecer a pessoa que mais me inspirou a fazer essa one, minha senpai, que sempre está ali me cutucando para escrever, comentando sobre ideias, UmaSociopataEmBukuro, mais conhecida como Foca mesmo. Te amu.
E só para deixar bem claro, essa one faz parte do "universo" de duas das fanfics dela, se vocês quiserem saber mais, perguntem e eu respondo nos comentários.
Tenho que agradecer também a minha amiga Tayle, que sempre insiste em aparecer do nada e até me ajuda com alguns detalhes. Ti amu também.
Vamos espalhar esse amor que é AkaNigou/AkaGou.
Ah, sim. Essa one é para o aniversário do Akashi. Um pouco atrasada por ser ontem, mas estou aqui mesmo assim ♥



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Aos jogadores inexperientes naquela quadra só eram dirigidas palavras frias e ríspidas de certo capitão, sendo notável o aborrecimento desde diante das baixas habilidades físicas e até psicológicas exigidas para fazer parte do time principal. Não, eles não chegavam aos pés dos participantes desde. E esforço para melhorar era algo que poucos ali tinham, podendo contar nos dedos.

Como que Akashi não ficaria irritado com isso? Somado a fatores pessoais que não conseguia evitar de virem à tona nesse momento, estava quase tirando todos ali da quadra para não voltarem. Entretanto, calma era uma de suas virtudes, então sabia controlar isso, deixando no nível de dobrar o treinamento deles ou até triplicar. Não pegaria leve.

E isso era motivo para o desgosto se espalhar entre os adolescentes, dirigindo palavras baixas aos amigos, difamando o capitão. E neste dia parecia estar pior, formando uma pequena roda à saída de Seijuurou quando este indicou como encerrado as atividades daquele dia.

E claro, ele não ligava para a opinião deles, ainda mais quando nem mesmo tinham coragem o suficiente para lhe encarar ao dizer tais coisas. Não se incomodaria com covardes deste tipo. Havia somente uma pessoa que tinha o poder de mudar as suas feições através de palavras simples ou gestos, e este parecia realmente se importar toda vez que ouvia algum comentário maldoso mesmo dizendo para esquecer. Era uma das raras ocasiões que não via um sorriso enfeitando suas feições, e algo parecido com um brilho minimamente raivoso em seus olhos azuis, que não chegaria a caracterizar como ira ou raiva por sua incrível inocência e calma. Eram pequenos segundos que podia observar bem, sem nenhum detalhe faltar, mas que logo ele voltava a sua calmaria de sempre, deixando apenas um ligeiro suspiro. Normalmente aproveitava desse momento de desatenção, também.

O dono de tal olhar agora o tinha na figura ruiva até a mesma desaparecer pela porta do vestiário masculino. Nigou era alheio em relação a diversas coisas, mas uma delas não era o grupo de pessoas que começaram a rir e falar nem tão alto sobre alguém que tinha acabado de sair, até aparentando um certo medo dele lhes ouvir. Estava parado, tendo terminado seu serviço como assistente, ficando estático ao escutar certos comentários. Eles pareciam estar somente esperando Seijuurou sair para poder começar, como era esperado. Nunca fariam isso em sua presença.

— Nunca vi ninguém mais frio, e hoje está muito pior. Alguém acordou do lado errado da cama. — Alguém que o menor não recordava o nome ditou com um tom presunçoso, recebendo confirmações dos outros.

— Aposto que nunca ninguém vai amá-lo, e ele percebeu isso. Não deve ter sentimento algum, também. Nunca vi ninguém mais insensível. — Risadas mais altas foram ouvidas, assim como pequenos comentários das garotas: ''Ele é assustador!''. Nigou não iria ficar mais parado e quieto diante daquilo. Não deixaria eles falarem algo desse tipo e maneira, e ainda estarem extremamente errados sobre tudo, inclusive da primeira parte, sendo ele próprio uma prova disso. E por isso não deixá-los-ia continuar.

— Vocês estão enganados. — As pessoas odeiam ser contrariadas, e isso piorava quando estavam tentando se mostrar para alguém, nesse caso, os garotos para a parte feminina do time, como se falar mal de Seijuurou estivesse os elevando. Os olhares todos se dirigiram ao garoto, que pela primeira vez não ficara constrangido por toda essa atenção. Estava com os sentimentos muito aflorados para se importar com tal detalhe agora.

— Vocês estão totalmente enganados. Akashi não é frio ou insensível, e muito menos assustador. Ele tem sim emoções, mas vocês apenas não são merecedores de vê-las. Acham que falar dessa maneira dele faz que sejam melhores que ele? É totalmente o contrário. Então não fiquem dizendo tais coisas de alguém que nem ao menos conhecem. — Despejou tudo de uma vez, elevando o tom sem querer a cada nova sentença, não evitando os olhares totalmente dirigidos a sua pessoa. Sua voz não era motivo de medo, apenas de surpresa. Todos ali o conheciam, sabendo da sua vergonha e ausência de palavras. Fazer tal coisa com uma expressão determinado havia chamado mais do que atenção, sendo logo visível a mudança de posição de alguns, trocando o peso para outra perna, achando o chão mais interessante, desconfortáveis por terem sido repreendidos logo por ele, sendo seguido pelo silêncio desconfortável.

Ninguém esperava que Seijuurou escutasse tais coisas também, deixando esboçar mínima surpresa ao entrar novamente na quadra e encostar a porta, ficando parado alguns momentos a olhar para o moreno, antes que um sorriso quase imperceptível tomasse o delineamento de seu rosto. Não havia sido notado ainda, mesmo que a sua presença causasse isso na grande maioria das vezes.

— Falando dessa forma, parece até o namoradinho dele. — Fora usado um misto de raiva e escárnio ao tom, logo o dono da voz dando um passo para frente em uma visível ameaça ao menor. Não deixaria que alguém menor e mais fraco que si ditasse tais palavras em sua direção, vendo-o recuar a igual distancia, não esperando que alguém tomasse uma atitude tão negativa, mesmo estando do lado errado. O que era bem óbvio, mas seus pensamentos sempre nas coisas mais positivas impedia-o na maior parte do tempo de ver as coisas ruim no mundo.

— E se for? — A voz de Akashi tomara a vez, já estando ao lado de Nigou com um brilho perigoso em seus olhos diante da clara ameaça direcionada ao outro. — Por acaso pensa em fazer algo diante disso? — Tomou a cintura do moreno com uma das mãos, sentindo a vergonha dele ao mostrar tamanha aproximação na frente de tantas pessoas, mas sem recuar ou negar a ligeira afirmação que tinha deixado exposta.

Fazia pouco tempo que a relação deles não se resumia apenas como amizade, e não viam necessidade em além de seus amigos saberem de tal informação. Ninguém era louco de continuar com a intimidação ou tentar fazer algo ao, agora mencionado, namorado de Seijuurou. E se houvesse exceções, deixá-lo-ia ciente do porquê de todos terem certo temor de sua pessoa. Pequenos cochichos até iriam continuar, mas todos apenas conseguiram encarar aquilo com surpresa, talvez por nunca imaginarem que os dois eram gays, ou pela súbita proximidade. Mas até que fazia sentido...

Não havia sido somente uma vez que o Tetsuya mais novo ficara pelo menos um pouco constrangido por alguma palavra ou olhar pela parte do ruivo, que algumas vezes gostava de mexer e expor um lado conhecido apenas por Nigou. Pareceria algo normal visto de fora, mas ele sabia muito bem o que uma ou duas palavras em uma frase podiam fazer com o seu sentido.

Isso fora o bastante para todos saírem com o rabo entre as pernas, dispersando o grupo e não demorando a saírem da quadra, rumando os vestiários. Covardes.

— Falei para não ligar. — Retomou o olhar para a figura morena colada ao seu corpo. As maças de seu rosto tinham um pequeno tom mais chamativo diante disso, contudo mantendo os olhos fixos aos seus.

— Desculpe. Eu não pude evitar. Mesmo que você não se importe, não consegui ficar quieto. — Murmurou, não parecendo e não estando arrependido das ações que tomara. Faria novamente, se preciso, mesmo que fosse até que perigoso se ele não estivesse ali. Mas Akashi faria o mesmo, e em níveis diferentes se qualquer um comentasse alguma calúnia sobre si. Percebeu que, ao invés de uma bronca, recebera um sorriso dele junto a uma leve risada. As quais tanto amava de ouvir.

— Vá se trocar para irmos para casa. — Ditou em uma voz serena, tocando os lábios à testa do namorado, encerrando o assunto e vendo o seu jeito constrangido, seguido por uma leve afirmação. Estaria mentindo ao dizer que não havia gostado de vê-lo determinado a lhe proteger, mesmo que não houvesse causa para tanto transtorno. Era sempre reconfortante ver como ele conseguia mudar seu humor com algo tão simples, sendo necessário às vezes nem mesmo palavras, por mais que estivesse estressado antes. Todos os problemas pareciam simplesmente não ter tanta importância, de uma hora à outra.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro não hesite em falar.
Agradeço por todos que leram até aqui, e desculpe por ser tão curta. Era uma história que estava aqui há um tempo e resolvi postar para o aniversário de Akashi, que foi ontem. Atrasada por uma hora, é.
Qualquer comentário será bem-vindo e muito agradecido ♥



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