Aquarela de Uma Cor Só escrita por VILAR


Capítulo 1
Aquarela de Uma Cor Só


Notas iniciais do capítulo

Sempre gostei do mistério da cor cinza. Não chama atenção para si, está ali só para realçar outras cores. É usada na falta da cor preta ou na falta da cor branca. Ninguém nunca a quer por si só.

O que ela diria se pudesse gritar ao mundo?
Bom, não descobriremos nessa poesia.
E nem em outro lugar.



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Aquarela de Uma Cor Só

 

Sentimento azul, amarelo, vermelho.

Trancado do outro lado do espelho.

Pétala laranja, verde, roxa.

Escorregou da mão frouxa.

 

Quadro violeta e lilás.

Que outrora trouxe paz.

Grito vinho e marfim.

“Quando terá fim?”.

Lágrima magenta e marrom.

Tudo em um mesmo tom.

 

O colorido do rio

Tornou-se frio

No reflexo dos teus olhos cansados.

 

A cor viva do verão,

Tua favorita,

Agora sequer tem razão.

Não tema, garota.

Talvez alguém te entregue o perdão.

 

O mundo era grande demais

Para teus pequenos potes de tinta.

Seu pincel é fugaz em mãos carentes de habilidade.

 

Olha a hora!

Em breve a flora

Também sucumbirá.

 

Quer ir embora?

À vontade.

Mas cuidado lá fora!

 

Por que, menina, por onde tu pisa,

Tudo se torna cinza.


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Notas finais do capítulo

A difícil tarefa de amar uma cor que só representa características negativas.



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