Maison in Paris escrita por Leticia Vicce


Capítulo 14
Luz no caos


Notas iniciais do capítulo

Amoreeees...
Finalmente estou de volta, depois de séculos, eu sei!
Espero que ainda tenha alguém por aqui acompanhando a trajetória desses personagens que amamos.
Boa leitura à todxs e deixem comentários, nem que seja só um oi, ou um puxão de orelha pela minha demora.
Bjjsss



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Uma fina chuva caía há alguns dias do céu de Paris, o céu cinza denunciava a época fria a qual os Parisienses enfrentavam todos os dias ao sair de casa rumo ao seu trabalho.

O barulho dos empregados transitando pela casa despertou Edward logo ao nascer do dia daquele sábado chuvoso. O rapaz havia adormecido cedo na noite anterior, estava mais uma vez lendo seus grossos livros da faculdade, em breve, questão de poucos meses, seria um médico, o primeiro em sua família. Esta fase a qual vinha vivendo poderia ser a melhor fase de sua vida, se formaria na profissão à qual escolheu e tanto lhe encanta, finalmente havia tomado coragem para se aproximar de seu grande amor e finalmente, mas não menos importante, encheria os pais e irmão de orgulho. Porém, tudo isto encontrava-se apenas como uma fresta de alegria que naquele momento não mais poderia ser plenamente apreciada e vivida com total felicidade, ninguém na família em plena lucidez poderia esquecer os últimos fatos acontecidos e o senhor que os vinha causando.

A indústria Cullen já há algum tempo vinha sofrendo ligeiro decréscimo no valor de suas ações, além de tudo, a tão sonhada produção de carros acessíveis encabeçada e idealizada por Carlisle e Emmett havia sido pausada por tempo indeterminada, já que segundo o novo presidente, carros populares não são interessantes ao público alvo a qual as indústrias atendem, ou seja, apenas carros de luxo para clientelas seletas estavam sendo produzidos.

O filho mais de novo de Esme e Carlisle levantou-se da cama com um suspiro pesado, pegou um diário de anotações da faculdade e escreveu algo sobre técnicas não invasivas de obtenção de imagem dos órgãos, algo novo ao qual vinha se interessando. Após um longo momento de reflexão observou a janela de vidro embaçada pelas gotas que caíam do céu, trocou suas roupas de dormir pelo tradicional terno acompanhado de um colete e de lã sobre a camisa e abaixo do paletó, e uma boina cinza contrastando com o paletó. Mesmo sendo sábado, naquela manhã, o rapaz apresentaria um simpósio na universidade, levaria até o público a tese que havia desenvolvido como estudante e interno de cirurgia. Sua família e amigos também se juntariam ao público confirmado de pouco mais de duzentas pessoas para prestigiá-lo.

Esse público em sua maioria seria de grandes diretores de hospitais de Paris e da região, além de cirurgiões, colegas de classe e colegas de profissão também internos e residentes, todos ansiosos a entender um pouco mais sobre os métodos do estudante que lhe renderam uma publicação no jornal e na revista de medicina francesa, um grande reconhecimento para um ainda estudante. Edward era visto como prodígio na comunidade médica, desde seus primeiros passos na universidade já era possível observar sua destreza e talento evidentes, foi assim que através da mentoria de seu professor preferido, um físico alemão famoso Wilhelm Conrad Roentgen, responsável por introduzir o raio-x na medicina, é que o jovem foi introduzido num dos melhores programas de medicina do país e agora vinha estudando uma maneira de obtenção de imagem não invasiva e que pudesse atuar como uma transmissão de ondas, uma revolução unida às ideias que os irmãos Curie desenvolveram em 1880.

Chegando à tradicional sala de jantar da família, Edward encontrou apenas o pai disposto à cabeceira da mesma, em seu rosto um olhar cansado habitava. Sua recuperação após o AVC vinha sendo satisfatória do ponto de vista médico, porém, quando há um trauma cerebral dessa proporção mesmo que leve como havia sido o de Carlisle, o tempo de recuperação é variável, porém, longo. E assim os meses se passavam e cada dia o patriarca da família encontrava-se melhor, mas ainda não cem por cento recuperado de suas posses físicas, impossibilitando-o de retornar ao trabalho e assim, retomar a empresa das mãos daquele imbecil que a havia tomado de maneira tão sórdida.

—Bom dia pai. - Edward desejou ao pai quando percebeu que o mesmo não havia notado sua chegada.

Ultimamente todos daquela casa encontravam-se assim, distraídos e nostálgicos, era até difícil conseguir manter um diálogo por muito tempo entre eles. Normalmente pouco se falavam, não havia assunto a ser dito, então depois de momentos como as refeições, cada um se dirigia a seus aposentos ou procuravam alguma atividade a ser feita. Esme sempre estava na cozinha com Carmen ou em seu ateliê de pintura, Carlisle ficava horas na imensa biblioteca da casa lendo, já Emmett, esse sempre estava na sala de estar bebericando um pouco de whisky ou simplesmente saía para algum lugar com Rose. 

Os poucos momentos de distração que tinham, era quando toda a trupe, como chamavam-se os seis amigos estavam juntos, normalmente eles s juntavam e iam até a mansão dos Cullen, comiam, conversavam e riam, principalmente das bobagens que Alice dizia e de todas vezes em que Bella cometia algum de seus atos desastrados.

—Bom dia meu filho. - Carlisle respondeu levantando os olhos e sorrindo ao filho, nitidamente orgulhoso pela apresentação que faria. - Como está esse coração? Preparado para a apresentação?

—Se dissesse que não estou ansioso para isso, estaria mentindo. Mas sei que estou preparado e apenas falarei sobre algo ao qual venho pesquisando pelos últimos três anos de minha vida, metade do meu período na faculdade eu me foquei nesse estudo, é a realização e reconhecimento de todo trabalho e noites mal dormidas. - O jovem sorriu.

—Estou orgulhoso de você. - Carlisle disse.- Meu filho mais novo em breve se formando na faculdade. Não tenho dúvidas que você mudará o mundo, tenho certeza que seu nome entrará para história um dia meu filho. 

—Assim espero meu pai. - Edward disse e levantou-se, em seguida foi até o pai e o abraçou emocionado.

Assim que todos se juntaram à Edward e Carlisle na sala de jantar para o café da manhã, a campainha soou alto, Edward e Emmett se entreolharam sorrindo já sabendo que se tratava do restante do grupo que havia chegado.

Espalhafatosos como sempre, os outros quatro chegaram já causando alarde, Alice gargalhava de algo que Bella havia feito, provavelmente devia ter tropeçado em algum tapete ou degrau, típico da garota.

—Bom dia, bom dia pessoal. - Rose entrou sorrindo cumprimentando a todos e seguiu até o noivo lhe dando um beijo na bochecha que foi imediatamente retribuído com um largo sorriso de covinhas.

Esme observava a cena e suspirou ao notar como o filho e aquela mulher tão especial estavam se amando, sorriu também ao observar o olhar de devoção de Edward à Bella quando o mesmo puxou uma cadeira ao seu lado e ofereceu-a a moça.

—Bom, já que estamos todos aqui, vamos comer. - Carlisle disse sorrindo.

Todos tomaram café em meio a conversas divertidas e gargalhadas estrondosas, além de todos terem parabenizado Edward diversas vezes e terem mencionado o quão orgulhosos estavam do rapaz, que sorria ao ver e ouvir cada gesto e palavras sendo proferidas e ele com tanto amor. Receber prêmios e menções honrosas não era nada perto do que vivenciava junto aos demais, estar ali em meio aqueles que tanto ama e ser agraciado pelo carinho que propagam era sua maior e melhor conquista.

— Pronto para arrasar? - Bella lhe perguntou sorrindo assim que todos se levantavam da mesa e iam em direção a porta de saída para rumarem à universidade. 

—Com você ao meu lado, não tenho dúvidas que darei o meu melhor. Obrigado! - Ele disse segurando a mão da moça, o que causou um rubor em seu rosto. Eles apenas de tratavam com muito carinho, mas nenhum passo ainda fora tomado em direção à algo romântico, mesmo sabendo que sua história não teria outro rumo senão aquele.

Com olhares carinhosos e desejos de boa sorte, todos entraram em seus respectivo automóveis e seguiram em direção a universidade.

— Eu esperei a vida toda por isso. - Edward murmurou dando partida em seu carro...


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Notas finais do capítulo

Pessoal, capítulo curtinho hoje, pois até domingo teremos mais um..
Espero que tenham gostado, e comentem muitooo!!
Beijo grande ♥



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