[Anteriormente...]

—Não me olhe assim. Eu estou certa de ter mostrado isso ao seus pais- Ela fala- Afinal, é melhor eles saberem da verdade- Ela sorri.

Naquela hora eu senti uma vontade terrível de pular no pescoço dela e cortar a cabeça fora, mas me contive.

—Então é por isso que você nunca nos enviou uma foto dela?- Mikoto dizia enquanto chorava- Por que não é sua de verdade? Arranjou ela de ultima hora? É isso?- Ela olha para Sasuke e em seguida para mim- Quanto dinheiro ele te deu para fazer isso, hein?

—Eu não dei dinheiro nenhum a ela mãe- Sasuke fala

—Eu já disse para ficar calado- Ela olha furiosa para ele

—E-ele não me deu dinheiro nenhum...Ele estava desesperado quando foi me procurar...A senhora tirou conclusões precipitadas pelo telefone dizendo que falou com a namorada dele, sendo que eu só atendi o telefone porque ele estava ocupado...

—E...E por que ele não me falou que foi engano?-Ela olha e olha para mim novamente

—A senhora parecia tão contente e ele não quis acabar com a sua felicidade- Falei- Eu sinto muto- Eu abaixei minha cabeça

—Vá embora da minha vista- Ela fala para mim- E não ouse mais se aproximar do meu filho e nem de nós. Você é uma completa desconhecida para nós todos.

Apenas olhei para o Sasuke e dei meia volta.

Eu já estava com o rosto molhado por causa das lagrimas. Eu nunca me senti tão mal assim... E também nunca vi Mikoto mal daquele jeito... Fui até o banheiro e lavei meu rosto e em seguida deixei o shopping e fui em direção a minha casa.

Por mais que eu tenha lavado meu rosto e tentado me controlar eu continuei a chorar. Cheguei em casa e me joguei no sofá. As chances que eu tinha para contar ao Sasuke sobre minha gravidez diminuíram muito e bom, agora que a família dele sabe, ficar sabendo disso só iria piorar a situação

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Cap-23

Uhm...Eu vou tentar ser uma boa mãe. Acredito que eu deva começar a me cuidar por causa desta criança...Suspirei fundo e segui para a cozinha. Preparei uma sopa e tentei toma-la, mas eu realmente estava sem fome.

Minha cabeça estava latejando...As palavras de Mikoto realmente me fizeram muito mal. Mesmo que nós não tínhamos ligação nenhuma, eu gostava dela, e a via como uma mãe para mim...

Terminei de comer e lavei a louça suja e fui tomar um banho. Demorei não sei quanto tempo debaixo do chuveiro. Logo depois sai, e vesti uma calça moletom confortável e uma blusa regata preta. Sentei-me no sofá e liguei a televisão, pois talvez estivesse passando algo que me divertisse. Estava passando desenho animado, então resolvi assistir. Infelizmente minha paz foi incomodada por barulhos vindo do lado de fora de casa. Segui caminho até a porta e a abri. Olhei lá fora e vi um caminhão de mudança.

—Oh, um vizinho novo?- Me perguntei

Olhei e vi um homem, bonito, de cabelos alaranjados, de porte médio, e alto. Bom, podemos dizer que é como se eu estivesse vendo um anjo na minha frente, sabe? Ele tem uma aparência bem angelical. Ele sorria enquanto indicava onde deveria ser posto os móveis. Sai até la fora e me apoiei no muro de casa.

—Bem vindo a nossa vizinhança- Falei.

Ele me olhou, sorriu e se aproximou

—Obrigada- Ele fala de forma gentil- Eu me chamo Yahiko. E você?

—Sakura- Falei- Me surpreendo que alguém tenha resolvido morar nesta casa, ela está vazia a muito tempo. Você é daqui?

—Não, eu sou de Amegakure e vim parar aqui por causa do meu trabalho.- Ele fala sorrindo

—Wow, é realmente longe!!- Falei surpresa- Você tem algum parente por aqui?

—Oh não! Eu sou o 1° da minha familia a vir para cá

—Você é realmente corajoso. Vir morar em um local totalmente desconhecido sozinho...- Eu sorrio- Se precisar de ajuda com algo, pode vir falar comigo, talvez eu possa lhe ajudar- Eu falo

—Obrigada, você é realmente muito gentil.

—Olha, dependendo do turno em que você trabalhe, essa rua é meio esquisita, então tome cuidado durante a noite- Eu falo me lembrando de quando aquele louco tentou me atacar

—Ah, sim! Eu vou sair para conhecer a cidade depois, e ver onde é o hospital que eu vou trabalhar

—Você é médico?

—Sim, eu trabalho como pediatra. Eu gosto de crianças e preferi seguir com essa profissão

—Ah, entendi.

—E você?

—Eu? Eu sou professora formada em ciências humanas, e trabalho em uma escola aqui perto.- Falei

—Ah, sim.- Ele olha para trás e os carregadores terminaram o serviço. Yahiko os paga e o agradece e eles vão embora.- Bom, eu vou desempacotar minhas coisas e vou começar a arruma-las

Pensei. Eu estava meio mal pelo o ocorrido, então preciso me distrair, quem sabe o ajudando eu não arranjo uma nova amizade?

—Você precisa de ajuda?- Perguntei

—Oh, não quero te estressar com isso- Ele sorri

—Imagina, eu não estou fazendo nada-Falei

—Tudo bem então

—Ok, só um minuto- Eu entro em casa, desligo a TV, saio de casa, tranco a porta e vou em frente a casa dele.

Ele abre a porta e me dá passagem para entrar

—Essa casa é bem pequena para mais de uma pessoa, mas como é só para mim, acho que está em um tamanho ótimo- Ele fala

—Essa casa é um pouco maior que a minha.-Falei- Quando eu vim morar pra cá eu olhei esta casa, mas preferi a do lado.

—Você mora sozinha?-Ele perguntou

—Aham. Bom, sim mas grande parte das vezes meu irmão e o namorado dele estão ai me fazendo companhia.

—Ah, entendi.

—Devemos começar por onde?- Perguntei

—Acho que lá de cima- Ele falou apontando para a escada levando ao segundo andar- Tem mais coisas do que aqui em baixo.

Subimos até la. Ele pegou uma maleta com algumas ferramentas

—Você me ajuda a montar o guarda-roupa e a cama?

—Sim- Eu falo

Ele separou as peças da embalagem e eu o ajudei a montar. Do quarto dele fomos para o banheiro e depois para a sala. Em seguida para a cozinha.

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Devo dizer que passamos a manhã toda a montar os móveis da casa de Yahiko.

—Obrigada pela sua ajuda. Acredito que sozinho eu não iria conseguir montar tudo- Ele fala

—De nada!-Eu sorrio para ele- Agora só falta você colocar as coisas no local, eu até te ajudaria com isso, mas dependendo do que for eu não devo pegar peso

—Ah, por que?

— Eu estou gravida

—Oh?- Ele fala- Sério?

—Uhum

—Meus Parabéns- Ele sorri- E o pai da criança? Não deveria morar com você?

—Ah, uhm...Não, digamos que eu sou uma mãe solteira- Falei sorrindo, mas eu estava realmente muito mal...

—Ah que pena!- Ele fala- Mas de qualquer modo eu agradeço pela sua ajuda. Tem algo que eu possa fazer para recompensa-la?

—Oh, não precisa de nada - Eu sorrio para ele- Eu precisava me distrair, te ajudar foi bom.

—Você se incomodaria em me levar para conhecer a cidade? Estou com medo de me perder de primeira- Ele ri

—Ah, sim, sem problemas.

—Pode ser daqui a uma hora?- Ele perguntou- Assim eu posso descansar um pouco

—Por mim tudo bem- Eu falo- É só tocar na minha campainha quando você quiser ir.

—Ok. Obrigada mais uma vez pela ajuda

—De nada- Eu sorrio para ele

Eu saio da casa de Yahiko e volto para a minha.

Ele parece ser uma boa pessoa. É amigável. Tenho certeza que nos tornaremos bons amigos. Entrei dentro de casa, tomei outro banho já que eu estava suja de pó. Vesti uma calça jeans e uma blusa de meia-manga azulada. Coloquei minha sapatilha preta e deixei meu cabelo solto. Sentei-me no sofá, com minha bolsa do lado.

Pousei uma de minhas mãos sobre minha barriga acariciando-a.

—Pois é pequeno, somos só eu e você.-Falei- Prometo cuidar bem de você, e ser uma mãe legal- Eu dou risada comigo mesma- Não quero que você passe por tudo que a mamãe passou e que você sofra. Vou te proteger, tá bom?! Acho que vou dar uma olhadinha nos berços que eu posso comprar para você.

Suspirei

—Ai ai...Pensando bem, uma companhia para mim será legal- Eu me dou conta que eu estou conversando e rindo feito uma boba sozinha.

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A campainha toca, eu pego minha bolsa, tranco a porta e saio com Yahiko

—Tem algum lugar que queira conhecer primeiro? A cidade é pequena então dá para irmos andando- Falei

—Acho que começar pelas redondezas seria bom- Ele falou

—Ok, siga-me- Eu sorrio para ele

Andamos até a padaria

—Aqui é a padaria. Se você vir até aqui e pretende comprar muita coisa, traga algo para carregar os itens que você comprou. O povo daqui é muito pão duro em relação a sacolas- Eu dou risada em seguida de Yahiko

Passamos pela escola onde eu dou aula

—Aqui é onde eu trabalho- Falei- Eu não ganho muito com esse trabalho, mas é o suficiente para me manter e ainda sobra um pouco para gastar com coisas diversas.

—É uma escola bem antiga, né?- Ele me olha

—Sim. Foi uma das primeiras escolas fundadas na cidade- Eu falo- Alguns dos meus alunos vivem contando histórias sombrias em relação a essa escola, mas é um local bem agradável de se trabalhar, e os colegas de trabalho são uns amores também. Uhm, você disse que é médico. Quer ir ver o hospital?

—Vocês só tem um hospital aqui?

—Sim, mas ele é enorme.-Eu falo- Meu irmão e o namorado dele trabalham lá também

—Oh, eu quero ir ver- Ele fala

—Certo!

Andamos uns 10 a 15 minutos até o hospital. Durante o caminho fomos conversando sobre coisas diversas.

—É esse aqui.- Falei- Seria legal a gente entrar, mas não podemos porque não é horário de visitas, e você ainda não está trabalhando aqui- Falei

—Entendi

—Aqui perto tem um Shopping também. É aquela construção ali- Eu aponto para o shopping

—Ah...

—Lá fica aberto 24 horas. Lá além do shopping no andar superior, também tem os hipermercados, algumas farmácias e alguns estabelecimentos de comércio. Você irá se acostumar rapidamente.

—Essa cidade não é tão grande. Isso é bom!- Ele sorri

—Aqui nessa rua tem os restaurantes- Apontei para a rua do lado

—O que acha de irmos comer? Seria como um agradecimento por ter me ajudado hoje mais cedo- Ele sorri- Vamos?

—Tá bom- Eu sorrio

Seguimos e entramos em um dos restaurantes. Era um dos mais simples mas em compensação a comida deles é muito melhor que a concorrência.

Ambos pedimos Katsudom para comer. Logo as garçonetes trouxeram nossos pedidos e começamos a comer

—Você disse estar gravida, mas não é visível o volume em sua barriga- Ele sorri- Está de quanto tempo?

—Oh, menos que um mês- Falei

—Ah, foi feito por inseminação artificial?

—Oh não- Eu dou risada- Isso foi um "acidente". Mas devo admitir que eu estou um pouco empolgada com o desenvolvimento deste "Acidente".

—Ah, entendi- Ele sorri- Você parece ser bem nova para ser mãe

—Ah é mesmo? Obrigada- Eu sorrio- Mas estou 6 anos próximo dos 30

—Tem 24 anos?

—Sim.

—Nós não temos muita diferença de idade. Somente de 3 anos. Tenho 27- Ele sorri

—Ah, mas você não parece ter essa idade. Então é verdade que dizem que as pessoas de Amegakure realmente parecem mais novas do que são?

—Sim- Ele dá uma risadinha.- Acredito que seja por causa do clima do local, já que é bem diferente dos demais.

—Ah sim.- Eu sorrio.

Pagamos a conta assim que terminamos de comer e saímos.

—Obrigada por me mostrar a cidade- Ele sorri

—Apesar da cidade ser pequena ainda não vimos tudo, mas vamos com calma- Eu sorrio- Se quiser continuamos amanhã

—Acho que não precisa. O básico que eu devo saber eu já aprendi.- Ele sorri- Me empresta seu celular?

—Uh?- Eu entreguei para ele

Yahiko anotou alguma coisa e me devolveu

—O meu telefone esta ai. Qualquer coisa, não exite em me ligar

—Ah, então me dê o seu aqui. Irei anotar o meu também- Ele me entrega e eu anoto- Digo o mesmo para você

—Sinto que vamos nos tornar bons amigos- Ele sorri

—Sim, também penso isso. Uhm, se você precisar de ajuda com a limpeza de sua casa pode vir falar comigo.

—Tudo bem- Ele sorri

Chegamos em frente a minha casa

—Quer entrar?-Perguntei

—Oh, agora não. Quem sabe depois!? Estou meio cansado

—Ah sem problemas. Até mais?

—Até!- Ele sorri

Eu entro em casa.

—Ele definitivamente é um amor de pessoa. É meio difícil encontrar alguém assim na primeira vez em que se conhece.- Falei

Minha cabeça se encontrava mais leve. Troquei de roupa e vesti algo confortável. Sentei sobre minha cama, e liguei meu computador. Pesquisei sobre gravidez na internet. Obviamente eu não sei nada disso, então que o senhor Google seja bonzinho me ajude nisso. Passei um bom tempo pesquisando, e no fim acabei dormindo.

[Continua...]