Descendants of the Sun escrita por Liv Winchester


Capítulo 4
Extra(1)




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5 anos atrás

 

O moreno se mantinha forte diante de toda aquela seção de tortura, os braços presos por duas correntes na parede, os pulsos sangravam assim como toda a extensão do seu rosto, suas pernas se mantinham dormentes e sua cabeça por diversas vezes tombava para o lado. Meia hora. Ele estava naquela sala sendo torturado há meia hora, podia ter um título grande, mas ele era apenas um soldado que cumpria sua ordem, um soldado que preferia morrer à entregar qualquer informação, um soldado patriota e corajoso.

Seu locutor já estava irritado por não ter conseguido nenhuma informação ainda, mas pretendia continuar o interrogatório até conseguir tirar a informação necessária.


—Capitão Leonard Vargas. Número de série 05-10051. Comando Especial de Guerra do Exército Argentino. - eram as palavras que Leonard repetia com tanta dificuldade. Ele era mais forte do que muitos esperaram. - Capitão Leonard Vargas... - as palavras do moreno foram interrompidas, pelo seu locutor, que chutou o seu abdômen com vontade, fazendo o capitão tossir sangue e grunhir. Antes que pudesse se recuperar da dor, o homem que o torturava jogou em sua cara um balde de água repleto de enormes pedras de gelo. Cada pedra de gelo que batia naquele rosto, deixava uma marca, quase como se fosse distribuído vários socos em seu rosto de uma vez. Se não morresse de tanto apanhar, morreria de hipotermia.


—Qual o código de rádio da ONU?! - bravejou o homem diante dele em inglês e o Vargas riu fraco, recebendo outro chute no estômago. Vargas apanhava, mas fazia questão de irritar, como marca o seu lema: 'Se for para apanhar, quero sentir dor, porque só assim descobrirei o quanto eu posso irritar e o quanto posso aguentar.'.


—Número de série 05-10051. - falou em espanhol.


—Em inglês! - bravejou o interrogador, ao que León não deu atenção, voltando a murmurar.


—Comando Especial de Guerra do Exército Argentino... - o seu locutor pegou a arma presa no coldre, prestes a atirar. Vargas sorriu fraco, dizendo para si que foi mais forte e que aguentou até o fim, se morresse agora, estaria feliz por não ter entregue seus companheiros de guerra. Antes que o homem atirasse, a sala se irrompeu em tiros, vários tiros atingiram o cara, que caiu no chão, morto. Vargas não pôde raciocinar direito, apenas fechou os olhos e respirou fundo.


—Livre! - o moreno escutou uma voz que reconhecia muito bem e abriu os olhso instantaneamente. Marco, seu grande amigo.


—O que faz aqui? - perguntou o moreno com dificuldade, enquanto Marco soltava os pulsos dele.


—Vim salvar você, senhor. Devo minha vida ao meu superior. - respondeu Marco terminando de soltar o Vargas, que logo segurou o rapaz pelo colarinho.


—Eu vou te dar um tiro. - ameaçou León encarando Marco mortalmente. - Eu devia te matar sabia? Seu lugar não é aqui! Era para ficar... - Marco interrompeu seu superior.


—Na enfermaria? - perguntou desafiando o moreno. - Sou médico, mas também sou um soldado das Forças Especiais, vim salvar o meu amigo, o meu superior... o meu irmão mais velho. - replicou Marco soltando as mãos de León do seu colarinho. Podiam não ser irmãos de sangue, mas ambos cresceram juntos, receberam a mesma educação e isso bastava para ambos criarem uma ligação especial. Marco se levantou e pôs a mão na escuta, enquanto os outros soldados tentavam ajudar León a levantar, mas, orgulhoso, Vargas recusou a ajuda, levantgndo-se sozinho, mesmo que com dificuldade. - Capitão Vargas está bem. - falou Marco sem deixar de encarar o seu irmão mais velho. - Estamos recuando. - León mordeu forte o lábio inferior e se aproximou.


—Há outro soldado no porão. Acho que ele é o Capitão do Time Delta. - falou León com dificuldade e um outro soldado se meteu na conversa.


—Não temos tempo. O bombardeamento começará em 5 minutos. - declarou e o moreno o encarou.


—Já que não temos tempo, vamos nos apressar. - falou Vargas contra gosto, engolindo o seu orgulho e aceitando a ajuda, de quem quer que lhe oferecesse. Eles saíram da casa e foram em direção ao helicóptero que acabara de pousar. Antes que colocassem ele dentro do helicóptero, León olhou para trás e viu que seu irmão ainda não tinha saído.


—Não... eu vou... - ele lutou para se soltar, mas quando olhou para trás, viu seu irmão vindo na sua direção e, ao lado dele, o Capitão do Time Delta, um dos soldados foi correndo até eles e os ajudou. O moreno sorriu aliviado, mas a sua alegria durou pouco. Um tiro soou e seu sorriso sumiu ao ver que Marco arqueou as costas e arregalou os olhos. Ele se soltou dos outros soldados e foi correndo até o irmão, pegando seu corpo, antes que caísse no chão. O líder da operação de resgate, saiu do helicóptero e deu cobertura para León, para que puxassem ele de volta para o helicóptero, mas o moreno não queria deixar o irmão, não queria ir embora sem ele. Quando conseguiram puxar o Vargas, o líder havia sido baleado, só deu tempo deles entrarem no helicóptero e decolarem.


León não conseguia se manter atento, suas memórias voltavam para aquela mesma cena, não queria chorar, não na frente de seus companheiros de guerra, mas não pode segurar as lágrimas, seu irmão havia morrido para salvar a vida de um Capitão de um time que nem era o seu.


"Ele devia ter ficado na enfermaria."— era esse os pensamento de León naquele momento.


León encarou o Capitão do Time Delta e viu que o mesmo o encarava.


—Eu... - León o interrompeu.


—Meu irmão morreu para te salvar... sinta-se grato. - resmungou León frio e todos ficaram atentos para que não ocorressem brigas.


—Estou tentando agradecer por me salvarem. - falou o loiro e León cerrou os punhos.


—Me agradeça não dirigindo a palavra à mim, se eu escutar essa sua voz irritante mais uma vez, eu juro que te mato... Capitão.


[...]


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Notas finais do capítulo

E então?
Foi um capítulo extra por isso ficou um pouco curto.
Esse capítulo é bem importante para o decorrer da fic.
Espero que tenham gostado, beijos!



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