To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 18
Capítulo 18 - Floreios & Borrões


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo é bem grandinho e mais narrado pelo Harry. Eu esqueci de avisar que a partir do segundo livro, o Harry e a Sophie vão narrar, a partir do terceiro, o Remus, Sophie e Harry irão narrar e a partir do quarto livro, o Sirius também irá narrar.

Tem bastante coisa do livro nesse capítulo, viu, só algumas coisas diferentes



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           A vida no Largo era a mais diferente possível da vida na rua dos Alfineiros. Os Dursley gostavam de tudo limpo e arrumado; mas no Largo era completamente diferente. Tinha vezes que a casa se encontrava uma bagunça, com coisas estranhas jogadas pelos cantos. Harry se lembrava muito bem como havia ficado surpreso ao ver que Sophie e Remus tinham um elfo doméstico mas este era completamente diferente de Dobby; mais velho e praticamente andava nu pela casa de vez em quando - quase nunca -. Sua pele dava a impressão de ser maior do que o corpo e, embora fosse careca, como Dobby, uma boa quantidade de pelos brancos saía de suas orelhas enormes como as de um morcego. Seus olhos injetados era de um cinzento aquoso e seu nariz, bulboso, grande e meio trombudo. Ficava murmurando coisas sem sentido sem se importa com os outros que pudessem ouvir, Sophie diz que o elfo havia ficado louco com o decorrer dos anos. 

           Harry percebeu que Fred e Jorge faziam várias explosões dentro dos quartos mas Remus parecia não se importa, tanto é que Harry já presenciava essas explosões na sala enquanto Remus e Sophie liam algum livro juntos, Harriet e Mione jogavam xadrez de bruxo e ele e Rony conversavam sobre quadribol.

 

               - É para o nosso futuro, caro cunhado. - Disse Fred quando Harry havia perguntado o motivo daquelas pequenas explosões.

 

                - Eles só irão dizer isso, Harry. - Disse Sophie sorrindo e beijando Fred antes de ir para a cozinha ajudar Remus.

 

                Harry também havia percebido que Sophie ficava muito perto de Remus, os dois quase nunca ficavam separados. Sempre ajudando um ao outro, ou lendo juntos, ou discutindo sobre coisas que aconteciam no Ministério da Magia entre outras coisas. Harriet havia dito que os dois eram como o cérebro e o coração. 

               Harry também havia conhecido o pai de Rony, Arthur Weasley. Um homem de óculos, alto e magro, começando a ficar careca mas o pouco cabelo que tinha era ruivo como os dos filhos. Era um homem gentil e amigável, quando ia no Largo, passava boa parte conversando com Remus e quando jantava lá, junto com a Sra.Weasley, pedia para Harry se sentar ao lado dele para poder bombardeá-lo com perguntas sobre a vida dos trouxas, pedindo-lhe para explicar como funcionavam coisas como as tomadas e o correio postal.

 

              - Fascinante! - Exclamou, quando Harry lhe contou como se usava a televisão. - Engenhoso, verdade, quantas maneiras os trouxas encontraram de viver sem o auxílio da magia.

 

               Harry recebeu notícias de Hogwarts, no dia 15 de agosto. Todos estavam na cozinha comendo o café da manhã quando uma coruja entrou, jogando as cartas na mesa e depois saindo. Era a lista de materiais. 

 

              - Finalmente! - Disse Sophie ao pegar as cartas e entregar para cada um. - Esse ano demorou mais do que o normal. 

 

             - Realmente. - Disse Remus ficando atrás de Sophie para ver a lista de livros para o quarto ano. - Mas o que?! - Exclamou ao ver a lista.

 

            - Só pode ser piada. - Disse Sophie rindo. - Ou a pessoa é muito fã de Gilderoy Lockhart ou é o próprio Lockhart.

 

             - Eu não acredito, como alguém pode levar as coisas que ele escreve à sério? - Perguntou Remus pegando a lista. - É ridículo!

 

             - Não deixe mamãe ouvir isso, Moony! - Disse Jorge rindo. - Isso não vai sair barato, os livros do Lockhart custam uma fortuna. 

 

             - Daremos um jeito. - Disse Remus sorrindo para os garotos. - Se chegaram para vocês, então chegaram para Ginny também. Logo Molly estará aqui. 

 

             Não demorou muito e a Sra.Weasley entrou na cozinha com Ginny toda alegre ao seu lado.

 

            - Vocês receberam? - Perguntou Molly indo até Fred, Jorge e Rony e pegando a lista. - Ah, também são do Lockhart. - Ela disse com uma expressão preocupada.

 

             - Molly. - Disse Remus sorrindo com carinho. - Não se preocupe, ajudaremos vocês a comprar os materiais. 

 

            - Não Remus, eu não posso aceitar... - Ia dizendo mas Sophie a cortou sorrindo também.

 

            - Sim, a gente sabe. - Disse ela. - Mas iremos ajudar mesmo assim, e não aceitamos um não como resposta! Não é, Harry?

 

            - Com certeza! - Disse Harry entregando a lista para Remus. - Vamos ajudar. 

 

            - Eu não sei como agradecer. - Disse Molly com a voz chorosa. - Vocês são uns amores!

 

              Naquele dia, Harry usou pela primeira o pó de flu para ir até a casa de Rony, para ele, Fred, Sophie, Jorge irem treinar para o quadribol. A casa dos Weasley's parecia ter sido no passado um grande chiqueiro de pedra, a que foram acrescentando cômodos aqui e ali até ela atingir vários andares e era tão torta que parecia ser sustentada por mágica (o que, Harry lembrou a si mesmo, era provável). Quatro ou cinco chaminés estavam encarrapitadas no alto do telhado vermelho. Em um letreiro torto enfiado no chão, próximo à entrada lia-se A TOCA. Em volta da porta de entrada amontoava-se uma variedade de botas de borracha e um caldeirão muito enferrujado. Várias galinhas castanhas e gordas ciscavam pelo quintal. Era um lugar muito agradável. 

 

             Fred, Jorge, Sophie, Harry e Rony subiam o morro até um pequeno prado que pertencia aos Weasley's. Era cercado de árvores de bloqueavam a visão da cidadezinha embaixo, o que significava que podiam praticar quadribol tranquilamente lá, desde que não voassem muito alto. Não podiam usar bolas de quadribol de verdade, pois seria difícil explicar caso um balaço errante saísse voando por ai todo descontrolado. Então ficaram treinando com maçãs. Ficaram treinando boa parte do tempo, Harry deixou os irmãos Weasley enquanto ele e Sophie se sentavam no gramado e comiam algumas maçãs.

 

              - Estava pensando em Aslan. - Disse Harry chamando a atenção de Sophie que observava Fred voando.

 

                - Penso nele todos os dias. - Disse Sophie sorrindo. - Espero um dia poder comprar um lugar onde ele possa morar comigo. 

 

                 - Ele ia adorar correr por aqui. - Disse Harry sorrindo. - Tem bastante espaço.

 

                Depois de todos estarem bem cansados, voltaram para A TOCA, as vassouras nos ombros. Fred comentava com Harry e Sophie sobre Percy estar passando mais tempo no quarto.

 

              - Gostaria de saber o que ele está aprontando. - Disse ele, franzindo a testa. - Está tão mudado. O resultado das provas dele chegou um dia antes de irmos para o Largo; doze N.O.M.s e ele nem cantou vitória.

 

             - Níveis Ordinários em Magia. - Disse Sophie ao ver o olhar intrigado de seu irmão.

 

            - Gui recebeu doze também. - Disse Jorge. - Se não nos cuidarmos, vamos ter outro monitor-chefe na família. Acho que não iríamos suportar a vergonha.

 

            Sophie riu e bateu no ombro de Jorge que riu junto. Quando estavam próximos a TOCA, Jorge puxou Sophie para um canto deixando os outros confusos.

 

            - Olha, obrigado por ajudar a mamãe a comprar nosso material. - Disse Jorge um pouco vermelho. - Sério Sophie, você, o Remus e o Harry são como nossa família. Sabe disso não é?

 

             - Claro que sei! - Disse Sophie sorrindo e tocando no ombro de Jorge. - É meu prazer ajudar vocês, sempre será. 

 

             - Se... você precisar de alguma coisa, qualquer coisa.. é só pedir pra mim ou pro Fred. Sabe que nunca negaríamos nada para você. - Disse Jorge sorrindo e abraçando Sophie. - Fico feliz de ter você como amiga, Soph.

 

              Sophie sorriu e abraçou Jorge mais apertado. Depois os dois foram juntos para dentro de casa onde eles encontraram Molly e Remus cozinhando juntos, Mione, Harriet e Ginny conversando. 

 

               - Aí estão vocês! - Disse a Sra.Weasley. - Vão tomar banho, logo o jantar logo estará pronto. Iremos comer lá fora.

 

              Havia sido uma noite agradável, eles comeram ao ar livre com a lua iluminando o céu junto com as estrelas. Todos conversavam e brincavam, Molly e Remus decidiram o dia em que iriam comprar os materiais e depois quando todos já estavam ferrados no sono, foram dormir. Sophie, Remus, Harry, Harriet, Jorge, Fred, Mione, Rony e Ginny voltaram para o Largo pela rede de flu.

 

            Na quinta feira, todos acordaram cedo e se prepararam para irem pela rede de flu para o Beco Diagonal. 

 

             - É só dizer Beco Diagonal, Harry. - Disse Sophie empurrando o irmão para dentro da lareira. - Como você fez para ir para Toca. 

 

             - Certo. - Disse Harry pegando o pó de flu. - Beco...

 

            Na hora que ele falou uma explosão veio no andar de cima e o quadro começou a gritar fazendo Harry se assustar e falar "Beco Diagonal" errado e deixar o pó cair. Antes de sentir que estava sendo sugado, ouviram Sophie gritando com o quadro e então começou a girar e girar. E depois da sensação, que ele ainda estava aprendendo a se acostumar, Harry caiu no chão, de cara em cima de uma pedra fria e sentiu a ponte dos óculos se partir.

 

         Tonto e machucado, coberto de fuligem, ele se levantou desajeitado, segurando os óculos partidos na frente dos olhos. Estava totalmente sozinho, mas onde estava, ele não fazia ideia. Só sabia dizer que estava de pé numa lareira de pedra, em um lugar que parecia ser uma loja de bruxo grande e mal iluminada - mas nada que havia ali tinha a menos probabilidade de aparecer numa lista de material escolar de Hogwarts.

 

            Pensou em Sophie e se sentiu nervoso. Sophie não estava ao lado dele e não fazia a minima ideia de onde estava, aquele lugar nem parecia ser o Beco Diagonal. Será que os outros deram por falta dele? Será que Remus estava o procurando junto com Sophie? 

 

           Um mostruário próximo continha uma mão murcha em cima de uma almofada, um baralho manchado de sangue e um olho de vidro arregalado. Máscaras diabólicas o espiavam das paredes, uma variedade de ossos humanos jazia sobre o balcão e instrumentos pontiagudos e enferrujados pendiam do teto. Definitivamente aquele lugar não era uma loja do Beco Diagonal. 

            Quanto mais cedo saísse dali melhor. Com o nariz ainda doendo por causa da batida da lareira, Harry se encaminhou depressa e silenciosamente para a porta, mas antes que cobrisse metade da distância, duas pessoas apareceram do outro lado da vitrine - e uma delas era a última pessoa que Harry queria encontrar estando perdido, coberto de fuligem, com os óculos partidos: Draco Malfoy.

 

           Harry olhou depressa a toda volta e viu um grande armário preto à esquerda; correu para ele e se fechou dentro, deixando apenas uma frestinha na porta para espiar. Segundos depois, uma sineta tocou e Malfoy entrou na loja.

            O homem que entrou na loja atrás dele só podia ser o pai. Tinha a mesma cara fina e pontuda e olhos idênticos, frios e cinzentos. O Sr.Malfoy andou pela loja examinando descansadamente os objetos expostos e tocou uma campainha em cima do balcão antes de se virar para o filho e dizer:

 

              - Não toque em nada, Draco. 

 

              Malfoy, que esticara a mão para o olho de vidro, retrucou:

 

              - Pensei que você ia me comprar um presente. 

 

              - Eu disse que ia lhe comprar uma vassoura de corrida. - Disse o pai tamborilando no balcão.

 

               - De que me serve uma vassoura se não faço parte do time da casa? - Respondeu Malfoy, com a cara amarrada. - Harry Potter ganhou uma nimbus 2000 no ano passado. Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória. Tem um leão junto com a irmã dele... Sophie Potter... aqueles dois nem jogam tão bem assim, mas são Potter, famoso... famoso por ter uma cicatriz idiota na testa...

 

               Malfoy se abaixou para examinar uma prateleira cheia de crânios.

 

              - Todo mundo acha que eles são sábios, os maravilhosos Potter com sua cicatriz, seu leão e sua vassoura...

 

               - Você já me contou isso no mínimo dez vezes - Disse o Sr.Malfoy, com um olhar de censura para o filho. - E gostaria de lembrar-lhe que não é prudente demonstrar que não gosta de Harry Potter, não quando a maioria do nosso povo acha que ele é o herói que fez o Lord das Trevas desaparecer... ah, Sr.Borgin.

 

           Um homem curvado aparecera atrás do balcão, alisando os cabelos untados de óleo para afastá-los do rosto. 

 

            - Sr.Malfoy, que prazer revê-lo. - Disse o Sr.Borgin untuoso como seus cabelos. - Encantado, e o jovem Malfoy, também, encantado. Em que posso servi-los? Preciso lhes mostrar, chegou hoje, e a um preço muito módico..

 

               - Não vou comprar nada hoje, Sr.Borgin, vou vender. - Disse o Sr.Malfoy.

 

              - Vender? - O sorriso se embaçou levemente no rosto do Sr.Borgin. 

 

              - O senhor ouviu falar, é claro, que o Ministério está fazendo mais blitze. - Disse o Sr.Malfoy, puxando um rolo de pergaminho do bolso interno do casaco e desenrolando-o para o Sr.Borgin ler. - Tenho em casa uns, ah, objetos que poderiam me causar embaraços, se o Ministério aparecesse...

 

               O Sr.Borgin encaixou um pincenê na ponte do nariz e percorreu a lista.

 

              - O Ministério certamente não ousaria incomodá-lo, não é, meu senhor?

 

             O Sr.Malfoy crispou os lábios.

 

              - Até agora não me visitaram. O nome Malfoy ainda impõe um certo  respeito, mas o Ministério está ficando cada vez mais intrometido. Há boatos de  uma nova lei de proteção aos trouxas: com certeza aquele bobalhão pulguento,  apreciador de trouxas, Arthur Weasley está por trás disso...

 

                  Harry sentiu uma onda escaldante de raiva.

           

          -  ... E como vê, alguns desses venenos poderiam fazer parecer...

 

         - Compreendo, meu senhor, naturalmente - disse o Sr. Borgin. -  Deixe-me ver...

 

        - Pode me dar aquilo? - interrompeu Draco, apontando para a mão  murcha sobre a almofada.

 

       - Ah, a Mão da Glória! - disse o Sr. Borgin, abandonando a lista de  Malfoy e correndo para perto de Draco. - Ponha-lhe uma vela e ela dá luz  apenas a quem a segura! A melhor amiga dos ladrões e saqueadores! O seu filho  tem ótimo gosto, meu senhor.

 

            - Espero que o meu filho venha a ser mais do que um ladrão ou um  saqueador, Borgin - disse o Sr. Malfoy com frieza, ao que o Sr. Borgin respondeu  depressa:

 

      - Sem ofensa, meu senhor, não tive intenção de ofender...

 

        - Mas, se as notas dele não melhorarem - disse o Sr. Malfoy com maior  frieza ainda -, pode ser que ele realmente só tenha talento para isto.

 

       - Não é minha culpa - retrucou Draco. - Todos os professores têm  alunos preferidos, aquela Hermione Granger...  

 

         - Pensei que você sentiria vergonha se uma menina que nem pertence a  família de bruxos passasse a sua frente em todos os exames - comentou com  rispidez o Sr. Malfoy.

 

          - Ha! - exclamou Harry baixinho, satisfeito de ver Draco com cara de  quem está ao mesmo tempo envergonhado e aborrecido.

 

            - É a mesma coisa em toda parte - disse o Sr. Borgin, com sua voz  untuosa. - Ter sangue de bruxo conta cada vez menos em toda parte...

 

          - Não para mim - respondeu o Sr. Malfoy, com as narinas tremendo.

 

           - Não, meu senhor, nem para mim - disse o Sr. Borgin, fazendo uma  grande reverencia.

 

            - Neste caso, talvez possamos voltar à minha lista - disse o Sr. Malfoy rispidamente. - Estou com um pouco de pressa, Borgin, tenho negócios  importantes a tratar hoje em outro lugar.

 

         Os dois começaram a barganhar. Harry observou nervoso que Draco se  aproximava cada vez mais do lugar em que ele estava escondido, examinando os  objetos à venda. Draco parou para examinar um grande rolo de corda de enforcar  e para ler, rindo, o cartão colocado em um magnífico colar de opalas.  Cuidado:  Não toque. Amaldiçoado.  - Tirou a vida de dezenove donos trouxas até hoje.

 

            Draco se virou e notou o armário bem em frente.  Adiantou-se... Esticou a mão para o puxador e...

 

           - Fechado - disse o Sr. Malfoy ao balcão. - Vamos, Draco! - Harry  enxugou a testa na manga ao ver Draco se afastar e soltou a respiração que nem havia percebido que segurava.

 

         - Bom dia para o senhor, Sr.  Borgin. Aguardo-o amanhã em casa para apanhar a mercadoria.

 

         No instante em que a porta se fechou, o Sr. Borgin abandonou seus  modos untuosos.

 

       - Bom dia para o senhor, Senhor Malfoy, e, se as histórias que correm  forem verdadeiras, o senhor não me vendeu metade do que tem escondido em  sua casa...

 

          E, continuando a resmungar ameaçador, o Sr. Borgin desapareceu no  quarto dos fundos.  Harry esperou um pouco, caso ele voltasse, e, em seguida, o mais  silenciosamente que pôde, saiu do armário, passou pelos mostruários de vidro e  pela porta afora. Suspirou, olhou para os lado e viu Draco e o pai se afastarem para longe. 

         Harry olhou para os lados novamente, segurando os óculos partidos. Saíra em uma  ruela sombria que parecia totalmente ocupada por lojas que se dedicavam às  Artes das Trevas. A que ele acabara de deixar, a Borgin & Burkes, parecia ser a  maior, mas em frente havia uma grande coleção de cabeças jívaras na vitrine, e  duas portas abaixo, uma enorme gaiola pululava com gigantescas aranhas  negras. Dois bruxos mal vestidos o observavam da sombra de um portal,  cochichando entre si. Apreensivo, Harry saiu caminhando, tentando segurar os  óculos no lugar e esperando, sem muita esperança, conseguir encontrar uma saída daquele lugar. Novamente pensou em Sophie e Remus. Ele desesperadamente queria ir para junto dos dois mas o problema é que não fazia ideia do lugar que esteva, e não sabia onde poderia encontrar sua irmã e o lupino ali. Respirou devagar e foi andando com calma a procura da saída.

 

                  Uma velha placa de madeira, pendurada acima de uma loja que vendia  velas envenenadas, informava que ele se encontrava na Travessa do Tranco. Isto  não adiantou muito, pois Harry nunca ouvira falar naquele lugar. Imaginou que ao se embolar todo para falar o Beco Diagonal por conta do susto que havia levado, acabara por parar ali, e isso não o tranquilizou. Pensou no que fazer, tentando ficar calmo mas se tornava casa vez mais difícil.

 

            - Não está perdido, está querido? - disse uma voz ao seu ouvido,  assustando-o.

 

           Uma bruxa idosa estava ao lado dele, segurando uma bandeja com  objetos que se pareciam horrivelmente com unhas humanas. Ela riu dele  mostrando dentes cobertos de limo. Harry recuou.

 

       - Estou bem, obrigado - disse. - Só estou...

 

      - HARRY! O que você está fazendo aqui?

 

       O coração de Harry deu um salto. O da bruxa também: as unhas  cascatearam por cima dos seus pés e ela começou a xingar. Harry olhou para cima e abriu um enorme sorriso.

 

          - Hagrid! 

 

            Beco Diagonal, Gringotes. 

 

           — COMO ASSIM NINGUÉM O ENCONTROU?! - Gritaram Sophie e a Sra.Weasley estéricas. 

 

            - Olhamos para todos os lugares mas ele simplesmente sumiu! - Disse Fred tentando acalmar a namorada mas não conseguindo.

 

           - Será que ele falou errado? - Perguntou Jorge pensativo.

 

           - O Remus e a Mione ainda não apareceram, quem sabe eles tenham encontrado. - Disse Harriet olhando em volta.

 

            - Jesus, como eu pude deixar isso acontecer?! - Perguntou Sophie passando a mão no rosto. - Eu sou uma péssima irmã.

 

             - Nao diga isso, querida. - Disse Molly passando a mão no cabelo de Sophie. - Vai ficar tudo bem, vamos encontrá-lo.

 

             Não demorou muito e eles ouviram Hermione gritando. Todos olharam na direção da menina e viu ela subindo para Gringotes, com Remus e Harry meio abraçados. Sophie suspirou e correu até os dois os abraçando. 

 

            - Deus, eu fiquei tão preocupada! - Disse Sophie olhando para o irmão que estava com o rosto todo sujo assim como as vestes. - Onde esteve?

 

            - De acordo com Hagrid, na Travessa do Tranco. - Disse Remus calmo. - Harry levou um susto por conta da explosão dos gêmeos e falou o nome errado. 

 

             - Onde está o Hagrid? Tenho que dar um enorme abraço nele, por ter te achado. - Disse Sophie. 

 

            - Ele já foi. - Disse Harry sorrindo.

 

               Harry olhou atrás de Sophie e viu o Sr.Weasley, os gêmeos e Harriet correndo até eles.

 

           - Harry - ofegou o Sr. Weasley. - Tivemos esperança de que você só

tivesse ultrapassado uma grade de lareira... - Ele enxugou a careca reluzente. -  Molly está alucinada... Aí vem ela.

 

            - Onde foi que você saiu? - perguntou Rony.

 

            - Na Travessa do Tranco - informou Remus.

 

            - Que ótimo! - exclamaram Fred, Jorge e Harriet juntos.

 

            - Nunca nos deixaram entrar lá - comentou Rony invejoso.

 

            - E vão continuar sem entrar lá. - Disse Remus cruzando os braços. 

 

           Sra.Weasley aproximava-se correndo, a bolsa balançando loucamente  em uma das mãos, Ginny agarrada à outra.  Ao chegar perto do Potter mais novo, ela o abraçou apertado.

 

            - Ah, Harry, ah, meu querido, você podia ter ido parar em qualquer  lugar...

 

       Tomando fôlego ela se afastou e tirou uma grande escova de roupas da bolsa e  começou a escovar toda a sujeira do garoto.. 

 

              - Arthur, Harry ouviu uma coisa bem interessante na Borgin & Burkes. - Disse Remus passando a mão no cabelo de Harry e o bagunçando.

 

             - Borgin e Burkes?! - Gritou a Sra.Weasley agora olhando para o rosto de Harry procurando algum ferimento.

 

              Eles começaram a subir a rua indo para Gringotes, a Sra.Weasley conversava com os pais de Hermione enquanto o Sr.Weasley ouvia tudo que Harry dizia.

 

              - Ele está preocupado. - Disse o Sr.Weasley sorrindo para Remus que concordou com a cabeça. - Ah, como eu adoraria apanhar Lúcio Malfoy por alguma coisa...

 

               - Tenha cuidado, Arthur - disse a Sra.Weasley com severidade quando eram cumprimentados pelo duende à porta do banco. - Aquela família  significa confusão. Não abocanhe mais do que você pode mastigar.

 

             - Então você não acha que sou adversário para o Lúcio Malfoy? - respondeu o Sr.Weasley indignado.

 

             - Não é isso.. ah, Remus me ajude! - Disse Molly se virando para o padrinho de Sophie que ria da situação.

 

            - Bem.. - Remus ia começar a falar mas Arthur o cortou quando viu o dinheiro trouxa dos pais da Hermione.

 

            - Oh! Isso é dinheiro trouxa? - Perguntou ele animado. - Molly, olhe! - Apontou excitado para as notas de dez libras na mão do Sr.Granger. 

 

             Sophie, Harry e Remus se afastaram enquanto os duendes o levaram para os cofres no subterrâneo de Gringotes. Chegaram rapidamente para o cofre deles e eles pegaram uma boa quantia para eles mesmos e também para ajudarem os Weasley's. Remus foi até o próprio cofre e pegou um pouco de dinheiro, mas Sophie não soube o motivo, seu padrinho ia pouco ao cofre dele. 

             De volta aos degraus de mármore, eles se separaram. Percy murmurou  qualquer coisa sobre a necessidade de comprar uma pena nova. Fred, Jorge e Harriet  tinham visto um amigo de Hogwarts, Lino Jordan e foram até ele. A Sra.Weasley e Ginny iam a  uma loja de vestes de segunda mão. O Sr.Weasley insistia em levar os Granger  ao Caldeirão Furado para tomar um drinque.

 

                -  Vamos nos encontrar na Floreios e Borrões dentro de uma hora para  comprar o material escolar - disse a Sra.Weasley, se afastando com Ginny. - E nem pensar em entrar na Travessa do Tranco! - gritou ela para os gêmeos, Harriet e Lino que  seguiam na direção oposta.

 

                - Molly! Aqui. - Disse Remus entregando um pequeno saco para a mulher. - Boas compras.

 

                - Remus eu.. - Molly ficou com os olhos cheios de lágrimas e abraçou o lupino. - Você sem dúvida é a melhor pessoa que existe. - Disse sorrindo e segurando o choro.

 

               - Eu digo isso sempre. - Disse Sophie sorrindo e também recebendo um abraço. - Você é uma mulher boa, Molly. Temos sorte de ter você.

 

                 - Concordo. - Disse Harry também abraçando a mãe de Rony.

 

                 - Obrigada! - Disse ela se afastando e pegando na mão de Ginny.

 

                 - Muito bem, vocês três. - Disse Sophie olhando para o irmão, Rony e Hermione. - Tentem não se perder e não gastem todo o dinheiro.

 

                 - Sim, Soph. - Disse Harry.

 

                Os três se afastaram e Sophie se virou para o padrinho.

 

                 - O que vamos fazer? - Perguntou ela sorrindo. 

 

                 - Sorvete? 

 

                 - Adoro quando você sabe o que fazer! 

 

                Caminharam pela Rua tortuosa, calçada de  pedras. Eles compraram dois grandes sorvetes, o de Remus, obvio era de chocolate e o de Sophie, era de morango, que os dois comeram felizes enquanto subiam o beco, examinando as vitrines fascinantes das lojas. Sophie e Remus, compraram tinta e pergaminhos e depois foram para mais algumas outras lojas comprar algumas coisas para o material de Sophie e uma hora depois eles rumaram para a Floreios e Borrões. Não eram de  maneira alguma os únicos que se dirigiam à livraria. Ao se aproximarem, viram,  para sua surpresa, uma quantidade de gente que se acotovelava à porta da loja,  tentando entrar. A razão disso estava anunciada em uma grande faixa estendida  nas janelas do primeiro andar.

 

                               GILDEROY LOCKHART

                           Autografa sua autobiografia

                              “O MEU EU MÁGICO”

                         Hoje das 12:30h às 16:30h

 

                 - Eu quero ir embora. -Resmungou Remus ao ler o anúncio.

 

                 - Não seja criança, temos que comprar nossos livros! - Disse Sophie rindo. - Vamos fazer isso rápido e iremos embora. 

 

                 - Vamos poder conhece-lo! - Ouviram Hermione atrás deles.

 

                 Rony, Hermione e Harry se juntaram ao lado dos dois e os cincos ficaram vendo a aglomeração naquele lugar de várias mulheres do mesmo tamanho que da Sra.Weasley e ficaram esperando os outros aparecerem ali também.

 

                - Calma, por favor, minhas senhoras... Não empurrem, isso... Cuidado com os livros, agora... - Dizia um bruxo tentando conter as mulheres.

 

                - Mas o que raios acontece com essas mulheres? Jesus! - Disse Remus assustado ao ver uma senhora empurrando um bruxo para tentar entrar na loja.

 

               - Olhe, os outros estão ali. - Disse Sophie apontando para os pais da Hermione e os pais de Rony que se espremiam para poder entrar.

 

               - Bom, vamos então. - Disse Remus mais como resmungo.

 

             Os cinco se espremeram para passarem também. Uma longa  fila serpeava até o fundo da loja, onde Gilderoy Lockhart autografava seus livros.  Cada um dos meninos apanhou um exemplar de O Livro Padrão dos Feitiços, e se enfiaram sorrateiros no inicio da fila onde já aguardavam os outros  meninos com o Sr. e a Sra.Weasley e os Sr. e Sra.Granger. 

 

                 - Ah, chegaram, que bom! - disse a Sra. Weasley. Ela parecia ofegante  e não parava de ajeitar os cabelos. - Vamos vê-lo em um minuto...

 

              Aos poucos Gilderoy Lockhart se tornou visível, sentado a uma mesa,  cercado de grandes cartazes com o próprio rosto, todos piscando e exibindo  dentes ofuscantes de tão brancos. O verdadeiro Lockhart estava usando vestes azul-miosótis  que combinavam à perfeição com os seus olhos; seu chapéu cônico de bruxo se  encaixava em um ângulo pimpão sobre os cabelos ondulados.

       Um homenzinho irritadiço dançava à sua volta, tirando fotos com uma  máquina enorme que soltava baforadas de fumaça púrpura a cada  flash enceguecedor.

 

            - Saia do caminho, você ai - rosnou ele para Rony, recuando para se  posicionar em um ângulo melhor. - Trabalho para o Profeta Diário.

 

             - Nossa gente, que gentil. - Disse Sophie revirando os olhos para o homem. 

 

            - Grande coisa - disse Rony, esfregando o pé que o fotógrafo pisara.

 

     Gilderoy ouviu-o. Ergueu os olhos. Viu Rony - e em seguida viu Harry  Potter.  Encarou-o. Então se levantou de um salto e decididamente gritou:

 

                - Não pode ser, Harry Potter!

 

       A multidão se dividiu, murmurando agitada; Lockhart adiantou-se, agarrou  o braço de Harry e puxou-o para frente. A multidão prorrompeu em aplausos.  A cara de Harry estava em fogo quando Lockhart apertou sua mão para o  fotógrafo, que batia fotos feito louco, dispersando fumaça sobre os Weasley, Remus e Sophie que reviravam os olhos. 

 

         - Dê um belo sorriso, Harry - disse Lockhart por entre os dentes  faiscantes. - Juntos, você e eu valemos uma primeira página.

 

        Quando ele finalmente soltou a mão de Harry, o garoto não conseguia  sentir os dedos. E tentou se esgueirar para junto de Remus e Sophie, mas Lockhart  passou um braço pelos seus ombros e segurou-o com firmeza ao seu lado. Remus rosnou e Sophie colocou as mãos no rosto sem paciência e sem saber se ria ou se chorava.

 

          -  Minhas senhoras e meus senhores - disse em voz alta, ao mesmo  tempo que pedia silêncio com um gesto. - Que momento extraordinário este! O  momento perfeito para anunciar uma novidade que estou guardando só para mim  há algum tempo!  Quando o jovem Harry entrou na Floreios e Borrões hoje, só queria  apenas comprar a minha autobiografia, com a qual eu terei o prazer de presenteá- lo agora. - A multidão tornou a aplaudir. - Ele não fazia idéia -, continuou  Lockhart, dando uma sacudidela em Harry que fez os óculos do menino  escorregarem para a ponta do nariz, - que em breve estaria recebendo muito,  muito mais do que o meu livro O Meu Eu Mágico. Ele e seus colegas irão receber  o meu eu mágico em carne e osso.   Sim, senhoras e senhores, tenho o grande prazer de anunciar que, em  setembro próximo, irei assumir a função de professor de Defesa contra as Artes  das Trevas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!

 

            - NÃO! - Gritaram Fred, Jorge e Sophie ao mesmo tempo que os outros bruxos na loja batiam palmas.

 

            - Eu to pagando algum tipo de pegado, não é possível! - Disse Sophie escondendo o rosto na roupa de Remus que tentava puxar Harry de volta para ele mas Harry se viu presenteado com as  obras completas de Gilderoy Lockhart. Cambaleando sob o peso dos livros, ele  conseguiu, e junto com Remus, Sophie, Rony, Hermione, Fred, Jorge e Harriet eles foram para longe da ribalta para a periferia do salão, onde Ginny estava parada com o novo caldeirão.

 

              - Fique com isso. - Disse Harry para a menina e derrubando os livros no caldeirão. - Irei comprar os meus próprios.

 

               Remus sorriu e voltou para onde os Sr. e Sra. Weasley e os Granger estavam para tirar-los do meio do povo.

 

               - Aposto que você adorou isso, não foi, Potter? - disse uma voz que  Harry não teve problema em reconhecer. Ele endireitou o corpo e se viu cara  a cara com Draco Malfoy, que exibia o sorriso de desdém de sempre. - O Famoso Harry Potter -, continuou Malfoy. - Não consegue nem ir a  uma livraria sem parar na primeira página do jornal.

 

          - Por Deus, Malfoy! O seu fanatismo com o meu irmão me assusta! - Disse Sophie revirando os olhos.

 

        - Deixe ele em paz, ele nem queria isso - disse Ginny. Era a primeira vez  que falava na frente de Harry. E olhava feio para Malfoy.

 

          - Potter, você arranjou uma namorada! - disse Malfoy arrastando as  sílabas. 

 

          - Não enche Malfoy! - Disse Jorge ao ver a irmã ficar com o rosto vermelho. 

 

         - Estou surpreso em ver vocês aqui Weasley. - Disse Malfoy olhando para Rony e os irmãos. - Imagino que seus pais vão passar fome um mês para pagar todas as compras.

 

           Rony ficou tão vermelho quanto Ginny. Largou os livros no caldeirão,  também, e partiu para cima de Malfoy, mas Harry e Hermione o agarraram pelo  casaco. Nessa hora, Remus e Arthur chegaram.

 

           - Rony! - chamou o Sr. Weasley. - Que é que está fazendo? Está muito cheio aqui, vamos para fora.

 

         - Ora, ora, ora, Arthur Weasley.

 

       Era o Sr. Malfoy. Estava parado com a mão no ombro de Draco, com  um sorriso de desdém igual ao do filho.

 

       - Lúcio - disse o Sr. Weasley, dando um frio aceno com a cabeça.

 

         - E Remus Lupin. - Disse olhando para o Lupin que dava um frio aceno para o Sr.Malfoy. -  Muito trabalho no Ministério, ouvi dizer - falou o Sr. Malfoy olhando para Arthur. - Todas  aquelas blitz... Espero que estejam lhe pagando hora extra!

 

            Ele meteu a mão no caldeirão de Gina e tirou, do meio dos livros de capa  lustrosa de Lockhart, um exemplar muito antigo e surrado de um Guia  Sobre Transfiguração Para Principiante.

 

      - É óbvio que não - concluiu o Sr. Malfoy. - Ora veja, de que serve ser  uma vergonha de bruxo se nem ao menos lhe pagam bem para isso?

 

         O Sr. Weasley corou com mais intensidade do que Rony e Gina.

 

         - Nós temos idéias muito diferentes do que é ser uma vergonha de  bruxo, Malfoy. - Disse Remus tocando no ombro de Arthur. 

 

          - Lupin, já faz muito tempo desde da última vez. - Disse Lúcio sorrindo. - Como vai o seu leal cachorro?

 

              Sophie e Remus ficaram muito irritados com a menção subliminar de Sirius da parte de Malfoy, Fred, Jorge e Harriet ficaram com medo quando viram os olhos de Remus mudarem de cor por alguns segundos. 

 

             - Visivelmente - disse o Sr. Malfoy voltando-se para Arthur e depois, seus olhos claros desviando-se para  o Sr. e Sra. Granger, que observavam apreensivos. - As pessoas com quem  você anda, Weasley... E pensei que sua família já tinha batido no fundo do poço...

 

              Ouviu-se uma pancada metálica quando o caldeirão de Ginny saiu voando;  o Sr. Weasley se atirara sobre o Sr. Malfoy, derrubando-o contra uma prateleira. Dúzias de livros de soletração despencaram com estrondo em sua cabeça; ouviuse  um grito "Pega ele, papai" - dado por Fred e Jorge; a Sra. Weasley gritava  "Não, Arthur, não"; a multidão estourou, recuando e derrubando mais prateleiras. Remus tentava a todo custo tirar Arthur de cima de Lúcio, ao fundo Sophie ouviu " Senhores, por favor, por favor! - pedia o assistente, e, depois, mais  alto que a algazarra reinante. - Vamos parar com isso, cavalheiros, vamos parar  com isso..." Mas a briga só acabou quando Hagrid apareceu e levantou o Sr. Weasley com o lábio  cortado e o Sr. Malfoy fora atingido no olho por uma Enciclopédia dos sapos. Ele  ainda segurava o livro velho de Gina sobre transfiguração. Atirou-o nela, os olhos  brilhando de malícia.

 

        - Aqui, tome o seu livro, é o melhor que seu pai pode lhe dar...

 

         E, desvencilhando-se da mão de Hagrid, chamou Draco e saíram da loja.

 

      - Você devia ter fingido que ele não existia, Arthur - disse Hagrid, quase  erguendo o Sr. Weasley novamente do chão enquanto este endireitava as vestes. - Podre  até a alma, a família toda, todo mundo sabe disso. Não vale a pena dar ouvidos a  nenhum Malfoy. Sangue ruim, é o que é. Vamos agora, vamos sair daqui.

 

              Sophie puxou Remus quando estavam do lado de fora da livraria e viu se ele estava machucado.

 

            - Eu to legal. - Disse Remus sorrindo, estava ajoelhado em frente a afilhada que insistia em olhar o rosto dele em busca de algum machucado.

 

            - Aquele Malfoy! - Disse Sophie abraçando Remus. - Como ele pode mencionar Sirius com tanta cara de pau! Como ele sabe sobre ele ser um cachorro?

 

             - Pettigrew. - Disse Remus se sentando na calçada. - Pensar em Sirius já é difícil, e o Malfoy ainda... - Então suspirou. - Vem, vamos comprar o seu presente de aniversário!

 

             - Ah, então foi por isso que você tirou dinheiro do seu cofre! - Disse Sophie se levantando junto com padrinho. 

 

              - Sim, vamos. Harry está seguro com a Molly. - Disse Remus sorrindo e abraçando a sobrinha. - Quer saber, Arthur mandou bem dando aquela livrada na cara do Malfoy.

 

              - Eu concordo plenamente meu caro, Moony! - Disse Sophie rindo.

 

          

 

 

               

 

           

           


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Notas finais do capítulo

É isso, eu espero que tenham gostado e o próximo será mais narrado por Sophie ❤ até o próximo