Family Confusion escrita por Pranpryaa


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

— Gente essa é minha primeira história e eu estou tãããããoo feliz!

— E quero falar também que ela é de autoria exclusivamente MINHA, então em qualquer lugar que vocês vejam ela, por favor me avisem porque plágio é muiito chato e eu acredito na capacidade de cada um :)

— Por favor falem comigo, leitores fantasmas se manifestem, porque ser fantasma não é legal! Beijos amores.



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Qual era a chance que eu tinha para começar a gritar com todos nessa mesa e perguntar se todo mundo surtou? Todas. Veja bem, eu não sou uma louca varrida mas levando em consideração que vou dividir uma casa com 9 pessoas sendo a maioria delas crianças na flor da idade que brigam entre assistir Hora de Aventura e Bob Esponja não era pra menos, não que eu não assista desenhos animados, lógico que eu assisto! Prova disso são meus blusões com desenhos infantis da princesa arroto, que eu já devia ter jogado fora a muito tempo inclusive. O fato é que eu, Elisabeth Seatle não estou preparada para ter uma nova mãe e de encomenda mais 4 irmãos! Eu já estou muito bem com meu pai o grande Sr. Dominic mais conhecido por Dom, ele é um homem no auge dos seus 40 anos com cara de 30, sério não estou falando isso por ele ser meu pai, não, longe de mim, mas é que o coroa tem um charme que só Deus e eu não posso lhe culpar por isso, seus cabelos cor de caramelo que no sol atingem uma espécie de dourado faz uma combinação perfeita com seus olhos âmbar. Ele foi abandonado por nossa mãe, se é que posso chamar aquela irresponsável assim, eu nunca tive o desprazer de encontra-la e agradeço a Deus por isso. Só sei algumas coisas dela como por exemplo seu nome que era Meggan, possuía grandes cabelos encaracolados pretos, pele pálida e olhos azuis. Toda essa raiva que sinto dela não é nem perto da raiva que eu tive quando descobrir que ela jogou eu, e mais meus 3 irmãos, Mattew de 6 anos, Clary de 3 e Samanta de 10, em cima do meu pai. Eles ainda eram jovens e quando Meggan me teve me enviou logo para a Europa, já que moramos no Canadá, sem o consentimento do meu pai, que ficou louco quando soube, mas como ela era uma psicopata ela falou que eu nasci morta e fez todo um escândalo, e se fez de vitima, meu pai não concordou muito mas não tinha o que fazer, logo ela ficou grávida de Samanta e foi a mesma história mal contada, eu não podia culpar meu pai por isso, ele realmente estava achando que aquela louca tinha algum problema na placenta ou algo do tipo, Sam também veio para a Europa para o mesmo internato que eu ficava já que ela ainda era um bebê ela ficou na maternidade até ser grande o suficiente para realmente ir para as atividades normais do internato, depois disso veio Mattew meu pequeno grande gênio, que seguiu o mesmo destino que a gente e a mesma história, até hoje não consigo acreditar como meu pai caiu numa história dessas três vezes, TRÊS VEZES, mas vovó me disse que para Meggan conseguir engravidar de Clary ela o dopou, isso mesmo dopou, e com o nascimento da mesma ela finalmente revelou toda a merda que ela fez, e que sim ele tinha agora quatro filhos para cuidar porque ela simplesmente estava vazando. Isso já faz 3 anos e toda essa história de terror ficou para trás, porque agora eu, papai, e meus irmãos tinham uma vida digna e sem espaço para Meggan. Samanta, que ela faz questão que chamem ela de Sam, puxou a pele clara do papai, os olhos âmbar e o cabelo ondulado caramelo, ela podia dizer que era uma versão feminina mais nova dele. Já Mattew puxou a pele pálida de Meggan, os seus olhos azuis e a cor do seu cabelo preto, mas na textura ele puxou o liso do nosso pai. Minha pequena Clary tem pele dourada, seus olhinhos cor de âmbar com alguns pontinhos azuis deixava qualquer um babando por aquela criaturinha e seus cabelos são loiros com cachinhos nas pontas era o que dava um ar tão angelical, que na verdade disfarçava uma personalidade de esperteza fora do comum para uma criança de 3 anos. E eu, Elisabeth, mais conhecida como Lisa, acabei de completar 17 anos e tenho a pele pálida de Meggan, os olhos cinzas que parecem um dia nublado - e eu odeio dias assim - e o cabelo enorme e encaracolado - da cor do de papai - como o de Meggan que me dá um maior trabalho para cuidar, e por isso só por isso ele se encontrava em um coque mal feito que eu havia feito assim que me sentei naquela grande mesa de carvalho, que era a única que conseguia ocupar aquela creche. Meu pai fez questão de reunir toda a família para dar uma ótima noticia a todos, e eu esperava ansiosamente que seria o grande sim que ele iria dizer para a minha pergunta de poder ir fazer intercambio na Ásia, mas toda aquela formalidade me dizia que não. Suspirei pela milésima vez ouvindo Sam tagarelar ao meu lado alguma coisa sobre seu cabelo que precisava urgentemente de um corte novo, eu me limitava apenas a acenar, não que eu não seja ligada pra essas coisas mas eu realmente...ahh quem eu to querendo enganar? Eu realmente não ligava a minima pra moda, e minha calça de moletom estampada com donuts provava isso, mesmo que toda vez que eu usava Sam me lançava um olhar de reprovação e olha que ela só tem 10 anos mas sabia de moda mais que eu que já tinha 17. Fui interrompida de dar meu próximo suspiro quando escutei papai falar que iriamos nos mudar para a Califórnia. O ar que eu puxei ficou entalado na minha garganta e meus pulmões começaram a reclamar, acho que fiquei tão vermelha com o ar preso que todos viraram a cabeça para me olhar e Sam que estava mais perto começou a gritar.

— Ai meu Deus, Lisa! Por favor alguém pegue um copo d'água para ela. - e começou a me abanar com suas unhas perfeitamente pintadas na cor rosa.

— Lisa minha filha respira - esse foi o senhor Dom... jugo meu pai que falou com a voz alarmada.

Depois de respirar fundo 2 vezes e beber a água eu finalmente falei.

— Já estou bem.

Os suspiros de alivio foi ouvido de todos que estavam na mesa dês de meu tio Teddy até a pequena Clary. Mas eu ainda não tinha dado o meu, que história é essa de ir morar na Califórnia? A cidade que parece mais perto do sol que Mércurio. Qual o meu problema com o sol? Nenhum. Mas com o calor eu tenho vários. Eu ainda não tinha me recuperado totalmente quando papai pigarreou chamando a atenção de todos para ele dando continuidade.

— Todos aqui sabem da minha namorada Lúcia - bom, talvez eu tenha esquecido de mencionar isso antes mas, Lúcia ou como todos a chamam Luce é a namorada do meu pai, eu pensava que era um namoro bobo que estava durando mais que o previsto já que ela mora na Califórnia e... eu disse Califórnia? Ai meu Deus agora tudo faz sentido - Eu e Luce resolvemos juntar nossas escovas de dente - quem em sã consciência ainda fala isso hoje em dia? - Por isso vamos morar todos na Califórnia junto com seus 4 filhos e assim seremos uma grande família.
Tá, tudo bem Lisa, tudo bem. Se lembra como respira? Claro que sim, você só tem que...

— O QUE? - me exaltei levantando com tudo da cadeira.

— Lisa querida acalme-se - essa foi minha avó Karen tentando me conter.

— Não, não, não. Pai a gente nunca nem viu essa tal de Lúcia, muito menos os filhos dela, como vamos morar todos juntos como uma grande família feliz? Sem contar que na casa dela não vai caber nem metade de nós.

Meu pai me olhou com um olhar de bronca, mas eu não me sentei e arqueei uma sobrancelha em desafio. Não que eu seja uma dessas adolescentes rebeldes nem nada, mas dividir um banheiro com mais 9 pessoas está fora de cogitação. Dom se recostou na cadeira e com um sorriso de lado disse.

— Você nunca viu a Luce - ele fez questão de falar o apelido dela devagar e não o nome como eu tinha dito. Revirei os olhos. - Porque todos os seus irmãos já a conhece pessoalmente, mas infelizmente por conta das suas enxaquecas que insistiam em aparecer justo quando ela estava aqui em casa você não teve essa oportunidade, visto que sempre ficava trancada no quarto evitando qualquer barulho.

Touché.

Tá, talvez eu tenha inventado essas enxaquecas, mas ei! Eu não quero uma madrasta, eu nunca tive realmente uma mãe e isso me assusta, então quanto mais eu pudesse adiar esse momento de conhecer a futura noiva de papai melhor. E parece que eu não era a única já que Matt levantou seu óculos que escorregava do nariz, dando assim um ar a mais de intelectual, e falou com sua vozinha infantil.

— Pai, não acho que seja conveniente nos mudarmos para a casa da Luce, mais precisamente para a Califórnia visto que essa cidade é alvo constante de tremores sendo o último deles um tremor de magnitude 5,1 e teve seu epicentro a 18,5 km de profundidade, 19 km ao nordeste da cidade de Upper Lake e 137 km ao noroeste de Sacramento, a capital estadual.

Ponto para mim, eu já falei o quanto amo esse mini Einstein? Sorri satisfeita para papai achando que esse argumento ele não ia ter como retrucar. Engano meu. Sam também se levantou jogando seus cabelos, que especificamente hoje estava cor de chocolate derretido já que estava meio úmido, e falou para Matt piscando seus longos cílios.

— Mas de jeito nenhum essas tremedeiras vão atrapalhar a minha chance de finalmente usar meus biquínis caríssimos que eu comprei ano passado naquela loja em Dubai - eu já falei que ela só tem 10 anos? - E além do mais Matt, eu vi na minha revista que eles são quase despercebidos de tão fraco.

Essa eu tive que ri, não que os tremores não sejam fracos porque sim eu já estudei geografia e sim eu sabia exatamente disso, mas eu tinha que levar a sardinha pra meu lado e colocar o maior drama possível em cima dessa informação que Matt colocou. Mas em que revista que ela viu isso? Com certeza não foi aquelas de moda que ela passa lendo na maior parte do tempo. Sam cruzou os braços e me fulminou com o olhar, ela sabia exatamente do que eu estava rindo. Depois dessa minha suave e escandalosa risada a sala de jantar se encheu de conversas e todos começaram a falar ao mesmo tempo. Observei todos que estavam ali, e deixei uma Sam furiosa tagarelar em como são lindos os garotos da Califórnia, e vi Clary lutando para sair de perto do tio Teddy já que esse parecia mais interessado em devorar o assado que estava no seu prato fazendo várias migalhas do mesmo se espalharem por cima da mesa e no tapete, ao qual esse último eu estava de olho acompanhando um pedaço de batatinha que escapou de seu garfo e se encontrava agora no pé da cadeira, e minha mão para pegar uma pinça e tirar ela daquele tapete felpudo já estava coçando. Não que eu seja uma maniaca por limpeza, mas...Argh tá, tá, eu admito ok? Talvez eu seja obcecada um pouco por limpeza, apesar de sempre negar e ignorar o olhar da minha família quando ajo de maneira compulsiva como essa, mas em minha defesa seria melhor tirar aquela migalha agora antes que o tempo passe e ela grude nos pelinhos do tapete e depois para tirar eu teria o dobro do trabalho. E era exatamente isso que eu iria fazer se meu pai não tivesse gritado para que aquela confusão toda na mesa acabasse.

— PAREM! - só tive tempo de passar um olhar por tio Teddy que se assustou com o grito e se engasgou. E agora estava tossindo loucamente para se livrar de um pedaço de cenoura - Em primeiro lugar, Sam tem razão - vi a mesma dar um sorriso triunfante como se tivesse acabado de ganhar o prêmio Nobel - Os tremores são quase sempre inabaláveis, não precisamos nos preocupar quanto a isso. Em segundo lugar, eu já previa que a casa de Luce não iria acomodar nós todos por isso já comprei uma casa adequada para todos nós - é, ele já tinha pensado em tudo - E em terceiro lugar, ela e toda a sua família já estão ansiosos pela nossa chegada que será em uma semana, e antes que vocês perguntem, lá possui um hospital da mesma empresa que eu trabalho então meu emprego também já está tudo resolvido, e não me venham com desculpas de escola porque estamos nas férias de fim de ano e lá possui escolas ótimas para vocês começarem os estudos ano que vem. Então eu sugiro que já preparem suas malas porque a Califórnia será nosso próximo destino. - a rodela de cenoura voou pela mesa e caiu ao pé da cadeira junto com a migalha de batatinha. Foi a última coisa que eu vi antes de sair da sala e correr escada acima para o meu quarto.

[...]

Depois de arrumar meus livros por ordem alfabética pela sétima vez, sim isso me acalmava e não eu não acho isso uma loucura...talvez um pouco. Eu finalmente tirei minhas pantufas e coloquei elas na sapateira ao lado do meu armário, fiz minha higiene noturna, coloquei uma blusa de mangas compridas, afinal de contas aqui é Canadá e não a Califórnia pra está fazendo calor, eu me deitei na cama e puxei minha coberta até meu queixo e fechei os olhos percebendo que as vozes já haviam cessado e que meus tios e avós já teriam ido embora. Quando eu estava no meu décimo segundo carneirinho alguém bate na porta, e notando os sussurros que vinham detrás dela eu suspeitei que não era só uma pessoa. Eu estava certa. Assim que abri a porta dei de cara com Clary na frente segurando um ursinho de pelúcia, Matt logo atrás dela, e do seu lado esquerdo papai e do direito Sam. Todos com expressões preocupadas no rosto, com exceção de Clary que tava tentando pegar o cordão da minha calça moletom.

— Podemos entrar Lisa? - papai foi o primeiro a se manifestar.

— Podem - abri mais a porta e fiquei de lado dando passagem para todos, que entraram em fila e se acomodaram em minha cama, com exceção de novo de Clary que ainda tentava pegar o cordão que balançava a qualquer gesto meu. Peguei a pequenina no colo que sorriu levada e me sentei na poltrona que ficava quase de frente com a minha cama.

— Bom, a gente queria saber se você tava bem - Matt falou baixinho.

Suspirei. Eu sei que talvez eu estou sendo egoísta, já que a única mulher que meu pai amou era uma psicopata, e agora que ele tinha se apaixonado por outra eu estava meio que impedindo o mesmo de viver esse amor. Mas, eu realmente não queria uma mãe porque não sabia o que esperar, e meu pai sabia disso por isso foi o próximo a falar.

— Lisa meu amor, eu te entendo, eu entendo todos vocês, alguns estão com medo, inseguros por ir para outra casa e conviver com pessoas que não possuem tanta intimidade e que o fato de ter agora uma mã...uma madrasta, assusta vocês, mas eu quero que saibam que eu estou aqui e sou o pai de vocês e que sempre vou amar cada um, e proteger de tudo e de todos, mas eu também quero que saibam que eu amo Luce e que eu confio nela e sei o quão bondosa e carinhosa ela é, e não iria colocar a gente nessa sem realmente conhece-la, assim como ela não iria arriscar colocar ela e seus filhos também nessa, estamos realmente felizes e queremos que sejamos felizes juntos, todos nós.

Talvez a minha barreira tenha diminuído um pouco. Tá ela diminuiu muito, e isso fez com que eu me emocionasse não só eu mas todos ali, sem exceção dessa vez já que Clary viu todos emocionados e começou a chorar. Isso fez todos rirem e a tensão antes que era quase palpável sumiu.

— Pai, eu te amo tanto e nunca seria egoísta ao ponto de te impedir de ficar separado da mulher que ama, mas eu realmente tenho medo, tenho medo de ter uma mãe, mesmo sendo uma madrasta, tenho medo de conviver com essas pessoas que são estranhas para mim, mas se for pelo seu bem e pelo bem de todos aqui eu..eu topo.

Ele me deu um sorriso paternal que me fez ficar com a sensação de estar fazendo a coisa certa. Logo depois dessa cena Matt falou com a voz mais firme.

— Eu também topo.

— E eu é que não vou ficar de fora, praias californianas que me aguardem - Sam sendo Sam, todos riram depois desse comentário e Clary após dar uma gargalhada gostosa nos meus braços bocejou, finalizando assim aquela conversa familiar.

Todos foram para os seus quartos e eu para a minha cama que me esperava quentinha, mas assim que eu me deitei me lembrei da migalha de batata e a rodela de cenoura que só eu tinha percebido onde tinham caído, não que meu pai e minha avó não tivessem limpado direito mas é que eles estavam muito bem escondidos no pé da cadeira e eu tinha certeza que eles ainda estavam lá. Então calcei minhas pantufas, abri a porta do quarto, passei pela dispensa pegando tudo que eu precisava e fui até a sala de jantar e me abaixei no tapete perto da cadeira que tio Teddy estava. Bingo. A batata e a cenoura estavam lá. Coloquei as luvas e peguei a sujeira colocando no balde de lixo da cozinha, aproveitei para lustrar a mesa e passar aspirador de pó no tapete e também para passar desinfetante no chão. Que foi? isso não foi nada de mais, é a mesma coisa de ir no mercado para comprar somente sorvete e quando chegar lá comprar a calda dele também. Quando eu terminei, suspirei sentindo o cheirinho cítrico que os produtos de limpeza deixaram, e finalmente eu pude guardar os utensílios de limpeza na dispensa e subir para o meu quarto para agora sim dormir, e sem a ajuda dos carneirinhos.


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Notas finais do capítulo

- Então foi isso gente, sejam bonzinhos comigo é minha primeira história :), qualquer erro ortográfico me avisem. Espero que tenham gostado e que embarquem na história da Lisa porque eu prometo que somos legais, rsrsrs, não vou demorar para atualizar, eu prometo. PS: to de férias então me aguentem, kkk. Bjs!