A Saga de Apolo escrita por MrSakamaki


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!
Estou postando uma história que já está arquivada há muito tempo nos meus arquivos, pois nunca tive coragem para postar. Como sou muito fã e tenho um respeito enorme pela Saga Saint Seiya tive receio de criar algo como a continuação de um momento tão importante como o fim do Prólogo do Céu e sair terrivelmente ruim. Então já deixo avisado previamente que vou postar este primeiro capítulo como um teste, espero que gostem!!!



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Quando o coração humano supera os seres divinos, o que os deuses vão perdoar? E o que eles vão castigar?”

 

Desde as eras mitológicas a humanidade conheceu o nome dos cavaleiros. Bravos guerreiros que com as forças de seus punhos, sua determinação e coragem protegiam o mundo de qualquer mal que o ameaçasse. O mundo é regido pelo panteão dos doze deuses do Olimpo, entre eles, Athena, a deusa da sabedoria e da estratégia era cultuada por esses guerreiros, conhecidos como Cavaleiros de Athena.

 

Depois de inúmeras batalhas contra o mal e aos deuses que desejavam governar a humanidade com tirania e maldade, os cavaleiros da esperança encontram um destino cruel. Pior do que a morte, do que a dor da batalha, o deus Apolo decide castigar toda a humanidade pelos crimes contra os deuses.

 

O relógio já marcava 6:50hrs da manhã, em dez minutos as aulas no colégio começariam. E mais uma vez Seiya estava atrasado, ainda dormindo após mais uma noite insaciável de jogos. Abriu seus olhos e acordou assustado, suado, ofegante.

 

— O que foi aquilo? - sentou-se na cama colocando as mãos na cabeça. - Que pesadelo horrível. - ficou pensativo por alguns segundos, até ver que estava atrasado para ir à aula.

 

Mais que depressa se levantou, foi até seu guarda-roupa e pegou seu uniforme escolar. Vestiu a camisa branca, levantou suas mangas, colocou a calça cinza e os sapatos e por fim a gravata, cinza e listrada de vermelho, mas não havia tempo para dar um nó correto, logo ficou algo demasiado torto.

 

Se dirigiu à cozinha pegou uma garrafa de leite e tomou no gargalo mesmo, jogou água no rosto na própria pia de lá, pegou sua mochila, pôs nas costas e saiu correndo em direção à escola.

 

O sino da capela mais próxima tocava, já eram sete horas, mais uma vez chegaria atrasado, a quinta vez só naquele mês.

 

Ao contrário de Seiya quem já estava dentro da sala apenas aguardando o início da aula era Shiryu. Assim como Seiya não gostava de usar o paletó do uniforme, mas sua camisa e gravata estavam de forma correta.

 

Shiryu era um aluno aplicado, esforçado, que se empenhava em tudo que fazia para dar seu melhor nas suas atividades, vindo de uma família tradicional de japoneses tinha bons hábitos e era bem educado, além de praticar artes marciais com seu mestre no seu tempo livre. Era namorado de uma garota chamada Shunrei.

 

O sinal tocava e as aulas começariam. A professora entra na sala e os cumprimenta, o jovem com o dragão em suas costas percebe que o amigo não havia chego.

 

— Professora! - todos ouvem um grito vindo do corredor. - Cheguei. - enfim chega Seiya parado na porta da sala, ofegante de tanto correr.

 

— Atrasado novamente. - adverte. - Não ficará na minha aula Seiya. - olha séria para o garoto.

 

— Mas professora Shaina, só passou um minuto do início da aula. - tenta argumentar.

 

— Sinto muito, mas terei que notificar a direção dos seus recorrentes atrasos. Fora da minha sala. Agora. - ordena.

 

— Mas…

 

— Eu sugiro que não discuta comigo. Nós aqui do colégio não gostamos desse programa de bolsa que permite gente como você atrapalhar nossa qualidade, seu órfão medíocre. - sussurrou a professora para Seiya.

 

O jovem do colar de pégasus nada respondeu, apenas se dirigiu para fora da sala esperando que a próxima aula chegasse.

 

Essa era a professora Shaina, uma mulher orgulhosa e imponente, que lecionava biologia. Mostrava sua personalidade no modo como se vestia. Lábios cobertos por cores escuras, salto alto preto, calça preta e uma camisa roxa e um olhar duvidoso, penetrante. Desde que Seiya havia chegado à escola ela tentava fazer com que fosse expulso.

 

— Bem, agora que já nos livramos do incômodo, vamos começar a aula. - disse voltando para o centro da sala. - Hoje estudaremos o comportamento das serpentes.

 

— A única serpente aqui é ela. - Shiryu sussurrou para si mesmo.

 

Do lado de fora, Seiya vagava sem direção pela escola, andando pelos corredores enormes que havia por lá.

 

— Talvez ela esteja certa, esse lugar não é para gente como eu… - falava para si, andando cabisbaixo.

 

— Algum problema Seiya? - perguntou uma voz masculina vinda de trás.

 

— Ahn… Diretor Aiolos? - se assustou.

 

— Por que não está na aula? Aconteceu alguma coisa? - indagou curioso.

 

— Acabei me atrasando… De novo. Então a professora Shina…

 

— Shaina… Entendo. - Aiolos disse compreendendo. - Vamos até a sala, direi para ela abrir uma exceção hoje.

 

Aiolos era o diretor da escola, ele quem ajudara Seiya a ingressar em sua nobre instituição. Sempre andava com seus ternos bonitos e caros, possuía bens de luxo, mas isso não o fazia se achar superior a ninguém, pelo contrário, era um bom homem, caridoso, sempre ajudava quem precisava. Inclusive estava cuidando das buscas pela irmã perdida de Seiya, Seika.

 

— Com licença Shaina. - disse o diretor entrando na sala.

 

— Senhor diretor?! - perguntou surpresa. - O que deseja?

 

— Permita que Seiya participe da aula hoje. Ele irá se esforçar para que não aconteça novamente, não é?

 

— Claro. - respondeu sorridente.

 

— Certo senhor. - Shaina concordou com ódio interior.

 

— Obrigado, e boa aula a todos. - dito isso Aiolos seguiu para seus afazeres.

— Causando problemas de novo? - Shiryu perguntou sarcástico para Seiya que sentava-se na sua frente.

 

— Foi só um pequeno atraso. - riu junto com o amigo.

 

Passado algumas horas juntamente algumas aulas, finalmente chegava a hora do intervalo. Os dois amigos como sempre ficavam em uma escadaria do pátio principal, jogando conversa fora.

 

— Ei Seiya! Por que não sai logo da escola? - chamava alguém de cima.

 

— Jabu deixe ele em paz. - Shiryu olhou sério. - Não perca seu tempo com alguém como ele Seiya.

 

— Vocês estão com medo de enfrentar nós e o Jabu. - esse era Ichi, um dos capangas da gangue escolar de Jabu.

 

— Eu sozinho seria o suficiente para acabar com você e seus patetas Jabu. - respondeu Seiya. - Mas eu não quero ser preso por acabar com vocês;

 

— Eu tenho pena de você, órfão de rua.

 

— Olha aqui seu… - agora havia ficado nervoso, trincou os dentes e estava pronto para acabar com eles.

 

— Seiya não. - o amigo o segurou, evitando a briga. - É isso que ele quer.

 

— Tem razão Shiryu, vamos embora.

 

Jabu era um aluno implicante que se achava no direito de tudo ao lado de seus companheiros, Ichi, Nachi, Ban e Geki. Colocavam o terror em grupos menores de alunos ou alunos sozinhos.

 

A próxima aula era Educação Física. O sinal tocou e todos se dirigiram a quadra esportiva. A professora ruiva aguardava, com cabelo amarrado, moletom esportivo, tênis e uma regata, usava uma luva preta na mão direita.

 

— Bom dia! - gritou ela.

 

— Bom dia professora Marin! - responderam os alunos uníssonos como um batalhão do exército.

 

— Segunda-feira! Dia de malhar seus frouxos! Trezentas voltas na quadra até o fim da aula. Agora!

 

A professora Marin era uma mulher rígida, de pulso firme, suas aulas eram de intensos treinamentos físicos, era como estivesse preparando combatentes. Mas apesar de todo o jeito, havia uma mulher companheira, fiel e corajosa, que queria apenas o bem de seus alunos.

 

Ao término da aula estavam todos cansados e suados. Seguiram para o vestiário para banhar-se e voltar a colocar o uniforme formal.

 

Por fim o período escolar havia acabado, todos se dirigiam aos seus armários para depois irem embora. Um deles era Shun, um garoto de cabelos até o ombro, que vestia o uniforme completo. Shun era muito aplicado, mas tinha dificuldades em algumas matérias, sempre generoso e amável procurava fazer o bem e não gostava de brigas.

 

— Olha quem está aqui, Shun o chorão. - quem falava era Jabu, que adorava atormentar Shun. - O que vai fazer bebê? - prensou-o contra o armário e o segurou.

 

— Jabu, por favor… - disse indefeso.

 

— Pobre Shun, quem vai te ajudar? - no mesmo instante Jabu recebeu um soco que o fez cair no chão, tamanha era a força.

 

— Eu. - respondeu o agressor.

 

— Ikki! - falou aliviado.

 

— Quem é o próximo? - perguntou Ikki.

 

— Quem é você? - perguntou Jabu caído com a mão no local atingido.

 

— Sou o irmão mais velho de Shun. E todos que ousarem ferir ele terão que se ver comigo.

 

— Ele está sozinho, não pode contra nós.

 

Toda gangue de Jabu investiu para atacar Ikki, porém em poucos minutos todos os cinco estavam nocauteados no chão. Feito isso, pegou seu irmão e foi embora.

 

Ikki era o irmão mais velho de Shun. Sempre rebelde, ele ainda estava na escola devido ter repetido de ano algumas vezes. Preferia a vida solitária, vivia se embebedando e brigava com os pais constantemente, porém aquilo que mais amava era seu irmão mais novo, o qual defendia custe o que custar.

 

Caminhando pela praia se encontrava Seiya e Minno, uma velha amiga que ajudou com o aluguel do pequeno apartamento que morava. Ela trabalhava em um orfanado, qual ela e Seiya foram criados.

 

— Bem Minno tenho que ir, logo meu horário de trabalho vai começar, não quero me atrasar de novo. - colocou os sapatos de volta nos pés.

 

— Tudo bem Seiya, tenha um bom serviço. - a garota sorriu e deixou um beijo em sua bochecha.

 

— Obrigado Minno, até mais! - disse já de longe se despedindo.

 

Após sair da praia, pegou um ônibus e seguiu para biblioteca qual trabalhava. Ele, junto com um garoto mais novo chamado Kiki trabalhavam para organizar livros em suas prateleiras e manter a limpeza do local, que pertencia ao caixa do balcão e também dono Mu.

 

— Olá Mu. - disse entrando pegando seu avental.

 

— Como vai Seiya?

 

Mu era o tipo de homem calmo e sábio. Sempre optando pelo caminho mais racional e correto a se fazer, adorava livros por isso investiu em sua biblioteca, onde geralmente todos os alunos do colégio de Seiya iam quando precisavam de algum.

 

Longe dali, em um hospital local, uma jovem garota acabava de acordar de seu coma. Ela não se lembrava de nada, estava confusa, sua mente estava barulhenta. Não sabia quem era, ou onde estava, eram muitas perguntas a serem respondidas.

 

— Então você acordou. - o médico entrou na sala sorrindo.

 

— Desculpe, mas quem é você? - perguntou ela confusa.

 

— Sou o médico que esteve cuidando de você, faz três meses que está em coma. Se lembra de algo? - o médico verificou os aparelhos para ver se tudo estava bem.

 

— Perdão, eu não sei nem quem eu sou. - respondeu aflita.

 

— Não se preocupe, nós descobriremos. - segurou sua mão e sorriu.

 

— Qual seu nome?

 

— Shaka. - disse o médico loiro de cabelos longos, usando seu jaleco branco.

 

— Obrigada, Shaka. - agradeceu retribuindo o sorriso.

 

Na capital Tokyo, o presidente do Japão se encontrava a espera de uma mulher para uma importante reunião as sós.

 

— Senhor Presidente, Lady Ártemis está aqui. - disse um dos funcionários.

 

— Mande-a entrar.

 

A deusa Ártemis entrou no gabinete do presidente e sentou na cadeira a frente da mesa. Olhou em seus olhos e sorriu vitoriosa.

 

— Então é isso, “Presidente Apolo”. - riu enquanto observava Apolo com um sorriso discreto. - Que castigo maravilhoso, pior que a morte, o esquecimento. Nunca duvidei de sua capacidade irmão.

 

— Querida irmã, os cavaleiros mereciam sua punição. Agora vagarão eternamente em uma vida comum, presos a um ciclo infinito. A humanidade está condenada a repetição, para pagarem por repetirem crimes contra os deuses. - explicou o deus Sol.

 

— O que quer dizer com isso? - perguntou a deusa da Lua.

 

— Que a vida deles tem apenas um mês, e quando esse mês passa, eles acordam de novo no mesmo local no tempo e espaço de quando eu castiguei-os. Viverão os mesmos dias para sempre.

 

— Que castigo cruel. - riu debochada. - Por que queria me ver?

 

— Athena também foi castigada a viver como mortal, eu a deixei dormindo, mas isso não duraria para sempre. Ela despertou, apesar de não se lembrar nem que é Saori Kido, pode ser perigosa. Seu cosmo pode acordar os cavaleiros e fazê-los lembrar. - alertou Apolo.

 

— E o que quer que eu faça?

 

— Fique de olho nela, não permita que ela destrua meus planos. - Apolo virou sua cadeira para a grande janela que havia atrás de si observando Tokyo.

 

— Como desejar. - a deusa sorriu e saiu em direção ao seu carro para ir até o hospital onde estava Athena.

 

— Recebam seu castigo Cavaleiros de Athena, sintam o preço de desafiar um deus, contemplem meu poder, contemplem a Era de Apolo!

 

Continua….


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