Two Crowns, One Winner — Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 5
Chapter Four – Here


Notas iniciais do capítulo

Dez dias, sem as fichas que eu pedi. Fair enough, sem reclamações de tempo, galera. (Até porque eu tô sem wifi e dando meus pulox pra postar)

E, agora, vamos lá.

Oiee, minhas amoras! Tudo bom com vocês?? Espero que sim! Então, vou alertar de novo que eu //preciso das fichas//. Sério. Eu sei que é chato, mas tá chegando a hora. Tudo o que tá mantendo a história no ponto que ela tá é a falta de fichas, meus amores. Por favor, tentem dar uma agilizada. Principalmente aquelas de vocês que mandaram MP faz três semanas pedindo vaga, comentaram uma vez e sumiram. Por favor.

Como tempos drásticos exigem medidas drásticas, é o seguinte: se eu chegar no capítulo bônus (cap. 7) sem pelo menos catorze meninas e treze meninos, eu vou cortar as duas categorias pra dez. Sim, vou ter de tirar Selecionada e Príncipe e sei que isso é injusto com as meninas que se inscreveram de acordo com as regras e datas, mas, pra ir pra frente, vai ser necessário.

Bom. É isso aí. Daqui uma semana eu vou postar o próximo, monas, e espero que estejamos em uma situação melhor. Até lá, vejo vocês nas notas finais ♥



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CHAPTER FOUR – HERE

"But honestly I'd rather be somewhere with my people

We can kick it and just listen to

Some music with a message, like we usually do

And we'll discuss our big dreams

How we plan to take over the planet"

♕♕♕

06 de outubro, quinta-feira. Palácio de Angeles, Illéa.

Eadlyn suspirou pela milésima vez naquela tarde. Começava a se arrepender da decisão de não deixar a designer que a mãe contratara, Maya Torrington, fazer o esquema de cores do quarto sozinha. Eadlyn admitia que a garota era boa, provavelmente a única designer que ela conhecera que realmente tinha uma noção sólida de esquema de cores, mas ela insistia em querer fazer o quarto das Selecionadas somente em variações de rosa. E isso Eadlyn não aceitaria.

Pior que discordar da Princesa, Maya o fazia de maneira calma e passiva. Toda aquela passividade estava tirando Eadlyn do sério.

— Mas, Alteza, eu vi as fotos dos quartos das edições anteriores. Eles definitivamente eram rosa — a designer argumentou, apertando alguns botões no computador e colorindo a cama de rosa novamente.

— Nas últimas edições, senhorita Torrington, as Castas existiam. Não se baseie no passado illeano para argumentar sobre qualquer coisa, a menos que queira ser tachada de elitista e machista — Eadlyn devolveu, afiada.

— Alteza, ainda é melhor que os quartos tenham uma aura mais sutil e glamurosa, delicada.

— Você está sugerindo que uma futura Princesa precisa ser delicada ou que outras cores não podem ser delicadas? — voltou Eadlyn a alfinetar, e Maya engoliu em seco sutilmente. Delicadeza era um assunto delicado quando se falava com Eadlyn Schreave. A ruiva reparou que deveria estar perdendo muito de sua compostura por pouco, então inspirou profundamente. Você não quer que Maya dê uma entrevista a Crônicas de Illéa assim que ela pisar fora do Palácio, Eadlyn., se lembrou. Piscou e tentou sorrir. — Acho que se queremos delicadeza, Maya, o ideal seria seguir com o bege. Passa tranquilidade, neutralidade, e, se combinarmos com as peças e as estampas adequadas, um glamour impressionante.

Maya olhou para o computador, parecendo indecisa, e então para a Rainha, que supervisionava tudo logo atrás das duas. Eadlyn viu de canto de olho sua mãe fazendo a clássica expressão de 'não discuta', sabendo que a filha tinha dado sua palavra final, e a designer rapidamente pressionou algumas teclas no computador. Quando Eadlyn voltou a olhar, tons de bege e dourado decoravam as paredes e os móveis. Sorriu, satisfeita.

— Doeu deixar tudo assim, senhorita Torrington? — Eadlyn cutucou antes que pudesse se conter, fazendo com que Delancy rolasse os olhos.

— Sempre com uma agulha na ponta da língua, não é mesmo, Alteza? — Maya provocou, embora ostentasse um sorriso genuíno.

— Uma garota tem de saber se defender.

Maya riu pelo nariz antes de batidas soarem à porta do pequeno escritório onde estavam. Delancy abriu-a rapidamente e Eadlyn virou a cabeça para ver María Hernández, sua dama de companhia e melhor amiga. Sorriu para a latina, que entrou no quarto logo após dobrar os joelhos em uma reverência à Rainha. María encarou então Maya, que devolveu o olhar com tranquilidade. Levantou as sobrancelhas.

— Acho que é a primeira designer que eu vejo que não está discutindo fervorosamente com Eadlyn, senhorita Torrington — comentou, divertida e serena. Eadlyn rolou os olhos, mas Maya sorriu de canto.

— A princesa pode divergir comigo sobre varias coisas mas eu nunca desrespeitaria alguém da realeza, senhorita... — ela respondeu mas terminou a frase com incerteza, provavelmente sem saber quem era María.

— Hernández. María Alícia Hernández — foi Eadlyn quem respondeu. — Uma grande amiga minha, senhorita Torrington.

— Também a dama de companhia dela — María acrescentou, assentindo. — Embora ela não esteja exatamente me fazendo companhia nos últimos tempos.

— Ai, María, me desculpa — Eadlyn disse, andando a passos rápidos até a amiga e lhe abraçando, embora a latina permanecesse com seus braços cruzados. — É que tudo têm sido tão corrido, mal tive tempo para respirar.

— Isso é mentira, mas está bem — María devolveu, e afastou a amiga, para então olhá-la nos olhos. — Mas hey, eu sou sua melhor amiga. Você pode contar comigo para decidir essas coisas.

Eadlyn deu de ombros.

— Não precisa. Eu dou conta, e você já faz tanto... Não queria te sobrecarregar.

— Ou, em sua cabeça doida, admitir para si mesma e alguém a mais que você não consegue resolver tudo sozinha — María disse, séria, levantando as sobrancelhas. Eadlyn lhe lançou um olhar cínico. — Ah, vamos lá. Eu te conheço desde que nasceu, Eady. Não espere me enganar com isso.

A ruiva abriu a boca para responder algo afiado, mas, então, sua mãe lhe interrompeu.

— Eadlyn. Chega de bater boca — a Rainha chamou sua atenção, e ela não pôde conter o impulso de sussurrar um não estou batendo boca que lhe resultou em um olhar feio. Segurou o impulso de rolar os olhos, então, sabendo que sua mãe lhe crucificaria se o fizesse. — Acho que Maya e você já terminaram por hoje. Por que não passa algum tempo com María?

Ela não olhou para a latina, mas sabia que ela estava sorrindo. Assentiu, então, despedindo-se brevemente de Maya antes de tomar o corredor.

— Então — disse María, que andava ao lado de Eadlyn. — O que vamos fazer?

— Não sei — Eadlyn admitiu. — Preciso ajeitar uma coisa num retrato antes que eu me esqueça, mas é questão de um minuto. Depois disso, não tenho planos. Você?

María segurou as próprias mãos atrás do corpo, incerta. Eadlyn a observou. Ela já sabia reconhecer qualquer expressão corporal da amiga, depois de vinte anos junto à ela, mas havia algo sobre María que era quieto a ponto de inquietar a princesa. Desde que as duas haviam passado pela adolescência, algo em María parecia permanentemente sereno. Ela podia se irritar, podia discutir, podia argumentar; mas havia essa tranquilidade nela que era completamente desconhecida à Eadlyn, já que a princesa era basicamente uma dinamite ambulante.

— Eu pensei que talvez pudéssemos chamar Ahren e Raj para uma caminhada na praia — ela disse, por fim. — Acho que você e seu irmão precisam de algum tempo fora desse lugar, e o clima lá fora está perfeito.

— O clima sempre está perfeito em Angeles, Malí — Eadlyn retrucou, e era verdade. Embora eles estivessem no outono já, Angeles ainda era abafada e, por vezes, quente.

— Você me entendeu, Eady — Malí respondeu, o mais perto que chegava de impaciente. — Não tinha uma pintura para retocar?

— Verdade — Eadlyn estalou os dedos. — Vem comigo, é bem rápido. O ateliê é aqui pertinho, de qualquer forma.

Elas andaram até a sala que era o ateliê de Eadlyn desde que ela começara a pintar. Sua tia, Hannie Schreave, havia ensinado tudo o quê ela sabia, e ela era extremamente grata por isso. Passava horas a fio ali dentro sem nem mesmo perceber, tão imersa em seus tons e pincéis que o mundo exterior mal lhe afetava. No meio da sala repousava um cavalete com um bando, onde ela normalmente se sentava para pintar, e uma mesa com materiais espalhados e manchas de tinta. As janelas de vidro, que iam do chão até o teto e iluminavam a sala com um gostoso sol de final de tarde, também tinham manchas de diversas cores e coisas penduradas. Eadlyn pôde ver a expressão que María fez em desaprovação ao ver o estado semi-caótico do local, murmurando um não sei como você consegue criar assim, mas a ignorou. Correu para um dos cantos, habilmente segurando um quadro que deveria ter o tamanho de seu tronco em altura, e então o repousou no cavalete. Não se sentou, na pressa, mas habilmente pegou um pincel específico e com ele misturou duas tintas, até achar um tom azul-marinho.

Parfait — disse baixo, em francês, pincelando então a cor e passando o pincel pelo retrato. De canto de olho, sem se concentrar muito naquilo, via a expressão duvidosa de Malí.

— É um retrato, correto? — sua melhor amiga indagou, ao que ela assentiu. Ela quase anteviu as palavras que saíram da boca de María logo em seguida: — Então por que não tem rosto?

Eadlyn parou de correr o pincel pela tela, terminando a parte que levava aquela cor. Era um retrato, ela sabia, de um homem. Ele usava terno azul-marinho, que ela acabara de pintar, com uma camisa branca por baixo e uma gola aberta. Ela havia feito o contorno de seu pescoço mas ainda não passara tinta, e seu rosto era primitivo. Ainda feito à lápis, ela não conseguia encontrar as feições corretas para aquela pintura. Em outras palavras, ela fazia um retrato, mas não sabia a quem retratava.

— Eu não sei quem é — respondeu simplesmente.

— Como é que você começa um retrato sem saber de quem é? — María devolveu, ainda duvidosa, ao que Eadlyn deu de ombros.

— Pinturas no geral... Você não pensa nelas — a princesa explicou, lembrando-se um pouco de algo que Raj havia dito-lhe uma vez. Ela sempre gostara de pintar, mas o contato com outro pintor, principalmente este sendo Raj, havia lhe ensinado tanto. — Você pega o lápis e o conduz, não desenha. O desenho... Ele vem por si só. É algo do subconsciente, tão interiorizado que você não consegue planejar. Você só segue seu instinto e guia o lápis pelo papel. O resto não vem de você, vem da sua alma.

— E é por isso que seu retrato não tem rosto? — a latina levantou as duas sobrancelhas em descrença, provocando a amiga, que rolou os olhos.

— Idiota — disse, e então voltou a guardar a pintura no canto. — Não tem nada mais pra fazer além de e criticar? Tipo, talvez, achar meu irmão e o mordomo dele?

— Eu realmente prefiro assistente — uma voz veio detrás da porta, e ela se inclinou para ver Raj e Ahren atrás dele. Alguma outra pessoa estranharia a aparição dos dois, mas Eadlyn poderia apostar que estavam procurando por elas.

— Nos queriam? — o gêmeo de Ealyn perguntou, ao que Malí assentiu.

— Estávamos pensando em caminhar na praia — respondeu a latina, mais virada para o indiano do quê para Ahren. Eadlyn bem sabia que os dois eram algo como próximos. — Tirar esses dois do Palácio antes que todos nós fiquemos insanos.

— Malí, nós temo aula — Ahren disse, mas foi prontamente ignorado por Raj, que passava a mão pelo queixo e parecia considerar a ideia.

— Que tal a saída oeste? — perguntou o indiano, fazendo com que Ahren esfregasse suas têmporas. — A esta hora, a maré está baixa o suficiente para que passemos pela areia na saída de água.

— Fechado — Eadlyn disse rapidamente, prendendo seu cabelo em um coque com nada mais do quê cabelo. Ahren a mirou, incerto, e María também, embora esta parecesse mais divertida. A princesa conhecia bem sua amiga: sabia que ela estava sempre sedenta por uma aventura. Dirigiu-se, então, ao irmão. — A menos que vossa Alteza Real esteja com medo de ficar com areia nos tênis.

— Ou de molhar os pézinhos — Raj acrescentou. — Talvez ele ache que pessoas derretem na água.

Ahren revirou os olhos e encarou o amigo, levantando as sobrancelhas em desafio.

— Aposto que chego no portão oeste antes de vocês três.

— Vai perder — María respondeu, sorrindo também, e, num piscar de olhos, os quatro corriam pelo Palácio.

Alguns minutos e muita areia mais tarde, Eadlyn resolveu se sentar para ver o Sol cair por detrás do mar. Ela se lembrava de quando era pequena e seu pai lhe trazia ali o tempo todo, com seus irmãos e primos, e eles normalmente voltavam encharcados e exaustos para casa. Anos depois, Carol nem morava mais com eles, Max nunca podia sair e, nos momentos em que Eadlyn e Ahren se permitiam alguma liberdade, recebiam olhares de desaprovação.

— Você parece pensativa — Ahren comentou, sentando-se com ela na areia. Ele carregava o par de tênis nas mãos, na tentativa de mantê-los secos. — Quer me dizer o quê te incomoda?

— Você parece um psicólogo às vezes — Eadlyn atirou para Ahren, que pareceu querer rir mas só sorriu galantemente.

— As garotas se amarram.

— Idiota — revirou os olhos, embora risse. — Você viu o jeito que a Kamala me olhou quando passamos?

Ahren assentiu, brincando com a areia.

— Os funcionários do Palácio fazem isso às vezes — disse o príncipe. — Acho que pensam que somos algum tipo de crianças em corpo de adulto, sabe?

— Sei — Eadlyn concordou com o irmão, então mordeu o lábio. — Também sei que acham que não estamos prontos pra isso.

— Tenho a impressão que já tivemos essa conversa — Ahren disse, coçando a nuca. — Já te disse, vai dar tudo certo.

Eadlyn gradualmente levou os olhos do irmão até o mar, vendo o disco solar alaranjar o profundo azul. María e Raj ainda estavam na beira d’água, analisando algo que deveria ser uma concha nas mãos da dama de companhia, e rindo. Ela inclinou a cabeça, apoiando-se no ombro do irmão.

— Eu sei que vai — disse, determinada. — Ninguém chama Ahren e Eadlyn Schreave de incompetentes e sai impune, não é mesmo?

— Não podia concordar mais — o príncipe devolveu, estendendo a mão para um high-five. Eles fariam aquilo funcionar.


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Notas finais do capítulo

Priiimeiraameeente, eu gostaria de dizer que eu shippo Stydia sim, como algumas comentaram, mas que tava difícil achar pessoas nas características que eu queria e aí Dylan e Holland caíram como luvas. So, yup. Seegundamente: Raj e María, meus lindinhos, são criações da Laura, uma de minhas betas/coautoras/gurus. Amem e agradeçam ela por esses personagens TÃO MARAVILHOSOS ♥ (ela e sua gêmea, a Luísa, como eu disse nas notas, me ajudaram a bolar tanta, mas TANTA, coisa, que é de pasmar O.o) Terceiramente: fichas! Comentários! MP's! Asks no tumblr! Suggested headcanons! Espero todos eles, ok, amores? Um beijo e um queijo, suas lindas ♥



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