Colors escrita por Psychopathic Drama Queen


Capítulo 2
Gerard.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, voltando com mais um capítulo e obrigada por comentar no último!

Boa leitura! ;)



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— Cara, você está muito distante hoje… Quer dizer, eu sei que é normal você ficar olhando um ponto fixo, mas eu estou tagarelando há tempos e você não faz nenhum tipo de ruído.

— Como era a pessoa que eu esbarrei hoje mais cedo?

— Eu sei lá, não lembro mais. Por que?

— Nada, eu achei que era uma pessoa nova no colégio, então fiquei curioso para saber já que conheço um pouco da característica de cada um.

— Você consegue mesmo lembrar como é cada um daqui?

— Quase todos, é legal saber para eu imaginar como são.

— É uma pena que você não enxergue, porque acabou de passar uma garota linda aqui na nossa frente…

— Por que não vai falar com ela?

— Falar o que?!

— Que ela é linda, oras!

— Enlouqueceu, Arthur? Como eu vou chegar na garota e simplesmente dizer na cara grande que ela é linda? Assim, do nada.

— Desse jeito…

— O que? Arthur! Volte aqui! Arthur!

Arthur pegou seu bastão de hoover* e foi o batendo no chão para não bater em ninguém até chegar onde estava a aura da menina que Ryan disse.

— Com licença…— Arthur disse educadamente e viu a aura da menina se mover, provavelmente estava o encarando - Meu amigo, Ryan, ele disse que você é linda. Achei que deveria saber sobre o elogio, mas ele ficou um pouco tímido de vir até aqui.

— Ah, obrigada…? Já que está no posto de correio elegante, pode mandar um recado para ele por favor?

— Claro!

Arthur voltou com um sorriso brincalhão no rosto até seu amigo.

— Você é louco, sabia?! Agora a garota deve me achar um tarado, um idiota! E como você acertou a garota?! Você não é cego coisa nenhuma!

— Ela disse que você também é bem bonito e para encontra-la depois da aula se quiser levá-la para tomar um sorvete…

— Espera, o que?

— Eu sou cego e você é surdo agora?

— Idiota. De qualquer forma, eu não posso. Tenho que te levar em casa, prometi para os seus pais.

— Ah, por Deus, Ryan! Você não é meu namorado ou um cão guia! Se você não levar essa garota para tomar o maldito sorvete, eu não falo mais com você! Espero que pelo menos consiga o telefone dela, ouviu?

— Sim, senhor.

— Acho bom. Agora vamos, o sinal já deve estar prestes a tocar, pelo tempo que estamos aqui.

Arthur recolheu seu bastão e segurou no ombro de Ryan que o guiou até a aula.
Aula essa que pareceu uma eternidade para o ansioso Ryan, afinal, ele tinha um encontro marcado graças ao seu amigo.
Na hora da saída, Ryan levou Arthur até a frente da escola.

— Tem certeza de que está tudo bem lara você ir sozinho para casa, Art?

— Está, vai lá, ela já deve estar esperando. Até amanhã e boa sorte!

— Valeu, até.

Arthur sentiu Ryan se distanciar de si e então pegou seu bastão para tatear o chão até sua casa.
A rua estava um completo silêncio, e o moreno apenas aproveitava aquela ausência de qualquer ruído e a brisa suave que batia em seu rosto o fazendo sorrir involuntariamente.
Não que ele não gostasse da companhia de Ryan para voltar para casa todos os dias, ele adorava as conversas que tinha com seu amigo, mas também adorava esses momentos sozinho, apenas aproveitando o silêncio.

Então, Arthur ouviu passos vindo atrás de si. Passou descontraídos e em uma frequência normal, quem quer que seja, também estava caminhando tranquilamente para algum lugar e por isso ele não se preocupou.
De repente, o som dos passos, se misturou com uma voz cantarolando.

"Eu conheço essa voz de algum lugar…", pensou Arthur diminuindo seus passos até parar completamente para se concentrar na voz para tentar reconhecer de quem era.
A voz foi ficando cada vez mais próxima e nítida a cada instante até que o moreno sentiu alguém esbarrar em si quase caindo os dois no chão.

— Me desculpe! Eu…

— Você não é o mesmo em que esbarrei no colégio mais cedo?!— Arthur sorriu ao "ver" outra vez aquela incrível aura que emanava do garoto.

— Parece que sim, agora eu quem esbarrei em você, me desculpe. Juro que não foi uma vingança. Eu te machuquei?

— Não, de forma alguma!— o moreno estendeu a mão como um cumprimento - Meu nome é Arthur, prazer!

— Meu nome é Gerard, prazer é meu.— O loiro apertou a mão de volta - Você… Está indo para lá?

— Lá onde?

— Oh, perdão! Droga, eu esqueci…

— Está tudo bem!— Arthur riu leva do Gerard a rir junto nervoso pela sua distração - Meu amigo Ryan também se esquecia no início, mas agora a gente até faz piada.

— Então, vou melhorar a pergunta… Você está indo para casa? Consegue ir sozinho?

— Consigo! Mas... Eu meio que perdi o sentido de direção já que a gente se esbarrou.

— Droga, foi mal… Olha, eu também vou para casa, mas me diz o nome da sua rua que eu tento te levar até lá, de repente moramos perto. Eu sou novo por aqui, acabei de me mudar.

— Ah, eu não quero te atrapalhar, seus pais devem estar precisando de você, mudança não é fácil.

— Ah, está tudo bem… A gente chegou no final de semana, já está tudo no lugar. Então, me fala, qual a sua rua?

Better Republic, é um nome engraçado, eu sei…

— Eu estou rindo pela coincidência, é a minha rua também! Adorei o nome da rua, quando cheguei, me lembra minha música preferida.

— Parece que encontramos um assunto para o caminho! Qual é o nome da música preferida?

Better, do OneRepublic.

— Mais uma coincidência, minha música predileta, também é deles! Se chama Colors.

— Gosto dessa também! Bem, é só virar a rua e… Estamos na Better Republic!

— Minha mãe disse que nossa casa é a única amarela da rua…

— Ótima referência, só tem uma casa amarela mesmo, tem uma moça parada na frente dela e pela semelhança, acho que é sua mãe.

— Está muito tarde?

— Quase uma e quarenta da tarde…

— É minha mãe, eu sempre chego uma e vinte.— Arthur riu - Vem, eu vou te apresentar para ela não ficar nervosa, afinal, você acabou de se tornar meu novo Robin.

— Robin? Não entendi…

— Depois eu te explico. Oi mãe!

— Arthur, não me assuste mais desse jeito, meu filho! Está vinte minutos atrasado! Onde está Ryan?

— Calma, mãe, está tudo bem… Ryan saiu com uma menina depois do colégio e eu esbarrei com o Gerard no caminho, por isso demorei um pouco.

— Quem é Gerard?

— Ele que me trouxe, ou ele fugiu antes de te conhecer?

— Não, estou aqui…— o loiro sorriu - Olá senhora, meu nome é Gerard.

— Ah, obrigada por trazer meu filho em segurança, Gerard. Meu nome é Fabiana, aliás.

— Bem, já que ele está em segurança em casa, vou para a minha que é logo ali no final da rua.

— Não quer ficar para o almoço, Gerard?

— Ah, eu preciso ir, minha mãe também deve estar preocupada, uma próxima vez, quem sabe? Mas agradeço o convite!

— Tudo bem…

— Até amanhã, Gerard!

— Até, Arthur!

Arthur e sua mãe entraram em casa e Gerard seguiu para a sua. Entrou em casa e foi recebido pelo silêncio.
Como sempre, seus pais estavam trabalhando, sem tempo para ele.

 


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Notas finais do capítulo

*O bastão de Hoover, é aquela bengala dobrável para cego, sabem?

Espero que tenham gostado!

Beijos e até o próximo! ❤



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