Make a Memory escrita por Paula Freitas


Capítulo 10
Capítulo IX – Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

"Eu tentei transformar o Félix no Cristiano... A vida toda. E agora... Ele é!"



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...

... ...— Para você chorar por mim, é porque deve ser mesmo muito meu amigo.

— Muito. Não faz ideia do quanto gosto de você.

—... Você não faz ideia do quanto eu queria me lembrar de você.

— Sério?

— Sim.

— Por quê?

— Não sei... Acho que eu também devia gostar muito de você antes de me esquecer de você. ... ...

Quando ele saiu do quarto, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi:

— Quem é você, Niko?

Eu queria me lembrar... Queria muito!... Eu não sei por que, mas me senti bem quando ele estava aqui.

Fechei os olhos e fiquei visualizando na minha mente o rosto dele. Eu não sabia o porquê daquela sensação estranha e tão boa que eu estava sentindo ao visualizar a imagem dele na minha mente. Só poderia haver uma explicação: ele significava muito para mim. Mas, por quê? Qual era sua importância na minha vida? Se pelo menos eu pudesse lembrar...

... ...— V-Você... S-Se lembra de mim?

— Eu lembro que... O Lutero disse que esse era seu nome. Niko. Não é?

—... É. É meu nome.

— Niko... O que você é meu?

— Eu? Eu sou... Eu sou seu... ... Eu sou s-seu... Seu amigo. ... ...

A sua voz... Eu já havia ouvido antes. Foi num sonho...

— Filho! Está acordado, que bom!

— Oi, mãe. – Ela entrou no quarto, acompanhada de minha avó, me fazendo mudar meus pensamentos.

— Então... Como se sente?

— Eu não sei bem. Quando olho para vocês sei quem são, mas quando tento me lembrar de alguma coisa que vivemos, é como se existisse um grande nada.

Elas se olharam. Eu sabia que havia algo mais errado em mim do que aquela perda de memória.

— Tem alguma coisa que querem me dizer?

— Não, filho. Isso é por causa do acidente e da sua perda de memória. Você... Você não se lembra do que viveu, é só isso.

Contentei-me com aquela resposta, por enquanto. Mas, por dentro eu sabia que havia algo errado comigo. Muito errado.

...

...

...

— Niko! Niko, já vai? – Eron chamou Niko quando o viu indo embora pelo corredor do hospital. Porém, Niko, completamente desnorteado, pareceu não o ouvir.

— Ai, ai, Niko... Você não sabe o que eu faria para não te ver mais sofrendo pelo Félix. Se, pelo menos, eu pudesse ter seu perdão... Ou, quem sabe até...

Eron resolveu deixar para lá, por enquanto, os pensamentos que começou a ter e seguir com seu plano de ir até a casa de Pilar ver se César estava bem.

Ao chegar, perguntou aos empregados que lhe disseram que o patrão havia apenas tido um mal estar e que pediu para lhe darem um calmante. Ele estava dormindo agora e não queria ser incomodado. Antes de ir embora, Eron comprovou que César realmente estava dormindo e parecia tranquilo.

No entanto, César estava tendo seus piores pesadelos.

... ...

Naquele terrível sonho, o dia estava escuro e nebuloso. Uma densa neblina tomava conta do jardim da casa dos Khoury. César, então, se viu mais jovem, como quando tinha poucos anos de casado com Pilar. Seu primeiro filho corria pelo jardim, em meio àquela escura e densa neblina. Às vezes ele podia vê-lo passando, correndo por aí como uma criança bagunceira. César sorria ao ver o filho tão cheio de vida e contente. Às vezes, porém, a criança se escondia e desaparecia em meio à neblina. E César, então, se preocupava. Sentia como se não fosse mais ver o filho.

— Cristiano! Volte aqui! – O pai o chamava, mas ele não respondia. Apenas continuava correndo, aparecendo e se escondendo... Num jogo que estava deixando César confuso.

— Cristiano! Pare! Volte para mim!

Mas, nada. Nenhuma resposta. Até que César tomou a atitude de correr atrás dele. Refez seus passos até que o encontrou à beira da piscina.

— Cristiano, cuidado! Pare aí.

Ele ordenou preocupado, mas o filho não parecia ter a intenção de cair lá dentro. Parecia ter outra opção. À frente havia um carrinho de bebê. César logo reconheceu e afirmou:

— É seu irmão, Cristiano!

O pequeno Cristiano, que sequer olhava para o pai, negou com a cabeça e segurou o carrinho de bebê.

— Como não, Cristiano? Esse é seu irmão!

Mas, o menino continuava negando. E foi aí que tomou a pior decisão. Empurrou o carrinho com o irmãozinho bebê para dentro da piscina e correu.

— Não! – César gritou, mas ficou sem ação. Não sabia se pulava para salvar o menor ou se corria atrás do maior que novamente desapareceu na neblina.

Que filho salvar? Era a pergunta que César se fazia enquanto perdia a ambos. Um que se afogava e o outro que sumia de sua vista.

— Cristiano! – Ele gritou num último chamado desesperado, pois o que havia caído na piscina não tinha mais salvação.

— Filho! Eu sei que você está aí. Apareça! – Pediu vendo que o garoto estava escondido nas sombras.

Contudo, ao chegar mais perto, viu que o filho não era mais um garotinho, era um homem. Um homem adulto, alto, elegante...

— Espera... Você não é o Cristiano! Você é o... O...

... ...

— Félix!

César acordou assustado.

Que sonho havia sido aquele? O que queria dizer?

Havia tanto a se pensar...

O que aconteceu com o Cristiano do sonho que havia se transformado no Félix? E, por quê?

Indagações rodavam na sua mente assim como as imagens daquele sonho tenebroso. Incertezas criadas durante toda a sua vida e que agora martelavam sua consciência e não o deixavam em paz.

—... Eu tentei transformar o Félix no Cristiano... A vida toda. E agora... Ele é!

...

...

...

Ao sair do hospital fui direto para o restaurante. Eu não queria ir logo para casa senão não sei se aguentaria a dor ao pensar nele.

— Seu Niko? Pensei que não viesse hoje.

— Eu só vim para resolver umas coisas, não vou conseguir trabalhar, Edgar. Eu já te contei o que está acontecendo...

— Sim, eu sei. Coitado do seu Félix. Tomara que melhore logo.

— É, tomara. Olha, segura as pontas aqui no restaurante por uns dias, por favor? Você é um ótimo chef e eu confio em você e vou te pagar o justo pelo trabalho dobrado, tá?

— Pode deixar, seu Niko.

— Se preferir, chama um assistente pra você. Eu não sei quando vou conseguir voltar.

— Fica tranquilo, seu Niko. Eu tô me virando, mas tenho um colega que pode me ajudar nos dias de maior movimento.

— Está bem. Eu deixo o restaurante em suas mãos. Agora, eu vou lá atrás ver as contas, tentar me distrair um pouco...

Em um quartinho dos fundos que eu havia adaptado como um minúsculo escritório para guardar as contas e documentos do restaurante, eu me tranquei para tentar não pensar em tudo que havia acabado de vivenciar lá fora.

Impossível.

Tudo que vinha à minha cabeça era o olhar do Félix para mim. O olhar do agora Cristiano.

Como isso tinha acontecido?

Nessas horas é quando a gente começa a pensar em tudo que viveu e tudo que deixou de viver. Tudo que poderia ter feito e não fez e tudo que fez e poderia ser diferente.

Comecei a pensar em todas as alegrias que o meu amor havia me dado. Félix... O meu sinônimo de felicidade. Entrou na minha vida para transformar, para me transformar. Havia me feito sentir o que ninguém jamais fez... Amor verdadeiro, prazer sem igual, eterna sensação de plenitude.

E agora? O que seria da minha vida sem ele? Se tudo que havia restado do meu Félix era um desconhecido. Um desconhecido sem memória, sem experiências, sem vida... Sem parte da sua vida ao meu lado... Sem o recomeço do Félix, sem as mudanças do Félix, sem a alma do Félix. Um desconhecido chamado Cristiano.

Quem é você, Cristiano? O que esperar de você? Eram minhas grandes dúvidas.

Comecei a cogitar possibilidades, imaginar infinitas ações e consequências, mas nada parecia fazer sentido no final. E se eu não tivesse me contido e dito para ele que era o namorado dele e não somente um amigo... Será que ele teria se lembrado de mim? E se eu tivesse o beijado com paixão, será que ele teria recordado nossos beijos? E se eu tivesse lhe contado a verdade, tudo que ele fez por mim, tudo que passamos juntos... Teria ele voltado a ser o meu Félix?

Eu não tinha tais respostas.

Nem tinha mais o que fazer. Ou, pelo menos, não sabia mais o que fazer.

...

Horas depois...

Passei um bom tempo no escritório do restaurante tentando me distrair. Deixei, pelo menos, algumas contas e listas de compras organizadas para que o Edgar pudesse administrar melhor o restaurante.

Quando não tinha mais nada para fazer, fui para casa. Eu tinha que admitir, estava evitando voltar para não ter que ficar pensando no Félix.

— Eu recordo dele por onde quer que eu passe. – Dizia para mim mesmo sem conseguir evitar. Durante todo o caminho para casa foi assim, me doía o peito e me revirava o estômago ao pensar que ele não se recordava de mim. Que sensação terrível! Sensação de perda. De solidão.

Ao chegar em casa, fiquei um pouco com meus filhos e fiz o possível para parecer bem diante deles. Evitei a todo custo as perguntas do Jayminho sobre o Félix. Creio que por causa da idade, ele se distraiu fácil e não ficou me perguntando muito. A noite chegou rápido e tudo que eu queria era dormir para acordar amanhã e, com sorte, ver que tudo não havia passado de um terrível pesadelo.

Fui para meu quarto e resolvi tomar uma ducha. Mas, que péssima decisão eu tomei! Quando entrei, a primeira coisa que vi no meu banheiro foi uma cueca do Félix. Como não tinha percebido antes? Estava no chão, eu peguei. Era a preta, apertada, de tecido fino... A favorita dele. Ele ficava tão lindo com ela, tão sensual! Devia ter ficado lá desde a última vez que fizemos amor debaixo daquele chuveiro. O cheirinho dele ainda estava no tecido, pude sentir.

Não consegui mais conter aquela dor enorme que ficou apertando meu peito o dia inteiro. Liguei o chuveiro e fui para debaixo da água, mas o que mais molhava o meu rosto eram as minhas lágrimas.

Eu queria muito parar de chorar enquanto me lembrava dele. Mas, quando lembrava que ele não era mais o meu Félix... As lágrimas simplesmente escorriam em meu rosto e os soluços escapavam de minha boca. Eu não conseguia parar.

— Papai? Tá tudo bem?

Foi quando ouvi a voz do Jayminho que criei forças para sair de debaixo do chuveiro onde tentava afogar minhas mágoas.

Engolindo o choro e tentando parecer calmo, pedi para que ele fosse para a cama que logo eu iria. Ele obedeceu.

Saí do banheiro, vesti meu pijama e fui até ele. E enquanto o arrumava para dormir tentava não pensar em mais nada. Mas, não adiantava. Quanto mais em nada eu pensava, mais pensava nele, no meu querido Félix que já não existia mais.

— Papai... Você estava chorando? – Jayminho me perguntou sempre observador e esperto.

— N-Não, filho... Eu...

— Eu ouvi, papai.

Eu não podia mentir para o garoto, mas não queria que ele visse o tamanho da minha dor.

— Eu... Só estou triste pelo Félix, meu filho.

Expliquei rapidamente a ele que o Félix estava melhorando. Mas, como explicar a uma criança coisas tão complicadas como a perda de memória e a troca de personalidade? Se nem eu entendia, como explicar? Achei melhor não contar isso ao Jayminho, pelo menos, enquanto eu pudesse esconder.

Foi então que ele me fez um pedido que acalentou meu coração.

— Papai, vamos rezar para o tio Félix ficar melhor e a gente poder ir visitar ele?

Meus lábios tremeram e o choro estava engasgado na minha garganta. Mas, peguei nas mãozinhas do meu filho e rezei com ele.

...

Quando o Jayminho dormiu fui ao quarto do Fabrício. Meu bebê dormia sossegado e mais uma vez eu rezei para que continuasse assim. Que meus filhos dormissem sossegados, porque eu não conseguiria ter paz àquela noite e até quem sabe quando.

Dei um beijinho de boa noite no meu bebê e voltei para meu quarto. Deitei na minha cama... E como nunca antes a senti totalmente vazia.

Onde estava o meu Félix para preencher aquele vazio?

Perdido nas lacunas da sua própria memória.

... ... ...

— Alô, Félix?

— Oi, carneirinho! Por que me ligou?

— Ué! Não posso querer falar com meu namorado?

— Claro que pode, carneirinho, pelas contas do rosário! Aliás, deve! Mas, ainda é tão cedo. Quando você quer me acordar, você utiliza de outras artimanhas...

— Félix, foi só uma vez! Quem vive me mandando nudes é você.

— Ah! O que é bonito é para se mostrar, né, Niko?

— Você, hein?... Naquele dia que me mandou aquela foto no meio da tarde...

— Mas, eu mandei mensagem dizendo que estava pensando em você quando tirei aquela foto.

— Sei no que você estava pensando para estar daquele jeito, tá? Além do mais, Félix, eu estava no restaurante e, por pouco eu não derrubo o celular na comida com o susto.

— Susto, sei... Isso se chama emoção. Imagina só, seus clientes vendo minhas fotos e morrendo de inveja!

— Quer saber... Eles iam morrer de inveja mesmo vendo tudo o que meu homem tem.

— Hum... Seu homem? Está fazendo a possessiva é?

— Para, Félix. Eu te liguei para dar uma notícia.

— Notícia? Além de chef virou jornalista agora?

— Félix...

— Tá bom, parei. Estou passando o zíper. Fala.

— Adivinha quem veio aqui esse fim de semana.

— E eu sei lá! Quem?

— Meus pais!

— Seus... Pais?

— É, Félix! Eles acabaram de vir. Finalmente você vai poder conhecê-los pessoalmente.

— Ah... Tá.

— Que foi? Até parece que não gostou.

— Não, não é isso, claro que gostei de saber que seus pais foram te visitar, é só que... Fiquei pensando aqui...

— Em quê?

—... Em como você é sortudo, carneirinho.

— Ah, amor... Não precisa dizer mais nada, eu te compreendo, tá?

— Eu sei, você sempre me compreende.

— E eu sou muito sortudo mesmo, se quer saber. Não só pelos meus pais, pela minha família... Mas, por ter você também.

— Eu também sou sortudo nesse caso, carneirinho.

— Por me ter?

— Não, por ser eu, né?

— Ai, Félix!...

— Brincadeira, carneirinho! Claro que é por ter você. Eu tive muita sorte de te conhecer, te encontrar, te colocar na minha vida.

— Ah, Félix, que lindo! Mas, então, por falar em sorte...

— Que vozinha manhosa é essa de quem está aprontando?

— Não estou aprontando, apenas tive uma ideia. Aliás, meus pais tiveram uma ótima ideia e eu resolvi me aproveitar um pouquinho dela.

— Que ideia?

— Eles pediram para ficar com o Jayminho e o Fabrício esse fim de semana. Eles vieram pra cá buscar os dois e agora todos estão indo para a casa da minha irmã que mora mais próximo daqui. Eles querem conhecer melhor os netos e, claro, os meus filhos também precisam conviver com os avós. Eles vão ficar com eles hoje e amanhã, o dia inteiro. O que você acha disso?

— Sim, é uma boa ideia. Mas, como assim você vai aproveitar?

— Então, é assim... Eu pensei que, já que o Jayminho e o Fabrício estão com os avós, eu posso dar folga a Adriana esses dias. Como eu já dei folga a Adriana, eu estou sozinho em casa. E já que estou sozinho em casa... Eu preciso de alguém para me fazer companhia.

— Ah!... Agora estou entendendo o seu planinho.

— Está? Então... Conhece alguém que pode me fazer companhia, Félix?

— Hã? O que você disse, carneirinho? Eu estava procurando a chave do carro aqui, não entendi.

— Ah, Félix, eu sabia que você ia entender! Vem logo, vem! Eu tô tão carente...

— Senti pelo celular como você tá quente.

— Eu disse carente, Félix, não quente.

— Para um carneirinho como você, são sinônimos. Olha, vai se preparando que eu estou chegando.

— Já sou preparado, meu amor. Aliás, estou tão preparado que antes de ligar para você eu pedi para o Edgar tomar conta do restaurante. Ou seja, estou de folga para você.

— É mesmo? Hum... E você pretende tirar todo o fim de semana de folga, por acaso?

— Félix, eu acabei de te dizer que estou muito carente. O que você acha?

— Acho que vou correndo até aí acabar com essa sua carência agora, meu carneirinho lindo! Estou indo. Me aguarde.

... ... ...

Ah! Que dias bons!... Que final de semana maravilhoso que passamos!

Pensar que, poucos dias atrás, eu estive em seus braços...

Estive acalentando seu sono, esperando seu despertar, sem querer perder nem um segundo sequer da sua presença ao meu lado mesmo que dormindo profundamente... E agora?... Agora estou aqui, sozinho, com uma lembrança... E ele? Sem nenhuma.

... ... ...

— Oi.

— Oi.

Foi tudo que falamos depois de eu abrir a porta e antes de começarmos a nos beijar freneticamente.

Demos uns passos desajeitados, esbarrando em tudo pelo caminho, ansiosos para nos amarmos sem medidas. Não esperamos chegar ao quarto. Caímos no sofá mesmo, ele por cima de mim, apertando o corpo contra o meu e eu, sentindo todo o desejo explodindo em nossos corpos.

— Hum... Gostei... Da sua ideia... Carneirinho.

— Eu sabia... Que você ia gostar... Félix.

Afirmamos, para então nos entregarmos a nossa paixão desenfreada. Tiramos as roupas, a pele seria nossas vestes oficiais a partir dali. Durante aqueles dias tudo o que precisávamos era amor. Além de paixão e desejo de sobra para dar um ao outro, muitas e muitas vezes.

No fim do dia estávamos exaustos. Mas, havia valido muito a pena. Transamos feito loucos! No sofá, na cama, no chuveiro... Foi bom demais!

A noite chegou, jantamos juntos e mais uma vez fizemos amor. Por pouco não nos amávamos na mesa da cozinha mesmo, mas voltamos ao quarto e dessa vez fizemos tudo mais calmos, mais como um casal que se conhece bem e não como amantes sedentos de tesão um pelo outro. O fogo ficou mais brando, mas ainda assim aproveitamos até o último suspiro pós-clímax. Foi então que o meu Félix dormiu rápido e sereno. Tão exausto quanto eu, obviamente, mas eu ainda resisti ao sono para ficar apenas olhando para ele. E a felicidade fazendo morada em mim. Eu já me contentava só com aquilo, ficar admirando-o. Tão lindo o meu amor!

Fiquei velando seu sono. Se eu pudesse resistir mais tempo ao cansaço, não me entregaria aos braços de Morfeu, pois nos braços de Félix eu já estava bem. Mas, minhas pálpebras começaram a pesar e eu deitei a cabeça em seu peito. Se não conseguiria mais ficar olhando para seu rosto lindo, com aquela expressão serena e satisfeita, eu poderia, no mínimo, dormir ouvindo as batidas de seu coração... Jurando que estavam no mesmo compasso das do meu.

... ... ...

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Notas finais do capítulo

Continua...



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