A Pizza da Meia-Noite escrita por MetalDawg


Capítulo 1
Visões Mórbidas


Notas iniciais do capítulo

Hoje, conheceremos nossos (anti-)heróis!



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Los Angeles, 1986, auge do thrash metal,  ano do Master of Puppets, do Reign in Blood, Peace Sells... but Who’s Buying?, Obssesed by Cruelty, Morbid Visions, entre outros que não são tão bons assim. Nessa famosíssima cidade existe uma banda extremamente não-famosa chamada Chaotic Evil (nem preciso dizer o quanto eles são nerds).

Mas enfim, era uma noite clara, lua cheia, três da manhã, a lua estava tão brilhante que parecia uma lâmpada, ajudada pelo fato de que não havia nenhuma nuvem no céu. Estava quente, clima típico da Califórnia.  Dentro de uma van, ensopados de suor e eufóricos pelo grande show de estreia (ninguém vaiou e ainda APLAUDIRAM!) , estava a Chaotic Evil. Composta por Leroy nos vocais e na guitarra base (se bem que ele gritava mais do que cantava), Jason na guitarra solo, Soares no baixo e no backing vocal e Tyler na bateria.

Estavam todos fazendo headbanging ao som de Lone Justice do Anthrax, tocado no tocador de fitas da van. A van era espaçosa o suficiente para caber todos os membros e seus instrumentos  com certo conforto, o problema mesmo era o cheiro de urina, pois Tyler comprou a van de uns viciados em cocaína, ah, deixa isso pra outro dia, nosso foco aqui é em outra história.

Imagine que você esta dirigindo calmamente pelas ruas de Los Angeles quando de repente uma mulher muito bonita aparece na frente do seu carro e por algum motivo obscuro ela simplesmente não sai da frente, pois é.  Exatamente isso que aconteceu com a Chaotic Evil.

— OLHA A ESTRADA! – Gritou Leroy. Mesmo tendo abusado da sua voz durante o show ele ainda teve energia para soltar um berro desesperado.  Parando de balançar as madeixas castanho-claro que tinha.  Leroy parecia um galã cinema, alto, forte, de olhos azuis e de cabelo liso que balançava facilmente. Um típico herói.

Tyler rapidamente parou de balançar a cabeça e rapidamente desviou da mulher na estrada, ele podia jurar que instantes antes de o carro bater nela, ela simplesmente tinha sumido. Tyler era estranhamente magro para um baterista, e baixinho também, o que vai contra o estereótipo, suas sardas e longo cabelo ruivo completavam o look que lhe dera o apelido de “Duende”.   O carro andou por alguns metros antes de parar bruscamente, como a estrada estava deserta, todos os integrantes resolveram sair do carro para procurar a mulher que quase foi atropelada.

— Não acredito nisso Tyler! Olha por onde anda! – Disse Soares em um tom de bronca, Soares olha filho de imigrantes brasileiros, por isso ele tinha o pior cabelo e também era o mais pobre, ele tinha uma espécie de black power preto na cabeça, era gordo e tinha um tom de pele moreno, o que lhe salvava mesmo era  voz doce e angelical que usava para harmonizar com Leroy.

— A culpa não é minha! Tinha uma doida na estrada! – Disse Tyler, ficando vermelho como seus cabelos de raiva.  – Se ela não fosse mulher eu daria uma surra!

— Calma Hobbit! Você não atropelou ninguém, não? – Disse Jason, em tom de brincadeira, ele era o mais tranquilo do grupo. Tinha cabelos castanhos como o de Leroy, mas era mais ondulado e também n era tão forte, poderia ser descrito como “um americano genérico”.  – Qualquer coisa você usa o seu pote do ouro para pagar a indenização! – Disse Jason de novo, dessa vez rindo.

— Não me chama de Hobbit! Você vai apanhar! – Disse Tyler, que já estava vermelho de raiva.

— Calados vocês dois! Vamos procurar a moça pra garantir que o Tyler não atropelou ela! – Disse Leroy, e com razão. Tyler decidiu ficar calado.

Os quatro foram andando até atrás da van para encontrar... nada. Um grande e poderoso nada. Eles estavam confusos, especialmente Tyler, que estava preocupado com o quase atropelamento e se a moça iria fazer alguma queixa na policia.

— Olha. Ela só pode ter corrido com medo e foi pra algum lugar longe da gente. Simples assim, agora vamos! – Disse Soares, queria chegar logo em casa e ir dormir.

— Não estou gostando disso... Desaparecer de repente? Desse jeito? – Disse Leroy, desconfiado. Provavelmente ele já percebeu que vai dar merda nos próximos capítulos.

— Deixa disso Lee (que apelido carinhoso)! Agradeça a Deus que não aconteceu nada de ruim! – Disse Jason, tranquilo como sempre.

— Acho que você tem razão... – Disse Leroy, ainda desconfiado. E com razão.

Logo entraram na van e foram direto para a casa de Tyler,  que ainda morava com os pais. Era uma típica casa suburbana de classe media., só faltava a bandeira dos Estados Unidos hasteada no quintal.

— Façam silêncio, meus pais estão dormindo. Eu vou pedir pizza. – Disse Tyler, enquanto os amigos entravam em sua casa, torcendo para que seus pais não acordassem.

— Tudo bem pigmeu. – Disse Jason, querendo testar a paciência de Tyler.

Tyler foi até o telefone da sala para pedir a pizza enquanto mostrava o dedo do meio para Jason.  – Vocês vão querer de que sabor?

— Cara, a gente devia pedir aquela pizza fodona daquela pizzaria... Qual o nome? – Pensou Jason.

— A Pizza da Meia Noite da Pizzaria Mal-Assombrada Do Tio Drácula? – Respondeu Soares.

— Essa mesma! – Exclamou Jason.  – Nunca comi, ela é super-cara e só é vendida depois da meia-noite!

— O que ela tem de tão especial? – Perguntou Leroy. – Não seria melhor comprar uma pizza normal?

— Não sei. Vamos descobrir! – Respondeu Jason. – Pede logo aí Pigmeu!

Tyler suspirou um suspiro que diz “todas as minhas esperanças morreram e não vale mais a pena ficar com raiva”. Ele foi calmamente até o telefone doa sala e começou a pedir a tão fala pizza.

Só espero que não seja muito cara. – Disse Soares, pobre como sempre.

— Cara você não consegue deixar de ser pobre durante um dia? – Disse Jason.

— Vou nem dizer o quanto foi ofensivo essa merda que você falou... – Retrucou Soares.

— Ainda acho que era melhor pedir uma pizza normal... – Disse Leroy, esse é definitivamente um daqueles caras que conseguem prever um plot twist antes mesmo do filme começar...


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Notas finais do capítulo

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