(ANTIGA VERSÃO) - Antes do Imprinting escrita por thaisdowattpad


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Personagens:
* Gregg Sulkin como Mark James
* Jennifer Aniston como Annie Hart
* Matt LeBlanc como Sr. Hart
* Billy Burke como Charlie Swan



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— Deixe de ser sem noção! Quem teria força suficiente para te jogar com tanta força contra uma árvore? Mesmo você sendo tão pequena, isso seria meio impossível! — Jacob tentou reverter a situação.
— Meio impossível para nós, humanos. Mas e para... pessoas sobrenaturais? — Sarah sugeriu, enquanto analisava atentamente as reações de Jacob.
Ele riu com humor.
— Pessoas sobrenaturais? Isso não existe! Você não acha que está velha demais para se apegar à contos de fadas? — debochou Jacob, ainda rindo.
— Pode rir o quanto quiser, Jacob, mas saiba que estou de olho em você, em cada passo, cada respiração... Até mesmo quantas vezes você for usar o banheiro! — apontando o dedo no peito de Jacob, Sarah bufou, se virou e saiu andando sem sequer se despedir.
— Tem certeza de que é fã de contos de fadas? Pois lá eu acredito que as mocinhas costumam ser mais educadas! — Jacob gritou para ela e voltou a rir; a garota se virou para ele, mostrou o dedo do meio e então apressou os passos.
Assim que Sarah sumiu de vista, o bom humor de Jacob desapareceu. Mesmo conseguindo irritar a garota facilmente, ela parecia determinada demais para deixar-se abalar e desistir da ideia maluca. Ele precisaria ter precaução.

xXx

Outra vez Sarah foi acordada com um sonho parecido com seu possível acidente. Sempre fora assim desde criança: enquanto não esclarecia um problema, ele ficava perturbando seus pensamentos o tempo todo, até mesmo no inconsciente.
Irritada com o acontecimento repetitivo, a garota chutou o edredom e observou o relógio ao lado de sua cama, onde indicava 22h56 da noite. Ela havia adormecido horas atrás, quando começou a revisar as matérias que havia perdido, onde uma colega da escola havia lhe emprestado os cadernos mais cedo. Havia perdido a janta e agora sua barriga roncava mais do que seu avô.
Decidida a ir assaltar a geladeira, Sarah se levantou e calçou suas pantufas. Estava prestes a seguir para a porta, quando um barulho na janela chamou sua atenção; parecia que havia alguém jogando pedrinhas. Ela se aproximou da mesma, puxou a cortina, e vasculhou além da janela à procura de quem estava fazendo aquilo.
— Como você curte contos de fadas, logo você curte coisas românticas. Então pensei que você se aborreceria menos se eu a chamasse com pedrinhas na janela, como em filmes clichês... — Jacob sussurrou e riu um pouco.
— Idiota! — Sarah resmungou enquanto fechava a cortina com violência.
— É brincadeira, é brincadeira... Me desculpe! — Jacob tentou se redimir; Sarah voltou a abrir a cortina e a encara-lo.
— O que você quer? — ela perguntou, ríspida.
— Melhor você descer, ou prefere que eu acorde seus avós? — sugeriu Jacob, ainda aos sussurros; outra vez Sarah fechou a cortina — Ei, Sarah, deixe de ser orgulhosa. Anda, venha até aqui. O orgulho não leva ninguém a nada e... — foi interrompido.
— Fique quieto, seu doente mental! — Sarah apareceu na porta de entrada e caminhou em direção ao rapaz.
— Sabia que não ia resistir ao meu romantismo! — brincou Jacob, começando a rir em seguida.
Sarah fez menção em dar meia volta e entrar em casa outra vez.
— Não, não, me desculpe, prometo que vou me conter! — rapidamente Jacob se desculpou e foi atrás da garota.
— Seja breve, pois estou congelando aqui! — ela exigiu, abraçando o corpo.
— Vai ficar muito brava se eu te disser que não tenho nada de útil para te contar? — o rapaz começou, receoso.

— Tchau! — grunhiu Sarah, virando o corpo; mas Jacob foi mais rápido e a puxou para trás, esquecendo-se do braço machucado dela — Aaai... Merda! — ela gemeu e apertou os lábios para conter o grito que tentou escapar.
Assustado com sua brutalidade, Jacob soltou a garota e deu alguns passos para trás. Sarah se virou e o encarou, analisando-o sem conseguir disfarçar o seu susto. Não só pelo fato dele ter chegado perto muito rápido, mas por ter o sentido extremamente quente, quase comparado ao estado febril.
— Pode me me desculpar? Eu me esqueci completamente de seu braço! — Jacob pediu, francamente.
— Tudo bem... Afinal, se ainda tenho meu braço é graças à você, certo? — ela conseguiu abrir um pequeno sorriso, apesar de estar com dor.
— Então isso é uma trégua? — Jacob também sorriu.
Sarah o encarou, ainda o analisando, e deu de ombros.
— Vamos dar uma volta longe daqui, pois meu avô mija a noite inteira e pode nos ver e surtar! — ela apontou em uma direção qualquer da rua; Jacob riu.
— Você quem manda! — ele a seguiu.
Estranhamente, os dois caminharam em paz. Sem provocações, sem ignorância. Civilizadamente. Jacob até conseguiu conter um pouco mais seu humor, enquanto Sarah acabou rindo várias vezes. Horas depois, eles estavam compartilhando suas "histórias tristes", como preferiram nomear. Ela contou que se encrencou sozinha com uma coisa que havia feito junto com seu ex-namorado, foi presa enquanto ele fugiu. Ele contou que era apaixonado por uma garota que se casaria dali alguns poucos dias.
— Por que você veio me procurar realmente? Por que eu não fui muito gentil hoje mais cedo, então não faria sentido você me querer por perto... — Sarah perguntou um tempo depois, quando eles estavam caminhando de volta para a casa dela.
— Acontece que eu também não fui muito gentil, convenhamos! — ele também assumiu sua parte da culpa.
— Jacob, posso te perguntar mais uma coisa? — ela pediu, assim que chegaram em frente a casa dela.
— Acho... que sim! — Jacob assentiu, meio receoso.
— O que aquele Paul faria comigo caso você não tivesse aparecido? — Sarah enfiou a mão sadia no bolso do casaco.
— Acredito que iria dar um chilique de criança e depois correria para casa para chorar! — mentiu Jacob, e riu para disfarçar melhor.
— Ah... Bom, eu preciso entrar agora. Nem todo mundo tem a sorte de ser quente como você! — sorriu e olhou de relance para sua porta, antes de dar um passo à frente — E não precisa forçar simpatia pensado que, do contrário disso, vou espalhar seu vídeo pela internet e o mundo inteiro vai vir tentar te capturar. Eu sei guardar segredos que não me pertencem! — ela se virou e entrou em casa antes que Jacob falasse qualquer coisa.
Assim que fechou a porta, Sarah se encostou ali e começou a respirar pesadamente. Seu coração parecia que iria sair pela boca por tamanha audácia em enfrentar aquele que julgava ser um lobo gigante.

xXx

No dia seguinte, Sarah acordou tendo a impressão de ter ouvido gritos. A confusão ao acabar de acordar demorou a deixá-la perceber que realmente havia gritos vindos do andar de baixo. Assustada, ela pulou da cama e quase caiu com o edredom enganchado em suas pernas, mas logo conseguiu se recompor e correr porta à fora.
— Vovó, vovô! — ela gritou completamente em pânico e desceu vários degraus em questão de segundos, logo virando para a cozinha de onde vinha os gritos.
Assim que Sarah parou na porta, todos as pessoas ali presentes focaram o olhar nela e em seguida começaram a rir. A garota nem conseguiu pensar em se olhar no espelho antes de descer correndo e estava descabelada.
— Meu amor, sua chapinha não tem se dado bem com o tempo chuvoso de Forks? — Annie Hart, mãe de Sarah, se aproximou da filha rindo e a abraçou.
— Você está linda, meu amor. Não ligue para sua mãe, pois ela está com inveja que seu cabelo não precisa de tinta toda semana pra esconder os fios brancos! — o pai da garota a defendeu e a roubou para um abraço.
— Senti sua falta, papai! — ela retribuiu o abraço e fechou os olhos por alguns segundos; ao abrí-los, ela soltou um gemido de horror e se afastou — O que ele está fazendo aqui? — apontou para o garoto encostado na pia.
— Mark insistiu muito, querida. Ele queria se redimir e quis vir junto! — Annie se explicou.
— Estou me lixando! Tudo o que eu menos queria era a visita desse cara! — Sarah berrou e começou a chorar.
— E por quê? Por que vocês terminaram? Só por isso não podem mais ser amigos? — rebateu Annie, querendo entender.
— Porque ele... ele... Ele é passado, simples assim! — Sarah quase soltou a verdade, mas acabou desistindo.
— Sarah, eu sinto muito. Se eu soubesse que minha visita seria incômodo, eu jamais teria vindo! — Mark enfim falou, com o cinismo evidente para a garota.
— Você sente muito, é? — perguntou, se aproximando do garoto; Mark assentiu e se desencostou da pia — Pois eu não sinto por isso... — e esmurrou o rosto do garoto com o braço machucado, soltando um gemido alto logo em seguida.
— Sarah! — todos arfaram de susto.
Mark começou a choramingar de dor e a segurar a bochecha atingida. Sarah chorou mais uma vez, então correu para fora da cozinha e seguiu para a saída, onde correu até a calçada e olhou em todas as direções sem saber para onde ir. Ela colocou o capuz para esconder o cabelo bagunçado e o rosto ainda amassado de dormir, e então correu para a floresta logo atrás de sua casa; era o último lugar que iriam procurá-la.
Parou de correr alguns minutos depois, completamente ofegante em um mistura de choro, cansaço e dor. Ela se apoiou em uma árvore e se arrastou para se sentar. Voltou a chorar enquanto massageava o ombro ainda não recuperado e se lembrava da briga em sua casa. Ela grunhiu alto e debateu suas pernas, desejando que Mark estivesse ali para poder chutá-lo e extravasar suas raiva.
Mas estava sozinha ali. Ou pelo menos pensou que estava, enquanto dava atenção para seu sofrimento físico e psicológico. Porém, quando se acalmou e abriu os olhos, quis correr de volta para casa. À sua frente, um enorme lobo a encarava com os dentes à mostra e não parecia nada amigável.
— Jacob? — ela choramingou.
O animal rosnou e então deu alguns passos para trás. Ele se escondeu em uma árvore e ficou ali por poucos segundos. Sarah ouviu o barulho de um zíper sendo fechado e então a versão homem do lobo caminhou até ela. Mas não era Jacob. Era Paul.
— Oi, Sarah... Acho que temos que conversar! — ele falou.
— Não vai me machucar... não é? — a garota se encolheu e fitou o rapaz dezenas de metros mais alto do que ela.
— A não ser que você complique as coisas... — ele abriu um sorriso perverso, que fez Sarah estremecer.

xXx

Quando Jacob chegou à casa de Sarah por volta de meio dia, reconheceu a viatura de Charlie estacionada logo em frente. Ele estacionou sua moto, pulou de cima da mesma e correu para a entrada da casa. Ele bateu na porta, mas não esperou que alguém viesse abrir para ele; simplesmente abriu e entrou, acabando por atrair a atenção de todos os que se encontravam na sala de estar.
— Jacob, querido, você não viu Sarah por aí? Ela saiu nervosa e ninguém tem notícias dela desde então! — vovó Hart caminhou de encontro ao rapaz.
— Não, mas... O que aconteceu? Por que ela reagiu assim? — Jacob segurou a mão da senhora para lhe passar conforto; ela simplesmente virou o rosto e fitou o rapaz que estava sentado na poltrona segurando uma bolsa de gelo no rosto — Sarah tem a ver com isso? E por quê? — ele quis saber.
— Sarah não ficou muito feliz em ver que seus pais trouxeram Mark na bagagem... Digamos que eles tiveram um término de namoro conturbado e... — vovó Hart não terminou de falar, pois Jacob a deixou falando sozinha para avançar em direção ao rapaz.
— Seu idiota, como você tem coragem em vir até aqui com essa cara lambida de quem não deve nada? — grunhiu Jacob, as mãos apertadas e trêmulas no colarinho de Mark.
— Quem é esse maluco? Ô policial, você vai deixar ele me agredir sem eu ter feito nada? — Mark protestou com uma voz trêmula deixando visível sua covardia.
— Solte ele, Jake! — Charlie ordenou, mas Jacob o ignorou — Jacob! — insistiu, em um tom mais firme.
Mesmo sob protesto, Jacob largou o colarinho de Mark com força, tudo para derrubá-lo sentado de propósito. Ele encarou os olhares assustados em sua direção e então os devolveu.
— Vou procurar Sarah. Acho que vocês e esse mané tem muito o que conversar, acho que ele tem algumas coisas para esclarecer. Acho não, tenho certeza! — e voltou um olhar ameaçador para Mark, que engoliu em seco.
Em seguida, ele caminhou para a saída da casa, tendo a completa certeza de que os olhares o acompanharam até que ele fechasse a porta às suas costas. Parado à calçada, Jacob olhou para todas as direções e resolveu usar seu olfato para tentar captar o cheiro de algo fora do normal, e logo se esforçou para encontrar Sarah também. E a encontrou, porém à alguns quilômetros de distância.
Urgente em trazer a garota sã e salva de volta para casa, Jacob correu para sua moto, subiu na mesma e logo deu a partida, acelerando de volta para La Push.

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