Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 5
Segredo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente começa o Torneio das Amazonas. Durante a primeira prova, Marin acha um local escondido e proibido... Uma misteriosa voz surge.



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"Senhor Ryuku... Eu não posso me esquecer..."


Capítulo 4. Segredo.

Marin acorda com o tocar do sino. O treinamento em breve iria começar. Já começava a se acostumar com aquela rotina, mesmo estando há poucas semanas no santuário. Sentia saudade de ser livre, mas estava feliz por ter uma casa. Ela se levanta, pega sua roupa nova roupa de treinamento: um macacão preto, calças vermelhas, joelheiras e ombreiras de couro. Gostava também de usar luvas. Hoje seria o último treinamento antes do torneio das amazonas.
"Vou deixar para te matar em frente a todas as outras!" Se recordava Marin da frase dita por Shaina, logo quando chegara no santuário. Shaina não tinha aparecido muito nos treinamentos. Quando aparecia, evitava contato com Marin. Isso era um péssimo sinal: ela estava planejando algo.
— Tudo bem amazonas, preparadas para iniciar o treinamento? - Dizia Pérola, reunindo as amazonas em um círculo. - Este é o nosso último treino antes do Torneio. Hoje vamos também separar as equipes para amanhã, então fiquem atentas.
Neste momento, um homem se aproxima da vila, chegando por entre as árvores. Mesmo escondido, dava para perceber suas características: Homem de meia idade em plena forma, longos cabelos verdes lisos, que iam até a cintura. Usava uma longa túnica azul com uma faixa branca na cintura. Ele ficou observando por um tempo o treinamento dado por Pérola, até que a mestra amazona percebeu sua presença:
— Um momento, amazonas.
Pérola foi em direção ao home disfarçadamente, enquanto as amazonas tentavam se decidir em quais grupos ficariam.
— Asaho, que bom te ver.
— Pérola, digo o mesmo. Como está o treinamento?
— Amanhã iremos começar o torneio anual, então estão todas com bastante ânimo.
— Isso é bom. Pérola, tenho uma coisa para te dizer...
— É sobre aquele assunto?
— Sim. Podemos ir para a floresta?
— Claro, vamos.
Marin não havia feito muitas amizades na vila das amazonas. Enquanto as outras tentavam formar grupos, ela estava prestando atenção naquele homem estranho na floresta. Ele havia sumido com a senhora Pérola. Então a garota decidiu seguí-los floresta adentro, para garantir que ficaria tudo bem com sua mentora.
Pérola e Asaho pararam e se sentaram em um tronco de árvore. Marin ouvia a conversa dos dois, detrás de uma árvore:
— Pérola, vocês estão correndo perigo aqui. O selo foi rompido.
— Sim, eu estou sabendo, caro amigo. Mas eu não acho que temos com o que nos preocupar, pois o santuário está muito bem protegido. Pelo que parece, já temos todos os cavaleiros de ouro.
— Você sabe que não confio no Grande Mestre... foi inclusive por esse motivo que me afastei do santuário.
— Eu particularmente não vejo motivos para desconfiar. O Grande Mestre é um homem generoso. Mas eu gosto do seu estilo de vivere escondido no vilarejo. Ter informantes lá fora é bastante útil.
— Sim, vou continuar prestando esse papel.. E sobre a garota?
— Bem, ela está se esforçando... é uma boa garota.
— Fico feliz que ela está se dando bem. Então até mais, minha amiga!
— Até mais!
Asaho coloca seu capuz e desaparece. Pérola começa a voltar para a vila das amazonas, mas logo diz:
— Marin, é feio ouvir a conversa dos outros. Vamos voltar para o vilarejo.
Marin salta de trás da árvore meio sem jeito e se desculpa:
— Me.. me desculpe senhora... Eu estava só curiosa...
— Vamos, vamos formar as equipes.

Voltando ao vilarejo, as equipes já estavam formadas. As amazonas se separaram em equipes de quatro. Havia um grupo que ficara com apenas três integrantes. Marin perguntou se poderia se encaixar nessa vaga, e as participantes aprovaram.
— Então, os grupos estão formados. Amanhã, estejam aqui ao amanhecer, que daremos início ao torneio anual!
As amazonas então se separaram. Algumas permaneceram em grupo para discutir táticas. O grupo de Marin foi um deles. Era formado por duas amazonas de bronze: Cyra de Lebre e Fiona de Compasso. Marin e outra amazona de prata completavam o grupo. A outra amazona era uma mulher bastante misteriosa: Não costumava falar e possuía faixas cobrindo todo seu corpo. Tinha longos cabelos loiros e uma faixa por cima de sua máscara. Marin soube pelas outras que ela se chamava Mayura.
— Aquele homem têm visitado a mestra frequentemente. - O que será que está acontecendo? - Disse Cyra.
— Eu não sei, mas há alguma coisa sendo escondida da gente. - Disse a outra amazona de bronze.
Marin ouviu a conversa das duas e se intrometeu:
— Eu ouvi parte da conversa dos dois. Eles diziam que estamos em perigo. Algum selo foi rompido, ou algo assim.
— O quê? Como assim estamos em perigo? O que você ouviu mais? - Pergunto uma amazona de bronze.
— Temos que contar às outras urgente! - Disse a outra amazona de bronze.
Mayura, a outra amazona de prata intrometeu-se também na conversa, para espanto das outras:
— Fiquem quietas. Há um motivo para Pérola não provocar alarde na comunidade.
Marin questionou a amazona:
— Qual motivo? O que está acontecendo?
— Novata, não se preocupe com isso. É um assunto dos grandes do santuário.
Marin não ficou contente com a resposta, mas aceitou. Decidiram que era melhor descansarem e se prepararem para o dia seguinte. Ambas foram para suas locações.

~~~~
O dia amanheceu cedo com o toque de um sino, três vezes para simbolizar a data. Foi instruído que as amazonas chegassem portando suas armaduras. Marin assim o fez. Logo se encontrou com suas novas amigas de equipe. Ela estava com um pouco de desconforto por se lembrar da ameaça que recebera de Shaina de Ofiúco, mas não tinha sinal dela há algum tempo. Pérola então pediu para que fizessem um círculo para ouvirem as instruções.
— Caras amazonas. É com muito orgulho que inicio o Torneio anual das amazonas. Vocês começarão como equipes, mas ao longo do torneio irão se dividir e enfrentar umas às outras. à vencedora, será dado um Colar abençoado por Atena. Neste primeiro desafio, as equipes se separarão em toda área de treinamento do Santuário, em busca de Ametistas de Nike, a deusa da vitória. Provavelmente vocês terão que brigar com alguns soldados para conseguirem essas pedras. A equipe que trouxer menos ametistas está desclassificada.
As amazonas estavam um pouco decepcionadas com a prova, pois imaginavam que já iriam duelar entre si. Mas assim foi feito. Cada equipe seguiu um rumo diferente. A equipe de Marin decidiou se separar, para que pudessem procurar em mais lugares. As duas amazonas de bronze foram para a região do Coliseu; Mayura simplesmente desapareceu, sem dizer para qual direção ia. Marin decidiu ir em direção à floresta de Atena, dentro da vila das amazonas, pois não conhecia todos os arredores do santuário.
Ao caminhar pela floresta, Marin sentiu um calor estranho, como se estivesse sentindo de perto o calor do sol. Olhando mais para frente, avistou uma luz brilhante, que nunca tinha visto algo parecido. Ela decidiu então se aproximar, pois talvez era uma das tais ametistas de Nike. Se deparou com uma estrutura construída em pedra, com algo pegando fogo dentro. Era um calor escaldante, mas que não agredia a pele. Pelo contrário: confortava e refugiava a alma.
— Gostou da escultura? - Disse uma voz atrás do monumento.
— Quem esá aqui?
— Ora, já não se lembra mais de mim, invasora? Revelou-se Shaina por detrás da escultura.
— Você...
— Esta é a Tocha de Héstia. Diz-se que na época mitológica Prometeu robou-a para dar o dom do fogo aos humanos. Prometeu foi punido por Zeus, e a tocha foi entregue a Atena para que a protegesse. Se acaso essa tocha se apagar, todos os humanos perderão o dom da luz e viverão em escuridão para sempre.
— O que... você faz aqui?
— Desde então essa tocha tem estado em proteção na vila das Amazonas... Sabe o que eu vou fazer com você, Marin? Eu vou te tirar a luz, como se tivessem te apagado para sempre! GARRAS DO TROVÃO!!!
Shaina ataca Marin com toda sua força, mas Marin consegue se esquivar do ataque. Nesse instante, as duas começam a trocae socos e chutes.
— Marin, esse não é o seu lugar! Volte para onde veio!
— Nunca. Eu vou cumprir o meu dever aqui! METEOROS!
— GARRAS DO TROVÃO!
As duas permaneceram empatadas por alguns momentos, até que aparece alguém que interrompe a briga das duas.
— O que vocês fazem aqui?
— Senhora Pérola, me permita dar fim dessa intrusa! O lugar dela não é aqui no santuário!
— Já chega. É proibido entrar nesse lugar! Não vêem o quanto estão colocando em risco a fraca chama dessa tocha?
Nesse momento, as três sentem uma presença estranha naquele local. Uma fumaça obscura toma conta do lugar. Uma sussurrante voz surge por entre a cortina de fumaça:
— Então é aqui. Finalmente achei o que meu mestre perdeu há milênios!


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Uma tragédia acontece no santuário! Corram amazonas!



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