Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 40
Lágrima


Notas iniciais do capítulo

Uma batalha de emoções se inicia. Enquanto Shaina tenta se livrar da situação em que Ésquilo a colocou, o réquiem precisará confrontar suas próprias lembranças. Será o fim de Shaina?



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Mapa do Cáucaso: Dois réquiens já se foram, levando alguns amigos consigo. Marin, Shaina e Mayura já enfrentam novos inimigos enquanto o tempo passa rapidamente.

 

Três homens totalmente derrotados estendem as mãos aos céus, liberando ao ambiente o que lhes restava de cosmo:

— Vejo que finalmente de derrotaram, Misty.

— Não seja tolo, Algol. Nem mesmo Goethe conseguiu encostar em meu rosto.

— Calados vocês dois. Shaina e os outros já devem estar quase no topo da montanha. Vamos tentar ajudá-las com o restante de cosmo que pudermos.

— Verdade, Babel. Sinto que o cosmo do mundo cada vez mais se apaga. Vamos, Shaina. O mundo inteiro depende de você.

 

Alguns quilômetros dali, uma grande fogueira queima bem no centro de um bosque. Ao redor das chamas, um gigantesco ser monstruoso inicia uma dança com as almas esquecidas do pântano:

— Essa oferenda é para vocês, almas! Guerreiros formidáveis que pereceram nas mãos dos cavaleiros de Athena e dos marinas de Poseidon! Vamos, consumam cada gota de vida dessa amazona fraca!

 

Dentro da fogueira, Shaina sente sua pele arder. Ela não consegue se desamarrar, pois está fraca devido à última batalha, além do mais está presa pelo ritual de Ésquilo. 

 

— Droga, eu não posso morrer aqui. Preciso pensar em algo!

Neste momento, ela se recorda de Nonak, irmão de Ésquilo. Quando os conhecera, ambos os irmãos treinavam para serem marinas de Poseidon. Na busca pelas notas dos deuses, Nonak havia enviado a lágrima de Poseidon, um dos riscos dos deuses das quais procuravam. Desesperadamente, ela convoca a ajuda de Nonak novamente.

 

— Nonak, por favor, me escute de onde estiver. Você já me salvou do seu irmão uma vez, suplico para que me ajude novamente. 

 

Infelizmente, sem qualquer resposta, a amazona começa a queimar na fogueira, enquanto as almas a rodeiam, esperançosos por fragmentos de vida. Em poucos minutos sobrarão apenas cinzas e a armadura inqueimável de Ophiucus. É então que Ésquilo se surpreende:

As chamas ardem cada vez mais, revelando um turbilhão. De dentro dele sai a amazona viva, com sua máscara nas mãos, revelando sua face completamente determinada.

 

— Não é possível. Como se libertou dos encantamentos das almas?

— Ésquilo, você é tolo. Achou mesmo que poderia deter meu espírito inquebrável? Seu irmão, Nonak, aquele cujo qual você tirou a vida, sempre esteve do lado dos cavaleiros. A lágrima de Poseidon que ele enviara era também uma dica para nos livrarmos de você.

 

Ésquilo então compreende a situação. Shaina havia retirado sua máscara para que pudesse chorar. Utilizando seu cosmo, ela conseguiu transformar suas lágrimas em um turbilhão, conseguindo assim espantar as chamas. O cosmo de Shaina havia superado o cosmo de Ésquilo utilizando suas lágrimas!

 

— Sua maldita, você é esperta. Mas acha que só com isso irá me derrotar?

— Você já está derrotado, Ésquilo. 

 

A amazona, com uma das mãos, movimenta todo o cosmo de suas lágrimas que envolviam o turbilhão. Rapidamente, todo o bosque é tomado pelas chamas que o próprio Réquiem havia iniciado. O furioso monstro então parte para cima de Shaina com vários ataques. 

 

A amazona então esquiva dos ataques, revidando com uma investida. O réquiem novamente copia os ataques elétricos de Shaina, mas não é o bastante:

 

— Ésquilo, você consegue copiar meus ataques elétricos, e até mesmo superá-los. Mas não pode copiar essa minha nova habilidade, pois é algo que você mesmo fez!

Com a outra mão, Shaina envia uma labareda de fogo contra o réquiem. Aos poucos, as chamas vão desaparecendo do bosque. O réquiem cai um pouco machucado.

 

— Você é uma maldita. Mas veja, seu ataque desesperado só me feriu superficialmente. Você não tem mais cartas na manga agora que o fogo desapareceu. Me lembrarei de você quando Prometheus destruir esse mundo, então prometo que sua alma terá alguma utilidade para a reconstrução no futuro.

 

O réquiem utiliza toda sua energia, se levanta e cresce ainda mais. Sua aparência fica cada vez mais grotesca, e as últimas peças da Nota de Dyktau se desprendem de seu corpo disforme. Shaina, assustada e sem forças, cai ajoelhada ao chão.

 

— Este é o seu fim, amazona de Ofiúco. ALMAS DOS ESQUECIDOS!

 

Ésquilo então convoca várias almas negras que rodeiam Shaina, sugando sua vida completamente. Com uma feição assustadora, Shaina coloca novamente sua máscara, desesperadamente tentando revidar o ataque. Fraca por conta das almas que sugam sua vida, ela se levanta, dá dois passos, cai novamente, chega até os pés de Ésquilo e diz:

 

— Você não pode fugir do que é.

 

Ésquilo então rapidamente para o ataque, arregalando seus olhos. A amazona tinha em suas mãos um espelho, que apontara em direção ao seu rosto. 

O réquiem, apesar de extremamente disforme e com o corpo de uma fera, ainda havia feições que o lembrava de seu irmão gêmeo. O irmão que ele mesmo tirara a vida em troca de uma armadura sangrenta. Armadura esta que já nem mais cobria seu corpo.

 

O réquiem então cai em prantos, ajoelha-se e começa a chorar. Ésquilo havia se lembrado de seu irmão. Antes, ele só se lembrava de suas diferenças, mas Shaina o fez recordar das semelhanças:

 

— Meu… meu irmão…. eu… nós.. o que eu fiz com você? O que foi que eu fiz?

 

Pingos de chuva começam a cair no local, ao mesmo tempo que o réquiem derrama suas lágrimas. Shaina cai, totalmente sem forças, ao lado do réquiem. A chuva, o bosque completamente destruído e um Ésquilo completamente arrependido tomam conta do local.

 

A nota de Dyktau, caída peça a peça ao chão, se reintegra e parte em direção ao castelo de Prometheus. Sem poder, Ésquilo definha enquanto chora, perdendo os músculos e a aparência de fera. Neste momento, ele começa a sentir todo o dano das lutas que tivera enquanto era protegido pela Nota de Dyktau. Vários volts que Shiana havia disparado contra ele estavam, tardiamente, fazendo efeito. Ele definha cada vez mais enquanto recebe os danos dos golpes. Pouco a pouco, o réquiem vira pó. Sua alma é então devorada pelas almas famintas do bosque. Era o triste fim do irmão arrependido de Nonak.

 

A chuva caía, como se o próprio Nonak estivesse também, chorando.

 

Shaina, quase sem consciência, esboça algumas palavras:

 

— Obrigado Ésquilo, por me lembrar do que era sofrimento. Se eu não soubesse como essa luta acabaria eu não teria conseguido chorar.

 



Alguma distância dali, uma outra triste história estava a desenrolar:

 

— Seu maldito, pare agora mesmo! - grita Mayura

 

— HAHAHAHAHAHA!

 

A pequena garotinha Alma se contorce ao chão, sendo estrangulada por uma corda invisível criada por Hesíodo.

 

— Senhor Hesíodo, obrigado por me ajudar a me purificar! Por favor, aperte mais! - Clamava a criança.

 

Mayura acolhia Alma em seus braços, mas não sabia como fazer a pequena crianças se livrar de sua tormenta. Ela então toma uma drástica decisão:

 

— Hesíodo, sua alma é impura. Você precisa sofrer no lugar desta pequena crianças. Eu mesma me encarregarei de castigar você.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: a luta entre Marin e Deucalin se desenvolve, enquanto as lembranças da amazona de prata se tornam mais concretas. Mayura toma uma arriscada decisão para enfrentar Hesíodo.



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