Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 14
Amizade


Notas iniciais do capítulo

Orfeu encontra duas figuras conhecidas em sua trajetória, ao mesmo tempo que uma garotinha está em perigo presa em um vulcão.



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"Meu senhor é você, Prometeu, que me concedeu esse grandioso cosmo!"

 

Capítulo 13. Amizade.

 

Orfeu havia conseguido o segundo Risco: O Colar de Hades. Após ter deixado a fonte de águas termais, ele refletia dia após dia sobre os acontecimentos. Ele quase havia se deixado morrer apenas para encontrar Eurídice.
O colar de Hades parecia ter o mesmo poder que o Incenso de Atena: Ser atraído por outros riscos. Logo, Orfeu sente a mesma sensação de antes.
— Tenho de me apressar par encontrar o próximo Risco.
Entrando em uma mata escura e densa, Orfeu deixa-se novamente levar pela intuição. Caminhando por entre as árvores, o cavaleiro sente um estranho calor. Logo afrente avista um fogaréu incendiando a mata, queimando rapidamente em direção ao cavaleiro.
Tentando se livrar das chamas, Orfeu corre em outra direção, mas é cercado por uma infinidade de cobras que também rastejam em sua direção. Encurralado, Orfeu prepara-se para usar seu cosmo, até que duas presenças aparecem. Um homem de curtos cabelos vermelhos, vestindo uma armadura prateada, de pé em um dos galhos de uma enorme árvore diz:
— Olha quem encontramos aqui neste lugar!
O outro homem, de cabelos castanhos compridos e armadura igualmente prateada, caminha por entre as cobras como se essas fossem apenas galhos de árvore, dizendo:
— Quanto tempo, velho amigo!
Orfeu se alivia e dá um pequeno sorriso de canto de boca:
— Então são vocês, Babel de Centauro e Algol de Perseu. Fazia um bom tempo!
Babel dá um pulo em direção a Orfeu, pedindo um abraço, como num gesto fraterno. Algol apenas cruza os braços e dá um leve sorriso, feliz com o reencontro.
— Você ficou bonitão, Orfeu! Ainda está perdendo tempo com aquela garota da cidade? - Brinca Babel, abraçando Orfeu com um dos braços, e dando pequenos tapinhas em seu rosto.
Orfeu fecha os olhos, abaixa o rosto por uns instantes, porém não diz nada. Algol fica sério por um instante, olhando para Babel, que entende o recado.
— Eu sinto muito, meu amigo. Não imaginava. - Se desculpa Babel.
— Não se preocupe, está tudo bem. Vejo que vocês ficaram muito fortes! Da última vez que os vi eram apenas pirralhos. - Diz Orfeu.
— Hoje em dia somos muito mais fortes que naquela época! - Esnoba Babel.
— Bom, mas o que vocês dois fazem aqui, tão longe do santuário?- Pergunta Orfeu.
— Fomos enviados por Asaho para te ajudar na sua missão de caça aos Riscos. - Responde Algol.
— Asaho, meu mestre? Fico feliz por terem aceitado o convite.
— Asaho é uma pessoa muito querida no santuário, não poderíamos recusar o convite, mesmo vocês dois sendo considerados traidores. - Responde Babel.
— Sobre isso... vocês sabem que há algo acontecendo no santuário, não é mesmo? Eu e Asaho não poderíamos nos posicionar de outra forma... Diz Orfeu.
— Fiquei sabendo que recentemente o cavaleiro de Áries também deixou o santuário. E Albion de Cefeu, o responsável pela ilha de Andrômeda também parece não responder mais os chamados do santuário. Algo certamente está acontecendo. - Informa Algol.
— Algol, vocês também desconfiam do grande mestre?
— Não. O Mestre é um homem bom e generoso. Eu e Babel preferimos nos posicionar a favor do santuário.
Orfeu abaixa a cabeça, entendendo o recado dos amigos. Futuramente talvez, eles poderiam se tornar inimigos em batalha. Resolveram então aproveitar seu tempo como companheiros.
— Então vamos, Algol e Babel. O Risco está muito próximo daqui.
Os três correm, seguindo Orfeu. Não muito longe dali, avistam uma gigantesca montanha, que exala um poderoso ar quente. De repente, a montanha expele um grandioso jato de lava, que escorre de seu topo, mostrando aos três cavaleiros que se tratava de um vulcão ativo.
— Babel, acho que você é o único que consegue ir lá. - Diz Algol.
— Não. Eu consigo rastrear o risco. Irei procurá-lo lá dentro. Diz Orfeu.
Orfeu corre na frente, adentrando a abertura do vulcão. Os dois seguem atrás de Orfeu, preparados para dar-lhe cobertura. Enquanto se aproximam, os três cavaleiros ouvem gritos saindo de dentro do vulcão.
— Socorro! Alguém me ajude!
— Hã? Há alguém dentro do vulcão? - Diz Babel
— Vamos, seja quem for temos de ajudar! - Diz Algol.
Prestes a ser consumida pelas chamas, uma garotinha pedia socorro a quem estivesse ocasionalmente passando por ali. Ela havia machucado sua perna e não conseguia se levantar. A lava quente cada vez mais se aproximava de seu corpo. Orfeu rapidamente a pega no colo e a retira daquela situação.
— Obrigado, moço!
— Não há de quê. O que uma garotinha como você está fazendo neste lugar?
— Bom, eu estava procurando algo. Mas acho que você poderá me ajudar a achar o que eu procuro.
Um cosmo maligno gira em torno da garota, e ela cresce repentinamente. Em poucos segundos a imagem da indefesa garota dava lugar ao semblante de um homem alto e magro, de cabelos negros na altura do ombro.
— Muito prazer cavaleiros, sou Hílio de Cáspio, um réquiem de Prometeu. Fiquei sabendo que foi você que derrotou meu amigo nas fontes termais. Irei derrotá-lo agora mesmo!
Orfeu olha com desprezo para o Réquiem, que utilizou a imagem de uma garotinha indefesa para enganá-los. Algol e Babel se preparam para também lutar contra o réquiem.
— Vocês réquiens são malditos. Até agora, só tive o infortúnio de presenciar réquiens fracos e enganadores. Há algum de vocês que é forte, afinal? - Pergunta Orfeu.
— Hahahaha... tolo! Nós apenas nascemos sob um sol diferente de vocês, maravilhosos cavaleiros... Todos nós éramos humanos com dons divinos, desenvolvidos a partir do dom do fogo. Prometeu dará a mim e aos Réquiens maiores todos os dons do mundo!
Orfeu despreza novamente o réquiem e se vira para Algol e Babel, dizendo:
— Amigos, deixarei-o com vocês. Eu consigo sentir a presença do Risco. Irei buscá-lo.
— Certo! - Diz Algol.
— Eu irei abrir caminho pra você. - Diz Babel.
Babel então utiliza uma técnica para abrir passagem em meio à lava. Uma pequena trilha que leva até o interior do vulcão.
— Não demore, Orfeu. O quanto mais profundo você ir, mais será difícil pra mim controlar a lava. Em pouco tempo não serei capaz de equilibrar esse caminho e a lava cairá toda sobre você.
— Entendido. Irei agora.
— Orfeu corre pelo caminho criado por Babel, rumo ao interior do vulcão.
— Acham mesmo que irei deixá-los fazer isso? - Resmunga Hílio, o réquiem. - Peste Bubônica!
O ataque do réquiem cria ratos em chamas, que correm em direção de Orfeu, tentando impedí-lo de adentrar o vulcão.
— Pff, ratos? Seu famoso "dom divino" é criar ratos e ilusões de criançinhas? Que belo guerreiro temos aqui! - Esnoba Algol. - Morra aqui com suas criações bizarras! Escudo da medusa!
Algol revela o escudo que trazia em suas costas, fazendo brilhar os olhos da medusa contra o Réquiem, que cai petrificado junto com seus ratos de fogo. As estátuas caem dentro da lava, destruindo-se completamente.
— Nossa, que fraco! - Exclama Babel.
— Orfeu precisou de nossa ajuda pra isso? - Esnoba novamente Algol.
— Falando em Orfeu, ele já está lá dentro tem aguns minutos. Em breve não serei mais capaz de equilibrar a lava. Vamos, Orfeu, saia logo daí!
Os dois olham atentos para o caminho, apreensivos e ansiosos. Orfeu não aparece e os dois cavaleiros viram o rosto, fechando seus olhos.
— Ele decidiu tirar sua própria vida. - Disse Algol.
— Afinal, ele foi ao encontro de Eurídice. - Lamenta Babel.
Babel relaxa seu punho e o caminho entre a lava desaparece.
— O quê? Não pode ser! - Diz um Algol surpreso.
— Ele... Ele conseguiu! - Diz Babel arregalando os olhos.
Triunfantemente, Orfeu se levanta das chamas, com uma barreira invisível ao seu redor, qoe o fazia não ser consumido pela lava. Segurava um pequeno cinzeiro. Caminhando em direção aos dois, ele diz:
— Ora, acharam que eu me perderia entre a lava? Aqui está, o risco de Ares!
— Seu filho da... Você nos assustou direitinho! - Esnoba Babel, pulando nas costas de Orfeu.
— Hahahaha, nos enganou mesmo. - Gargalha Algol.
— Este é o segundo Risco! Sinto que estou indo bem em minha jornada. Marin, Shaina, Mayura e meu mestre Asaho ficarão orgulhosos de mim. - Diz um feliz Orfeu, que parecia ter superado a morte de sua antiga amada. - Vamos, amigos. Ainda restam outros riscos para encontrarmos!
— Vamos!
— Certo!

 


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Mayura trava uma batalha mortal contra Devi. Seu futuro é revelado: Mayura deve escolher entre seguir seu terrível destino ou desistir ali mesmo.



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