Downfall Of The Justice escrita por Augusto C S de Souza


Capítulo 2
I — Até o Fim da Linha


Notas iniciais do capítulo

E então, meus lindos, advinha só quem voltou com mais um capítulo? Psé, eu mesmo ♥
E gente, antes de mais nada, só queria agradecer pelo feedback impressionante que vocês me deram nessa fic, de vdd. Nunca recebi tantos comentários em uma fic só com o prólogo. E prometo responder vcs. Se não for nessa madruga, deve ser pelo começo da tarde, se eu não ficar muito ocupado.
Agora sem mais enrolar, vamos ao capítulo ♥ bjs, boa leitura e até lá embaixo.



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Brooklyn

 

Seven Nation Army preenchia o ambiente do apartamento, enquanto Steve Rogers, o Capitão América fazia seus exercícios físicos, em sua sala de estar. Ainda estava amanhecendo no Brooklyn, o que já servia para iluminar o pequeno lugar. Concentrado em seu treino, Steve desceu para mais uma flexão, fazendo os músculos de seus braços quase rasgarem a sua pele.

 

— Quatro mil novecentos e noventa e oito. — Rogers contava baixo, fazendo mais uma repetição. — Quatro mil novecentos e noventa e nove. — O suor escorria pela sua testa, pingando no chão do seu apartamento. — Cinco mil.

— Sabe, ficar ouvindo você se exercitar me deixa cansado — falou um homem negro, de bermudas, chinelo e uma camiseta preta. Seu rosto estava escondido atrás do jornal.

— Fury, por quanto tempo você vai se fingir de morto?


Nicky Fury, ex-diretor da S.H.I.E.L.D e dado como morto após o ataque do Soldado Invernal, abaixou o jornal e olhou para o homem em sua frente, que agora bebia água.

 

 

— Rogers, olha para mim! — Retirou o jornal da frente do corpo, abrindo os braços em seguida. — Eu estou sentado num sofá, de bermuda, lendo um jornal e tomando uma xícara de café. Eu não faço isso desde... desde nunca.

 

Steve sorriu e caminhou até a cozinha, onde guardou a garrafa de água na geladeira, indo tomar um banho logo em seguida. Certo tempo depois, Rogers saiu do banheiro, usando uma calça jeans e uma blusa branca por baixo de uma jaqueta de couro. Nesse meio tempo, Nicky havia ido até a cozinha preparar uma omelete. Aproveitou também para mudar a estação do rádio, ouvindo agora Eye Of The Tiger.

 

— Estou saindo. — Steve falou, pegando as chaves em cima da mesa.

— Vai atrás dele? — Fury perguntou, após quebrar um ovo e olhar para o Capitão.

— Hoje não, Nick, hoje não.

Steve abriu a porta e saiu, descendo as escadas até o estacionamento, onde pegou a sua moto. Uma belíssima Harley-Davidson Street 750, na cor preta. Seu destino hoje era o Asilo Jerry Bálsamo, onde pretendia visitar uma velha amiga. Chegando no local, caminhou até a recepção, onde uma ruiva atendia aos recém-chegados. Notando a sua aproximação, a recepcionista sorriu, se debruçando no balcão.

— Olá, Steve, em que posso ajudá-lo?

— No de sempre, Selina, vim apenas visitar a Sra. Carter.

— Não te avisaram? — Ela franziu o cenho, enquanto mascava o seu chiclete de morango. — A sobrinha dela veio aqui ontem e a levou para casa.

— Entendo. — Assentiu fraco, colocando as mãos no bolso da jaqueta. — Pode me dar o endereço?

— Poder, eu não posso — Selina olhou para os dois lados antes de prosseguir —, mas esse pode ser o nosso segredo. — A ruiva piscou para ele, enquanto anotava o endereço no papel.

— Obrigado, Selina — respondeu simples, antes de sair.

 

 

Ao sair do Asilo, Steve dirigiu rumo ao endereço anotado. Não era longe, então não demorou tanto para parar em frente a um casebre recém-pintado. Os cuidados feitos no jardim também haviam se iniciado há pouco tempo. Rogers desceu da moto e olhou o endereço mais uma vez, para ter certeza de que estava no local certo. Estava.

Andou até o portão e procurou pela campainha. No momento em que ia tocá-la, algo vibrou em seu bolso, o que o fez abaixar a cabeça. Ao retirar o objeto, viu que se tratava do comunicador dos Vingadores, criado pelo Stark.

 

— Vamos deixar isso para outra hora, Peggy. — Falou baixinho, enquanto colocava o comunicador no ouvido.

Capitão Rogers. — Uma voz robótica o chamou do outro lado.

— Jarvis.

Oito homens fortemente armados invadiram o Banco Central e fizeram os clientes de refém — Explicou com uma calma invejável. — Entre os reféns, está a nova jornalista do Clarim Diário, Lois Lane.

— Estou a caminho. Mande o novato me encontrar no telhado do prédio à esquerda do banco.

— Sim, senhor.

 

***

 

 

O novato, que trajava um uniforme vermelho e azul, com uma pequena aranha preta acoplada em seu peito, chegou no telhado alguns minutos após Steve. Na altura da rua, a parte da frente do banco estava cercada por policiais.

 

— Homem-Aranha. — Steve o cumprimentou com um aceno da cabeça.

— Capitão — respondeu da mesma maneira —, qual é a emergência? — O novo herói perguntou, parando ao lado de Rogers

— Assalto ao banco, com clientes feitos de reféns.

— Qual é o plano?

— Entramos pelo telhado, neutralizamos os inimigos e resgatamos os reféns. Acha que dá conta?

— Com certeza. — Assentiu, determinado.

— Esse é o espírito. — Steve tirou uma pulseira do bolso e a colocou. Apertou um botão e ela se transformou em escudo de metal. — Vamos!

Senhores, receio que as coisas possam ser mais complicadas do que imaginam. — Jarvis alertou pelo comunicador.

— Ele e essa mania de dar as informações pela metade — o Homem-Aranha resmungou, balançando a cabeça negativamente e pondo as mãos na cintura.

— Prossiga, Jarvis.

Parece que ao tentar desativar o alarme do banco, os assaltantes provocaram um curto-circuito e acabaram iniciando um pequeno incêndio no primeiro andar.

— Não temos tempos a perder. — Steve assentiu, sério. — Vamos, Aranha!

 

 

Steve logo pôs-se a correr, pegando um certo impulso e pulando para o telhado do banco, enquanto o Homem-Aranha fazia jus ao seu nome, lançando uma teia na parede. Ao entrar pela janela lateral do prédio, ele logo se deparou com dois bandidos, que vigiavam cinco reféns. Os dois estavam de costas para a janela pela qual novato entrou. Se aproveitando do elemento surpresa, ele rapidamente lançou uma teia nas costa de cada um dos assaltantes e os jogou pela janela, deixando-os no chão, perto dos policiais. Voltou e repetiu o processo com os reféns, porém, com um pouco mais de delicadeza.

 

— Capitão, cinco reféns já foram salvos — o Homem-Aranha chamou pelo comunicador.

— Bom tra... bom trab... bom trabalho. — Steve respondeu com um pouco de dificuldade

— O sinal está meio ruim — respondeu o novato, tocando em seu comunicador.

Não, o sinal está bom, eu só estava lutando com três dos oito assaltantes.

— Nossa, você faz parecer fácil.

Não temos tempo para isso. — disse firme. Venha ao segundo andar, tem mais cinco reféns aqui, estou indo para o primeiro.

— Positivo.

 

O Capitão América desceu as escadas correndo até primeiro andar. O lugar estava coberto por chamas, o que fez com que ele cobrisse o seu rosto. Steve foi até o cofre e achou três caras desmaiados e mais uma moça, também inconsciente.
Olhou em volta e a única saída que achou foi pela porta da frente. Rogers então tirou o escudo provisório e o lançou em direção a porta, quebrando-a. Em seguida, colocou um dos bandidos em suas costas, enquanto deixava os outros dois embaixo dos braços. Sem dificuldade, ele os levou para o lado de fora.

Steve voltou correndo para pegar a garota, já sem muito tempo, pois o prédio estava desmoronando aos poucos. As paredes, assim como o teto, já começavam a rachar. De volta ao cofre, Rogers pôs a garota em seu colo, já se encaminhando para o lado de fora. Porém, já próximo a saída, com a repórter em seus braços, sentiu-se um pouco tonto, o que fez com que ele caísse com um dos joelhos no chão.

A quantidade de fumaça inalada por ele estava começando a afetá-lo também. O Capitão forçou-se a ficar de pé, mas ao fazer isso, pôde ouvir um pedaço de teto se desprender, caindo em sua direção. Steve teve tempo apenas de abaixar o corpo, protegendo a moça, enquanto esperava pelo impacto, mas o Homem-Aranha apareceu no momento certo, lançando uma teia no pedaço de concreto e o jogando para o lado.

 

— Vamos, Capitão — o novato disse baixo, ajudando Steve a se levantar.

 

Saíram do banco, que desabou logo em seguida. Rogers rapidamente colocou a garota na maca, enquanto ele e o Homem-Aranha eram aplaudido pelos policiais e curiosos que estavam ali em volta. Com um misto de orgulho e alegria pelo seu novo companheiro Vingador, Steve sorriu para o rapaz.

 

— Bom trabalho em equipe. — O novato esticou a mão para o Capitão.

— Bom trabalho, Homem-Aranha — Steve respondeu, apertando a mão de seu companheiro.

 

Após se despedirem, o novo Vingador lançou uma teia em um dos prédios mais próximo e foi embora, balançando entre os edifícios. Enquanto observava o garoto sumir no horizonte, pôde sentir algo vibrando em seu bolso. Ao retirar o objeto, descobriu ser o seu telefone, indicando a chegada de uma mensagem do Stark: “Aparece na Torre”. Com um sorriso no rosto, Steve guardou um telefone e subiu em sua moto, agora se direcionando para a Torre Stark.

***

 

O elevador abriu as portas na cobertura do Stark, onde tocava Hells Bells no volume máximo. Tony estava no bar, colocando um pouco de uísque em seu copo. Estava usando uma blusa do Black Sabbath, que contrastava um pouco com o que estava escutando, junto com uma calça jeans escura. Aparentava não dormir há dias, o que podia ser visto nas olheiras em seu rosto.

 

 

— Sr. Stark, o Capitão Rogers acaba de chegar — anunciou Jarvis, enquanto Steve caminhava pelo local.

— Obrigado, Jarvis — Tony falou, enquanto saía do bar e andava até o centro da sala.

 

Jarvis colocou a música no mudo quando os dois homens começaram a conversar.

 

 

— O seu rosto está um pouco sujo. — Franziu o cenho, apontando para o rosto do Capitão. — Esse cheiro de queimado está vindo de você? — Ergueu uma sobrancelha, apertando as mãos do Steve.

— O que você quer Stark? — Foi direto ao ponto.

— Olhe por si mesmo. – O moreno apontou para um envelope pardo em cima da mesa.

 

Steve abriu um envelope, assumindo uma expressão séria enquanto analisava o conteúdo do pacote. Tony, que o observava, apenas deu um gole na sua bebida.

— Quando essas fotos foram tiradas? – Rogers perguntou, jogando o envelope na mesa.

— Foram registradas há dois meses, mas só me foram entregues hoje. — Stark o fitou, sério. — Steve, pode não ser ele.

— Tony, é ele e você sabe — devolveu.

— Onde essas fotos foram tiradas?

— A mais recente veio de Gotham.

— Então é para lá que eu vou. — Assentiu firme, lhe dando as costas. — Só preciso de um banho e dar uma passada no hospital antes.

— Eu vou com você até o hospital. O Happy está com a perna engessada e fica meio sentimental quando não o visitamos.

 

Após o banho, Steve encontrou com o Stark do lado de fora da Torre. Rogers saiu na frente com a sua moto, sendo seguido por Tony, que dirigia uma Mercedes preta. Chegaram no hospital e se separaram. O moreno foi pelo corredor da direita, enquanto Steve parava na recepção apenas para perguntar qual era o quarto da repórter que ele ajudou a resgatar.

Após obter a sua informação, caminhou até o quarto 47B. Chegando no local, notou primeiramente que a garota estava dormindo. Ela tinha um pequeno corte na sobrancelha. Em seguida, para um homem alto, usando um terno preto. Seus cabelos eram negros, com algumas manchas de grisalho nas pontas. Foi o máximo que Steve pode notar, já que ele estava de costas para a porta.

Em cima de uma mesa ao seu lado, tinha um jarro de água, com lindas rosas o enfeitando. Antes de resolver entrar, Steve bateu na porta, o que fez o homem olhar para trás, antes de fazer um sinal com a cabeça permitindo a sua aproximação.

 

— Oi, eu sou o Steve. — Esticou o braço para cumprimentá-lo. — Steve Rogers..

— Prazer. Bruce Wayne — respondeu ele, apertando a mão do Capitão. — Você é algum parente da Lois?

— Não, eu só ajudei o Homem-Aranha a salvá-la. Então decidi ver como ela estava.E você? — perguntou, franzindo o cenho.

— Também não, mas eu conheço um cara que vai ficar bem feliz em saber disso.

— Entendo. — Steve assentiu. — Belas flores que você trouxe.

— Não fui eu, quem as trouxe foi um garoto que trabalha com ela, se não me engano. — Bruce franziu o cenho, como se tentasse se lembrar. — Acho que o nome dele era Peter.

— Peter? — Rogers ergueu uma sobrancelha. — Peter Parker?

— Sim, esse mesmo! Vocês se conhecem?

— Ele é um amigo meu — respondeu, suspirando baixo. — Bem, foi bom te conhecer Bruce, mas já estou de saída. Preciso ir a um lugar o mais rápido possível.

— Certo. Até uma outra hora. — Bruce apertou a mão do Steve e o assistiu ir embora.

 

O Capitão saiu do hospital, pilotando o mais rápido que as leis de trânsito permitiam, rumo ao seu apartamento. Pouco tempo depois da saída do Rogers, Tony saiu do hospital, indo até o seu carro. O bilionário já tinha aberto a porta quando ouviu alguém chamar o seu nome.

 

— Você de novo? Está me perseguindo por acaso? — Tony franziu o cenho, fitando o homem. —  O que você quer dessa vez Bruce?

— Tony Stark, o meu bilionário favorito. — O Wayne devolveu, enquanto o Vingador colocava os seus óculos escuros.

— Espero te ver na conferência de tecnologia esse ano.

— Você não é tão sortudo — devolveu, entrando no seu carro logo em seguida e  ligando o rádio. Estava tocando Iron Man do Black Sabbath.

 

Bruce apenas riu fraco enquanto o olhava se afastar pelas ruas. Alguns segundos depois já estava no seu carro, dirigindo de volta para Gotham.

 

***

 

Quando Steve chegou no seu apartamento, Nicky não estava lá. Achou um bilhete na geladeira dizendo que ele tinha ido jogar mini-golfe. Foi até o seu quarto e encheu uma mala com algumas roupas e o seu uniforme, pegando também uma mochila apenas para colocar o escudo.

Antes de sair, pediu para que Jarvis monitorasse Gotham e o avisasse se o Soldado Invernal fosse visto por lá. Assim como na Segunda Guerra Mundial, estava na hora de trazer o seu melhor amigo para casa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram, não gostaram, me deixem saber pelos comentários ^^ Até semana que vem o/