New York, 6:20AM

Ele corria desesperadamente, olhava para trás a todo o momento, mal se dava para ver algo, mas o medo jazia em seu peito como nunca antes. O som dos uivos quebrava o silêncio da noite; seu coração batia tão rápido, que parecia que iria sair de seu peito.

Algo havia lhe atingido a cabeça e então ele sucumbiu. Não havia como fugir. Dois deles haviam lhe segurado os braços, outros dois as pernas. Ele estava preso e havia desistido de lutar, observou então, o Alfa aproximar-se.

— Agora você será um de nós. — Ele sorriu.

Logo ele havia se transformado no maior lobo que alguém havia visto. Ele tentou se soltar, gritava sem parar, não queria ser um deles; qualquer coisa menos aquilo. Ele se debatia e gritava cada vez mais alto...

— James. — Ele ouviu lhe chamar. — James, acorde!

James Stark acordou subitamente, estava suando e seu coração estava demasiadamente acelerado. Ele sorriu ao ver Meredith. Seus cachos estavam amassados, havia acabado de acordar, provavelmente com seus gritos. Olhou para o relógio, havia acordado vinte minutos antes do horário.

— O que houve? — Meredith perguntou, o encarando.

— Nada, querida. — James sorriu e a abraçou.

James levantou-se e seguiu diretamente ao banheiro, abriu a torneira e lavou seu rosto. O passado estava lhe assombrando... James observou seu abdômen, não havia mordida ali, mas ainda sentia doer todas as noites.

Após um relaxante banho, James colocou o seu melhor terno, estava confiante. Hoje seria a reunião mais importante que ele teria em toda sua carreira, ao descer, a mesa do café estava pronta e Meredith estava deliciando-se com um bolo de frutas junto sua filha, Boonie.

— O que aconteceu, pai? — Boonie perguntou, preocupada.

— Apenas um pesadelo. — Respondeu, bebericando seu café.

— Você tem tido muitos pesadelos.

— É o trabalho. Agora termine seu café. — Ele disse, pondo um fim na conversa.

New York, 19:10PM

— Negócio fechado, senhor Stark. — O pequeno homem levantou-se juntamente a James, e ambos apertaram as mãos. E após o mesmo sair da sala, James gritou de felicidade.

A reunião havia dado certo, James havia finalmente conseguido fechar um acordo com a maior empresa da Rússia. Ele então pegou seu celular... Mas pensou melhor, a notícia deveria ser dada pessoalmente. Ele olhou o relógio e atrasado para o jantar, correu diretamente ao estacionamento e seguiu até uma floricultura.

Apesar de simples, Meredith adorava ganha-las, principalmente margaridas, eram suas favoritas. James as colocou no carro e prosseguiu seu caminho.

Ao chegar a sua casa, percebeu que havia inúmeros policiais, mal se dava para ver a entrada, retirou-se do carro e seguiu rapidamente.

— Senhor... Eu peço que fique aqui... — Iniciou o policial.

— Não! É a minha casa... O que está acontecendo? — Ele indagou desesperado.

— Senhor, eu sinto muito.

James parou perplexo e pensou em tudo o que poderia ter ocorrido. Os policiais o guiaram até dentro de sua casa, e o levou até o seu quarto aonde havia ocorrido o crime.

Ele sucumbiu. Estava sem reação. Nem falava, gritava ou ao menos chorava, apenas observava o corpo de sua mulher sobre a cama e o quarto totalmente ensanguentado.

— Os vizinhos ouviram alguns gritos mais ou menos vinte minutos atrás e então ligaram para a policia. — Disse um dos policiais.

Apenas vinte minutos... Se a reunião tivesse acabado mais cedo, se ele não tivesse parado na floricultura... Meredith ainda estaria viva.

James sabia perfeitamente quem havia feito... E a culpa era totalmente sua. Seus olhos marejados de lágrimas.

Ele precisava fugir do passado.

Ele precisava salvar sua filha.