Em um mundo onde as coisas pareciam ser viradas pelo avesso. Onde animais poderiam falar, onde fadas realmente existiam. Onde os seres mais sobrenaturais que pudéssemos imaginar eram reais. E num mundo assim, eu nascia como uma simples humana. Uma plebeia criada por sua tia e seu marido, cujos pais haviam morrido. Eu sempre tive desejo que conhecer o que havia do outro lado da cidade, o outro lado daquele muro grandioso onde humano nenhum jamais conseguiu atravessar. Era lá onde os seres diferentes habitavam. Seres de toda espécie. De vez enquanto nós moradores plebeus, daquela pequena cidade do reino de Alaskan, ouvíamos falar de boatos de pessoas que foram assustadas por um deles. Ou de alguns homens que guerreavam no reino que foram mortos por algum dele. Sim, eles são muito fortes. Capazes de acabar com nossa cidade. Eu sempre questionei os meus tios,em porque eles nunca fizeram isso, mas eles sempre mudavam de assunto, diziam que nós não éramos do interesse deles e que eu devia dar graças a Deus por isso e me manter longe de qualquer coisa que me levasse a questiona- los. Eu não os culpava por esse tão grande medo que todos tinham deles, se eu não fosse tão atrevida também teria um grande medo. Mas, a minha curiosidade não me permitia sentir um mínimo se quer. Acho que se pudesse ser amiga de algum deles perguntaria exatamente tudo. Porém, em meus plenos 17 anos eu não tinha as respostas do próprio lugar onde eu vivia.