Secrets escrita por Pequena Bruxinha


Capítulo 2
Capítulo 2 - Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Capítulo enorme, prestem atenção haverá coisas nas entrelinhas que serão cruciais para o desenrolar da história. Não se acostumem mal. Nos vemos nas notas finais.



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Atualmente...

 Depois da batalha com Volpina, Ladybug e Chat Noir retornaram às suas casas.

Chat Noir, agora Adrien Agreste. Adrien Agreste é atualmente aluno do Colégio Françoise Dupont situado em Paris, França; também é modelo de seu pai, Gabriel Agreste. Adrien é louro dos olhos verdes, a cara da moda. Antigamente, ele não saia de sua casa, tinha aulas particulares com a assistente de seu pai, Nathalie; não tinha amigos a não ser Chlóe Bourgeois - filha do prefeito de Paris; seu pai não o via por conta do intenso trabalho na empresa e por conta de sua intensa depressão que se deve ao sumisso de sua esposa, mãe do louro. Adrien estava dormindo em uma noite e quando acordou, sua mãe havia desaparecido, isso ocasionou em um confinamente dele próprio, uma solidão, abandono, tristeza, tudo misturado, estando assim em um estágio avançado da depressão que o assolou já havia quase um ano. Até que um dia, tudo - ou quase tudo - mudou. Um belo dia, ele se deparou com uma caixinha contendo um anel e ao abri-la avistou um ser que tinha a aparência de um gato preto, com sua cabeça grande e seu corpo miúdo. Dizia ser um kwami e seu nome, Plagg. O kwami então explicou ao garoto que iria lhe conceder superpoderes e que iria ficar conhecido como Chat Noir. Seu poder-secreto é o Cataclismo. Ao proferir a palavra "Cataclismo" sua mão direita fica cheia de bolinhas pretas e tudo o que ele tocar com essa mão, se destrói. Sua vida mudou um pouco depois disso. Ele passou a frequentar a escola, fez vários amigos e entrou em contato com novas pessoas, porém seu pai continuava o mesmo, ou ainda pior.

Agora, Adrien estava em seu quarto pensando na coragem que sua Lady teve ao oferecer à Volpina o seu Miraculous em troca da vida de uma pessoa que ela nem deveria conhecer de verdade, e no quanto eles haviam avançado na relação de amizades deles, - embora ele não queira apenas isso. No momento em que se conheceram, ele sabia que eles foram feitos um para o outro e conseguia sentir a conexão que tinham. Embora da primeira vez em que se conheceram ela parecesse completamente desastrada, ela tinha um coração gigantesco. Lembrar-se disso fazia com que seu sangue pulsasse de adrenalina em suas veias, tendo a confirmação do efeito que essa garota mascarada tinha sobre ele. Ela provoca uma mescla de sentimentos e emoções intensas nele, tais como: alegria por ela ser sua amiga, sentimento de utilidade, amor, amizade, cumplicidade, gratificação, carinho, coisas simples, mas que ele não sentia há algum tempo desde o desaparecimento de sua mãe. Adrien suspirou tristemente ao se lembrar disso e então sentiu seu celular vibrar. Era Nino.

 

"E aí mano,"— ele começou a ler a mensagem - "não é querendo abusar, mas já abusando, mas sem querer abusar, tu fez o bang de história? Eu não tô entendendo nada sobre a segunda fase da Revolução Francesa. Espero que esteja bem"

 

Putz grila, o dever de casa.

 

"Vishe Nino, tu acredita que nem lembrei de terminar essa joça?! Faz assim, assim que eu acabar eu te ligo e te explico o negócio todo. Foi um dia longo, mano." Adrien normalmente não falava girias, porém com seu melhor amigo Nino era diferente. Ele se sentia livre para ser ele mesmo.

 

"Nossa mano, não entendo porque logo você não fez o dever de casa, você que é tão dedicado

 

Olha eu não tô fazendo isso só pra você me ajudar com uma boa nota, puff nada a ver kkkkk

 

Talvez um pouco, mentira é total

 

ME AJUDAAAAAA..

 

Ok amigo, sem problema, mas assim que terminar me liga o mais rápido possível, realmente preciso dessa nota. Obrigado."

 

"Canalha kkkkkkk. Mas pode deixar que eu ligo sim, seu safado kkkkkk"

 

— Plagg pra quê ser um super-herói se eu preciso fazer o dever de casa? - resmungou o louro.

— A vida é assim, garotão. - Plagg respondeu enquanto se deliciava com seu Camembert.

Adrien franziu a testa contra o cheiro repugnante daquele queijo. Agora, o dever de casa. O garoto colocou a mochila de cabeça para baixo e a sacudiu tirando todos os matérias dela, e ao fazer isso sentiu falta de algo.

— Plagg, cadê meu livro? - perguntou Adrien com a voz entorpecida. - O livro do meu pai, você viu ele?

— E-eu não faç... - começou Plagg.

— VOCÊ COMEU MEU LIVRO SEU ESFOMEADO? - gritou desesperado.

— Claro que não, o meu negócio é Camembert. - responde ele tranquilamente enquanto acariciava seu queijo. Ele odiava essa tranquilidade de Plagg.

— Então onde ele está?! Se por algum acaso eu não achar esse livro eu terei de enfrentar algo muito pior do que o Hawk Moth. - disse extremamente desesperado e se assustou ao ouvir a porta ranger. Alguém iria entrar.

— Plagg, se esconde - ordenou Adrien.

— Olá filho, - disse Gabriel - com quem estava gritando? - questionou ele desconfiado.

— E-eu estava falando sozinho, pai, - mentiu ele coçando a nuca. - é que eu tenho um dever de Revolução Francesa de história e preciso saber muitos nomes e eu dei um pequeno surto.

— Tá. Espero que esse seu "surto" não volte a se repetir, você é um modelo muito famoso e estresse te deixa com rugas. - respondeu Gabriel seriamente. Ele sentiu seu bolso interno do casaco sacudir levemente, Plagg estava se matando de rir. Que ótimo, ele vai me zoar pelo resto da minha vida, pensou o jovem.

Adrien se segurou para não rir junto com Plagg. Mas ao voltar a realidade e ver quem estava junto dele, seu rosto assumiu um ar triste. Desde quando Gabriel Agreste pisava no seu quarto supostamente preocupado com ele? Ele nunca se preocupava com o louro. Além disso, por que ele estava o rondando? Ele não é assim. Gabriel só o ronda quando quer do filho alguma coisa.

— O que está fazendo aqui? - perguntou Adrien, depois de um silêncio ensurdecedor.

— Você viu um livro jogado por aí?

— Cl-Claro que não - mentiu Adrien mais uma vez. Ele estava contando tantas mentiras ultimamente que já havia se acostumado. - mas como ele é?

— Ele tem uma capa marrom e... - então olhou para o filho desconfiado - Você está seguro de que não o viu, Adrien?

— Sim senhor, só perguntei para quando eu o ver devolvê-lo ao senhor. - disse nervoso - Agora se me der licença, eu realmente preciso fazer esse dever. - E então, Adrien deu a deixa e Gabriel saiu do quarto de Adrien sem acreditar nas palavras do filho.

— Plagg, você viu a preocupação que ele estava ao perguntar sobre o livro? - disse em um tom de acusação. - Ele sabe de alguma coisa, mas eu preciso saber onde está aquele maldito livro logo.

— Você já parou pra pensar que seu livro possa ter caído no meio daquela confusão toda, e a Ladybug tenha o pegado acidentalmente para devolver depois? - indagou Plagg tentando acalmá-lo.

— Pode até ser... da próxima vez que eu encontrá-la vou perguntar, mas sem dizer o que eu perdi, vai que ela me conhece né - Adrien disse numa mistura de vergonha e ansiedade enquanto coçava a nuca. - Agora me lembrei, hoje é dia de ronda e eu poderei falar com ela. - além de me deliciar com sua voz suave e sua graciosidade ao andar, pensou ele.

Do outro lado da cidade, em uma padaria estava Marinette, que supostamente havia acabado de voltar da escola - na verdade havia retornado do embate com Laila/Volpina ou quem quer que seja... estava demasiada cansada para pensar nisso - ao abrir a porta da padaria, sua mãe a abraçou e deu-lhe um beijo em sua bochecha e perguntou como havia sido a aula, a azulada lhe disse que foi tudo normal - como sempre - então deu um beijo em seu pai e foi direto ao seu quarto.

Marinette Dupain-Cheng estuda no mesmo colégio que Adrien. Marinette sonha em ser uma designer de moda famosa e está treinando para isso. Ela mora atrás de uma padaria, a padaria Dupain-Cheng de seus pais, Tom e Sabine. Seus pais são maravilhosos com ela. Ela é meio Chinesa e meio Francesa, seus olhos são azuis como a noite, seu cabelo é em um tom azulado onde sempre é preso em maria-chiquinhas. Tem uma queda por seu colega de classe, Adrien Agreste. Sua vida passou a melhorar depois que ela encontrou uma caixinha contendo brincos vermelhos e ao abri-la deu de cara com Tikki, sua kwami que lhe disse que iria conceder o poder da construção e que iria ser conhecida como Ladybug. Seu superpoder-secreto é o Talismã, ao proferir a palavra "Talismã" aparece um objeto diferente e com sua supervisão ela precisa achar onde o akuma está e destruí-lo. Akuma são borboletas que são penetradas com magia negra por Hawk Moth.

Marinette essa noite estava inquieta pelos acontecimentos do dia e com esse sentimento ela decidiu desabafar com sua kwami que se tornou alguém muito especial para ela e acima de tudo, sua amiga.

— Por que será que um livro que fala sobre a Ladybug e o Chat Noir estaria com o Adrien, Tikki? - Marinette perguntou à Tikki, sentando em sua cama e pegando o livro para vê-lo com mais calma. - Olha isso Tikki!! - ela exclamou - É o Hawk Moth! - disse surpresa.

— Não sei Marinette, talvez ele goste de super-heróis - respondeu ela sem muita convicção. - E sim, é o Hawk Moth. - suspirou tristemente.

— O que ele faz em um livro de super-heróis? - perguntou Marinette confusa.

— Olha Marinette, eu prometo lhe responder, mas não agora, eu respondo depois. Agora você precisa fazer seu dever de casa - disse Tikki, adiando a resposta que mudaria a vida dela para sempre. - Vamos Mari, você precisa fazer o dever de Revolução Francesa.

— Tudo bem, Tikki. Mas olha, eu não vou esquecer. - respondeu séria - Preciso terminar esse dever o mais rápido possível, hoje tem ronda com o Chat e não posso me atrasar. - balbuciou ela - Enquanto você Tikki, descanse bem, a noite vai ser longa. - aconselhou a azulada.

— Tudo bem Mari, confie em você. - respondeu Tikki indo para a cama que Marinette fez para ela.

 

 

Mais tarde naquele mesmo dia...

A noite finalmente chegara. O horário marcado para a ronda estava perto. E Adrien já havia se transformado em Chat Noir e no momento estava vagando de prédio em prédio a procura de sua Lady. Ele estava nervoso, pois iria se encontrar com ela e perguntar sobre seu livro, mas como fazê-lo sem revelar resquícios de sua identidade?!

— E aí gatinho? - ressoaram os sinos da voz dela.

— MIAU!! - exclamou assustado - Que susto, bugboo! De onde você surgiu? - disse ele dando um meio sorriso malicioso.

— Já não falei para você parar de me chamar de bugboo? - disse ela irritada, mas sem conseguir conter um meio sorriso.

— Desculpa aí nervosinha! Mas agora na boa, precisamos conversar... - Chat Noir disse em um tom mais sério.

— Sobre o quê? - perguntou cautelosa. Pelo tom de vez da minha Lady, provavelmente foi ela quem pegou o livro, pensou Adrien aliviado.

— Bem, eu estava pensando se por algum acaso durante a nossa batalha com a Volpina você viu algo cair de mim, além do meu amor por você? - Adrien soltou a cantada sem um pingo de vergonha na cara, mas recobrou a cara séria logo depois.

— Achei que estávamos falando sério Chat. - respondeu ela revirando os olhos sem paciência.

— Desculpe My Lady, mas então, você viu algo cair? Ou pegou algo por engano? - perguntou receoso, mas na esperança de que ela estivesse com seu livro e o devolvesse. Infelizmente Ladybug entendeu a expressão dele errado.

— Você por acaso está me acusando, Chat Noir? - ela lhe deu um olhar desconfiado.

— Não! Ló-lógico que não! Só só estou... perguntando! - responde gaguejando de nervoso.

— Olhe, para sua informação não vi e nem peguei nada seu! - disse ela, brava e ao mesmo tempo ofendida. - Mas o que você perdeu e por que está tão preocupado?

— É...e-eu perdi um li-livro sobre...mitologia negra! - disse gaguejando muito - Quero dizer, grega! - corrige ele rapidamente.

— Hm... - responde ela estranhando a situação toda. Será que... não! O Chat Noir não pode ser o Adrien! O Adrien é bonito, inteligente, gentil, bonito, criativo, bonito?! Resumindo, ele é tudo de bom! Já o Chat Noir é...o Chat Noir, pensou ela.

— My Lady, tá tudo bem? - pergunta ele, tirando-a de seus pensamentos.

— Tô. - responde em um tom rude - Agora vamos fazer a ronda! Aliás, não é para isso que estamos aqui?

— Ok! - disse ele, já se levantando e indo para o lado de Ladybug, eles sempre faziam as rondas juntos.

— Não! - disse ela, o parando rapidamente com as mãos no peito de Chat Noir - Hoje vai cada um para um lado!

— Mas... - disse ele agarrando o braço de sua Lady. - Não fique chateada, por favor... em nenhum momento minha intenção foi te acusar ou algo do tipo. Me desculpe se transpareceu isso. - disse ele chegando perto dela e segurando em seu braço.

— Me solta Chat Noir - disse rispidamente soltando-se dele e atirando seu ioiô em um prédio.


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Notas finais do capítulo

Oiii gente, façam um favor pra tia e comentem a fanfic para nos dar um incentivo, poxa. Vocês não me passam o feedback, como é que eu vou saber se vocês estão gostando?!

Agora alguns avisos de fim de ano:

O primeiro: FELIZ NATAL PARA TODO MUNDOOOO, DESEJO PAZ, SAÚDE, UM NATAL REPLETO DE PESSOAS QUE VOCÊS AMAM E TUDO DO MELHOR.

Segundo: Gente eu não tenho dia certo pra postar, mas será uma vez por semana. OK?!

Agora vamos ao pequeno spoiler de cada capítulo: “- Em primeiro lugar galãzinho, eu sei o que é o amor. Eu já o senti e não foi só com o camembert. Em segundo lugar: cuidado com o que deseja. Isso é horrível, você por algum acaso pensa? APARENTEMENTE NÃO, PORQUE SE PENSASSE, SABERIA QUE OS AKUMAS DO HAWK MOTH FICAM MAIS FORTES A CADA MALDITO DIA E VOCÊ COMO UMA PESSOA EGOÍSTA QUE É, SÓ PENSA EM SI MESMO. - gritou Plagg. - O QUE FOI? ACHA QUE ESTOU ERRADO? VOCÊ NUNCA PAROU PARA PENSAR NISSO NÃO É? ESTÁ TÃO OCUPADO EM VANGLORIAR SUA JOANINHA QUE SE ESQUECEU DE TUDO AO SEU REDOR.”

Eita Braseeeeeeeeeeeeeeeel e agora?! Só semana que vem, aguentem o coração. Aguardem que muitas coisas ainda estão por vir.



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