Sem poder resistir ao olhar de Othon e muito menos ao modo com que se declarou, acabou cedendo e aceitando namorar com ele, óbvio que o homem ficou mais que feliz com a ideia, afinal ele estava voltando a saber o que é amar de verdade.
— Vamos querida? - Ele estava a aguardava na sala, enquanto assistia um jogo qualquer.
— Sim. - Ela sorriu pegando em sua mão.
— Propósito, está linda. - Ele beijou levemente a bochecha da moça.
Desceram o pelos andares do elevador, ele a abraçou pela cintura assim que saiu do prédio, o carro já estava preparado em frente à recepção, o homem agradeceu ao manobrista e entrou no banco do motorista, ela o acompanhou entrando sentando ao seu lado e respirou fundo.
— Lá vamos nós. - Ela respirou fundo.
— Relaxe. - Ele colocou a mão por cima da dela.
Eles iam visitar os pais da moça, Othon estava louco para jogar na cara dos pais dela que ela está bem e feliz. Os pais de Rúbia são advogados renomados daquele lugar, são ricos e carregam uma longa e tradicional história no mundo da advocacia, suas irmãs seguiram os caminhos dos pais, a do meio era o sonho dela, porém a mais velha não teve escolha, já que era prometida desde antes do seu nascimento.
— Chegamos. - Ela anunciou.
— Bela casa. - Disse Othon olha só para a enorme casa.
— Sim, pena que as lembranças daqui de 10 anos para cá não foram boas. - Ela disse olhando para baixo.
Ele a olhou preocupado, talvez não tenha sido uma boa ideia, mas ela seguiu em frente e tocou a campainha, Othon sorriu com a sua coragem, logo estava ao seu lado.
— Aaaaaaah Rúbia, minha linda, por que sumiu? Senti tanto a sua falta. - Uma senhora com uma vestimenta doméstica apareceu na porta.
— Dona Sil, que saudade da senhora. - Elas se abraçam e choram.
— Othon essa é a Dona Sil, cuidou de mim durante os anos vivi nessa casa. Dona Sil, esse é Othon meu namorado e companheiro de trabalho.
— Prazer em conhece-la. - Ele disse abraço a senhora.
— Com todo respeito minha menina, mais seu homem é muito charmoso.
— Obrigado, muito gentil seu elogio senhora. - Ele disse um pouco envergonhado.
— Vamos entrando, venha, estão todos aqui. - Ela os guiou animada até a área do fundo da casa.
— Dona Yolanda, olha quem veio visita-los.
— Meu Deus... É você mesmo Rúbia ?!
— Sim.
A mulher abraçou a filha em um ato inesperado, as lágrimas escorreram dos olhos de ambas, assim que se soltaram, a menina apresentou Othon.
— Mamãe esse é Othon meu namorado e colega de trabalho.
— Ah Sim.
Sua expressão mudou e isso foi muito estranho, todos ali perceberam, porém não falaram nada, até por que não entenderam, mais adiante encontraram Mariah e Karie, as irmãs de Rúbia. Mariah séria e um pouco mais cheinha, grávida talvez, Karie sorridente e com uma criança que deveria ter uns 3 anos em seus braços.
— Rúbia?! - Seu pai perguntou ainda sem acreditar.
Era seu pai, o homem que mais odiou na vida quando fez 18 anos de idade, Jonas é o nome do seu pai. Rúbia o olhou mantendo a uma certa distância do homem, Othon respirou fundo, esse era o homem quem procurava, vendo que a menina não iria falar algo, resolveu tomar a frente.
— Olá senhor, sou Othon, namorado e colega de trabalho da Rúbia. - Diz Othon.
— Advogado?! - Pergunta.
— Não, dono de empresa, resolvi não seguir a tradição do meu falecido pai, não era para mim isso. Mais não vim para falar sobre trabalhos né, queria conhecer a origem de tamanha beleza, educação, competência e dedicação ao fazer aquilo que gosta, mas já vi de onde vem tudo isso, Dona Sil, a senhora está de parabéns. - Othon fala diretamente a Sil. 
— Por que ela? - Pergunta o pai de Rúbia.
— Por que a beleza é a menor das qualidades quando se é uma pessoa como ela. Podemos aproveitar o dia junto com vocês, em família ou ela sairá daqui novamente chateada com vocês? - Othon os encarou.
— Nãão. Maninhaaaaaa que saudade, como senti a sua falta. - Karie pulou nos braços de Rúbia que riu.
— Aí sua louca, vai me derrubar assim.
— Aí maninha, você faz falta aqui.
As horas passam e o momento de tensão passou, Othon e a namorada se enturmou com eles, assim passando um dia agradável, porém os dois tiveram que ir embora, para o evento da noite que estava por vir.