Saber que a morte de sua mãe foi friamente planejada e executada como o combinado, deixou-a totalmente abalada e despedaçada, com os olhos fechados Arianna têm os vultos de momentos com sua mãe, esses quais sofreram muito naqueles últimos meses de vida dela. Arianna sempre viu a luz no fim do túnel quando via seu pai estava muito mal, agora sabendo que Nayare, a sua própria a vó foi a causadora da tristeza de seu pai, a menina sentiu um choque muito grande no peito, foi como se estivesses acertado o coração dela com uma faca. Suas amigas falavam de suas avós, como pessoas carinhosas, boas, que faziam coisas gostosas para comer, que cuidava delas como se elas fossem bebês mesmo estando com seus 15 anos de idade, acordada e olhando para o teto em pela 6 da manhã de um 24 de dezembro. Disposta a fazer justiça pela morte de sua mãe, ela decide começar a montar um plano para desmascarar Nayare e Belinda, ambas dessa vez não sairiam ilesas depois de mais um ato de crueldade. Othon caminha pela casa em silêncio, estava voltando para seu quarto quando ouviu soluços da filha, essa que só nesse momento ele percebeu, que ela era forte, na frente de todos, porém quando estava sozinha, era uma menina frágil.

— Filha... Filha.... Está tudo bem? - Pergunta ele.

— Sim, estou. Estava apenas lembrando da mamãe. - Ela responde enquanto se aconchega nos braços de seu pai.

— Ela faz falta, né? Eu também sinto a falta dela. - Ele afirma com os olhos marejados.

Os dois estavam deitados e acabaram adormecendo, despertando as 10 horas e com o celular dele tocando, ao atender reparou que era Rúbia solicitando a presença de ambos em sua casa, Othon riu e falou que já estavam indo, pediu também para poder levar uma pessoa, essa queria pedir perdão diretamente para a mulher, Rúbia disse que poderia levá-la que até eles chegarem ela já teria pensado no caso, feliz com a resposta, ele avisou a todos sobre a ligação da moça. Ambos se arrumaram e foram para a casa dela, na qual já estavam a mil com as preparações do evento especial que estava por vir, chegando na morada da moça, ela abriu a porta para ambos os três entrarem, as lembranças vieram à tona, Rúbia olhou para Ohana e não sabia como reagir e como seria a reação da moça, porém surpreendeu-se ao sentir o ato de pedido de desculpas, um forte abraço e sua camiseta molhada de lágrimas, essa foi a atitude da irmã de Othon, depois de tantas coisas que havia dito para essa moça.

— Eu precisava me desculpar com todos que fiz mal, inclusive com você, eu estava cega pelas ideias da minha mãe, sofri muito com uma perda muito grande, causada pela minha mãe e acreditei que fazendo tudo o que ela queria, poderia descobrir algo, porém sem sucesso nenhum. - Confessou Ohana.

— Er... Ela morou um tempo no Canadá e conheceu um homem... esse homem é da sua cidade. - Othon jogou na lata de uma vez.

— Eu tenho um primo que foi para esse país, a última vez que falei com ele foi há um ano, ele me disse que a mãe de sua filha, sua esposa tinha morrido no parto. - Ela relembrou na história que o homem lhe contara.

— Não pode ser, pois meu filho era menino, não menina. - A moça lembrou das palavras do médico. - Se bem que... ele poderia ter errado, ou até mesmo... - Ela foi interrompida.

— Mentido. - Arianna joga a palavra na hora.

— Gente, vamos dispersando, vamos começar a arrumar a casa, por que o trabalho é grande, assim que terminarmos, sentamos e resolvemos isso. - Ferraz fala com uma caixa nas mãos.

Todos riram da cara do homem e entraram na casa, Othon tirou o casaco revelando um belo físico, Rúbia que estava ao seu lado quase embebedou com o perfume que tomou conta do ar, Arianna riu junto com Ohana, as duas estavam ao lado de Ximena ajudando-a com a mega árvore de natal, essa que era tradição estar com todos os presentes em baixo, logo chegam Muniz e Paco, pois é os dois foram convidados para essa festa, quem sabe até não temos novos casais por aí. Aos poucos tudo foi se arrumando e tendo o seu lugar naquela casa, que ficara bonita com as decorações, mas também acima de tudo com a felicidade que contagiava todo o ambiente, em meio a tanto barulho de som, conversas e brincadeiras ouve-se a campainha ser tocada, como Ohana estava próxima da porta, decidiu atender a mesma e Arianna acompanhou, ao abri-la seu coração bateu forte e em segundos sentiu tudo rodar e seus olhos pesarem a escuridão tomou conta, ela havia desmaiado.