What if? escrita por Isa


Capítulo 1
One - What if?


Notas iniciais do capítulo

Ideia dessa one surgiu do nada e achei que seria interessante uma perspectiva de como nós, pessoas que amam Ron e Hermione juntos, queremos este casal lindo e apaixonante sempre juntos.



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Assim que os alunos de Hogwarts conheciam os professores Weasley e Granger era impossível não ver que os dois nasceram um para o outro. Todos os alunos, dos mais novos aos mais velhos, suspiravam e debatiam cada interação entre os dois professores. Nenhuma provocação ou discussão passava aos olhos dos alunos.

Todos os dias após o jantar, os alunos da Grifinória se reuniam na sala comunal para contar e comentar o que aconteceu entre os queridos professores. Horas de discussão e sempre chegavam a mesma conclusão, eles eram o casal perfeito. Apenas Ron e Hermione pareciam não saber.

—Nós temos que fazer alguma coisa! –Hannah resmungou olhando cansada para os professores tomando café da manhã lado a lado. Ron deveria ter contado alguma coisa muito engraçada, pois Hermione ria com vontade. –Esses dois precisam ficar juntos antes que eu me forme ou não irei aguentar!

—Outros alunos já tentaram, mas esses dois são muito cabeças dura para entender que nasceram um para o outro. –Tom respondeu no momento que Ron se levantou e puxou a cadeira para que Hermione se levanta-se.

—Precisamos descobrir o que outros alunos não conseguiram. –Paul falou determinado. –Alguma coisa nós estamos deixando escapar.

Hermione Granger foi a aluna mais brilhante que Hogwarts já teve, alcançou nota máxima nos NIEMs e seguiu carreira no Ministério trabalhando por anos ao lado do Ministro até a diretora Minerva a convidar para lecionar a disciplina de Feitiços. Alguns anos antes, Ron Weasley também deixou o cargo de auror para ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Desde então, Ron e Hermione viviam em uma competição para provar quem era o melhor professor.

O conflito diário era muitas vezes demais para os pobres alunos que não apenas os alunos pertencentes a Grifinória torciam para o casal platônico. Alunos de outras casas também desejavam que eles fossem um casal.

A curiosidade aumentava com o fato de nenhum dos dois mencionar nada sobre suas vidas fora dos portões de Hogwarts. Sabiam que ambos tinham acordado com Minerva que continuariam a morar em suas residências em Londres, então toda manhã, juntos, Ron e Hermione chegavam via rede flu para mais um dia.

Motivos para a torcida ao casal não faltavam. Além do fato dos dois sempre estarem juntos fora de sala de aula, as provocações podiam ser facilmente vistas como flertes. Ron não perdia a oportunidade de dizer algo que deixasse Hermione com as bochechas coradas. Mas Hermione também tinha seus momentos, por várias vezes alguns alunos conseguiram ver bilhetes dela chegarem até a sala de Ron e ele terminar de ler com um sorriso discreto enquanto picava o bilhete em muitos pedaços para depois dispensar os alunos com alguma atividade para fazerem nas mesas do Salão Principal.

Tanto Ron quanto Hermione eram requisitados pelo Ministro algumas vezes para ajudá-lo em alguma missão importante. Weasley conseguia disfarçar melhor a falta que Hermione fazia, o bom humor claramente era afetado, mas mesmo assim o professor conduzia suas aulas normalmente. Já Hermione era completamente diferente sem a presença de Ron, ficava ainda mais reservada e era possível ver a apreensão sentida por ela, mas era só ver ou escutar a voz dele para Hermione respirar aliviada e voltar a conduzir suas aulas com um sorriso no rosto.

Hannah já havia desistido de ver seus queridos professores juntos, passou sete anos da sua vida imaginando o futuro deles. Talvez não fosse nada além da imaginação de adolescentes e Ron e Hermione fossem apenas bons colegas de profissão. Até a noite que escutou um pedaço da conversa entre Hermione e Ron na sala dele.

—Nós podemos comprar os presentes de Natal sábado, o que acha? –Ron comentou enquanto a assistia corrigir vários pergaminhos entediado. –Faz meses que não vamos a Hogsmeade...

—Eu preciso devolver esses pergaminhos aos alunos do sétimo ano. –ela o interrompeu sem tirar os olhos do pergaminho a sua frente. –Eles precisam estudar para os N.I.E.M's.

—Tomar uma cerveja amanteigada. –completou ele emburrado com a negativa.

—Sinto muito, Ron. –Hermione deixou a pena de lado e apoiou a sua mão na dele como forma de consola-lo.

A interação entre eles era tão normal e parecia ser tão comum que Hannah ficou paralisada na porta, apenas os observando com o coração palpitando.

—Hannah? –Hermione chamou a sua aluna, ainda segurando a mão de Ron, após notar a sua presença. –Precisa de algo?

—Sim, desculpa. –Hannah respondeu tentando manter o controle e caminhou até a mesa onde Hermione estava sentada e Ron apoiado. –Vim devolver o livro que a senhora me emprestou.

—Não tinha presa, Hannah. –ela deixou a mão de Ron para aceitar o livro. –Agora volte para o dormitório, pois já passou da hora.

—Claro, professora Granger. –Hannah queria ficar e observar o seu casal platônico, mas também não queria atrapalha-los, então se despediu sabendo do alvoroço que causaria ao contar a cena que presenciara para os colegas na sala comunal. –Boa noite, professora Granger. Boa noite, professor Weasley.

—Boa noite. –ambos responderam sorrindo.

Antes de se afastar da sala, Hannah pode ouvir uma última conversa.

—Vamos, me dá metade desses pergaminhos. –pediu Ron derrotado. –Assim você não terá como negar o meu convite.

—O que você sabe sobre feitiços? –perguntou Hermione divertida.

—Eu tenho a melhor professora de feitiços. –ele piscou abrindo o primeiro pergaminho antes de fazer uma careta de espanto. –Talvez eu seja um péssimo aluno.

—Silencio, Ronald! –ela o repreendeu. –Preciso chegar em casa antes da hora de dormir.

Não havia outro assunto entre os alunos do que a conversa presenciada por Hannah. Agora todos os alunos queriam estar em Hogsmeade sábado, mas infelizmente este sábado não era um dia de visita liberado então apenas os alunos mais velhos poderiam deixar Hogwarts.

Nem mesmo o frio e a neve impediram que Tom, Paul, Hannah e Anne fossem para Hogsmeade. Os amigos perambularam por horas entrando e saindo das várias lojas atrás do casal, mas nenhum um sinal. Cansados e com frio, Paul os convenceu que uma cerveja amanteigada era o que eles precisavam para levantar os ânimos.

—Talvez Hannah tenha batido a cabeça e imaginou a conversa. –Tom provocou a amiga.

—Foi a última vez que a obsessão por eles me cegou. –Paul juntou-se aos amigos trazendo as cervejas amanteigadas tremendo de frio devido a neve. –Onde eu estava com a cabeça quando concordei em sair nessa neve?

—Você estava tão curioso quanto nós. –Hannah rebateu, não iria levar a culpa. –Talvez a...

—Talvez vocês devessem parar de brigar e ver quem acabou de entrar. –Anne chamou a atenção dos amigos.

Quatro pares de olhos se voltaram para o balcão a tempo de ver Ronald Weasley tirando a neve do corpo e ajudando um menino, igualmente ruivo, a fazer o mesmo. A criança não deveria ter mais do que cinco anos segundo a análise de Anne e era incrivelmente parecido com o ruivo mais velho. Definitivamente eram pai e filho. Os amigos começaram a debater a existência da criança na história, várias hipóteses e teorias surgiram, e acabaram não prestando atenção quando Ron e o menino deixaram o Três Vassouras.

—Nós precisamos encontra-los! –Hannah falou determinada. –Não podemos deixar Hermione ver o que acabamos de presenciar.

—Tenho certeza que a professora Hermione deve saber da existência dessa criança. –Paul ponderou. –Eles parecem ser amigos, em algum momento Ron deve ter contado sobre o filho.

—E se a esposa do professor morreu drasticamente e o menino pede todos os dias por uma mãe como Hermione ao pai. –Anne disse reacendendo a esperança do grupo no casal. –Vamos, gente!

A introdução do menino ruivo a história foi um balde de água fria que deixou o desejo dos professores serem um casal ficou ainda mais distante. As meninas conseguiram convencer os amigos a deixar o calor do Três Vassouras e andarem pelas ruas de Hogsmeade.

—Poderia ser um sobrinho. –Tom tentou melhorar o ânimo.

—Tom tem razão! –Hannah parou de repente sorrindo com a hipótese sugerida por Tom. –Como não pensamos nisso antes?

—Mas eles pareceram idênticos para mim. –Paul foi empurrado por uma senhora que carregava um monte de sacolas. –Não quero desanima-los, mas...

O grupo fingiu não escutar o negativismo de Paul e seguiu andando com dificuldade devido a neve e as pessoas que faziam as compras para o natal. Eles estavam tão concentrados em tentar achar uma resposta para cada pergunta que acabaram trombando em uma mulher que vinha no sentido contrario. Demorou um pouco para identificar devido aos vários casacos cobertos por neve, mas aquela mulher com toda a certeza era Hermione Granger.

—Olá, meninos! –Hermione os cumprimentou sorrindo, mesmo tendo o seu copo de café quente derrubado no chão. –Aproveitando o sábado para passear?

—Sim! Os meninos queriam visitar a Dedos de Mel. –Anne respondeu rapidamente antes que o silencio e a cara de espanto dos quatro ficasse estranho demais. –E a senhora?

—Compras para o natal. –respondeu ela tranquilamente. –Talvez uma cerveja amanteigada depois.

—Ótima ideia! –Hannah estava em silencio até então, preocupada demais em Ron e sua família feliz aparecer, pois Hermione não merecia, muito menos eles.

—Mas antes eu preciso... –Hermione foi interrompida por duas vozes infantis.

—Mãe! –as crianças se aproximaram, cada uma parando de um lado de Hermione, ambos cobertos dos pés a cabeça para se protegerem do frio. –Finalmente te achamos!

—Oi, crianças! –Hermione arrumou a touca do menor, o mesmo menino que viram no Três Vassouras com o professor Weasley. –Achei que tínhamos combinado de nos encontrar no Três Vassouras.

—Nós fomos lá, mas você não estava então o papai nos levou para a Dedos de Mel. –respondeu a criança mais velha e também ruiva. A menina deveria ter menos de 10 anos. –Podemos ir?

—Claro, querida. –Hermione sorri para os filhos encerrando a conversa e volta a atenção para os quatro alunos parados a sua frente completamente em choques.

—Nós, hum... –Paul foi o primeiro a falar tentando suavizar o espanto dos amigos. –Nós não sabíamos que a professora tinha filhos.

—Apenas esses dois. –Granger respondeu aceitando o pedido de colo do menor. –Este é o Hugo. –para em seguida segurar a mão da menina. –E esta é a Rose.

—E o pai? –Hannah deixou a pergunta escapar, ela ou um dos amigos logo fariam a pergunta de qualquer jeito.

Hermione parou por um momento sem entender a pergunta. Olhou para os filhos e franziu a testa pronta para responder, mas uma pessoa surgiu atrás dos alunos e respondeu por ela.

—Sempre falaram que Rose e Hugo são a minha cara. –falou Ron chamando a atenção dos alunos que viraram imediatamente para ele assim que escutaram a voz tão conhecida do professor. –Vocês não acharam?

—Você... e a professora Granger? –foi impossível Anne não gaguejar. O efeito da cerveja amanteigada e a descoberta bombástica estavam fazendo o seu estômago revirar.

—Estamos juntos há mais de dez anos. –Ron respondeu sorrindo orgulhoso para a esposa e filhos.

—Vocês não sabiam? –Hermione achou graça na expressão de confusão dos quatro adolescentes na sua frente. –Eu preferi usar o meu sobrenome de solteira em Hogwarts para não causar confusão. Vocês sabem, dois professores Weasley.

Os amigos continuaram boquiabertos tentando absorver todas as informações. Hugo chamou a atenção para si ao cochichar algo no ouvido da mãe que apenas sorriu e balançou a cabeça concordando.

—Bom, alguém aqui está com fome. –Hermione entregou Hugo a Ron que acomodou o filho no colo. –Puxou o pai. –ela riu junto com o marido antes de continuar. –Bom passeio, meninos! Não voltem tarde para Hogwarts ou contarei para a diretora Minerva.

—Não seja malvada, amor. –falou Ron sem deixar de sorrir ao apelido carinhoso. –Até segunda-feira, crianças.

A família se afastou em direção ao Três Vassouras enquanto os quatro amigos tentavam conter a felicidade e euforia com a descoberta. O mais rápido que a neve permitiu, eles correram em direção a Hogwarts, precisavam compartilhar com os demais a notícia. O casal Granger e Weasley era real, tão real que já tinham um longo relacionamento e filhos. A partir de hoje, toda e qualquer interação entre os professores fazia sentido e o melhor, era tudo verdade. Afinal Ron e Hermione nasceram um para o outro.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Primeira one que eu escrevo. Espero que tenham gostado. Aposto que todos nós nos identificamos na pele dos alunos querendo a todo custo "juntar" esses dois, mal sabiam os coitados que Ron e Hermione já eram casados e com filhos hahaha

Não deixem de me dizer o que acharam, por favor. Beijos e até a próxima :)