My Brat escrita por Luciana S


Capítulo 5
Capítulo 4 - Como Romeu e Julieta


Notas iniciais do capítulo

Hellooo
Agora que a história vai realmente começar
:) desculpe a demora



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t 4

                               [ Oh SeHun - 14 anos ]

                Cinco dias depois do meu "término" pude perceber que minha vida estava finalmente voltando ao normal, meus amigos continuam usando dinheiro para si mesmos, sendo egoístas como sempre; SuHo hyung voltou a ficar chato, na verdade, ele só não era rabugento com a pirralha; tirei o sorrisinho de deboche dos rostos do BaekHyun e do Kai, eles adoravam debochar jogando piadinhas sobre meu "namoro" com a Sam Soon e a melhor parte, não preciso mais ficar olhando aquele sorrisinho de anjo caído; concluindo acho que estar tudo fluindo de maneira perfeita na minha vida.

                Olhei o Kai e BaekHyun vindo pulando em volta do Tao hyung que estava andando estiloso como sempre e carregando um sorriso muito empolgado dessa vez, foi quando notei que estava andando com uma sacola muito chamativa em suas mãos e nesse instante soltei o meu caderno, reparei que o LuHan hyung que estava tomando milk-shake de morango colocou na mesinha de centro e levantou o pescoço já antenado no que vinha nas mãos do nosso querido pandinha.

                - Abre logo! - podemos ouvir Kai pedindo desesperado.

                - Calma, deixa eu me sentar - Tao hyung o olhou sério e se sentou ao lado do LuHan hyung - Cadê o Kris hyung?

                - Ele teve uma reunião familiar - LuHan hyung falou fazendo o outro rolar os olhos bufando.

                - Imagino sobre o que seja!

                BaekHyun fez uma breve massagem nos ombros do nosso amigo que havia acabado de se irritar e ele forçou um sorriso.

                - Não vou me estressar! - bateu palma - Comprei o celular com o tal do Android!

                Todos batemos palmas empolgados.

                Outro dia estava sentado na minha sala enrolando meus pais que me mandavam ir dormir, estava assistindo tv e passou um comercial sobre um novo celular, de cara o achei com design da hora; aí começou a falar das novidades que vinha nesse modelo, até que falou de um tal de android e não teve como não ter curiosidade para tê-lo, mas o preço não era acessível a meros mortais como eu; mas é a mortais como Tao hyung que podem ter.

                - Então abra logo! - LuHan hyung o apressou.

                Tao hyung lhe dirigiu um sorriso com os olhos brilhando de felicidade e assentiu.

                - Okay!

                Ficamos atentos observando-o tirar a caixa da sacola, em seguida, foi abrindo tirando todos os acessórios do lugare depois tirando o celular. Ele deslizou a parte da tela e deu para ver aquele teclado maravilhoso, era simplesmente perfeito, vai demorar para lançarem um melhor que essa perfeição.

                - Olha só as teclas! - BaekHyun estava boquiaberto.

                - Dar para baixar jogos pelo google play - Kai falou algo que todos já haviam pesquisado - Deve ser demais, talvez, daqui à dez anos eu compre um desses!

                - Talvez, eu compre junto contigo - rimos.

                - O problema é que tem que deixar carregando - Tao hyung fez bico chateado - Vou perguntar para o SuHo hyung se posso deixar carregando no escritório do pai dele - se levantou com as coisas.

                - Faça isso mesmo - LuHan hyung deu um tapa na bunda dele e os outros dois foram o seguindo para um outro canto.

                Ficamos conversando sobre o celular, depois nos calamos; voltei para meu dever de casa e o hyung para seu milk-shake; mas algo não saía da minha cabeça, porque os pais do Kris hyung estavam querendo afasta-lo daqui e principalmente do Tao hyung; eles sempre foram bons amigos e lembro que visitavam um ao outro, muito estranho isso estar ocorrendo do nada.

                - Hyung!

                O hyung me olhou acenando com a cabeça para falar logo o que queria.

                - Você sabe por que desse problema todo com a amizade do Kris hyung e o Tao hyung? – questionei, mas pude perceber que o hyung respirou fundo e se remexeu, parecia estar decidindo se ia falar ou se ia se manter em silêncio.

                - Não posso dizer, pois é algo que os dois ainda estão decidindo, mas não é algo ruim - sorriu me tranquilizando - Só os pais deles que são chatos com baboseiras!

                - Ah.. Acho que devo agradecer pela sua resposta - falei fazendo o hyung gargalhar.

                - Cadê o nosso menininho? - olhou em volta procurando a Sam Soon, ele a chama de menininho, claro que não na frente dela - Ela não apareceu hoje... Que estranho!

                Então as coisas estranhas são perfeitas, pois estou adorando.

                - Eu pedi para ela não aparecer mais aqui...

                Uma voz logo de trás me interrompeu, fazendo eu dar um pulo assustado no sofá.

                - Então é por isso que ela não apareceu ontem também? - ChanYeol estava com uma expressão não muito boa - Deixa só o hyung ficar sabendo que você se livrou da sua mascotinho, você vai ficar encrencado.

                - Isso se vocês contarem para ele! - cruzei os braços o encarando sério.

                - E ainda está nos chamando de fofoqueiros? - ameaçou a me dar um tapa no pescoço - Pode deixar que a primeira coisa que vou fazer assim que encontra-la, vai ser trazê-la pra cá!  

                - Você não vai conseguir fazer isso, hyung, ela não virá mais aqui de jeito algum - sorri tranquilo.

                Ainda lembro do olhar chorão quando aceitou o nosso falso término e foi embora sabendo que nunca mais viria aqui; ela não viria aqui sabendo que se meus pais souberem podem me colocar de castigo e me baterem.

                - Seu idiota, não fale comigo - saiu indo cuidar do balcão.

                Bufei vendo as costas dele.

                O que tem de tão legal naquela garota? Só ficava perguntando baboseiras para eles e ainda gastavam dinheiro com ela, já, já a esquecem logo.

                - Você vacilou mesmo – LuHan hyung falou balançando a cabeça de modo reprovador - A menina ficava quieta andando conosco, você só ficava aqui prestando atenção fingindo está estudando, acho que fez uma tempestade em um copo d'água.

                - Hyung, ela estava espalhando para todo mundo que era minha namorada, até mesmo a Kristine nonna estar acreditando nessa história! - me defendi.

                - Por que não parou para conversar com ela e explicava que era ilusão de criança? - indagou me olhando como se eu fosse um burro.

                - Não pensei nisso - cruzei os braços desanimado só visivelmente, melhor era fingir concordar do que ficar levando sermão atoa - Mas agora já era, ela não irá aparecer mais..

                - Tem certeza disso? - ele me olhou rindo e estreitei o olhar - Aquele garotinho entrando junto com o Lay hyung me diz ao contrário...

                - Não acredito - fiquei boquiaberto.

                - Seja o que for que você fez, não deu certo - parecia se saborear com o fracasso da minha liberdade...

                Por que ela não me obedeceu? Se ela gosta mesmo de mim, como deu a entender, devia ter tentado me proteger dos meus pais raivosos, mas fez exatamente ao contrário! Então ela estava fazendo uma pegadinha?

 

 

                               [ Kim Sam Soon - 12 anos ]

 

                Penso que tudo foi causado por um atraso, demorei muito para perceber meus sentimentos, tempo o suficiente para que os laços dele com a unnie parecessem mais fortes; tempo o suficiente dele ter que tomar a atitude no momento errado e acabar causando escândalo a sua família. Quem dera eu pudesse voltar no tempo e ter sido um pouco mais agradável com o oppa; assim ele veria logo meu lado bom e eu perceberia logo que era apenas ciúmes; mas infelizmente não dá para voltar no tempo e tentar fazer as coisas melhorarem.

                Por esse sentimento de culpa que estou aqui em plena aula não conseguindo me concentrar, nem ao menos estou tentando me concentrar nela e ninguém ao menos estar me notando, não tenho nem amigos.

                Olhei para lado vendo as meninas trocando bilhetinhos e rindo, queria ter uma amiga nesse momento, talvez ela me consolaria que nem naqueles dramas que minha vó vive assistindo.

—Kim Sam Soon, leia este pedaço – a professora me despertou e a encarei; ela estava com uma cara séria e cruzou os braços – Você deve saber muito bem onde paramos.

Dei um sorriso amarelo e umedeci os lábios.

—Na verdade, não, eu estava pensando muuito sobre o que a senhora contava e acabei me perdendo – arrisquei tentar enganar.

—Então terei o prazer de não a deixar perdida. Terceiro parágrafo, página 173 – mandou me deixando muito espantada – Por favor, levantasse e leia para a turma.

—Olhei em volta, levantei fazendo questão de demonstrar meu descontentamento e peguei o livro, virando as páginas e me surpreendendo com o tanto que me perdi.

— Me surpreende pensar que, com uma história meio Romeu e Julieta a gente conseguiu e ainda consegue superar todas as dificuldades e desafios, porque o amor fala mais alto no fim das contas – li meio embolado e fazendo as meninas soltarem risadinhas.

“Nem sabe ler”

Apertei o caderno me segurando para não ir dar um murro na cara daquela tonta.

—O que você diz sobre esse pedaço? – professora perguntou parecendo aguardar muito pela minha resposta.

—Sobre? – apontei pro livro e ela assentiu – Que eles passam por qualquer obstáculo para ficarem juntos – respondi.

—Não acha isso lindo? – indagou sorridente.

Abaixei a cabeça pensativa e neguei.

—Não quando isso te afasta de sua família, o amor vem primeiro da família, então, ela tem que sempre estar em primeiro lugar – dei minha opinião.

A professora ficou em silêncio pensando no que respondi, mas acabei ouvindo uma risadinha daquela girafa irritante e um comentário.

“Família? Olha quem estar dizendo..”

Larguei o livro na mesa, fez barulho o suficiente para chamar a atenção de todos e caminhei em direção onde aquela idiota estava sentada; parei bem na sua frente mostrando o quão irritada eu estava. A professora mandava voltar para o meu lugar, mas não dei nenhum passo sequer e dei um belo tapa na cara dela.

—Não pedi sua opinião – e lhe dei outro na outra bochecha.

A professora veio gritando comigo, me puxando para fora de sala, eu tentava me defender dizendo que foi ela que começou, mas ela simplesmente continuava me puxando pela orelha até a diretoria e sentei ouvindo um sermão. Após um bom tempo a idiota apareceu chorando com as mãos nas bochechas como se estivessem sangrando e deveria estar, assim ela morria seca que nem seu cérebro.

—Ela é uma louca, levantou do nada me batendo! – me acusou.

A diretora me encarou muito rígida e estufou o peito ajeitando seu terninho verde horroroso.

—Eu te avisei que ficaria suspensa por três dias se viesse mais alguma reclamação de briga...

—Mas ela insultou minha família... – me interrompeu.

—E você é sempre a vítima, né? – sorriu insinuando que faço de coitada.

—E você nunca acredita em mim!

Ela me encarou muito séria e assinou algo.

—Amanhã enviarei uma inspetora para conversar com sua vó... – minha vó não estar podendo vir ao colégio, por isso, ultimamente tenho vindo sozinha - ... Do Bong Soo, vá a enfermaria, seus pais já estão vindo – ela sorriu amável.

—Tá bom diretora – ela já não estava chorando e me encarou com um sorrisinho maldoso.

—Viu? – perguntei apontando para Do Bong Soo que acabava de sair, só que a diretora me ignorou.

—Se ajoelhe no canto de grãos de feijão com as mãos para o alto – mandou.

Sem contestar para não piorar minha situação, fui para o canto fazer logo o que ela mandou; um dia ainda vou provar que estou certa e quem vai estar de joelhos serão os superiores desse colégio, vão pedir desculpas por essa injustiça.

Ao término do horário de aula, sai sendo empurrada pelas amiguinhas daquela girafa de pernas tortas e continuei meu caminho lamentando por não poder ir ao Fliperama, era tão a companhia dos oppas e ainda por cima admirar o SeHun oppa estudando; mas agora vou ter que ir pra casa e ficar no tédio...

—Kim Sam Soon! – ouvi uma voz masculina me chamando e me virei para ver quem era – Hey venha aqui – Lay oppa estava do outro lado da calçada e parecia nem notar que havia se tornado o centro das atenções.

—Oppa! – sorri correndo até ele.

—Vim te buscar, vamos ao Fliperama – colocou seu skate no chão e colocou um dos pés em cima – Preciso passar de uma fase e não quero gastar uma fortuna de novo.

—Eu não posso ir – fiquei cabisbaixa.

—Por que não pode? – ficou todo perdido.

—Porque meu namoro terminou e a família não quer nos ver perto um do outro – contei.

Ele ficou em silêncio um tempão, estava encarando o nada, estreitava olhar e virava um pouco a cabeça parecendo querer entender a teoria do universo, logo em seguida me olhou.

—Namoro? – aproximou o rosto me olhando confuso e balançou ignorando a situação – Vamos, é só hoje... Juro que te pago um lanche bem gostoso – minha barriga roncou na hora – Vamos – assenti.

É só por hoje mesmo, eu vejo o SeHun oppa só um pouquinho e vou embora, assim mato um pouco a saudade pelo menos e melhora o meu dia.

Assim que chegamos o ChanYeol oppa ficou todo empolgado, saiu me abraçando e mandando eu entrar, ganhei cinco fichas grátis e me senti muito feliz por isso; fui entrando na loja procurando pelo oppa, ele com certeza estaria no cantinho de sempre e o pude o ver, ele estava conversando com o LuHan oppa; parecia tão cabisbaixo, até que o oppa mais velho me viu e mostrou para a minha presença; o queixo do SeHun oppa caiu de tão surpreso que estava

e segui o Lay oppa que me levava até a máquina do jogo que ele precisava de ajuda.

Após um bom tempo jogando e disfarçando não notar o SeHun oppa me vigiando, percebi que já havia passado da hora de ir embora; entretanto, queria tardar o máximo possível daquele momento; estava sendo tão bom e gostoso esse dia... Mas já estava escuro, minha vó ficaria muito preocupada.

Fui caminhando até a entrada e parei no balcão onde o SuHo oppa estava e o SeHun oppa estava junto.

—Vou indo – sorri.

—Vá com cuidado, Sam – SuHo oppa orientou e assenti sai da loja, mas percebi que estava sendo seguida pelo SeHun oppa e parei me virando para ele.

—Oppa, pode deixar que essa é a última vez, nem se o Lay oppa oferecer dez lanches, não virei mais aqui! – deixei bem claro e arrisquei um sorriso.

Ele ficou calado e continuei caminhando em silêncio, mas do nada senti alguém segurando meu pulso me parando e virei percebendo que era o próprio SeHun oppa.

— Venha sempre – pediu e fiquei boquiaberta – Você pode ir a qualquer lugar que quiser, não deixe nunca mais alguém te impedir.

—Mas seus pais...

—Não importa, somos amigos apenas – me olhou nos olhos e pude sorrir com isso.

—“Amigos”? – assentiu, ótima maneira de não nos afastarmos – Tá bom.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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