A quele Dia Pereceu que jamais acabaria, um turbilhão de coisas invadiam a mente de Samantha Durvalina.

Após chegar em casa e tomar um belo banho, Samantha se deita e alcança seu livro de poesias que esta repousado no criado mudo ao lado de um pequeno abajur roxo de bolinhas brancas, coloca seus óculos e começa a lê-lo, tomando uma xícara de café amargo e forte que repousa sobre o criado mudo na medida que lê o livro. Lá fora a chuva despenca em meio à fortes ventos e trovões que estrondam o céu, tais que de vez em quando assustavam Samantha que lia concentradamente, os galhos da arvore que esta logo ao lado da janela de seu quarto batem contra o vidro com força com o soprar dos ventos. A noite esta fria e o tempo esta negro e sombrio, é como se a lua e qualquer outra luz tivesse se escondido na neblina da noite e na escuridão.

—Ó aí esta você. - Diz Samantha a Teddy Seu Gato Preto com Uma Pinta Branca Na Orelha, que se esfrega em sua perna num pedido enlouquecido de carinho.

Samantha tem passado dias difíceis desde que seu namorado Erick Faleceu, e seu gato tem sido seu companheiro fiel nestes dias.

O dia amanhece como se na noite anterior não tivesse acontecido nada, o céu esta azul e límpido, Samantha levanta e vai direto ao banheiro, prende seu cabelo com um bico de pato que esta sobre a pia e escova os dentes, logo após lavar e secar o rosto, desce as escadas e se direciona até a cozinha, coloca na torradeira dois pães e na chaleira uma quantidade de aguá para um chá, se senta na mesa e abre o notebook, passa pelo seu E-mail atrás de alguma mensagem ou algo de interessante quando é tirada dele pelo apito da chaleira, coloca um pequeno pacote de chá de camomila na xícara e em seguida despeja a aguá dentro, meche com uma colher e volta pra mesa, ao sentar-se passa manteiga na torrada e à morde. Após tomar seu café volta para o quarto e se apronta para ir para o trabalho.

Samantha veste algo confortável, sapato All-Star vermelho, calça Jeans azul escura, regata verde e uma jaqueta preta por cima, na cabeça o rabo de cavalo comprido que ela sempre costuma fazer, pega na cadeira sua bolsa coloca no ombro esquerdo e vai para a garagem, onde encontra seu Verona 1989, entra coloca sua bolsa no banco do passageiro e saí à caminho do Trabalho.

***

Samantha conseguiu o emprego dos seus sonhos, ela trabalha na biblioteca da cidade, que é pacata, todos se conhecem e sempre que chega um novato todos já estão sabendo. Samantha ama este emprego, foi ele que tem a mantido entretida depois do trágico acidente que matou seu namorado, após esta morte, Samantha tem vivido muito só, e sua amiga Elena Torres à indicou neste trabalho. Elena tem se preocupado muito com o estado emocional de Samantha, pois desde o incidente ela tem se fechado para o mundo, e para novos relacionamentos, por isso faz o que pode para tira-lá de casa, Samantha geralmente reluta mas Elena insiste tanto que ela cede.

Samantha chega e estaciona no Estacionamento de funcionários, ela entra na biblioteca e sua chegada é avisada por um pequeno sino que fica acima da porta, ela abre a pequena porta do balcão e se senta numa cadeira de couro marrom reclinável de rodinhas, a sua frente esta um computador já antigo e ultrapassado, que fica em cima de uma mesa beje com três gavetas e uma impressora ao lado grande e branca, atrás de si existe uma grande estante com pequenos quadrados onde estão vários arquivos e fichas para os alugadores de livros. E neste lugar tem sido os dias de Samantha.

Já no fim da tarde, Samantha desligava seu computador para ir embora, quando escuta o barulho do pequeno sino soar na biblioteca inteira, Samantha sente um calafrio e sente seu corpo arrepiar de maneira que jamais havia arrepiado antes, Samantha vira e ve um homem de sobre tudo preto de couro, um chapéu preto e um charuto na boca, que segue em direção a seção de ficção e Terror.

—Senhor a biblioteca já esta fechada. - Mas é ignorada pelo homem, então repete mais alto.

—Senhor a biblioteca já esta fechada, o senhor pode voltar a manhã se quiser.

Samantha já com raiva por ter sido ignorada algo que a deixa com os nervos a flor da pele, saí detrás do balcão e vai atrás do homem.

— Ok espertalhão, quem é você? -Samantha fala tocando-lhe as costas duas vezes com as pontas dos dedos.

***

O homem se vira para ela que se afasta dele com dois passos para trás.

O Estranho Tinha Uma Cicatriz estranha no rosto, começava na testa e terminava na maça do rosto, tinha na boca um charuto que fumava sem parar, e um dente de ouro que reluzia, seus olhos são negros como a noite e sua pele branca como a neve.

—Senhor por favor apague seu charuto -Diz Samantha Ainda Assustada com a aparência do homem- Você não é daqui, é ?!

—Olá Srta. Durvalina, não eu não sou daqui, estou de passagem, mas preciso achar algo entes de ir.

—O senhor pode voltar amanhã se quiser, pois já estou fechando a biblioteca.

—Ok Srta. Durvalina, Amanhã eu voltarei, com certeza.

O homem sai, e Samantha fecha a porta e vira a plaquinha de 'fechado'. Ela volta para o balcão e enquanto desliga o computador sua mente voa até os olhos negros do homem que invadiram os seus de maneira assustadora, seu coração acelera e sua mão fica fria.

—Oh não Samantha, Samantha, Samantha. O que você esta fazendo?! - Pergunta a sí mesma - Você não pode deixar isso acontecer de novo, pare de se machucar.

Samantha desliga tudo, tranca a portinha do balcão e pega as chaves, apaga as luzes e sai da biblioteca, tranca a porta e o cadeado e segue o caminho até sua casa que fica a seis quarterões dali.

Uma nevoa toma conta das ruas de Duvercity, Samantha segue o mesmo caminho de sempre, quando esta a duas quadras de sua casa vê um carro vindo em sua direção. O carro se aproxima e abre as janelas.

—Srta. Durvalina, que sorte encontra lá aqui, estou procurando alguma estalagem, sabe onde há alguma por aqui?

—Sr. ...

—Oh Srta. Durvalina perdoe-me por não ter me apresentado. - Diz ele enquanto salta do carro- Me Chamo Thomas Dark. Encantado - Diz Ele Enquanto Beija Sua Mão.

—Sr. Dark, existe uma, fica perto do Cafféé, próxima esquina a direita, é a única na cidade, mas é muito confortável, a hospedeira é uma Senhora muito agradável, passe lá, com certeza encontrará um quarto disponível. -Diz ela enquanto sai de braços cruzados.

—Obrigado Srta. Durvalina.

—Não foi nada Sr. Dark. - Responde sem olhar para trás.

Samantha chega em casa, coloca sua bolsa na cadeira da mesa, sobe as escadas, joga sua jaqueta na poltrona, se deita na cama e joga os sapatos de lado no chão. Seu pensamento continua em Thomas, este homem realmente mexeu com seu coração, sua mente esta longe e perdida nos olhos negros daquele atraente homem. Quando der repente o toque do seu celular a tira de seus vagos pensamentos. É Elena.

—Alô, Elena?

—Oi Samantha, como foi seu dia hoje?

—Foi normal Elena, Obrigada. Bem não diria que foi tão normal...

—O que aconteceu - Diz Elena de supetão.

—Ah, não foi nada, só que apareceu um homem hoje na biblioteca e ele é meio estranho sabe.

—Samantha Durvalina, você tem que parar com esta mania de desconfiar de todos os homens que chegam perto de você. e pare de chama-los de estranhos. -Diz Elena com tom de repreensão.

—Sim, eu sei Elena, mas ele é estranho, ou meio, sombrio. Mas mesmo assim ele é lindo.