“Então aquele é o pequeno Scorpius. Arrase-o em todos os testes, Rosie”
“Mas não fique muito amiga dele, vovô Weasley nunca a perdoaria se você se casasse com um sangue puro!”
Se não fosse por todas as histórias que seu pai e seu tio Harry contavam sobre a época de escola, Rose já saberia somente por aquelas frases que Rony Weasley não era o maior fã da família Malfoy. A sua rivalidade por Draco, pai de Scorpius, parecia ter se estendido ao filho somente por sua descendência.
Sua mãe sempre pregava que era errado julgar aos outros, fosse pelo seu tipo sanguíneo ou por sua família. Seu tio Harry sempre contava o exemplo dos irmãos Sirius e Regulus Black, assim como a prima deles Andrômeda, a avó de Teddy.
Mas Rose só tinha 11 anos.
Naquela idade, Hermione Granger era uma irritante sabe tudo que não filtrava as suas palavras tão bem quanto quando ficou mais velha e estava sempre querendo agradar aos outros. Rony Weasley filtrava as palavras tão mal quanto ela e também queria provar a todos que ele era mais do que apenas mais um Weasley.
Por isso, talvez, Rose deu tanta atenção às brincadeiras de seu pai. Ela não queria decepcioná-lo. E ainda mais ao seu avô Arthur, que também tinha uma rivalidade com um Malfoy.
Parecia destino que os Weasley tivessem problemas com os Malfoy.
Ela podia sentir os olhares de todos os outros alunos para cima dela. Todos sabiam quem eram os seus pais, embora ela não entendesse muito bem o porquê de serem tão famosos. Até conhecia algumas pessoas que estudariam no mesmo ano que eles, mas a pessoa com quem mais tinha intimidade era o seu primo Albus, então ela seguiu-o cegamente pelos corredores do trem, até encontrarem uma cabine vazia.