O Melhor Natal. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Oii amores!
Essa é uma one-shot natalina Reneslec, em um contexto diferente do que, eu já escrevi sobre eles! Para falar a verdade, nem foca muito no natal, mas como eu me inspiro nessas datas, resolvi colocar um pouco disso aqui.

Eu imagino o Alec como o Daniel Sharman, e a Nessie como a Danielle Campbell aqui, me julguem hahahaha. Mas imaginem, como quiserem!

Quis treinar para fanfics Reneslec, mais para frente, e espero que gostem!

Comentem!

A música do capítulo reflete muito sobre o Alec!

Boa Leitura!



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Música do Capítulo.

           Renesmee sempre gostou do natal; Do clima familiar que os Cullen proporcionavam a ela. Da neve que decorava Forks e a deixava ainda mais fria do que o de costume. Dos presentes pimposos que ganhava de sua tia Alice. Das visitas de sempre, ao seu avô Charlie. Mas, com certeza, naquele ano, o natal não chegou com a felicidade de todos os outros, nem mesmo todos os itens acima, fariam com que um sorriso sincero se formasse em seu rosto.

                    Havia outra coisa que Renesmee gostava mais do que o natal; Seu lado humano, aquele que brigava com sua parte vampira. Mas, naquele momento, o odiou com todas as suas forças, porque era por causa disso, que lágrimas deslizavam por toda sua face, enquanto soluços escapavam por sua garganta. A parte humana doía. Os sentimentos torturavam. O coração latejava.

      Fincou suas unhas, na pele sensível da palma das mãos, e grunhiu de frustração. Passou os olhos úmidos, por cada canto daquele cômodo, a medida que a luz da lua se refletia em seu corpo, pela enorme vidraça da Biblioteca dos Volturi.

         Aquele era o lugar deles.

      Quando chegou ali, naquela noite de 23 de dezembro, a primeira coisa que sentiu foi uma tristeza imaginável. Um sentimento que logo foi substituído por impotência, e que em seguida por frustração. Mas agora, o que sentia era raiva, a mais pura e intensa raiva. Foi movida por ela, que usando sua velocidade vampiresca, Nessie correu até uma das estantes, e começou a jogar livros por todas as paredes escuras. Ela gritava, chorava e soluçava, tudo ao mesmo tempo.

          Passou a jogar alguns vasos decorativos, com séculos de idade, passou horas ouvindo Aro dizer o quanto aquelas peças eram raras e agora elas estavam quebradas. Bom, Aro também disse que ela era rara, e agora ela estava quebrada.

         Foi quando quebrou o último vaso, que algo previsivelmente humano aconteceu; Ela se cortou. O sangue deslizou por seu pulso, com aquela queimação característica. Renesmee encarou aquela área, e lembrou-se das palavras que um dia sua mãe lhe disse. “ É bom sentir dor, a dor deixa nossas partes humanas vivas”

          Aquilo era uma estupidez, sobre nenhuma circunstância, sentir dor era bom. Era o que Nessie pensava, dada sua situação. Não era sobre o corte em sua pele, era sobre o corte em sua alma.

       Ela se jogou contra o chão de madeira, e lá ficou, sentindo-se derrotada. O lado humano ganhou. Nessie queria permanecer ali, encolhida em seu próprio sofrimento, tentando ignorar o que estava prestes a acontecer. Eventualmente, ela sabia, que amanheceria, e ela tinha que sorrir de novo. Mesmo que fosse de modo falso.

        Encarou sua mão novamente, mas dessa vez, não prestava atenção no corte. Olhava, seus dedos, um em particular, onde um belo anel azul, o circulava. Havia ganhado aquele de seu pai, antes de ir para Volterra. Em palavras bonitas, ele lhe disse que enquanto ela o usasse estaria com ela.

               Renesmee tirou o anel. Não queria que ninguém estivesse com ela, naquele momento. Por isso, guardou o guardou no bolso de seu casaco.

              Lembrou-se, de como foi parar ali; Faziam longos anos, que morava no castelo Volturi. Os seres que ela temia desde que nasceu, mas que com o tempo, ganharam a sua confiança . Algo terrível aconteceu, algo que levou seus pais a tomarem a difícil decisão de se separarem dela; Renesmee se tornou descontrolada por sangue. Ninguém previu isso, nem mesmo Alice. Mas a menina fruto do amor verdadeiro de Bella e Edward, apresentava perigo para a descrição dos vampiros, e quem melhor para ensina-la a controlar-se do que os Volturi?

          Ela sofreu tanto com aquela decisão, quanto estava sofrendo naquela noite em si; Não queria deixa-los, mesmo que soubesse que era o certo a fazer. Não queria deixar Jake, a quem achava ser seu verdadeiro amor. Não queria conviver com criaturas inescrupulosas. Mas ela teve que ir, teve que fazer o certo.

                 Ficou combinado de que ela voltaria para casa, em todo os natais, e esse de verdade, era o motivo principal, pelo qual, ela adorava tanto essa data. Ela sempre voltava para o castelo, dois dias depois do natal. Só que os breves dias nevados, com sua família, valiam por todo o ano.

      O trato era, que Renesmee voltaria definitivamente para Forks, após 10 anos de treinamento. Mas, ao que parecia, sua volta seria adiantada.

[...]

      5 anos atrás...

      A parte humana a dominava, em um cenário, em que a parte vampira tinha que controla-la. Suas mãos tremiam de nervosismo, e ela engolia a seco, a cada dois minutos. Demetri, ao seu lado, podia ouvir seu coração batendo desesperadamente, era como se ela fosse um animal, prestes a ir ao abate. O vampiro, se divertia com isso, sorrindo levemente, sem que Nessie notasse.

         Após sua chegada, teve uma audiência dramática com Aro, e agora o vampiro loiro a levava até o quarto que ficaria. Nessie definitivamente, odiava aquele corredor, coberto por longas cortinas de cor rubra. Ela, se sentia sufocada, com a falta de luz.

—Por que não abrem as cortinas? — se viu perguntando, aquilo, e arregalando os olhos depois. Droga de curiosidade!

— Os Volturi gostam do escuro. — Demetri respondeu, dando de ombros. Ignorando o medo dela.

—Por que isso não me surpreende? — murmurou, avaliando mais uma vez aquele corredor, em busca de pelo menos algo que gostasse. Ela encontrou algo que gostaria muito futuramente. E não era bem “algo” era “alguém”. Saindo de um dos milhares de cômodos, do castelo, Alec Volturi surgia, com sua expressão indiferente de sempre.

                 

                Renesmee o encarou, com uma curiosidade diferente, da que teve ao avistar todos os outros vampiros dali. Foi uma curiosidade, que camuflava um desejo obscuro. Ali, o medo sumiu, sendo substituindo por uma coragem absurda.

                          Um sorriso malicioso se formou no rosto de Alec, quando avistou a pequena figura feminina. Ela era bonita, tinha que admitir. O corpo curvilíneo, de um jeito que não era exagerado. Um rosto bem desenhado. Olhos verdes marcantes. Cabelos acobreados e lábios carnudos.

—Ora, ora, se não é a pequena Cullen. — zombou, assumindo uma postura diferente. Renesmee estava tentando buscar algo, para retrucar aquela provocação, mas sua intenção foi interrompida, quando a voz de Demetri foi ouvida.

—Não implique com a híbrida, Alexander. Tem que se dar bem com ela, Aro decretou que você seria responsável por treina-la. — O loiro comunicou, adorando aquilo.

—Treinar uma quase humana? Aro, não está tendo ideias muito coerentes, ultimamente. — falou amargo, mas em seguida, voltou  a sorrir malicioso. —Sou um vampiro, que gosta desesperadamente de sangue. Não deixe seu pescoço bonito a mostra, quem sabe eu não o morda. — debochou, pois queria assusta-la. Afinal, a garota parecia indefesa. Sabia o motivo dela estar ali, mas também sentia, que ela estava assustada com o que fez.

—Só não se esqueça que eu também tenho presas. Não preciso de sangue para morder. — Nessie falou com escárnio, surpreendendo Alec, que a avaliou de cima a baixo, com um olhar diferente.

—Certamente não esquecerei. — decretou sincero.

[...]

               Aquela foi a primeira vez que o viu. O seu Alec. O homem, que a arrancou as palavras mais sinceras. Aquele que provocou suspiros nela, ao toca-la. O homem que ela ensinou a amar e que estranhamente a ensinou a viver.

       Passou a mão por seu rosto, ainda chorando, enquanto as lembranças passavam rápido demais por sua mente. Lembranças felizes. Lembranças com ele.

[...]

   1 semana depois...

    Suor escapava por sua face, a medida, que ela desviava dos movimentos violentos de Alec. Até que estava indo bem, nem tinha muitos machucados ainda...Ao menos, era o que pensava,  até que o Volturi lhe deu uma rasteira, que fez ela cair de forma bruta, contra o tatame, e gemer de dor.

—Ainda não entendi, como levar uma surra, vai fazer com que eu controle minha sede por sangue. — debochou, enquanto levantava-se com dificuldades. Alec, nem se deu ao trabalho de estender a mão para ela.

—Para controlar sua sede, primeiro precisa comandar seu corpo. — explicou, como se aquilo fizesse algum sentido para ela. — Só está reclamando, porque é fraca, sua parte humana te deixa vulnerável, e te dá dor rapidamente. — ele não sabia, o quão certo estava.

—Mesmo que não tenha perguntado; Eu tenho muito orgulho dessa parte humana. — destacou o fato. — E você, Alec Volturi, tem alguma parte humana ai dentro? Ainda te resta algo bom? — indagou o desafiando a responder.

—Sou um vampiro por completo, Renesmee. Não um hibrído. Não tenho parte humanas. — nega, com certo desdém da pergunta.

—A parte humana que eu tenho, não tem nada haver, com o fato de eu ser uma hibrída. Tem haver, com os sentimentos que eu mantenho. Com a esperança e o amor que eu sinto. — explica convicta.

—Esses sentimentos te tornam fraca. — Alec decretou.

             Nesse momento, sem que ele esperasse, Nessie chutou suas costelas, e com sua força sobrenatural, o empurrou, de forma, que ele batesse contra uma das paredes da sala.

—Está errado, Volturi. Esses sentimentos me tornam forte. — contou, e ele a encarou surpreso.

[...]

             A parte humana, a parte com sentimentos a levou até ali.

[...]

        2 meses depois.

          Ela só precisou de algum tempo com ele, para conhecer seus sinais; Sabia que quando, Alec, baixava os olhos, significava que ele iria tentar lhe dar uma chave de braço. Sabia que quando, ele fingia estar planejando um ataque, ele sempre tentava esmurrar seu rosto e sabia também, que todas às vezes que ela se distraía, ele tentava lhe dar uma rasteira.

          Girou seu corpo, e deu um salto tão belo, quanto os que sua tia Alice dava. Desviou de um soco, defendeu um chute, e atacou Alec sem pena. Assim, os dois se embaralharam em uma luta, que resultou em várias paredes rachadas. Nem a parte humana, a deixava perder agora.

—Tenho que admitir, Cullen. Você melhorou bastante. — admitiu, enquanto os dois, andavam pelo corredor, que agora havia ganhado o apresso de Renesmee.

—Tenho que dar os créditos ao meu professor, ele não é de todo mal. — ela estava feliz. Passado dois meses, a mesma já conseguia sentir o cheiro de sangue humano, e não querer atacar de primeira. Afinal, morar naquele lugar, e não cair em tentação, era uma prova difícil. Dado, as coisas que os Volturi faziam, com os turistas.

—Sem piadinhas, Cullen. — ele ordena.

—Serei punida se fizer-las? — provoca, e em sua velocidade vampiresca, está de frente para ele.

                 Alec se faz de indiferente.

—Só não quero que brinque com meu humor. Odiaria te matar, e ser repreendido por Aro. — devolve e Ness ri.

—Até parece que me mataria. Eu sou a sua diversão, nesse castelo tedioso. — diz o obvio.

—Posso encontrar uma diversão, em qualquer outro lugar. Uma diversão bem mais prazerosa. — enfatiza a última palavra, e quando Renesmee nota o significado dela, revira os olhos.

—Como se prostitutas, fossem mais divertidas, do que uma híbrida que aprende rápido. — zomba, em referência ao seu treinamento, mas Alec, arrisca que há um sentido oculto por trás daquilo.

—Não duvide do talento delas. — pede com escárnio.

—Não duvido. Mas, sabe o que eu acho? — questiona, ficando perto dele perigosamente. Mesmo, sem entender o motivo, Alec, assente para que ela continue. —Que sexo, não é a mesma coisa sem amor. Quando você ama a pessoa, com quem está fazendo, tudo é mais intenso,memorável e até mesmo épico. — diz com sinceridade.

—E o que a pequena Cullen, sabe sobre isso? — provoca, querendo não mostrar o quanto se afetou com a conversa.

—Isso não te diz respeito. — responde sorrindo.

—Oh, então quer dizer que o cachorro do pântano, com que namorava, tirou a sua pureza? — questiona, camuflando uma careta.

—Pense bem na descrição que fiz, sobre sexo. Se eu tivesse feito isso com Jacob, o cheiro dele estaria impregnado em mim, para sempre. Consegue, sentir um cheiro de lobo, na minha pele vampira? — ai está a resposta. Que agradou Alec, e muito.

           Pois a única coisa que Renesmee cheirava, era a perigo.

[...]

         Tocou os lábios, lembrando-se da sensação dos deles, sob os seus e suspirou.

[...]

2 anos depois

— Onde está me levando? — Renesmee questiona, o seguindo pelo corredor. O corredor, em que eles tiveram a maioria de suas conversas. Alec, a olha de soslaio e sorri.

—Sua curiosidade humana, é uma das coisas que eu mais odeio em você. — conta e ela revira os olhos.

—Sua incapacidade em fingir que me odeia, é uma das coisas que eu mais odeio em você. — ela retruca, e o sorriso de Alec aumenta.

—Também odeio seu atrevimento. — pontua.

—Não mais do que eu odeio, sua arrogância. — Nessie decreta.

—Sua sinceridade é insuportável. — revida.

—Você me ama. — Ness fala calmamente, e Alec estanca no lugar, se vira e encara a Cullen.

—Você devia retrucar minha provocação agora, não dizer asneiras. — comunica o obvio.

—Na verdade, eu estava te provocando, por que levou tão a sério? — perguntou sem entender, e o Volturi desviou o olhar. Havia se entregado. Achou que ela houvesse descoberto a verdade. Houvesse descoberto, que ele sentia...Coisas...Por ela...Coisas...Quando ela estava por perto...Coisas....quando ela estava longe.

           Os dois conviviam, por dois anos. Ele a treinava, a acompanhava em bailes, a levava para se alimentar controladamente, era até obvio que em algum momento, se envolveria demais.

—Vamos continuar o passeio. — diz e volta a andar rumo a sala, que tinha intenção de mostrar a ela.

                  Ness franze as sobrancelhas, mas concorda.

 Ao adentrarem ao espaço, repleto de livros antigos e em cores rubras, a mesma encarou tudo, completamente encantada.

—É uma biblioteca, que os Volturi não usam com frequência. Digamos, que não é a principal. — explica com desdém.

—É perfeita. — Nessie comenta sorrindo.

—Humanos se deslumbram rápido. — Alec debocha.

                Renesmee o ignora, passando assim, a folhear alguns daqueles exemplares interessantes, então algo acontece, com sua supervelocidade, Alec fica atrás dela, fazendo seu sangue gelar de nervosismo.Ele inspira o cheiro dela disfarçadamente, e em seguida aponta, para um livro a sua frente.

—Esse conta um pouco da história de Aro. — comunica com a voz baixa.

             Ness não dá a mínima, movida por sua coragem, ela se virou, ficando de frente para ele. Seus rostos, próximos demais, para ser considerado seguro para ambos.

—Seu coração está acelerado. — Alec nota, algo que o satisfaz.

—Está. — ela confirma.

—Por quê? — quase implora pela resposta.

—Por você. — admite. — Por você estar perto assim. — explica.

                          Alec a encara, dominado por aqueles sentimentos malditos, ele roça seu nariz no dela, e sem aviso prévio, encosta seus lábios gelados no dela. Renesmee reage aquele contato, enroscando suas mãos, ao redor do pescoço dele, e abrindo espaço, para que a língua do mesmo, adentre em sua boca.  Aquele beijo era tão quente. Tão bom. Tão marcante.

             Em um piscar de olhos, Renesmee se encontra contra uma das estantes, sendo beijada com mais desejo ainda.

         Naquela noite, eles não fizeram sexo. Eles se amaram. A primeira noite dela. Seu primeiro homem. Seu primeiro amor.

[...]

            Ainda podia sentir o cheiro dele, entrando em suas narinas. Podia, sentir seus toques, e suas cariciais.

[...]

       2 Meses depois...   

    Ele sorri com orgulho, quando vê Renesmee vencendo uma luta, contra Demetri, e a mesma pisca para ele, disfarçadamente. Vestida naqueles trajes apertados, que a deixavam ainda mais bela, a mesma se aproximou dele, quando Demetri os deixou a sós.

—Eu sou realmente boa. Venci um vampiro experiente. — fala desdenhosa, enquanto abraçava Alec pela cintura, e ele sorri de seu jeito indiferente.

—Demetri é um fraco. — debocha.

—Eu já venci você. — Ness lembra.

—Porque eu deixei. — Alec fala, revirando os olhos.

—Claro que sim. — Renesmee debocha.

—Não me provoque Cullen, se não eu posso te punir. — falou sorrindo.

—Como? — indaga mordendo os lábios.

—Não queira saber. — Alec diz.

—Eu quero. — após aquilo, ela o beija.

            Estavam se relacionando as escondidas. Um jogo perigoso, em que os dois estavam se arriscando.

[...]

             Foi quando ela voltou, de um dos natais no Cullen, que a relação dos dois mudou completamente. Evoluiu.

5 meses depois...

 — Você é mimada, quer a atenção toda para si. Quer que todos te venerem, só por ser a droga de uma híbrida. Quem liga, eu sou muito mais poderosa que você? — ouvi Jane gritar, após uma discussão boba que tiveram, quando Nessie se ofereceu, para levar alguns convidados até a sala de Aro.

            A irmã de Alec, nunca foi com a cara dela, mas aquela era a primeira vez que se expressava de forma sincera, sobre isso.

—Jane, não seja... — a pequena loira, não deixou que ela terminasse, antes mesmo que Nessie raciocinasse, sentiu uma dor excruciante a dominar. Jane estava usando seus poderes nela.

                          A Cullen gritou desesperada, segurou sua cabeça com as duas mãos, e tentou respirar, mas aquilo parecia impossível no momento. Era intenso demais. Seu nariz começou a sangrar, a medida que a dor aumentava, e sem forças, ela caiu no chão.

              Naquele mesmo momento, Alec adentrou a sala, e arregalou os olhos, quando encontrou Ness sangrando e gritando no chão.

—JANE PARE.  — Ordenou. Mas a irmã não fez isso.

—Também prefere a humana. — diz com desdém.

          Naquele instante, fez algo que nunca havia feito, usou seus poderes contra Jane, logo uma névoa se formou e a loira caiu no chão, por tempo indeterminado.

        Correu até Nessie, e a pegou no chão, enquanto ela chorava de dor. Acariciou seu rosto, e tentou enxugar suas lágrimas.

—Ninguém mais nunca vai te machucar, Cullen. — garantiu, e ela o olhou atordoada. — Ninguém irá machucar que eu amo. — falou convicto.

—Você me ama? — questionou com a voz fraca.

—Você é minha parte humana. Cullen. — admitiu.

—Eu também te amo, Alec Volturi. — disse, quase desmaiando.

            Alec depositou um beijo em sua testa e sorriu.

[...]

  A dor que sentiu naquele dia, não podia nem ser comparada a que sentia agora.

[...]

1 mês depois.

—Posso perguntar algo? — Renesmee questionou, abraçada por ele, enquanto os dois, estavam aproveitando sua folga, em uma das torres do castelo.

—Mesmo que a resposta seja não, você ainda vai perguntar. — Alec afirma, conhecendo ela.

—Você está certo. —Nessie admite. —Então...Qual era a cor dos seus olhos, antes da transformação? — indaga curiosa, e ele sorri.

—Um tom azul intenso. — falou dando de ombros.

—Deviam ser lindos. — ela diz sorrindo.

—Mais alguma pergunta, Cullen? — questiona, arqueando uma sobrancelha.

—Na verdade sim...Por que não dizemos a todos, que estamos juntos? Namoramos há tanto tempo. Eu tenho que passar todos os natais, fingindo que não te quero comigo, lá em Forks.— questiona séria, e Alec a encara, hesitante.

—Bom, seus pais odeiam os Volturi, apesar de você estar sendo treinada por eles. O que a: Eles não gostariam nada de saber que eu estou envolvido com você. Além do mais, isso faria Aro ter expectativas. — Alec murmura a última parte.

—Expectativas sobre o que? — Nessie questiona preocupada.

—Aro desconfia sobre nós, mas ele não tem certeza. Se isso se confirmasse, ele saberia que tem algo que te prende aqui; Eu. Aro não pouparia esforços, para usar esse relacionamento, como uma forma de te trazer definitivamente para guarda. — Alec explica sério.

—E a ideia de eu fazer parte da guarda é tão terrível assim? — pergunta sem entender.

—Lembra-se da promessa que eu te fiz? Da que eu não deixa, ninguém te machucar nunca mais? — Alec indaga e ela assente. —Se você entrar na guarda, não poderei cumpri-la.

[...]

          Se ela soubesse, que aquele era o começo do fim...

    [...]

  Ontem.

—Alec, por favor, pode me escutar? —  Nessie gritou, tentando segui-lo pelo extenso corredor da biblioteca.O vampiro se virou sério e esperou que ela falasse. — Eu falei aquilo automaticamente, não era algo que eu queria realmente. — ela tenta se explicar.

—Na verdade é. Você viu a história dos seus pais, e se inspira nela. É isso que você quer, Renesmee...Aquele conto de fadas, algo que você nunca terá comigo. — Alec grita, e ela dá um passo para trás.

—Isso tudo, por que eu sugeri inocentemente, que poderíamos sair daqui juntos? Ter uma vida, longe desses castelos? — ela indaga sem acreditar.

—Esse futuro não existe para nós, Renesmee. De forma alguma. Não vou sair daqui, porque servir a Aro, é o que eu faço desde sempre, e tentar a rendenção, e ser um vampiro bonzinho, como seu pai foi, não é algo que eu procuro. — foi sincero.

—Por que está sendo tão estúpido? — ela grita também.

—Aro irá te oferecer, uma vaga na guarda, essa noite. — ele comunica, e Renesmee suspira.

—E você quer que eu negue... — supõe.

—Não se preocupe, você não precisará negar. Estou indo dizer a Aro, que você já tem total controle, sobre sua sede por sangue, e que já pode voltar. Antes mesmo que ele te faça a proposta. — Ness demora a notar, o que aquilo significa.

—Você não sairá daqui,  e quer me mandar embora...Você está terminando o que temos? — indaga em tom baixo.

—Você terá um ótimo natal e uma ótima vida com sua família. — ele fala desviando os olhos.

—Alec... — ela tenta falar algo.

—Eu cansei de você, desse relacionamento patético, e não quero mais ter o desprazer de te encarar, nos corredores desse castelo. Quero que você suma daqui, e tenha uma vida humanamente desprezível. — dessa vez, ele a olhou, e parecia indiferente de verdade.

          Doeu em Nessie. Mas não por acreditar naquilo, mas por notar que Alec estava desistindo deles.

[...]

          E agora, ali estava ela, aos prantos, por ir embora, por ter que deixa-lo. Para sempre.

               Afinal, esse era o peso que a parte vampira carregava, quando uma coisa era para sempre. Se tornava para sempre, literalmente.

     Ela nem ao menos notou, o quão cansada estava, e sem que percebesse, acabou adormecendo ali.

                Algum tempo depois, ela se sentiu sendo carregada, e pelo carinho que a pessoa depositou a leva-la, ela só pode supor que fosse Alec.

[...]

        Abriu seus olhos lentamente, e sentiu uma queimação típica, quando a luz do sol, adentrou ao quarto, por conta da janela aberta. Era verdade que os Volturi gostavam de escuro, mas ela não.

        Forçou seus olhos a continuarem abertos, e avaliou seu corpo, notando que estava com a mesma roupa de ontem, o lugar do corte, estava coberto por um curativo. Suspirando, e meio dormente por causa do excesso de choro da noite anterior, a mesma se encostou na cabeceira da cama, e foi ai que o viu; Alec, a observava da soleira da porta, aquele olhar carinhoso que ela tanto conhecia.

—Feliz Natal. — ele desejou, e por um breve tempo, ela pensou que aquela era uma das costumeiras despedidas que eles tinham, antes dela ir passar o feriado com os Cullen e voltar na semana seguinte. Mas, então, a realidade lhe atingiu; Aquela despedida é definitiva.

—O que está fazendo aqui? — quis entender suas intenções, a medida que se levantava da cama.

—Vim te dar seu presente. — Alec conta sério.

—Você desistiu do que tínhamos para sempre, acha mesmo que um presente compensará isso? — ela questiona, a ponto de chorar de novo.

        Para não fazer isso, ela desviou os olhos para janela, e foi ai que notou que nevava naquela manhã. Não em forma tão intensa, quanto Forks, mas nevava.

—Meu presente é uma despedida decente. — ele diz, e ela se vira, o olhando nos olhos. — E parte dessa decência, inclui dizer, que estou te deixando ir, porque te amo. Você não merece o que eu posso te dar.  — explica e Renesmee deixa as lágrimas caírem livremente.

—Você não está me dando escolha. — ela protesta.

—Nem darei. — Alec diz convicto.

          Ela não fala nada, sabia que a batalha, e até mesmo a guerra, estavam perdidas.

—Lembra-se de quando fomos aquele baile, repleto de humanos, que o Aro ofereceu aqui no Castelo? — Alec questiona do nada, e mesmo confusa, ela assente. — Eu te ensinei a dançar, você odiava, dizia que herdou o fato de ser desastrada, de sua mãe. — ele consegue ri disso. —Enquanto dançávamos, e você estava em meus braços, você disse que aquela seria a lembrança mais marcante que teria de mim. — ele relembra, e ela se questiona agora, porque disse aquilo, sendo que haviam tantas outras boas lembranças.

            Sem que ela entendesse, Alec foi até uma vitrola antiga que havia no quarto e deixou que uma música calma ressoasse em todo ambiente. Ele estendeu sua mão para Nessie, que aceitou e assim foi parar em seus braços. Agora entendia, porque disse aquilo, a sensação estar em seus braços daquela forma tão segura, fazia o momento ser marcante.

      Enquanto ela chorava, os dois se movimentavam lentamente pelo quarto. Alec se concentrava, em aproveitar o cheiro de sua humana, pelo que parecia ser a última vez.

—Feliz natal, Alec. — são aquelas as últimas palavras que ela dirige a ele.

[...]

       Forks.

         Tudo estava no lugar na casa dos Cullen; O pinheiro decorado com luzes coloridas, os presentes, Charlie e todos os outros. Ainda sim, Nessie não se sentia em casa. Porque de certa forma, Alec virara sua casa.

      Expulsou  um floco de neve, da vidraça da janela e suspirou. Fazia pouco tempo desde que chegara ali, despediu-se do Castelo, com Aro fazendo um típico drama, sobre o quão essencial ela era para eles, e dizendo que lamentava o treinamento ter acabado tão cedo, mas se orgulhava dela por conseguir tal feito.

         Sua família estava feliz, por fim a teriam ali. Quando chegou ao Castelo, Renesmee achou que se sentiria a mais aliviada das criaturas quando fosse embora. No entanto, agora, ela se sentia vazia.

—Oh, querida. Estamos tão felizes com sua volta, agora você não precisa de nenhum Volturi. — Bella exclamou, a abraçando por trás, Nessie sorriu amarga e encarou seu pai, que a olhava curioso. Havia prometido a mesma, que não leria seus pensamentos quando ela se tornou uma adolescente, e tem mantido a promessa, foi isso que o fez, nunca descobrir sobre ela e Alec.

         Por sorte, por algum defeito do universo, Alice não conseguia ter visões com ela.

                Sua mãe estava errada, ela precisava de um Volturi. O seu Volturi. O seu Alec.

—Também estou feliz. — mentiu. — Mas, agora, quero dar uma volta, estava sentindo falta de Forks. — ela conta e mesmo confusa, Bella assente, e em um piscar de olhos, Nessie está correndo pela floresta.

              Observava cada árvore ali, sem estar realmente interessada. Sorri em zombaria, quando lembrou-se de que havia visto Jake mais cedo, e não sentiu nada além de carinho, ele até tentará algo, agora que ela estava livre dos Volturi, mas ela havia sido clara, ao rejeita-lo.

       Um barulho se faz presente, em meio aquele cenário e ela se vira assustada. O que encontra, a faz perder o fôlego.

—Alec... — sussurra.

—Cullen. — diz de volta em total emoção.

—O que?... — ela quer uma explicação, ao mesmo tempo que só quer abraça-lo, para descobrir se aquilo era real.

—Horas. Eu só passei algumas horas, longe de você, levando em conta o  fato de que isso duraria para sempre, então nada mais fez sentindo. Eu tenho uma escuridão terrível dentro de mim, e você é luz, e eu preciso desesperadamente de você. — ele comunica e ela fica estática. —Tire esse anel do seu dedo. — se referindo ao anel, que Edward lhe deu, a qual havia colocado, assim que chegou em Forks.

—Não quer que ninguém, além de nós, esteja presente para te ver me quebrando de novo? — ela zomba, pois uma vez, havia lhe contado, o significado daquele anel, para ela.

—Tire o anel. — ordena sério, e ela o faz a contragosto. Assim, de seu sobretudo, Alec retira um anel tão rubro quanto seus olhos, e se ajoelha. — Quero que coloque esse outro. Que representa o meu pedido de casamento. — Nessie ofega.

            Ness não espera que ele faça o pedido, ela se agacha e coloca sua mão direita no rosto dele, usando seu dom, para transmitir aquela pequena palavra.

Sim. — sorriu e Alec também, logo depois, ele colocou o anel. —Eu só não entendo... — ele não deixa que ela termine.

—Eu sai da guarda, e estou disposto a abrir mão do sangue humano, podemos rodar o mundo, ou nos limitarmos a ficar aqui nesse fim de mundo, contanto que eu esteja com você, me sentirei satisfeito. — comunica, e foi ali que Nessie notou que aquele seria o melhor natal de todos. O primeiro que ela passaria, com tudo que gosta no natal, e principalmente, com Alec. A nova aquisição ao time Cullen.


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Notas finais do capítulo

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