Token Wife (DRAMIONE) escrita por Serenithy


Capítulo 4
Barganhas


Notas iniciais do capítulo

Gostando? Deixa seu comentário com a sua opinião XD kkk
Mas sério.... Preferem capítulos maiores?? Ou tá bom assim?
Agradeço à Effie Potter, Aly e Imogen Malfoy pelos Reviews ^^!



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A/N: Em itálico estão as falas em italiano.

—Draco!- gritou um vulto de cabelos loiros escuros entes de pular em seu pescoço.

Lucia. Há quanto tempo...- Disse sem demonstra muita emoção.

Lucia era uma prima distante, e essa não é apena uma descrição cliché. Era realmente uma prima bem, bem, bem distante. Era uma mulher bonita, com cerca de 26 anos,  magra e sempre vestindo a ultima moda.

—Eu peguei uma chave de portal assim que soube que você estava vindo de Londres!

Seu entusiasmo para com ele, no entanto, o incomodava. Por sorte, ou não, não precisou respondê-la. Seu pai vinha logo atrás dela e sua presença bastou para que ela se calasse. 

O filho pródigo a casa torna...- disse.

Lucius Malfoy ainda tinha a aparência arrogante de sempre. A guerra não o mudara, apenas o ensinara a relevar algumas coisas...para seu próprio ganho.

—Sim... afinal, amanhã é meu 30º aniversario. – Soltando-se de sua prima, parou de frente para seu pai o o encarou. – Estou certo...que você não se esqueceu do nosso acordo...

Lucius deu um sorriso desdenhoso.

—O acordo...Eu me lembro. Contudo, pensei que você desistiria.

O deboche em suas palavras era claro. Qualquer um que ouvisse entenderia que, para o mais velho dos Malfoy’s, a vitória era dele.

—Se eu estiver casado aos trinta...você entrega a empresa para mim. Completamente. Certo?

— Ou... você vende suas ações da empresa pra mim, caso não esteja, é claro.— O falso tom divertido não conseguia esconder seu deboche.

Andaram pelo jardim até chegarem a uma das mesas redondas dispostas ao ar livre. Sentou de frente à sua prima e seu pai em meio dos dois.

— Estou sendo legal com você, garoto.- disse— Poderia fazer você me entregar as ações e pronto, sem precisar gastar meu dinheiro. Estou te dando um bom prêmio de consolação, a oportunidade de lucrar com a sua derrota ao vendê-las para mim.

Draco respirou fundo. Estava cansado de ouvi-lo.

—Foi o único jeito de conseguir casar você, Draco... Você tem até uma beleza como essa- disse apontando sua cabeça em direção a Lucia – pronta pra você.

Em resposta ao comentário, ela levou a mão à boca enquanto sorria fingindo constrangimento.

—Não dê muita bronca em Draco, Tio Lucius. Ele trabalhou dia e noite para expandir a empresa.

O senhor cruzou os braços e fechou a cara fazendo um leve ‘Humph!’. Draco sabia que ele jamais admitiria a verdade que sua prima dissera.

O jeito tradicional de seu pai de fazer negócios colocaria a empresa de mais de 100 anos da família fora de mercado. Trabalhara até o osso para desenvolve-la em uma das maiores corporações do mercado europeu.

“Mas ele quer tirar tudo isso de mim agora?!” –Pensou Draco. As palavras de seu pai ao obriga-lo a aceitar aquele acordo ainda ecoavam em sua mente. ‘-Lucia é uma prima distante o suficiente para se casar. Case-se até os 30 e tenha um herdeiro. Se, até lá, você continuar assim, eu vou compra-lo para fora do mercado e você não terá nada mais do nome Malfoy!’.

 Perdeu noites de sono por causa dessa ridícula condição ao que era seu. Aquilo era algo de seu direito. Não apenas por ser o único herdeiro Malfoy, mas porque trabalhou por aquilo. Foi ele quem tornou aquela empresa o sucesso que ela é.

“Farei você se arrepender de fazer esse acordo comigo!”

—Estarei casado, como prometido.— Fez sinal à um dos criados que estava a uma certa distância, apenas esperando suas ordens. O rapaz acenou em concordância e aproximou-se trazendo um carrinho forrado com um pano branco. Algumas taças estavam disposta em cima e, entre elas,    um balde de prata com uma garrafa dentro. – Trouxe até mesmo Champagne para comemorar.

Enquanto levantava-se em direção à bebida, pode ver a cara de deleite de sua prima, assim como a de espanto de seu pai.

 “Exceto...” - pensou abrindo a garrafa – “que não estarei casado com Lucia. Ela é gananciosa, presunçosa e sádica. Pode até enganar meu pai com sua atitude de boa e submissa, mas a mim não.”

Ouviu passos leves ecoando em direção a eles e sorriu. O timing não poderia ser melhor.

Terminou de servir as taças e levantou a sua própria.

Um brinde!—Exclamou- À minha esposa...- E virando-se, pode ver Hermione a poucos metros deles, segurando Órion no colo. Afastou-se mais para o lado, dando espaço para que os demais também vissem a recém chegada, ergueu sua taça em direção a ela e disse: -Saúde!

As exclamações de choque foram audíveis. Era obvio que não estavam entendendo o que se passava ali. Então ele fez questão de esclarecer.

—Permitam-me apresenta-la a vocês.- Falou pegando um papel com o mordomo e aproximando-se dela.- Essa é minha esposa, senhora Malfoy. Casamos-nos em Londres, uma semana atrás.

—O que...

Lucius não conseguiu terminar sua frase. Não conseguia formula-la. Nem mesmo olhara para a moça, pois ouvir do filho que ele havia se casado com outra que não a que tinha escolho para ele o deixara cego de raiva. Seu plano estava estragado.

Por alguns instantes o silêncio reinou sobre eles, até que os gritos se fizeram ouvir por todo o jardim quando a razão lhes voltou.

O que você pensa que esta fazendo, seu moleque idiota! Eu não...

Nem mesmo tivera a oportunidade de continuar. Lucia o interrompera a plenos pulmões.

—Como você pode se casar com ela e não comigo?! Seu grande idiota!

Estava finalmente mostrando sua verdadeira face. Levantava os braços e gesticulava com eles enquanto berrava-lhe insultos e insatisfações. Logo, Lucius a acompanhou, nem mais ligando para a presença a mulher com que seu filho havia casado, que havia ficado mais afastada do grupo.

Hermione olhava a cena embasbacada. O ex-comensal nem mesmo lhe dera uma olhada e desatou a discutir com o filho em italiano. A mulher que os acompanhava fez o mesmo, e era isso que a incomodava. Era tudo em italiano, não entendia nada do que estavam dizendo.

Perguntava-se o motivo de não usarem o inglês. Eram britânicos! Mas se conformou pelo fato de estarem na Itália e, pensou, que talvez a moça que os acompanhava não compreendesse inglês.

Não teve muito tempo para pensar pois Órion começou a chorar. Devia estar assustado, afinal, até ela estava, um pouco.

Ao ouvir a criança, a loira pareceu ter lembrado-se dela e deixou pai e filho discutindo enquanto ia na em sua direção com passos firmes.

Apontou-lhe o dedo na cara e começou a gritar novamente. Gritos que ela não compreendia.

Hermione lhe deu um sorriso de lado e sem muita emoção.

—Eu não falo italiano.

Lucia parou por um segundo e levantou as sobrancelhas em surpresa.

—Britânica?!

—Sim – respondeu simples.

Isso pareceu ter irritado ainda mais a outra, que desatara a lhe fazer perguntas com um tom elevado.

— Que é você? Vocês realmente se casaram? De quem é essa criança? E que porcaria de roupas são essas?!

Hermione ainda estava na primeira pergunta, quando viu a mão da moça ir em sua direção, agarrando seu braço. Ela lhe apertava e sacudia exigindo respostas.

—Fale! Fale Logo!

Ia responde-la, mas seus gritos serviram para fazer Órion chorar novamente. Não conseguiriam conversar enquanto ele estivesse assustado.

Respirou fundo e puxou seu braço, forçando-a a soltar.

—Sinto muito... – disse sem realmente sentir- ...mas acho melhor eu me retirar agora.

Virou-se e saiu de volta para seu quarto sem se importar com os gritos mandando que ela voltasse. Deixaria as explicações pra quem  realmente as devia dar.

Caminhou pelos corredores da mansão enquanto acalmava o pequeno de olhos azuis.

Não entendera uma palavra do que não fora dito em inglês, mas o tom com o qual eram ditas foi o bastante para assusta-la.

Estavam com raiva. Muita.

“Isso, porque Lucius nem mesmo parece ter reparado que era a Grifinória Sangue-Ruim quem estava ali, no meio de seu jardim, possivelmente casada com seu precioso filhinho Sangue-Puro.” Pensou com sarcasmo. “Ainda...”

—--x---

—Quem era aquela mulher?- esbravejou Lucius.

Draco levantou uma de suas sobrancelhas, descrente. Sabia que seu pai não perdera muito tempo reparando na sua convidada, mas não imaginara que tinha reparado tão pouco assim. Mesmo depois de todos esse anos e mudanças, ainda era possível reconhecer Hermione Granger.

“Talvez o velho realmente esteja precisando de óculos...”

—Já disse. Minha esposa.

—Ela tinha uma criança com ela! – Gritou enquanto sentava-se novamente na cadeira do jardim.

—Sim. – Concordou. Não era uma pergunta, não precisaria responder. Mas enquanto sentava-se também e bebericava seu Champagne, viu a cara de ‘Não banque o engraçadinho e responda!’ que seu pai fazia. Resignado, abaixou a taça, deu um longo suspiro e respondeu: - Ela era mãe solteira. E não, não sei quem é o pai. – Disse rápido, apesar de seu tom entediado, vendo que seria interrompido se não o fizesse. – A encontrei no meu apartamento em Londres. –e, vendo a cara de interrogação de seu pai, completou – Limpando.

—Limpan...!

—É. Sabe... entregando o chão, limpando o banheiro... Essas coisas.

O rosto de Lucius ficou rubro. E ele tornou a gritar.

—Limpando o chão!! Você é algum tipo de idiota?!

Draco sorriu e acomodou-se melhor na cadeira enquanto girava a taça em sua mãos.

—Sim, eu sou. Ela é a pior esposa possível para mim. Mas ela ainda é uma opção bem melhor do que casar com a Lucia.... e... ouvir você, pai.

—Como se atreve...

—Em todo caso – interrompeu-o – Eu cumpri com o nosso acordo. Agora é a sua vez de completar sua parte da barganha.

Seu pai levantou da cadeira e bateu as mão na mesa em um ato de raiva.

—Eu não concordei com isso! Aquela mulher será uma mancha para o nome da família Malfoy! – Aquilo fez com que Draco risse. Nem mesmo sabia direito quem ela era. O choque por ter estragado os planos de casamento com Lucia parecem ter sido maiores do que o esperado. “Imagino qual será sua reação quando descobri que é a Granger, ex-grifinória e sangue-sujo, que está casada na nossa família...” – Será uma vergonha para sua mãe!

Bastou isso para seu sorriso murchar.

Levantou-se da cadeira e seguiu para a entrada da casa. À alguns metros da mesa, porém, parou. E nem ao menos se dera ao trabalho de virar de frente para seu pai.

—Se minha mãe estivesse preocupada com alguma coisa... com certeza não seria com isso.

E voltou a fazer seu caminho, sem se importar de ter largado Lucius Malfoy para traz.


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Notas finais do capítulo

E aí? Bom?



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