Motivação escrita por Mary Ficwriter, Mary


Capítulo 1
Capítulo único - Motivação.


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANIVERSÁRIO, DOLPHIN!

HOJE VAI TER UMA FESTA, BOLO GUARANÁ, MUITO DOCES PRA VOCÊ! É SEU ANIVERSÁRIO! VAMOS FESTEJAR E OS AMIGOS RECEBER!
MUITA FELICIDADE E AMOR NO CORAÇÃO!
QUE SUA VIDA SEJA SEMPRE DOCE E EMOÇÃO... esqueci o resto da letra.

Feliz aniversário, Miga!
Muitos anos de vida pra você, muitas felicidades e muita alegria.
Eu passei um bom tempo pensando no que eu faria pra te dar de aniversário e achei injusto só dar uma montagem boba esse ano, já que no ano passado não pude fazer nada porque você postou encima da hora.
Eu escolhi um headcanon antigo PRA CA-RA-LE-O. Tenho certeza que você não lembra desse porque ele não foi pra frente, então eu resolvi escrever do meu jeitinho!
Eu espero que você goste porque é curtinho, mas foi feito com amor! Tá?

Muito obrigada por ser uma amiga tão boa pra mim. A gente tem muita DR, temos um relacionamento louco, mas você sabe que eu te gosto por demais e que você é meu Dolphin!
Espero que esse não seja o último aniversário que eu possa estar te parabenizando, quero que sejam muitos e muitos outros! Espero que permaneçamos amigas por muito tempo, afinal, eu ainda não tive a chance de te chutar ao vivo, e isso precisa acontecer!
Enfim!
Parabéns, obrigada pela sua amizade
Muitos beijos
E espero que goste da fanfic porque foi feita só pra você!

BYE
Boa leitura!



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Motivação

Os ponteiros do relógio da cafeteria marcavam 14h25min da tarde quando Haruka o viu pela primeira vez, era uma quarta-feira pouco ensolarada.

Àquela pessoa passou pelas portas de vidro. Ele falava em um grande smartphone branco enquanto puxava a alça atravessada de sua bolsa antes que a retirasse dos ombros enquanto puxava uma das cadeiras próxima à janela, a qual se acomodou de maneira despojada, os um dos pés esticados abaixo da mesinha de madeira e os dedos tamborilando a mesa de madeira de forma despreocupada.

Mais cedo naquele mesmo dia, Haruka havia passado por uma decepção das grandes quando a pintura a qual havia trabalhado por semanas havia sido recusada de ser exposta na feira das artes da faculdade. Aquela mesma arte que o Nanase passou por dias nomeando como sua “obra-prima”, no entanto, mal sabia ele que a verdadeira obra de arte seria posta diante de seus olhos naquele mesmo dia mais tarde.

Ao ver aquele cara, Haruka teve todas as suas certezas sobre noção de belas artes abaladas e então tudo passou a ser incerto para ele. Por quê, porra, que tipo de beleza era aquela?

O Sharkboy – ele precisava nomeá-lo de alguma forma – tinha uma mistura estranha entre a sofisticação, à agressividade e a delicadeza. Suas roupas gritavam para que você se mantivesse longe, como se cada corrente pendurada em sua calça gritasse “Hey! Eu atraio problemas”, no entanto o rosto tinha traços delicados, um nariz arrebitado que dava a ele um ar completamente arrogante, os cabelos era uma bagunça de fios mal cortados, porém havia os olhos. Ah, os olhos... Haruka realmente havia amado aquele par de íris vermelhas, aquelas mesmas que transbordavam afeição e carinho, especialmente enquanto ele falava ao celular com aquela pessoa que ele chamava de Gou.

E por mais que toda a postura rude e ao mesmo tempo indiferente denotasse que Haruka devia se manter bem longe dele, o Nanase não deu ouvidos a todos os sinais. Cada detalhe naquele cara o incitava a continuar encarando-o por muito mais tempo, admirando a forma como ele parecia uma arte em exposição.

Todo o ambiente o abraçava por inteiro.

Aquele conjunto de cores quentes que pareciam se completar quando unidas às cores frias da cafeteria de forma harmoniosa, como realmente uma pintura bem desenhada, quase como uma fotografia que devia ser admirada. Um letreiro em neon que chamaria a atenção de qualquer pessoa que o fitasse com a devida vênia.

Ele tão atraente que Haruka sentia arrepios.

O Nanase queria aquele ruivo tingindo uma de suas telas, queria aquelas cores quentes manchando suas folhas em branco, mas desejava ter a capacidade de também transbordar tudo que ele capturou na essência daquele sujeito em apenas um olhar.

Naquela ocasião, Haruka queria ter se levantado de onde estava para ir falar com ele, no entanto seu melhor amigo não permitiu. Makoto o conteve dizendo que ele mal conhecia o ruivo, e não poderia se aproximar assim de um completo desconhecido.

Uma excelente dedução, não é mesmo? Como conhecer uma pessoa sem se aproximar? Makoto algumas vezes parecia não ter cérebro. De qualquer forma, Haruka deu ouvidos a ele naquela vez, até porque não tinha muita ideia do que diria caso fosse até lá.

Dias depois ele voltou a aparece no café (Haruka sabia que haviam sido dias depois, justamente por ter frequentado o ambiente todos os dias e em horários diversos) e para sua sorte – ou azar – Makoto não estava trabalhando por lá naquele dia e Haruka não foi segurado quando tomou passos decididos até aquele ruivo.

— Você tiraria suas roupas para mim?

É, a sutileza nunca havia sido o seu forte, talvez por isso Makoto tenha contido-o naquela ocasião; não são muitas pessoas que conseguem assimilar bem a sinceridade de Haruka Nanase.

As palavras simplesmente escapavam de sua língua com a mesma facilidade que a água cai de uma torneira. Bastava abrir os lábios e pronto, saiam sem jamais medir as consequências.

Dentre todas as respostas que esperava receber, a que teve foi a mais simples e confusa. Shark abriu os lábios em surpresa, encarou-o com confusão antes que olhasse em volta como se questionasse se as palavras haviam sido realmente dirigidas a ele e, com um rubor no rosto, sorriu antes de rir com deboche e questionar um:

 – Como é?

Contudo, a conversa foi interrompida quando um dos atendentes veio trazendo um café o ruivo, que nem mesmo havia se sentado anteriormente. E como uma indiscutível falta de jeito pela situação, o ruivo saiu do local pela mesma porta que entrou com passos tão apressados quanto antes, sem dar à Haruka uma resposta.

Após aquele dia, os encontros foram menos frequentes do que era de se esperar. Até que chegou um momento em que Haruka já não mais queria chamar o outro para discutir assunto algum já que claramente ele estava evitando aparecer ali por receio de que se trombassem.

— Ele não apareceu hoje de novo, ‘né?

Os olhos azuis piscaram algumas vezes antes que ele se voltasse ao balcão encontrando os olhos verdes quase sorridentes de Makoto que o encarava enquanto limpava um copo de vidro.

Por que o Tachibana parecia feliz com a situação?

— Hm... – limitou-se a soar antes de solver um gole de seu café preto sem açúcar. Os orbes azuis movendo-se ao redor do ambiente que estava pouco movimentado naquela quarta-feira.

Haviam três adolescentes sentados próximos à janela, o mesmo local onde seu muso havia se sentado poucas semanas atrás, e nem de longe aquelas garotas eram dignas de serem admiradas com a percepção que o ruivo havia sido. Elas não tinham aquele brilho que o empurrava para ter o desejo de admirá-las, não havia empolgação correndo em suas veias ou aquele sentimento que o instigasse.

Não lhe impunham uma motivação fora do comum.

— Acho que você acabou espantando ele daqui. – a voz do Tachibana voltou a se fazer presente, e os anises de Haruka voltaram-se ao colega que parecia querer rir da situação toda, e então completou: – Eu avisei, deixe que depois eu falo com ele, você não me escuta.

— Eu não o espantei. – resmungou enquanto repousava o copo de plástico a sua frente logo buscando as luvas de lã preta, as quais passou a bater tediosamente sobre o balcão. – Ele quem não soube ser nada profissional.

— Como ele seria profissional com alguém que já chega pedindo para ele tirar as roupas, Haru-chan? – o de olhos verdes dessa vez não se conteve ao soltar um riso baixo e divertido.

Algumas vezes Haruka não tinha noção o quão intimidador podia ser quando desejava algo com tanto empenho. Algumas vezes era de dar medo.

— Mas ele sequer me deixou explicar! – esturrou.

— Experimente alguém chegar de forma tão intimidante e te mandar tirar as roupas como você fez com ele. – Makoto revirou os olhos. – Não são todos que estão acostumados com a sua forma de agir.

Haruka franziu o cenho e inchou as bochechas de forma chateada, como uma criança que havia tomado uma bronca da mãe por uma atitude indevida.

E como boa criança malcriada que era, o Nanase tomou seu copo em mãos e luvas e marchou para longe do balcão, caminhando até o outro lado da cafeteria, tornando-se surdo aos chamados do seu melhor amigo para que voltasse lá.

Já não bastava ter perdido a única coisa que o impulsionava a querer fazer aquilo que amava, ainda por cima tinha de ouvir sermão de que só não possuía o modelo por culpa de sua personalidade recheada de indiscrição?

Pro inferno!

Largou-se em uma das mesas, deixando sua mochila por sobre a mesa junto com suas luvas e logo depois repousou seus cotovelos sobre a superfície descansando o rosto entre suas mãos. Sua mente parecendo pesar mais que o normal. Em sua mochila ele buscou o livro de língua inglesa, abrindo na página previamente marcada por um pincel, o mesmo culpado por manchar a página com tinta amarela.

— Só pode ser inferno astral... – resmungou quase que se deixando esboçar um sorriso desanimado.

Havia pedido sua chance na exposição, a pessoa a quem havia se apegado com sua salvação para ter sua força de vontade recuperada havia claramente recusado seu pedido, seu amigo estava pondo a culpa de toda situação em suas costas e agora a porra do livro que precisava para estudar havia manchado.

— Tem alguém sentado aqui?

A pergunta chamou sua atenção, pois foi dita próxima a si. Seus olhos se esgueiraram para a ponta da mesa, notando um tecido jeans preto ali, claramente a pergunta havia sido direcionada a si. O Nanase voltou-se para cima e ao encontrar aquele olhar avermelhado em meio a uma expressão séria seu coração falhou em uma batida.

Haruka mal podia acreditar; era realmente ele.

Os lábios do Nanase se moveram muitas vezes, mas sem conseguir articular de fato uma resposta. A espera unida a impaciência provavelmente deixou o ruivo inquieto a ponto que ele arqueasse uma das sobrancelhas, sua boca moveu-se em um sorriso de canto de boca e, passando a língua pelo lábio superior, ele inquiriu:

 – O gato comeu sua língua?

Haruka soube naquele momento que ele estava fodido, porque não era somente toda a pose confiante que o outro apresentava, mas também uma forte personalidade dotada de atrevimento.

— Ah, não... Pode sentar. – respondeu sem jeito enquanto puxava sua mochila do outro lado da mesa. Pelo canto dos olhos, espiou as mesas ao redor, notando-as vazias.

Haruka questionou-se o motivo do ruivo querer sentar-se com ele.

— Obrigado. – e os questionamentos aumentaram quando ao invés de ele sentar-se a sua frente, o maior escolheu a cadeira ao seu lado.

O Nanase ajeitou-se na cadeira. Sua postura quase desconfortável, mas sua mente curiosa do porque o outro se aproximou do nada após dias afastado. Eram estranhos no fim das contas. O que ele queria se aproximando assim de forma tão grosseira já se autoconvidando a acompanhá-lo?

... É, talvez Makoto tenha razão; é realmente estranho quando se encurrala uma pessoa daquela forma sem nem ao menos trocar duas palavras com ela.

— Matsuoka Rin. – uma mão foi estendida abaixo da mesa, e Haruka só a notou por estar com os olhos fixados na em seu próprio colo devido o desconforto da situação, mas ainda assim deixou-se cumprimentá-lo. Sua palma era quente e sua mão envolvia a sua por completo. Haruka torna a se intimidar por razões as quais ele não conseguiu compreender

Rin... Haruka faz um grande esforço para jogar aquele nome para sua mente e não mais esquecer. Sharkboy agora possuía um nome. Os anises sobem para a face do outro e só encarando-o diretamente, respondeu:

— Nanase Haruka. – a pegada em sua mão se intensificou assim que pronunciou seu nome para ele e um sorriso de lábios fechados lhe foi oferecido.

Devagar sua mão foi liberta e seus olhos desligaram-se quando Rin voltou-se a mesa, dando uma olhada curiosa em seu livro.

— Está estudando? O que é? – ele inquiriu com os olhos curiosos puxando o livro para perto, passando umas das páginas de maneira curiosa.

— Ah não, eu só ia revisar um pouco. – sua mão se direcionou a nuca de forma desconfortável. Incrivelmente ser abordado pelo Matsuoka de forma tão direta não era fácil quando a atitude partia dele.

O Matsuoka encarou-o pelo canto os olhos e voltou a se acomodar com as costas na cadeira.

— Eu não queria atrapalhar... – deu de ombros.

— Não! – Haruka não reconheceu quando a negativa saiu tão depressa de seus lábios, quase como um grito. Seus olhos praticamente gritando para que o ruivo ficasse. Quando notando a intensidade de suas palavras, o Nanase tentou consertar sua atitude com palavras mais comedidas. – Não... Não está atrapalhando. – a última palavra quase que saindo como um sussurro quando ele se volta para frente, seus olhos encarando o açucareiro como se fosse o objeto mais digno de sua atenção no momento.

Por que de repente ele ficou tão nervoso?

— Eu tirei uma nota ruim no semestre passado. Estou tentando correr atrás agora. – resolveu explicar melhor enquanto se ajeitava na cadeira, seus olhos voltando para a janela.

A vergonha de fitar o outro diretamente o impedia de voltar os olhos para ele.

Rin remexeu os lábios de forma duvidosa antes que voltasse seus olhos para o livro, tomando o pincel sujo de tinta em mãos, encarando o objeto com curiosidade antes que pegasse um guardanapo para limpar a sardas sujas de tinta amarela.

— Você cursa artes, não é? – indagou enquanto amassava o guardanapo e enfiava no bolso da jaqueta, vendo Haruka voltar os olhos para ele de forma curiosa.

— Hm. – o de olhos azuis assentiu com a cabeça. – Como sabe?

O Matsuoka exibiu um sorriso misterioso e respondeu.

— Intuição talvez? – deu ao de olhos azuis uma piscadela e então continuou. – É comum para você chegar para desconhecido e fazer perguntas tão indiscretas?

Uh... Haruka não esperava por essa, certamente.

— Não. – mordeu o lábio inferior, pensando em como poderia respondê-lo sem parecer grosseiro. De relance ele viu Makoto sorrindo por motivos que ele não entendeu bem, mas teve certeza que o amigo ria dele. – Eu não faço isso eu só...

— Não tem controle da própria língua? – complementou o Matsuoka.

Haruka franziu o cenho com irritação pela primeira vez. Por algum motivo, o fato de o ruivo estar se divertindo com seu constrangimento o incomodava. Já o Matsuoka limitou-se a rir nasalmente antes de estender o pincel agora limpo para o Nanase.

— Meu Inglês é muito bom. – comentou com vagamente, e Haruka franziu o cenho com confusão. – Vivi muito tempo no exterior. Eu poderia te ajudar com a sua nota, isso é, se você quiser. – ofereceu-se.

Haruka não conseguiu evitar quando seus lábios se abriram levemente com a surpresa da proposta. Será que o Matsuoka tinha noção de que eles mal se conheciam? De repente todas as suas atitudes intrusas não faziam sentido algum em sua cabeça.

— Por que faria isso? – perguntou com curiosidade.

— Oe, Rin!

Uma terceira voz trovejou pelo ambiente e virando-se em direção ao balcão, não foi difícil dar pela presença da pessoa que vinha marchando em passos duros em direção à mesa onde estavam. Haruka reconhecia aquela silhueta, conhecia aquele rosto e aquele olhar de desprezo para consigo.

Yamazaki Sousuke era da sua turma de artes. Aquilo estava começando a fazer sentido.

Quando o sujeito parou ao lado da mesa, Haruka devolveu o olhar igualmente indiferente, mas ainda assim teve a ousadia de cumprimentá-lo.

— Yamazaki.

Seu colega de turma não respondeu, apena voltou-se a Rin e com os olhos azuis que ordenavam a ele mil ações e entre elas era se levantar do lugar onde estava para que saíssem dali naquele exato instante.

— Finalmente encontrou o que queria? – questionou.

— Eu encontrei exatamente o que eu quero. – Rin respondeu com os olhos ainda fixados no Nanase, mas logo em seguida tornou a se virar na cadeira para fitar o maior. – Comprou o café?

— O café daqui é um porcaria. – Sousuke respondeu, mas ainda assim ergueu um suporte com dois copos de plástico, dando assim a resposta ao Matsuoka.

— Nós dois sabemos que não é pelo café que você vem aqui. – Rin sorriu.

Haruka notou um sutil tom rosado que tomou as bochechas do Yamazaki, que se tornou ainda mais emburrado ao unir as sobrancelhas no meio da testa antes que rebatesse a acusação com um:

— E eu sei bem o que você estava procurando. – os olhos azuis ciano fitaram-no por um milésimo de segundo, mas a atitude não passou despercebida diante Haruka.

Confusão.

— Sim, eu encontrei. – Rin falou enquanto se colocava de pé. – Você pode me esperar lá fora? Já estou saindo.

O Yamazaki semicerrou os olhos como um aviso, mas ainda assim deu as costas a dupla que ocupava a mesa resmungando coisas que nenhum dos dois conseguiu compreender, mas com certeza eram ofensas ao ruivo.

Quando sozinhos novamente, Rin buscou no bolso da calça uma caneta esferográfica de cor preta, e voltou-se a mesa onde o livro de inglês ainda estava aberto. Ele levou a caneta à boca, arrancando a tapa com os dentes e, enquanto rabiscava algo em uma parte em branco do livro, falou:

— Quando você quiser usar alguém como modelo para um de seus quadros, é melhor deixar clara sua finalidade. – ele terminou de fazer o que fazia e voltou a se erguer. – As pessoas podem se assustar quando recebem uma proposta mais direta. – sorriu. – Aqui, – ele puxou o livro e apontou para uma sequencia de números que havia escrito ali. – meu telefone, se estiver interessado nas aulas, basta me ligar.

Os olhos azuis piscaram algumas vezes antes de ele voltar-se ao rapaz que agora ajeitava sua mochila nos ombros.

— E o que você ganha com isso? – voltou a questionar.

— O prazer da sua companhia? – respondeu diretamente. – E... Minha irmã, Gou, está tendo alguns problemas com para decidir um curso, acho que seria bom alguém da área falar diretamente com ele.

— Sousuke não poderia ajudá-la com isso? Por que está pedindo isso para mim? – tombou a cabeça com confusão, enquanto via o outro sorrir com diversão, como se algo em suas palavras fossem realmente engraçadas.

— Você é realmente lerdo, não é Dolphin? – Rin bateu com o indicador na testa do menor, antes de se curvar para segredar a ele próximo ao ouvido. – Eu aceito tirar as minhas roupas para você.

Haruka trancou a respiração dentro do peito e engoliu em seco.

Rin se afastou pouco depois e, com um olhar por cima dos ombros, falou:

— Você poderá me pagar um café depois, combinado? – questionou antes de dar as costas ao Nanase e caminhar para fora do café sem maiores despedidas.

De repente a sua obra parecia provocativa, mas ainda assim tão instigante quanto antes. Quando somente observado, ele era fascinante, mas tão perto parecia ainda mais interessante de ser estudado.

Haruka nunca quis tanto se fechar com alguém em um ateliê com somente uma tela e tintas ao seu redor.

Ao pisar do lado de fora do café, Rin recebeu uma notificação de um número desconhecido e sorriu ao ler a primeira mensagem das muitas que seriam trocadas naquele dia.

“Combinado”.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que leram. Quem se sentir a vontade de escrever umas palavrinhas pra ficwriter que vós fala, o que a deixaria muito feliz, será muito bem vindo. Você já leu, dá pelo menos uns 3 minutinhos pra dizer o que gostou/desgostou, opiniões são sempre bem vindas.

Mil beijos e até a próxima.
Com carinho, Mary♥