O Descobrimento escrita por Bernardo Potter


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Em um futuro próximo...

O corredor ladeado de colunas com afrescos estava magnifico, a luz do sol entrava pelas frestas cuidadosamente criadas para iluminar o lugar por inteiro, e a brisa fraca que entrava por elas balançava os cabelos longos e negros do homem que andava decidido pelo corredor branco e dourado, seus passos eram firmes e ecoavam no piso de mármore branco, seu manto cor rubi-dourado se arrastava silenciosamente conforme ele andava, no fim do corredor uma porta de ouro branco maciço apareceu em sua frente e ele a empurrou com extrema violência,  fazendo-a  bater contra a parede e ecoar o som por todo o salão que se encontrava atrás dela, as pessoas que estavam dentro do recinto olharam-no estarrecidas, a maioria vestia roupas de tecido fino sem muitos ornamentos, os mais importantes eram cobertos por seda e se vangloriavam com suas coroas e joias, o homem passou por elas, sem ao menos olha-las, indo em direção a sete tronos que formavam uma meia lua, as pessoas abriram caminho para que ele passasse o olhando admirados, todos sabiam de sua importância ali e queriam ser reconhecidos por seus feitos, mesmo que não fossem tão importantes ou grandiosos, o homem se sentou a duas cadeiras a direita da do centro jogando seu manto para o lado e esperando impaciente enquanto era o centro das atenções, não muito tempo depois, mais três homens chegaram ao salão e empertigaram-se enquanto andavam em direção aos tronos, o homem de manto violeta se sentou do lado do de rubi-dourado, ficando na ponta direita da meia lua, os outros dois homens  sentaram nos dois tronos que formavam a ponta esquerda da meia lua, jogando seus mantos dourado e rosa do lado da cadeira e se saudado silenciosamente, todos começaram a conversar em sussurros esperando a chegada de três homens muito importantes para eles e para a humanidade, de repente a porta se abriu mais uma vez, e os três homens que faltavam entraram por ela fazendo com que todo o salão entrasse em extremo silencio, o de manto azul se sentou no trono principal, o de manto branco se sentou a sua esquerda, e o de manto verde a sua direita, as pessoas que estavam em volta se retraíram e o homem de manto azul pigarreou para começar a falar.

— Como pediram, estamos aqui. – Ele disse estendendo suas mãos para os dois lados se referindo aos homens de manto que ali estavam. – Digam-nos o que querem.

— Como todos sabem, quem os convocou foi eu. – Um homem forte de cabelos que chegavam em seus ombros se pronunciou chamando a atenção de todos para si. – Em nome de todos nós, senhor Miguel, queremos saber sobre as almas da profecia. – O homem terminou querendo uma resposta do senhor que estava no centro.

— O que queres saber? – Miguel perguntou olhando para as almas que estavam a sua frente. – A profecia está sendo cumprida por um acaso?

— Todos nos sabemos que você e Gabriel já prestigiaram a terra com duas almas. – Dessa vez uma mulher linda de cabelos ruivos se pronunciou, apontando com o olhar o homem de manto branco a citar o segundo nome. – Agora só falta Rafael dar o ar de sua graça por lá.

— Senhora Afrodite, está nos julgando por termos nos apaixonado? Não é você a deusa do amor na terra? Não deveria defendê-lo? – Gabriel respondeu por Miguel, ele tinha uma pureza em seu olhar, e não demonstrou nenhum sarcasmo ou raiva na voz. – Por favor, responda. - A mulher só pode ficar em silencio em resposta e Gabriel mostrou grande decepção no rosto por isso, ele esperava que ela pelo menos defendesse o singelo sentimento.

— Não nos esqueçamos de que a maioria de vocês desceu a terra e procriaram, e ninguém aqui nunca os julgou por isso, por que justamente vocês julgam meus irmãos? – Agora quem falara fora Rafael, o homem ao lado direito de Miguel que a pouco fora citado na conversa por Afrodite.

— Não foi por causa disso que vim aqui. – Outra mulher falou, seus cabelos negros e cacheados caiam em cascatas por seus ombros, e seus antebraços eram protegidos por avambraços de ferro celestial. – Não quero julgar e nem ser julgada, procriar não é a questão, e sim a segurança da humanidade, creio que o senhor Uriel entenda o que digo.

— Tem razão senhora Atena. – Uriel, o homem de manto rubi-dourado falou pela primeira vez naquela reunião, sua expressão não era boa e sua voz saiu em tom de preocupação. – O mundo pode conhecer poderes inimagináveis, podem repudiar as almas da profecia por seus dons, e o pior, caso uma dessas almas se revolte por causa dessa rejeição a humanidade correrá um grande risco, por isso devemos fazer de tudo para que essa profecia não se realize, entenderam? – Uriel olhou para Rafael, seu olhar era a de que ele sabia mais do que o homem mostrava e que não gostava daquilo, um murmuro invadiu todo o salão, um murmuro frio que escondia planos para o futuro da humanidade, essencial para que o verdadeiro mundo sobrevivesse.

 


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