The Crete Princess escrita por Essy


Capítulo 8
Reencontros e uma decisão


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora, mas gostaria também de que vocês ficassem cientes de que não foi minha culpa. O Nyah! ficou off-line por muito tempo, então eu não consegui atualizar nenhuma de minhas histórias. No meu pc, o Nyah! só voltou ontem !
Bem, mas aqui vai outro capítulo.
bjin, bjão
Essy
PS. Ontem fui assistir a PRÉ-ESTRÉIA de Eclipse! Legal PACAS !



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Capítulo 8 – Reencontros e uma Decisão

-Pelos deuses! - eu exclamei alegre. - Quíron! Annabeth! Percy! - entrei no acampamento e sai gritando, feliz da vida. - Argaios! Desirée! Silena! - continuei gritando e procurando meus amigos. Faziam dois dias que eu não os via, mas pareciam séculos.

-Selina? - ouvi a voz familiar de Quíron e me virei. A apenas alguns passos estava o grande centauro.

-Quíron!- gritei e o abracei, de um jeito meio estranho por causa de suas pernas de cavalos. Comecei a rir sozinha enquanto o abraçava. - Estou tão feliz por estar aqui!

-Eu também estou feliz por você estar aqui, garota. - Quíron disse e me afastou desajeitado. - Mas conheço uma pessoa que irá ficar um trilhão de vezes mais feliz.

-É o … o … é o Percy?! - eu perguntei contente e sai correndo em direção a o chalé número três, sem ouvir a resposta. A porta estava trancada.

-Alooo-ou! Alguém em casa? - perguntei feliz. Não recebi resposta.

-Percy, sou eu! Selina! Abre a porta! - eu disse novamente e em resposta ouvi alguém arfar.

-Sel? - Percy me perguntou em uma voz fraca.

-S-sim. - eu respondi em um sussurro. A voz dele tinha me abalado de um modo inimaginável. Eu precisava entrar. - Abre Percy!

-Eu não consigo... me trancaram aqui. - ele disse.

-Se você tiver perto da porta, se afaste. - pedi com um sorriso.

-Por q... - Percy começou a perguntar, mas antes que ele terminasse eu chutei a porta com todas as minhas forças. Ela não se moveu. - Eu já tentei isso. - ele disse.

-Espera um minuto. - eu pedi e sai correndo até Quíron.

-Se alguém não abrir a merda daquela porta em cinco minutos, eu vou ficar muito, muito brava. E não queira me ver brava. - eu disse com raiva. Quíron jogou algo parecido com uma chave de bronze e eu corri de volta para o chalé de Poseidon. Abri a porta com tudo e me joguei em cima da primeira forma que vi, que, por sorte, era Percy. Caímos na cama, eu fechei os olhos enquanto ele ficava sem reação.

-Selina... - ele sussurrou.

Eu abri os olhos.

-Senti sua... - ele começou mas eu o beijei. E comecei a chorar. Não sei por que. Simplesmente chorei. Até demais. Chorei e o beijei, um beijo bem molhado e salgado, um beijo que nem de longe refletia o quão aflita em fiquei durante este curto tempo em que ficamos separados. Logo ele também começou a chorar, mas sem emitir ruídos, enquanto eu soluçava, arfava e gemia enquanto chorava. Nos separamos ofegantes.

-Falta. - ele completou com os olhos inchados.

-Eu t-te amo. - falei simplesmente, entre o choro, e sorri.

-Eu te amo mais. - ele disse.

-Imp-possível. - eu sussurrei.

-Então nos amamos empatados. - ele sorriu e limpou minhas lágrimas. Depois me abraçou e sussurrou: - Esses foram os dias mais longos da minha vida. E mais difíceis.

-Psiu. Esquece. Quem vive de passado é museu. - eu disse e o beijei de novo.

-Que agarração é essa aqui! - Annabeth disse entrando no quarto.

-Annie! - eu disse feliz e pulei da cama para a abraçar.

-Oi, Sel. - ela disse. - O que foi isso? - ela perguntou quando meu estômago roncou.

-Ok. Eu estou com fome. - eu disse e ri. - Percy, vamos comer?

-Claro. - Percy disse e veio me dar um beijo na bochecha. Eu sorri.

-Eu tenho de ir auxiliar uns campistas novos. Encontro vocês depois. - Annabeth disse.

Eu e Percy entrelaçamos nossas mãos e andamos até a Casa Grande sem dizer nada. Dionísio estava do lado de fora.

-Serinda Vanderlat! - ele disse e eu revirei os olhos.

-Sr. Demônico! - falei com um sorriso falso. Ele fez uma careta e saiu dali.

Entrei casualmente na grande casa e perguntei a Percy:

-Existe alguma cozinha por aqui?

-Provavelmente. Venha, vamos procurar. - ele disse e nós fomos procurar a cozinha. Até que encontramos uma sala que não era bem uma cozinha, mas era o mais próximo de uma que chegaríamos. Vasculhamos alguns armários e conseguimos pegar um pacote de biscoitos. Saimos da Casa Grande comendo os biscoitos.

-O que vocês estão fazendo? - Quíron perguntou.

-Comendo, ué. - respondi, indiferente.

-A mesa já está pronta. - ele disse. - Os campistas estão almoçando.

-Legal. - Percy disse. - Vamos lá, Sel?

-Claro. - respondi.

-Espere, Selina! - Quíron gritou. - Tenho uma, hm, surpresa para você.

-Adoro surpresas. - sorri.

-Venha comigo. - ele disse.

-OK. Te encontro com os campistas, Per. - falei.

-Ok. Mas volta logo, se não eu não vou conseguir viver. - ele disse.

-Por que? - perguntei.

-Porque meu coração está com você. - ele sorriu e saiu andando. Eu fiquei sorrindo que nem uma boba, até que Quíron chamou a minha atenção e eu comecei a andar com ele, em silêncio. Ele passou por todos os chalés, até que parou em frente a um espaço pequeno de terreno, em que alguma construção havia começado.

-Aí está. - Quíron disse.

-O que? - perguntei.

-Seu chalé. - ele disse com um sorriso. - Zeus permitiu criá-lo. Ele está tentando te amolar, você sabe.

-Chalé de Cronos? - perguntei com descrença.

-Chalé de Volúpia. - Quíron disse. - Zeus deixou bem claro que esse chalé NÃO é de Cronos. Mas como Volúpia não tem outros filhos... bem, pode chamar esse de Chalé da Selina.

-Uau. - eu disse. -Vai ficar lindo quando estiver pronto. Eu podia dar uma mãozinha, sabe, apressar a construção. - falei, esperançosa.

-Claro.- Quíron disse. - Mas mais tarde. Agora você deve ir comer, depois precisa ir até o Olimpo.

-Por que o Olimpo? - perguntei chorosa.

-Hermes não te tirou do Mundo Inferior para te deixar feliz. Foi para você falar com os deuses, discutir estratégias para ganhar a guerra. - Quíron disse.

-Hm. - eu murmurei. Falar do Mundo Inferior me lembrava Oberon, e eu realmente não queria lembrar dele no momento. -Bem, vou lá comer e rever o pessoal. Depois eu... hm, vejo o que faço. Tchau.

-Tchau. - Quíron murmurou e eu fui encontrar Percy. Ele estava sentad na mesa de Poseidon, como sempre sozinho. Desirée, Selina e Argaios vieram me cumprimentar.

-Selina! - Desirée disse me abraçando. - Fiquei tón prreocupada! Falarrón que você estava no mundo inferriorr. Mas você está bem, nón?

-Sim, estou bem, Des. - eu disse a soltando e indo abraçar Silena.

-Si! - falei.

-Sel! - ela disse. -Des falou a verdade. Ficamos todos preocupados.

-Ficamos mesmo. - Argaios disse e nos abraçou. Nós três. Sério mesmo.

-Oookaaay, agora me soltaa! Eu não... consigo... respirar. - falei e Argaios nos soltou com uma risada, depois volto para a mesa de Apolo. Dei um tchau rápido as meninas e fiquei com cara de taxo, pois não sabia onde sentar.

Sai rapidamente dali e fui procurar Quíron. Ele estava ali perto, indo se sentar na mesa principal com o sr. D.

-Quíron, em que mesa eu sento?

-Nesta... daqui.- ele disse e apontou para uma mesa sozinha. - Cortesia de Zeus. - ele disse.

-Deixe eu adivinhar. Mesa de Volúpia, não de Cronos? - perguntei.

-Cuidado com os nomes. - Quíron adivertiu. - Sim, está certíssima.

-Sinceramente eu preferia que fosse do meu pai. - murmurei.

-Por que? - Quíron perguntou confuso.

-Porque pelo menos ele já falou comigo, já mostrou que existe. Diferente de Volúpia. - eu disse de mau humor.

-Sua mãe... - Quíron tentou dizer algo reconciliador, mas não conseguiu.

-A-há! - exclamei. - Você não sabe o que dizer. - eu disse sorrindo e me sentei na mesa que ele havia me indicado, logo depois ele se uniu ao sr. D.

Quíron falou algumas palavras e apareceram comidas variadas em cima da mesa. Como era almoço, não tivemos que jogá-las na fogueira para os deuses. Comi em silêncio e muito rapidamente, aproveitando o gostinho de tudo. Por fim, engoli a última uva do cacho e tive consciência de que havia engordado uns quinze quilos no mínimo. Quando acabei de comer olhei em volta e procurei Percy.

Ele estava acenando para mim a poucos metros de distância, mas ao contrário do que eu esperava, parecia preocupado. Andei até ele e passei a mão em seus cabelos.

-O que foi? - perguntei.

-Você vai ao Olimpo? - ele perguntou. Suspirei.

-Pergunta retórica. - eu disse.

-Nem tanto. Você poderia dizer que sim.

-Percy. Eu não disse retórica no sentido de que a resposta seria não.

Percy alargou os olhos e depois olhou para baixo.

-Eu vou com você. E isso foi certamente retórico. - ele disse e eu sorri.

-Que bom. Eu não suportaria se você não fosse. - falei. Percy sorriu comigo e me abraçou.

-Quando partimos? - ele perguntou.

-Agora. - uma voz soou atrás de mim e eu me virei para olhar. Nesse momento prendi a respiração. Na minha frente estava ninguém menos que Apolo, o deus do sol, da música, da poesia, da arte e das profecias. O deus que eu havia socado. - Olá, titia.

-Oi. - tentei parecer casual. - Veio ter sua vingança?

-Que nada. Vim te buscar. - ele disse sorrindo. - Eu estava pensando esses dias. E você pode não ser completamente insuportável quando não está de TPM. Além do mais, minha vingança já foi tida a tempos.

-Ah, foi? - perguntei, tentando levantar apenas uma sobrancelha e fracassando.

-Sim. - ele disse e levantou uma sobrancelha do jeito que eu me matava para tentar fazer. Eu bufei. - Mas, e você, hein tia? Andou aprontando no Mundo Inferior, pelo o que eu soube.

-Não sei do que está falando. - menti.

-Não? - Apolo sorriu, a sobrancelha ainda levantada. - Bem, talvez meu primo Oberon possa me dizer...

-Quem é Oberon? - Percy me olhou curioso.

-Ninguém que mereça nosso tempo. - falei, só então percebendo como as palavras haviam sido cruéis e ao mesmo tempo falsas saindo da minha boca. Eu mesma não sabia porque estava mentindo. Eu não havia feito nada realmente errado. Mas simplesmente algo me disse que não deveria contar a Percy sobre Oberon.

-Não? - Apolo repetiu sorrindo zombeteiramente. Eu lancei a ele um olhar fatal. - Tem razão. Toda a razão. Podemos ir agora?

-Claro. - eu disse. - Sabe, Apolo, você não é tão escroto quanto eu pensava.

-E você não é tão santa quanto eu pensava. - ele disse.

-Isso eu nunca fui.

Apolo nos levou para fora do acampamento, Quíron foi junto. Lá estava estacionado um lindo conversível vermelho, que reluzia como o sol. Típico. Eu e Quíron ficamos no banco de trás e Apolo e Percy no da frente.

-Segurem-se. - Apolo disse e ligou o carro. E ele literalmente saiu voando. O carro, eu digo. Ele voou pelos céus na velocidade de um raio e eu fechei os olhos, enjoada. Quando voltei a abri-los tinhamos chegado a frente do Empire State. Entramos no prédio e eu percebi que Apolo não estava mais conosco. O mesmo atendente que havia relutado em me entregar a chave ano passado estava atrás do balcão.

-E aí, colega. - eu o cumprimentei com um sorriso e estendi a mão para pegar a chave. Ele me entregou com uma careta e nós entramos no elevador. Encaixei a chave no lugar e o elevador começou a subir no mesmo ritmo acelerado que da última vez. Não aguentei e vomitei no chão.

-S-SELINA, VOC-CÊ ESTÁ BEM? - Percy perguntou enquanto se segurava para não cair. Eu neguei com a cabeça.

-SENTE-SE NO CHÃO ! - Quíron gritou e eu obedeci, levando a cabeça aos joelhos. Dois segundos se passaram e chegamos ao andar seiscentos. Só então percebi que havia prendido a respiração durante o percusso e soltei uma lufada de ar, enquanto saía meio tonta do elevador.

Andamos até o tão conhecido Templo dos Deuses e eu entrei, ainda meio verde e enjoada das duas viagens rápidas, sem nem bater. Percy e Quíron vieram atrás. Os deuses já estavam todos em seus lugares, mas foi Zeus que me chamou a atenção. Ele me encarava com uma expressão, eu não diria de súplica, mas sim de ordem. Como se ele ordenasse que eu o obedecesse e quisesse que eu fizesse isso. Eu o encarei de volta e disse uma única palavra, sem aumentar o tom de voz ou a entonação:

-Não.

Percy e Quíron me olharam sem entender. Eu não desviei meu olhar dos olhos cinzas e furiosos de Zeus. O clima estava muito tenso. Acho que Ares não percebeu isso ou se percebeu, tentou amenizar as coisas, porque disse:

-Nossa, Selina. Você está verde. Será que é o heroizinho que Zeus tanto temia?

Eu entendi a indireta e corei.

-N-não é só o elevador. - eu disse envergonhada.

-É impressão minha ou eu fiz Selina van der Halt corar e gaguejar? - Ares perguntou, claramente se divertindo com a situação. - Quer dizer que eu não tenho um priminho ? - ele perguntou se fingindo indignado e eu corei muito mais do que antes. Olhei de leve para Percy, ele estava ruborizado e olhava para o chão.

-Ah, claro que tem! Você não está vendo?! Está bem aqui, ao lado do Papai Noel e do Coelhinho da Páscoa. - eu disse, com raiva. - Agora, se não se importa, eu gostaria de perguntar a meu querido irmão com qual propósito ele me trouxe aqui. Pois se for o que estou pensando, minha resposta é a mesma.

-Você não pode dizer isso. - pela primeira vez, Zeus se manifestou. - Você tem que nos ajudar. Vidas estão em jogo. De meio-sangues que você conhece.

Eu engoli em seco.

-Talvez. - eu disse e depois sorrir. - Mas só se você pedir. E quando eu digo pedir, eu quero dizer com educação.

Zeus fez uma careta de gelar a espinha.

-Nunca ! - ele gritou e as paredes tremeram.

-Isso mesmo. - eu disse. - Nunca. Nunquinha. Eu nunca vou ajudar vocês.

O olhar furioso de Zeus vacilou um pouco e Hera sussurrou algo para ele.

-Estou esperando. - falei enquanto batia os pés no chão.

-Você não tem jeito, né? - ouvi um sussurro no meu ouvido, me virei e pisquei para Percy.

-Não. - murmurei.

-É por isso que eu te amo. Porque você é simplesmente assim. - ele sussurrou com um sorriso e eu sorri junto.

-Pois bem. - Zeus murmurou. - Selina...

-Sim? - eu me virei para ele com um sorriso vitorioso.

-Você poderia...

-Diga por favor.

-Você... p-poderia por favor... n-nos ajudar a … lutar contra Cronos?

-Desculpe, não ouvi.

Os olhos de Zeus pegaram fogo.

-Eu não vou repetir ! - ele gritou.

-Hm... - eu pus a mão no queixo, pensativamente. - Acho que uma serve. Percy, deu pra gravar?

-Não, infelizmente. - Percy disse. - Mas temos bastantes testemunhas.

-É. Eu acho que serve. - falei e olhei para Zeus. - Beleza, coroa, vamos acabar com eles.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews pessoal !



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