The Crete Princess escrita por Essy


Capítulo 6
Obsessão doentia. Loucura total. Merda de vida!


Notas iniciais do capítulo

Deeesculpeeem a demooora, por favoor! Em compensão, vou dar uma dica muito legal pra vcs. Visitei o blog de uma leitora, JujuNoffs, e encontrei muitas coisas legais lá. Mas o que mais gostei foi o endereço de um site em que havia um teste para saber de qual deus olimpiano você poderia ser filho. Fiz duas vezes, na primeira deu Zeus, na segunda Apolo. Mas eu só copiei o de Zeus para vcs verem como ficou...

—----De que Deus(a) você seria filho(a)?------------
Zeus- Deus dos Céus
Você seria uma ótima cria de Zeus, Deus dos Céus... Você é forte como ele, Tem a personalidade de um raio e um pouco ranzinza hehehe...
—----------------------------------------------------
Foi do jeito que tah la em cima que apareceu no site. Aqui vai o endereço, para quem quiser: http://www.youthink.com/quiz.cfm?obj_id=164294
Não vou divulgar o blog da JujuNoffs, pois não sei se ela autoriza. Mas vou conversar com ela e se ela deixar passo o blog dela aki!

bjin, bjão
Essy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/71778/chapter/6

 

Capítulo 6 – Obsessão doentia. Loucura total. Merda de vida.

-Hello, brother. - eu disse, em uma voz que imitava Damon Salvatore no primeiro episódio do seriado Vampire Diaries, quando ele reencontra Stephan. - Que prazer te ver.

-Eu sei. É sempre um agrado ter a minha companhia. - Hades disse. - Suponho que você tenha descoberto o plano de Ober, não?

-Quem é Ober? - perguntei.

-Oberon. - Hades disse sem paciência. - Descobriu, certo?

-Que plano? Aquele negócio ridículo que ele bolou? E que nunca funcionaria? Aquela leve esperança de que eu não fosse lembrar que não se pode comer no mundo inferior? - perguntei. - Sim, descobri essa idiotice. Pois bem, vocês não me deixam voltar, não é mesmo? Então vou acabar morrendo de fome.

-E daí? Sinceramente eu não me importo. - Hades disse

-Que bom. Que ótimo. Que...

-Mas Oberon se importa.

-Sério? Mesmo? Então por que aquele filh...

-Pera lá. O pai dele sou eu.

-Aquele desgraçado. Melhor assim? Ótimo. Então por que aquele desgraçado disse para você me prender aqui? Ah, é, me esqueci. Você queria me matar, mas ele disse que melhor seria se você me prendesse. Olha que maravilha, agora eu vou morrer de qualquer jeito. Ele não se importa com merda nenhuma. - eu disse, com raiva.

-É claro que se importa. - Hades disse.

-Por que ele se importaria? - eu disse e me levantei.

-Eu não sei. Ele é um garoto estranho para um filho de Hades. E esse é um dos problemas: ele ainda parece um adolescente, mas tem quase... sei lá, um milênio. - Hades disse. - De qualquer forma, ele... começou a agir de um modo meio estranho, ultimamente. Bem... na verdade, foi a um ano atrás, quando você veio aqui. Ele me visitou logo em seguida e eu contei a ele sobre você. Ele ficou entediado. Pediu para te ver e eu deixei ele dar uma olhada no caldeirão de Nyx. Esse caldeirão mostra as pessoas que você quer ver. Desde então ele não parava de consultar o caldeirão e observar alguém, dia e noite. Eu não sabia quem ele olhava com tanta frequência, eu não sabia por quem ele havia ficado tão obcecado... Mas precisava tomar providências. Foi quando eu soube que algo estava errado. E descobri, que de alguma forma, Cronos definitivamente não estava mais no tártaro. Na verdade, ele nunca esteve, pode-se assim dizer. Pois ele estava... meio que incinerado. Destruído. Aos pedacinhos. E para ele se formar novamente, só com muitos seguidores. Pois assim ele ia ficando mais forte, sua consciência ia ficando mais forte. Mas ainda assim, sua mente, sua consciência em si sempre permaneceu no tártaro. Nas outras vezes, que os titãs conseguiram reerguê-lo (e por pouco tempo, devo dizer) a consciência dele ficou aqui até o último momento. Até que ele achasse um corpo para o qual possuir. Mas agora... não resta mais nada dele no tártaro. Nadinha. - Hades fez uma pausa pensativa e continuou. - Enfim, sobre Oberon. Eu descobri sobre Cronos e sobre o Olimpo. Começou o rumor de que você o tinha ajudado e de que logo você se uniria a ele. Zeus ficou preocupado, muitos deuses também. Atena disse que era melhor te prender. Afrodite rebateu, dizendo que se você não estivesse do lado de Cronos, poderia ser uma ótima arma contra ele. Eu estava cheio daquele blablabla. Resolvi agir por conta própia e matá-la.

-Nossa, irmão, que amor. - eu disse com ironia.

-Você sabe que eu te amo. - Hades respondeu no mesmo tom irônico. - Falei de meu plano a Oberon e contei a história toda a ele. Ele simplesmente surtou. Disse que não, não e não. Eu não podia matar você. Você era especial e blablabla. Um papo chaaaato... enfim eu concordei em trazê-la para cá, mas não matá-la. Pois assim eu a impediria de se unir a Cronos.

-Mas se... mas... espera. - eu disse. - Se Zeus achou que eu podia me unir a Cronos, por que ele mandou Hermes me procurar? Quer dizer, Hermes disse que Zeus queria minha ajuda...

-Talvez ele queira sua ajuda. Você é poderosa. - ele admitiu com uma careta.

-Sério? E dois mais dois são quatro. - eu disse.

-Sem graça- ele disse.

-Nossa, que senso de humor. - murmurei. - Mas então irmão, não quer conversar? Por seus sentimentos para fora? Falar o quanto Zeus é malvado com você?

-Não. - Hades disse. - Eu não tenho tempo para conversinhas com a irmã mais nova.

-Ah, que pena! Tem tanta coisa que eu queria conversar! Você não pode me ajudar com a lição de casa? Está tão difícil.

-Ah, querida, mas você parece tão esperta! Você descobriu que dois mais dois são quatro! É um grande avanço, considerando o seu tipinho.

-Obrigada, maninho. Eu sei que arraso. - murmurei. - Hades, por que você é tão... argh?

Hades revirou os olhos negros e disse:

-Acho melhor você falar com Oberon.

-Por que eu deveria?

-Por que se meu filho ficar triste, magoado ou parecer... fraco, você vai fazer um tour pelo tártaro. Pode até procurar a consciência de seu pai e fazer companhia a ela, se ela estiver lá.

-Procurando Oberon. - eu disse e sai andando. - Aliás, onde ele está? Onde eu estou?

-No mundo inferior. - Hades disse.

-Sério? Nossa... eu pensei que fosse na toca da Medusa. Ah, espere, eu já matei a Medusa e ela não estava aqui. - eu disse. - Sério, Minhocão, cadê ele?

-Minhocão é o seu pai. - Hades disse. Nossa, desde quando deuses são tão agressivos? Esses tempos modernos...

-Nossa, papai vai ficar muito chateado. - eu disse e revirei os olhos.

-Vire a esquerda, depois a direita e a esquerda novamente. Haverão três portas. A do meio é a do quarto dele.

-Beleza. Tchauzinho, irmão.

Segui as orientações de Hades e quando cheguei em frente as três portas, bati na do meio. Alguns segundos se passaram. Para ser exata, vinte e sete segundos. Para mim foi tempo demais. Até que Oberon disse em uma voz cansada:

-Quem é?

-Papai Noel. - eu disse e revirei os olhos. Sarcástica, eu? Imagina. Só falo trinta ironias por minuto. - Posso entrar?

-Só se você estiver com o meu presente. - ele disse e eu abri a porta.

O quarto de Oberon era no mínimo... estranho. Tudo era preto, ele tinha um guarda roupa negro, chão negro, cama negra, paredes negras. Mas ele também tinha uma estante cheia de livros com capas... escuras. E uma escrivaninha de madeira... escura. Ele estava sentado em cima da cama, com uma expressão entediada. Típico de um filho de Hades...

-Oi, Nutty. - eu disse e me sentei ao lado dele. Ele ficou quieto. -Nutty? - perguntei. Ele não respondeu. Joguei um travesseiro nele. - Oberon!

-Oi. - ele disse. - Selina... me descu...

-Me desculpe! - eu disse, antes de ele terminar. Ele me encarou.

-Pelo que? Eu que...

-Por ter gritado com você. É só que... poxa, foi mancada sua.

-Eu sei. Me desculpe. Eu... ah, me desculpe! Por favor.

-Tudo bem. - eu disse. - Eu só não entendo por que você fez isso. Ok, não foi sua culpa. Seu pai queria me matar. Você me protegeu. Legal. Mas... você podia ter me dito antes sobre a comida. Me ajudado a fugir.

-Mas eu queria que fosse ficasse aqui comigo...

-Por que? - perguntei, confusa.

-Porque eu te amo. - ele disse. Eu gelei. Depois comecei a rir.

-Beleza, piada... legal. - eu disse em meio as risadas.

-É verdade, Lina, eu te amo. - ele repetiu. Eu parei de rir.

-O que?

-Eu te amo. “Je t'aime”. “Mi amas vin.”. “Ai shiteiru.”. “Ya tebya liubliu”.Entendeu?

-Não . - eu disse, tentando capitar a mensagem. Ele havia falado tantas línguas que eu fiquei confusa. Francês, esperanto, japonês, russo...

-OK. Vou falar em grego então, é sua língua nativa. “S'ayapo”. Ou em grego antigo, Philo Su. Capiche?

Eu gelei novamente. S'ayapo... Philo Su... eu te amo! Como aquele idiota ousava dizer que me amava?! Eu o conhecia a dois dias! Nem isso! E nos primeiros minutos nós nos odiamos. Então...

-COMO ASSIM? - gritei.

-O que? N-nada...

-VOCÊ NÃO ME AMA, OBERON, NUTTY, SEI LÁ DAS QUANTAS! NÃO MESMO!

-QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA DIZER QUEM EU POSSO OU NÃO AMAR, SELINA MIRA VAN DER HALT, LINA?

-EU SOU EU MESMA!

-GRANDE COISA!

-GRANDE MESMO! - gritei e me levantei. Oberon me olhou e suspirou. Fechou os olhos um minuto e disse, com eles ainda fechados:

-Lina, eu te amo, caramba. Por que você acha isso tão complicado? O Perseu pode te amar e eu não?

-Eu... Percy me conhece a um ano, Oberon. Um ano. - eu disse. - Você a dois dias.

-Quando vocês começaram a namorar vocês só se conheciam a alguns dias! - Oberon abriu os olhos com raiva.

-MAS OBERON, VOCÊ SÓ ME CONHECE A DOIS DIAS, PELOS DEUSES! - gritei – É muito pouco tempo! Você pode gostar de mim. Me achar legal. Mas amar? Amar? Tendo me conhecido a dois dias? Impossível.

-Quando o Perseu disse que te amava, você acreditou! Vocês se conheciam a , sei lá, uma semana!

-Deixa o Percy fora disso. Uma semana é mais que dois dias.

-EU NÃO TE CONHEÇO A DOIS DIAS! - ele gritou. - Eu te conheço a quase um ano! Desde o dia em que meu pai me mostrou a droga do caldeirão de Nyx, eu venho te observando. Você é incrível e corajosa... e mesmo estando longe, eu comecei a gostar de seu jeito teimoso e petulante e... maravilhosamente... perfeito. Você é incrível quando você estuda, quando você luta... até quando você faz o café da manhã... Philo Su, Selina.

-Não, não, nãããããão. - eu disse. - Isso não é amor é... obsessão. É estranho é sem ética, é irracional...

-Obsessão? Ok. Eu estou obcecado por você Selina. Completamente obcecado.

-Você é louco. Você me dá medo. Completamente pirado. É um Nutty mesmo. Doidão. - eu disse e me levantei. - Espera. Eu entendi o que aconteceu! Você andou bebendo não foi, Oberon? Eu não acredito nisso...

-É claro que não! - Oberon disse, inconformado.

-Então o que? Você usou drogas humanas? Andou fumando Narguilé? Me fala, Oberon. Você tem que dizer a verdade.

-Eu não fumei nada. Cara, qual é a dificuldade?

-Quem você chamou de 'cara'? - perguntei, com raiva.

-Ning-guém. - ele disse. - Olha, eu já te disse que estou em um estado perfeitamente consciente.

-Você não está consciente. Está obcecado, está... possuído! Sei lá. Você está dizendo um monte de besteiras.

-Amor não é besteira.

-Amor o ca... - eu comecei, mas acho melhor não dizer a palavra inteira aqui.

-EU TE AMO, SELINA MIRA VAN DER HALT.

-EU TE ODEIO, OBERON. - eu disse e percebi que tinha falado besteira. Tapei a boca e arregalei os olhos. Oberon parecia magoado. Mas ele estava ficando muito... maluco das ideias.

-Desculpe, Oberon. Mas você está com uma obsessão muito estranha. E ainda por cima, por mim. Pense bem. Você não me ama. Você...me odeia. Você sabe disso. - eu disse, tentando soar convincente.

-É, Lina. Eu te odeio. Te odeio por você me fazer te amar. Eu sinceramente odeio amar você.

-Eu já disse, isso não é amor! É uma loucura! Você nem me conhece, nem sabe do que eu gosto! Não sabe nada sobre mim.

-Sei que você nasceu no dia vinte de junho, exatamente o dia em que você sai de férias, de mil novecentos e noventa e três, tem dezessete anos. Gosta de ler, mas tem de fazer muito esforço para ler livros normais por causa de sua dislexia, por isso prefere ler livros gregos, mas ainda assim le livros em inglês. Você gosta da cor cinza e da cor preta, mas também da azul e do rosa. Gosta de nadar, mas prefere ficar sem fazer nada. Na escola, sua professora preferida é Gilda Golloy, porque ela não te humilha por causa da dislexia e da DDA*. Sempre quis ter irmãos, mas sempre foi filha única e mesmo depois que descobriu que era filha de Cronos, não considerou Zeus, Poseidon e Hades como irmãos de verdade. E sei que...

-Ok, entendi! - eu disse, estarrecida com as informações. Como ele sabia tudo isso? - C-como você...

-Como eu sei disso? Ora, eu te observei por um ano inteiro, Selina. Aprendi muita coisa. - Oberon disse. Eu o fitei. Ele havia mudado tanto, em tão pouco tempo – apenas dois dias -... passou de odioso para engraçado, de engraçado para quase legal e de quase legal para... completamente maluco.

-Oberon. Você. É. Mesmo. Louco. - eu disse. Ele me olhou e seus olhos cresceram e ficaram vermelhos. Dentro deles, água começou a se juntar. Oberon entreabriu os lábios e arfou. Então eu percebi, ele estava quase chorando. Seus olhos lacrimejavam. Ok, desde quando isso havia ficado tão maluco? Minha vida parecia novela, e uma novela bem mexicana mesmo, escrita por um péssimo roteirista. Eu colei chiclete na barba de Zeus, né? Ok, ele nem tem barba mas... Pelos deuses! O que eu havia feito para merecer isso? Olha, eu preciso fazer umas queixas para a pessoa que escreve a história da minha vida. Seja ela Deus, um dos deuses, Alá**, Buda***... tanto faz!

-Eu... é. Sou louco. - Oberon disse, seus olhos vazios. Não vazios de lágrimas, isso ele tinha bastante. Mas simplesmente... vazios. Sem expressões. Nem tristes, nem loucos, nem raivosos, nem alegres, nem bobos... só vazios.

-É. Louco e obcecado. - eu disse, sem dó. - Quando você for resolver ir procurar uma casa para você, ou seja, um manicômio****, me avise. Eu conheço um em Seattle, muito bom. - com essas palavras eu sai do quarto, deixando Oberon sozinho. Eu não sabia como voltar para meu quarto. Ótimo. Que se dane. Eu nem tinha certeza de que queria voltar ao quarto. Não tinha certeza de merda nenhuma. Tudo havia ficado... louco de mais para mim. Eu precisava sair. Tomar um ar livre. Abraçar alguém. E, na verdade, eu já sabia muito bem quem era esse “alguém” que eu queria abraçar, beijar, alisar, cheirar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* - DDA = Disturbio de Déficit de Atenção
** - Alá, ou Allah é como uma personificação do Deus católico e evangélico na cultura muçulmana.
*** - Buda, ou Buddha, é o fundador da religião chamada Budismo.
**** - Manicômio é um tipo de 'hospital mental' para pessoas que sofrem de doenças mentais. Muitos costumam dizer que é lugar para loucos e na história foi usado com esse sentido, mas eu não tenho preconceito nenhum gente, e quero deixar claro q manicomio não é um lugar para loucos pois nem todo doente mental´, esquisofrênico, etc, é louco e nem toda pessoa sem doenças mentais é sã.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Crete Princess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.