Por diversão escrita por queijo e uvas passas
Notas iniciais do capítulo
Oi, cupcakes!
Só queria desejar à vocês, seus lindos, uma ótima leitura!
Os olhos de Maya estavam quase se fechando, mas o barulho irritante de seu estômago roncando insistia em acordá-la. Lentamente ela se levantou e andou até a cozinha.
O frio castigava seu corpo, mas ela não se importava. Logo voltaria a dormir.
Maya abriu a geladeira e, de repente, a fome já não a incomodava.
O corpo de sua mãe jazia sobre as hortaliças. Seus cabelos negros estavam manchados de sangue; sua pele, tão escura quanto a noite, estava acinzentada; e seus olhos azuis, sempre límpidos e alegres, estavam opacos e sem vida.
Sua mãe se fora. E Maya teria de aceitar.
Com lágrimas nos olhos, ela andou até o quarto de seu pai, que sempre a ajudou em momentos difíceis, e que precisava saber que sua melhor estava morta, e acendeu a luz. E então um grito agudo escapou de sua boca.
— Pai? PAI!
— Filha... – falou ele, com muita dificuldade.
Uma corda se prendia no teto e desenrolava-se até o pescoço de seu pai, este que estava suspenso no ar, entre a vida e a morte.
— Fique quieto, pai! FIQUE QUIETO! Eu... Eu consigo tirar essa corda de você! Eu consigo...!
— Maya, eu não vou resistir por muito tempo... — disse com a voz fanha, devido à falta de ar. — Lembre-se de não...
— Não, pai! Não diga nada! Escute-me, preciso te falar uma coisa... — Ela engoliu em seco. “Como se conta a um homem que sua mulher morreu?” — A mamãe está morta...! Eu... Eu não posso te perder também!
Mas era tarde demais. Maya já o havia perdido.
“Meu irmão!”, pensou ela, desesperada.
Seu choro ecoava pela casa e suas pernas fraquejavam, mas ela precisava lutar. Poderia lidar com a morte de qualquer um, menos com a de seu irmão.
Maya abriu a porta do quarto com um estrondo.
— NÃO! Não! Não é possível! NÃO!
Ela tirou seu irmão da cama e pegou-o no colo.
— Daniel, — falou Maya chorando como nunca havia chorado na vida — diga alguma coisa!
Ele não disse nada.
A tristeza, que já havia invadido seu corpo, alojou-se ali definitivamente.
— Como viverei sem você? — Maya sussurrou enquanto as suas lágrimas molhavam o rosto ensanguentado do irmão.
— Não se preocupe. Você não viverá – retorquiu uma voz masculina.
Maya imediatamente virou-se na direção do som, queria encarar o dono da assustadora voz, mas este foi mais rápido e fechou suas mãos grossas e cheias de calo ao redor de seu pescoço. Levantou-a e colocou-a contra a parede, a alguns centímetros do chão. Maya, apesar da falta de ar, tentava raciocinar.
— Quem...? Quem é você? — perguntou, lutando para não desmaiar.
— Não se lembra de mim?
Não, ela não lembrava. “Se bem que... Não! Não pode ser o...”
— Padeiro Willie?
— Sim — falou o próprio, com um sorriso intimidador.
— Mas você tinha abandonado a vida do crime!
— Não: uma vez coberto de sangue inocente, sempre coberto de sangue inocente.
A voz do padeiro, e também o que ele dizia, enchia Maya de medo, mas ela precisava continuar a fazê-lo falar. Era sua melhor chance de distraí-lo enquanto pensava em como fugir.
— Por que matou minha família? Por que não fez um sequestro? Poderia ter ganhado muito dinheiro... — Sua voz estava falha e havia cada vez menos tempo antes que ela morresse asfixiada.
— O erro da sociedade é achar que todos os assassinos matam por dinheiro.
— Você mata pelo que, então?
O padeiro pegou um pedaço de pão e enfiou-o na garganta de Maya.
Em questão de segundos todo o veneno do pão espalhou-se pelo corpo da garota. Assim que começou a fazer efeito, ela começou a dissolver, assim como açúcar na água, como se tivesse mergulhado em tóxico.
E, só depois que Maya já estava morta, o padeiro respondeu:
— Eu mato por diversão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem até o final! (Merecem uma estrelinha no céu por causa disso!)
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É isso,
Beijos, cupcakes!
♥