The Dawn is Your Enemy escrita por StephanFS


Capítulo 6
Smile to your death




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— …Jake, fecha a janela, por favor.

O garoto reclamou para o cachorro. Ele estava sentindo frio, mesmo usando o seu saco de dormir para se esquentar.

Ele não ouviu.

— Jake, por favor, fecha a jane… la?

Ele se levantou e viu que não estava mais na sua cama, nem usando o seu saco de dormir. Ele estava numa campina qualquer. O tempo estava ensolarado, mas ventava bastante.

— Aonde eu estou? Jake? BMO? NEPTR? Cadê vocês?!?

O garoto tentou procurar os seus amigos, mas não conseguiu encontrá-los. Chamou eles várias vezes, mas ninguém respondeu. O garoto deduziu que ele estava bem longe de casa. Mas quem trouxe ele aqui?

— Roxanne. Ela deve ter me largado em algum lugar para que eu não ativasse o segundo painel.

Ele xingou a feiticeira inúmeras vezes até ficar sem palavras para dizer alguma coisa. Só de pensar nela já irritava o garoto.

Ele tinha que sair daquele lugar. Ele correu para encontrar civilização ou algo do tipo. O garoto precisava se localizar. O garoto correu, correu e correu, mas não encontrou nada. Sem civilização, sem nenhuma alma viva, sem nada. Só campos verdes e céu azul.

Cansado e frustrado, ele gritou.

— AONDE EU ESTOU?!?

Ele se deitou no gramado, cansado após correr por vários minutos. O garoto queria sair daquele lugar, mas não tinha ideia do que fazer. Jake deve ter notado a ausência dele neste instante, mas o garoto se lembrou que ele foi numa reunião de família na Dimensão Cristal. Talvez Cornelius soube do que aconteceu e mandou os seus aprendizes para resgatá-lo. No entanto, ele estava frustrado.

Foi então que ele ouviu uma voz.

— Finn?

Ele conhecia aquela voz. Só de ouvir aquela voz fez ele levantar em um segundo. Ele se virou e viu quem era.

Era ela.

— Você está perdido? – a Princesa de Fogo perguntou.

Ele não falou nada. Ficou mudo e paralisado. Ver a garota que ele ainda ama na sua frente o deixou sem palavras.

— Vamos, eu sei o caminho.

Ela pegou na mão do garoto e começou a levá-lo para… algum lugar. Finn ficou surpreso quando percebeu que a sua mão não estava pegando fogo. Ele podia tocar nela agora sem se queimar.

No entanto, isso não era importante para o garoto neste momento. Faz meses que ele não vê a sua princesa desde aquele dia. Ele queria perguntar alguma coisa para ela, mas estava com medo de falar alguma besteira, como fez da última vez.

Ele resolveu fazer uma pergunta simples.

— Aonde está me levando, Princesa? – perguntou o garoto.

Ela se virou e deu um sorriso.

— Eu estou te ajudando. Além disso, eu quero conversar com você.

A princesa parou de correr e largou da mão do garoto. Logo depois, ela se virou e andou lentamente na direção dele, com um sorriso dócil no rosto.

— Você ainda se arrepende daquele dia, não é?

O garoto quase deu um pulo para trás quando ela fez aquela pergunta. Ele não queria responder para evitar fazer outra besteira na frente dela, mas ele tinha que ser honesto com ela.

— …sim. Mas não é só aquele dia. O dia em que você pediu minha ajuda para recuperar o trono também me corrói por dentro. Eu deveria ter agido como um herói. Ao invés disso, eu agi como um babaca querendo te impressionar…

Uma lágrima escorreu no rosto do garoto. Ele não queria que a garota que ele ama visse ele chorando de novo.

— Eu acho que você está melhor sem mim. Eu só arruinei a sua vida…

A princesa abraçou o garoto.

— Você nunca arruinou a minha vida.

O garoto enxugou a lágrima do seu rosto e se virou.

— Tem um bom motivo para eu estar aqui hoje, na sua frente.

Ela colocou as mãos no rosto do garoto.

— Eu quero agradecer a tudo o que você fez por mim, Finn.

Aquela voz… aquele sorriso… o peso que ele sentia meses atrás por causa das coisas que ele fez parecia estar mais leve. Estar perto da garota que ele ama fez com que ele sentisse uma sensação boa em seu coração.

— Você mostrou a mim que eu não sou má, que eu posso ser diferente do meu pai. Você mostrou para mim o quão bonito é esse mundo.

Ela deu um selinho nos lábios do garoto. Ele ficou meio surpreso. A princesa riu da reação do garoto. Depois disso, ela continuou a falar com ele.

— O tempo que eu passei com você jogando BMO, tocando músicas, comendo doces, se aventurando em masmorras…

Enquanto ela falava, Finn começou a notar uma coisa estranha: estava ventando demais. Bem, isso não é novidade, já que ele acordou tomando vento no corpo, mas a ventania estava mais forte do que o normal. Ele deu uma pequena olhada para o céu e viu várias nuvens cobrindo o céu. Parecia que vai chover, mas havia alguma coisa errada: as nuvens estavam vermelhas.

— Eu sou muito grata a você, Finn. E é por isso…

Ela largou o garoto e deu alguns passos para trás. Havia alguma coisa errada…

—…que eu vou morrer bem na sua frente.

Foi então que surgiu algo atrás da princesa. Algo que parecia uma pessoa, mas a sua aparência foi bloqueada pela vermelhidão. Tudo ficou vermelho, os céus, os campos, tudo.

Espantado, Finn tentou correr para salvar a princesa, mas ele não conseguia se mexer. Ele tentou ver o que estava segurando, mas não havia nada. Seu corpo começou a ficar pesado do nada, fazendo com que o garoto caísse no chão.

— PRINCESA, CORRE! – gritou o garoto, apavorado.

Ela não escutou. Ela ainda estava com aquele sorriso no rosto. A coisa misteriosa estava se aproximando da princesa lentamente. A princesa fechou os olhos, prestes a aceitar a sua morte nas mãos daquela coisa.

— PRINCESA!

Finn usou todas as suas forças para se mexer. Ele não queria deixar a garota dos seus sonhos morrer na sua frente. Ele esforçou os músculos da sua perna para poder se levantar e esforçou os seus braços para poder erguer o seu corpo. Não adiantou nada. O que estava mantendo ele preso no chão era extremamente forte. Ele não podia fazer nada. Só ver a morte da princesa.

— NÃO! ME LEVA NO LUGAR DELA! DEIXA ELA EM PAZ!

A coisa já estava perto da princesa. Ela ergueu o que parecia ser o seu braço. Uma espada apareceu na mão da criatura misteriosa. Ela colocou a lâmina no pescoço da princesa. Foi então que ela disse suas últimas palavras.

— Adeus.

Durou um segundo. Um simples segundo. Não dois, nem três. Apenas um. O corpo da princesa caiu no gramado. A chama que dava forma a sua forma material escureceu. Cinzas de seu corpo voaram por aí.

A coisa se aproximou de Finn. Ele jogou a cabeça da princesa no chão. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ele falhou em salvá-la. O garoto gritou, gritou e gritou. O peso que segurava o seu corpo havia desaparecido.

Ele abraçou chorando a cabeça de sua amada. Era mais um peso que ele vai carregar no fim de sua vida.

Eu fiz um favor para você.

Uma voz irreconhecível foi ouvida pelo garoto. A criatura estava falando com ele.

Você só a via usando uma máscara.

O garoto deixou a cabeça no chão, enxugou as suas lágrimas e se levantou. Tudo o que ele sentia naquele momento era tristeza e ódio.

Uma máscara que escondia algo tão podre por trás daquela pureza.

“Como essa coisa ousa falar da princesa desse jeito”. Era isso o que passava pela mente do garoto naquele momento.

E é por isso que máscaras existem.

A criatura materializou três objetos: um sol, uma lua e um coelho.

Elas escondem a podridão dentro de nós.

— CHEGA!

Finn avançou para atacar a criatura. Ele correu para dar um soco na criatura. Foi então que…

—--

O garoto levantou do nada. Parece que o soco que ele deu rasgou o saco de dormir. Ele olhou ao seu redor e viu que estava em seu quarto. A escuridão tomava conta da casa, mas a luz do luar iluminava uma parte do quarto.

— Foi só um pesadelo… – o garoto falou silenciosamente.

O garoto suspirou, tranquilo em saber que tudo aquilo não era real. E a melhor parte é que a Coruja Cósmica não estava presente naquele pesadelo, então aquilo nunca irá se realizar.

Ele se deitou novamente para voltar a dormir, mas estava com um pouco de medo. Ele tinha que se acalmar. Ele se levantou e pegou algo que deixa guardado debaixo de sua cama.

Ele não disse nada quando ele olhou para o que ele pegou. Só de ver ela morrer naquele pesado deixou ele assustado, triste e ansioso. Sua princesa era tudo para ele.

Meses antes deles se separarem, Jake deu uma festa de aniversário para o garoto na casa da árvore, só que sem pegadinhas dessa vez. BMO tirou várias fotos do garoto e da princesa juntos durante a festa. Cada foto retratava a felicidade do jovem casal. Finn guardou uma dessas fotos debaixo de sua cama, e toda vez em que ele pensava em sua princesa, ele pegava uma das fotos e olhava para ela.

— O que eu daria para ter você de volta… – sussurrou Finn.

Finn abraçou a foto e tentou dormir, pensando nos bons momentos que ele teve com a sua princesa.


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