Manhattan escrita por yay


Capítulo 16
XVI


Notas iniciais do capítulo

AEOOOOUHUCONSEGUIMOSPOSTARRÁIDOÊÊÊ
Não tá lá muito comprido mas ficou legal acho
Digamos que a Mione vai sofrer uma queda heuehue



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P.O.V Leo

Estamos só eu e Rey no apartamento, já que os outros foram ao cinema e Reyna está doente. Eu não fui, pois não sou dos maiores fans do filme e também não queria deixar Reyna sozinha, por causa da gripe e dos marginais.

Ué, vai que algum maluco viu nosso prático modo de entrar no apartamento pela Michela.

Não que eu ache que Reyna não consegue se cuidar sozinha, mas é um instinto.

Bom, como vocês podem perceber, é difícil de descrever.

—Tá com fome, Rey-Rey? – pergunto a ela, que vê uma série na Netflix.

—É, um pouco – resmunga ela com sono e se levanta para buscar comida. A impeço.

—Na-na-ni-na-não! Eu que vou cozinhar para a senhorita! – declaro e ela me olha som acreditar.

—Leo, acho que Master Chef está influenciando sua mente – ela conclui, mas não discute, voltando a se jogar no sofá.

Vou para a cozinha e pego uma frigideira. Vou fazer omelete.

Depois que aprendo a dominar a difícil arte de ligar o fogão, coloco a frigideira sobre a boca deste e começo a preparar minha obra prima.

Quebro o ovo como um verdadeiro chef e pego um utensílio de plástico (acho que seu nome é espátula) para trabalhar na minha iguaria em produção.

Porém, uma fatalidade ocorre. Quando vou mexer na comida, erro a coordenação motora e a espátula vai parar entre a boca do fogão e a frigideira. Bem no meio do fogo.

A espátula pega fogo e percebo que deveria ter pego uma que não fosse de plástico. Tarde demais. O fogo rapidamente se espalha e atinge minha preciosa mão antes que eu possa reagir.

Só consigo pensar em uma coisa:

Minha mão está pegando fogo. Eu estou pegando fogo.

—Que irado! – exclamo, mas então começa a doer e eu berro:

—Rey! Eu tô pegando fogo!

—O quê? – ela não ouve.

—EU... EU TÔ PEGANDO FOGO!

Ouço ela arfar e vir até a cozinha.

Ela foca no meu rosto e parece meio perdida por só um segundo. Posso até imaginar o fundo que passava na última de cada capítulo de uma novela brasileira que eu tinha que ver por causa da minha avó espanhola. Acho que seu nome era “Avenida Brasil”. Nela, na última cena do capítulo, imagem congelava e passava atrás um fundinho vermelho com uns efeitos. Eu achava maneiro.

Volto de meus devaneios sobre novelas brasileiras quando Rey-Rey corre até mim, pega minha mão e a mete na água.

—Ah... Alívio... Alívio – falo com os olhos fechados.

Reyna me dá um tapa no outro braço, então abro os olhos.

—Você quase me matou do coração! – fala ela respirando de modo acelerado. – Quando você se queima, precisa colocar a mão na água!

—Ah, eu sei, é que fiquei meio desesperado.

—Percebe-se – ela tenta se acalmar, o que acontece cerca de um minuto depois.

—Fica com a mão aí, vou pegar um pote com água e gelo - então, ela vai até o armário e fica na ponta dos pés para alcançar um potinho, colocando água e gelo nele. Então, ela se aproxima, tirando minha mão da água da torneira.

—AHHH... – ela mete minha mão na poção do alívio novamente (vulgo água, essa com gelo. Ui) e meu brado de dor se transforma num suspiro aliviado.

Vamos para a sala e nos sentamos. Reyna senta- se na minha frente, em perninhas de índio. Ela abaixa a cabeça para arrumar o potinho com água e gelo no sofá e seus cabelos caem sobre seu rosto.

Me inclino e retiro-os de sua cara e ela meencara, dando um sorrisinho.

—Acho que está na hora de ver se a senhorita está com febre – declaro e alcanço o termômetro na mesinha de centro, dando-o para ela, que o põe embaixo do braço.

E então ela senta-se de frente para a TV, voltando a ver sua série. Faço o mesmo e coloco o potinho do alívio sobre o braço do sofá. Puxo Rey-Rey para mais perto de mim. Ela encosta a cabeça no meu peito e encolhe as pernas, ficando inteiramente sobre o sofá, aconchegando-se em mim.

Dou um beijinho em sua testa e ela sorri, assim como eu.

E então começo a prestar atenção na série que Rey está assistindo e que nem sei o nome.

***

P.O.V Ronald

Hoje é quinta e estamos no apartamento das garotas (como sempre). Só Annabeth, que está resolvendo alguma coisa da faculdade e Mione, que foi visitar sua tia avó (que mora aqui), não estão aqui.

—Hey! Quem quer todinho? – pergunta Newt se jogando no sofá depois de depositar um jarro com a bebida na mesinha de centro.

—Eu! – falamos juntos.

—Ok, mas quando acabar, vocês que vão fazer outro – ele avisa e concordamos.

—Caramba, a Mione tá demorando – comento preocupado.

—Ah, ela deve estar tomando um chá com biscoitos lá na avó dela – Thalia retruca.

—Tia avó, Thalia – Zoë corrige.

—Isso aí.

Nesse momento, Reyna sai do quarto cantando “Someone Like You” da Adele com seu papagaio, Chico, no ombro.

—Hã... Reyna? Por que você está cantando essa música? – pergunto confuso. Até onde sei, Reyna não tem namorado.

—Levou um pé na bunda? – Joh pergunta com toda a sua delicadeza natural.

Ela faz uma cara de tédio.

—Não! Mas acho que Chico levou um – ela fala e nesse momento Chico solta um ruído, concordando.

—Papagaios levam foras? – ouço Katniss perguntar para Peeta, que responde:

—Sei lá.

—Ele parece meio cabisbaixo – comenta Reyna observando-o em seu ombro.

Nesse momento, nossa atenção é atraída para a janela. Annabeth está parada lá, com cara de taxo, o que só pode significar que ou Annabeth voa esporadicamente ou ela subiu pela Michaela.

Como a segunda opção é a mais viável, é provável que ela tenha adotado a Michaela como meio de transporte, como nós. Apesar de que essa opção também é bastante inacreditável.

A olhamos chocados.

—O quê foi? Não me olhem como se tivessem visto o vizinho nem um pouco saudável ali de cima comendo salada! – ela protesta mal-humorada.

—Annie... Você subiu pela Michalela? – Percy pede abismado e hesitante. Annabeth despreza a Michaela e tudo o que a use como meio de transporte. Alguém já deve ter lhes informado disso.

—Não é minha culpa se tenho amigos surdos e esqueci a chave do apartamento – ela retruca. Nico abre a boca para falar algo que provavelmente seria que ela é culpada por não ter levado a chave, mas ele não chega a falar: Annabeth perde o equilíbrio e quase cai da janela, mas Percy consegue segurá-la, a puxando para dentro.

Antes que alguém possa fechar a janela, ouvimos um “Hey” vindo lá de baixo. Hermione.

Vamos até a janela e percebemos que ela se encontra lá embaixo, ao lado da Michaela.

—Mione? – berramos para ela.

—Me joguem a chave do apartamento! Eu deixei a minha aí em cima! – pede ela.

—E a educação? – berra Newt lá para baixo.

—Ela deve ter deixado na casa da tia avó dela – comenta Clove.

—Hoje é o dia – fala Leo.

—Não – Joh declara

—Você vai subir pela Michaela, como a Annabeth! – Finnick completa.

Mione faz cara de confusa, mas retruca:

—Ah, não! Me deem a chave, por favor!

—Não! – respondemos e ela fecha a cara.

—Ah, vão catar coquinho no meio do asfalto!

E então, ela começa a escalar a Michaela.

Porém, quando está há uns metros do chão, ela erra o pé e perde o equilíbrio, caindo logo em seguida. Solto um berro apavorado ao mesmo tempo que ela grita de dor.

—Ui – comenta Newt.

—Caramba – Cato observa.

—Dorgas! – falo desesperado.

—Putz – Leo murmura.

—Ih – Peeta balbucia.

—Eita – Nico sussurra.

—Uh – Percy tapa a cara.

—Acho que ela caiu – Finnick diz o óbvio.

—Ah, você acha?! – Johanna berra.

—Isso dói! – declara Mione lá baixo.

—É claro que dói! Você caiu da árvore! – retruca Thalia.

—Não isso! O som de vocês falando – ela responde lá de baixo.

E então, escancaramos a porta e descemos as escadas correndo, sendo que Joh trupica e quase cai, mas é salva por Finnick.

—Mione! – berro quando chegamos lá em baixo e a vejo encolhida, gemendo de dor.

—Ai – é sua única resposta.

Fazemos um círculo ao redor dela e começamos a debater sobre como ela deve ter caído e o que ela machucou.

—HEY! – ela berra e nos voltamos para ela. – Dá pra vocês pararem de discutir hipóteses e se dedicarem à situação presente? Isso aqui tá doendo, viu?

Ficamos quietos.

—Alguém pode me levar para o banquinho ali, por favor? – ela questiona, apontando o banquinho perto da Michaela.

Eu e Zoë vamos até ela e a ajudamos a se levantar, segurando seus ombros. Ela se apoia com o pé no chão, porém, quando vai sentar, bate o tornozelo machucado no banquinho e geme, reprimindo um grito.

—Calma – eu e Zoë tentamos tranquiliza-la.

Katniss, que está cursando medicina, vem até nós e examina o tornozelo dela.

—Hum... eu acho que ela torceu, não acredito que tenha quebrado. Pelo inchaço, acho que a torção foi aqui – então ela aperta de leve uma região na lateral direita do tornozelo da Mione, que não aguenta e berra.

—É, acho que foi aí mesmo – ela murmura depois do grito.

—Hã... acho que devemos leva-la ao hospital pra os médicos examinarem e tratarem – Kat conclui e assentimos, indo para o hospital.


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Notas finais do capítulo

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Beijos



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