Londres escrita por Park Ravenna


Capítulo 2
Sangue e horror,Vida e Morte




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Acordei com dor de cabeça e dor nas costas por ter dormido encolhida no sofá dando espaço pros  pequenos.

Percebi que estava deitada sozinha no sofá com certeza as crianças estavam  brincando no campo grande e se jogando na lagoa deixando a roupa molhada e os cabelos  precisando ser secados.

Me alevantei com a roupa grudada no corpo de suor e o  cabelo bagunçado não tinha dormido bem  mas era sempre assim acordava e sentia como se não tivesse dormido nada da noite mas tinha dormido a noite toda,tirei o pensamento da cabeça e fui ate o banheiro onde tínhamos  ganhado um box,uma pia  e um vaso de porcelana .Liguei a torneira do chuveiro e água fria começou a  descer.

Depois de tomar banho me enxaguei com a água fria e com um resto de sabonete  com cheiro de  laranja e guardei o resto eu tinha poucas roupas e as que tinha geralmente eram trapos e vestidos que não cabiam direito em mim.

Vesti uma camisola que ia ate o  joelho branca  ela era em cima igual a uma regata e em baixo como um vestido fiz um coque e peguei meu chinelo botei nos pés e sai de casa olhei no pátio e me deparei com em alguns metros   Dru Ty e Stevan brincando de terra ou melhor barro comida de barro eu sorri me lembrando de quando eu brincava e procurei maia...Não a achei meu coração acelerou..maia era sempre a menina que se afastava dos outros e que colia rosas e depois as despedaçava,Sempre me preocupava com ela  olhei na floresta e vi maia parecendo conversar...jurei ter visto uma sombra falando com ela mais quando olhei de novo maia estava me encarando e a sombra já tinha sumido devia ter sido imaginação.

Gritei o nome dela e ela correu ate mim com o cabelo  indo pra trás com o vento ela chegou ate mim e me olhou depois sorriu torto ela estava usando uma camisa e um calção cinza  e pés descalços.Eu  a abracei forte e Ela ficou curiosa eu nunca a abraçava eu a conhecia ela gostava de ficar sozinha e correndo contra o vento eu a chamava de menina do vento.

—Oque estava fazendo menina ventou?-Eu disse a maia ;

—Só estava olhando a floresta e os bichinhos que moram La principalmente os esquilos  fala sorrindo docilmente fazendo as pequenas covas aparecerem.

Tudo bem...-Eu falei  e alevantei minha mão e tirei uma mecha de cabelo loiros  de  Maia que estava atrapalhando a visão dela  e botei atrás da orelha dela ela sorri em forma de agradecimento e sai correndo ate a floresta onde ela fala ter visto esquilos.

Sinto algo puxando  a ponta da minha camisola e olho para baixo olhando olhos grandes  cinzentos e cabelos cacheados marrons.

Oque foi Thiberius?-Pergunto o pegando no colo.

Fome..-Ele diz com os olhos lacremejando .

Agora cedo já fome?-Pergunto deixando a infantilidade na voz.

Já é 12 dia-Ele diz e me assusto.

Claro...Avise seus irmãos para se arrumarem vamos no centro pegar a marmita da mamãe- Eu falo e largo ele com cuidado no chão ele sai gritando para os outros se arrumarem e depois todos eles entram em uma fila em casa.

1 hora depois:

Mãe!!-Eu grito não sentindo meu corpo não sentindo o grito que saia na minha garganta e corta o silencio da parte silenciosa da cidade , Sinto o cheiro de bebidas e suor sempre suor olho em volta tudo cinza....Predios casas  enfeitadas de longe com bordados dourados e caio de joelhos no asfalto  grudento  e sento meus olhos  queimarem arderem em chama e logo lágrimas começam  a cair não tenho coragem de olhar para cima e desviar o olhar a direita onde...sei que encontrarei um corpo de pele pálida e olhos escuros marrons e cabelos loiros claros manchados de sangue, Um vestido azul claro que agora é vermelho pernas longas e brancas com uma sapatilha lilás O corpo é de minha mãe que me protegeu....amou fez tudo por mim escola,roupas,comidas tudo Logo.

Era sempre o mesmo...Eu tinha  cinco anos estava andando na parte linda de Londres com um vestidinho branco e um laço no cabelo e uma botinha que hoje esta esfarrapada de tanto uso.As pessoas me olhavam e sorriam me conheciam eu andava da escolinha ate o campo onde minha mãe se encontrava grávida do meu irmãozinho eu dava um gritinho quando me lembrava que teria um irmão a felicidade entrava no meu corpo e não saia,esse bebe era Stevan . Chegava em casa feliz da vida e observava minha mãe sentada na cadeira de madeira costurando roupas de crochê para venda ,Nos sustentávamos daquilo eu pegava as roupas e entregava ao ateliê da parte rica de Londres onde as roupas eram vendidas e metade do lucro era dado para eu e Andréia eu ganhava..6 dólares e andava feliz comprando balas e vestidos as vezes eu ganhava 8 dólares....era pouco começou a ser pouco  minha mãe ganhava das roupas por mês   58 dólares  35 dólares era aonde eu aprendi na minha mini escolinha as palavras e cores,O resto era para a casa, a comida e  higiênicos e por fim roupas e saúde mas....Minha  mãe ganhou o bebe com..míseros 6 meses oque foi meio impossível naquela  época  eu chorava quando descobria que o bebe morreria por volta dos 2 anos de idade ele tinha um problema  no pulmão que só aumentava a  cada dia minha mãe poderia matalo depois que ele nascesse mas ela negou .

Eu ficava em casa nos primeiro dias de nascimento dele,Eu limpava ele em um balde de água morna  e  um sabonete de  2  centímetros ele tinha 4 calças   2 bermudas 4 camisas  2 bolerinhos e  1 casaco azul marfim eu me lembro ate hoje eu botava nele sempre calças uma camisa um bolerinho e o casaco azul, Era inverno  e eu sentia o vento batendo na parede  fazendo barulhos que eu odiava escutar meu corpo tremia quando  o frio entrava nas frestas da madeira e encostava na minha pele fria e pálida,Eu enrolava stevan em um mantinho e o botava no meu colo me abaixava e me sentava no canto do quarto sentia ele respirando ele falando pequenos suspiros e tentativas de falas olhava o rostinho pálido os olhos fechados os cabelos  enrolados  em pequenos  cachos marrons e sorria porque ele era meu irmãozinho e só existia porque eu pedia para minha mãe alguém para brincar e conversar.

Eu acabava dormindo com ele e minha mãe chegava sorrindo e me pegava no colo e me deitava no sofá com o bebe e nos enrolava em cobetores,Eu sabia que ela procurava ate tarde empregos  para poder dar ensino para ajente e um futuro melhor do que o dela.

Dois anos depois eu chorava eu sabia que meu irmão iria morrer....minha mãe enxugava minhas lagrimas e dizia que ficaria tudo bem ela me abraçava e me dava um beijo na testa uma noite eu acordei com ela com meu irmão no colo abrindo  a porta no meio da madrugada e saindo quando ela voltou o stevan estava com a saúde completa ótima ele corria respirava normal e falava normal ele tinha se curado e so isso fazia eu sorrir.

Quando ele fez  3 anos Maia nasceu e eu...a odiei olhava o rosto dela e contorcia meus labios de desgosto ela era linda....e trazia uma paz de outro planeta ela e Stevan se conectavam...de alguma maneira de outro planeta.Eu ficava sozinha...minha mãe dava atenção a eles...eu sabia que ela não fazia por quere mais eu me sentia mal amada..e corria para a floresta nas sombras...onde me sentia amada por todo a natureza e sentia alguém me vigiando meu pai de alguma maneira eu sentia que era ele me dizendo que me amava e me sentia segura novamente.

Quando os gêmeos nasceram eu fiquei doente e não vi eles cresceram depois me recuperei do nada e fiquei melhor pude andar e comer carne não só líquidos.

De volta a agora:

Ela me amava de todas as formas e eu não consegui.....Chegar a tempo e ajudar os ferimentos dela....Conti minhas lagrimas e me alevantei com o rosto erguido e corri ate minha mãe onde a agarrei com os braços no cabelo dele e chorei rasguei minha camisa e amarrei na barriga dela onde o tiro de 2 balas havia perfurado  e pressionei o sangramento  mas nada andiantou...Ja estava sem esperança quando senti o braço da minha mãe pegar minha mão e segurar

MÃE!-Eu falei sussurrando.

Ela abriu os olhos que estavam fechados devagar e sorriu.

Oi filha-Ela diz e se engasga.

Calma mãe! Você ta sem energias....alevanta vamos no hospital você  vai melhorar.-Eu digo,

Eu não vou melhorar.-Ela diz.]

Vai sim-Eu falo.

Não...-Ela sorri tristemente.

MÃE NÃO ME DEIXE-Eu falo e aperto com mais força a mão dela.

Você vai ficar...-Ela resiste-Bem...cuide de seus irmãos como eu Le cuidei eu te amo-Ela fala e eu aperto a mão dela e sinto a punsação dela parando e os olhos dele se fechando.

Ela morreu...Morreu...

Eu estou sozinha...sozinha....calma...meus irmãos minhas jóias minha única esperança.Uma luz no fundo do túnel .


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